Entrevistas



29 Mar 2021

Alô Alô Bahia entrevista o novo presidente da União dos Municípios da Bahia

Novo presidente da União dos Municípios da Bahia, o prefeito de Jequié, Zé Cocá (PP), já iniciou sua gestão com uma pauta bastante desafiadora: a redução da alíquota do Instituto Nacional do Seguro Social para os municípios. A pauta prioritária, ele diz, é a vacina, mas em seguida vem a previdenciária. 

Nesta entrevista ao Alô Alô Bahia, Zé Cocá explica que, hoje, os municípios pagam alíquota de 22,5% ao INSS, mas que o ideal seria 10%. "Não é justo um time de futebol pagar 5% e o município pagar 22,5%", argumenta. Com a pandemia, as dificuldades das cidades para recolher o INSS aumentaram e muitos estão inadimplentes. 

Ele diz ainda que sua eleição foi um consenso e diz que a união será sua principal marca na gestão da UPB. Ele ainda fala como fará para conciliar a gestão em Jequié, que se iniciou em janeiro, com a presidência do órgão que representa as cidades baianas. Veja abaixo a entrevista completa. 


1. Quais serão suas prioridades na UPB? 

Zé Cocá - Nossa prioridade é unificar os municípios, criar pautas urgentes que são específicas e trabalhar em cima disso junto ao governo federal, junto ao governo do estado e junto às entidades fortes. Nossa prioridade número um é a vacina, que já estamos discutindo com o governo do estado, com o governo federal. Então, isso será uma urgência nossa. O governador Rui Costa tem sido muito correto com a gente, tem debatido muito fortemente com a UPB e já sinalizou a compra de 9,7 milhões de doses, o que  vai  gerar um avanço. E o governo federal, agora, também sinalizou outra pauta importante, então será a nossa principal prioridade.

Em seguida, a pauta do INSS, que vem assolando os municípios. Se não resolver esse problema urgente com parcelamento de 240 meses e houver uma discussão do governo federal para diminuição da alíquota de 22,5% para pelo menos 10% do patronal, irá inviabilizar os municípios. Não é justo um time de futebol pagar 5% e o município pagar 22,5%. É um verdadeiro absurdo, precisamos debater isso fortemente. Precisamos que o governo federal se sensibilize do 1% de setembro (repasse extra aos municípios), que é uma pauta, uma cobrança, dos municípios e iremos intensificar isso, com certeza. 


2. Nacionalmente, quais pautas o senhor considera prioritárias para o movimento municipalista? O pacto federativo é uma delas? 

Zé Cocá - Com certeza, o pacto federativo é a pauta mais importante dos municípios. E, infelizmente, essa é uma luta de anos e anos que não tem sido pauta do Congresso Nacional, não tem sido pauta junto ao governo federal e é necessário. Não é justo os municípios, que já chegaram a receber 25% da receita total do bolo tributário da União, receberem menos de 15%. Os municípios foram ficando sem receita, as receitas se concentraram quase na sua totalidade no governo federal e isso, de fato, tem deixado os municípios, a cada dia que se passa, mais fragilizados. 


3. Normalmente os prefeitos se candidatam à presidência da UPB em seus segundos mandatos, mas o senhor foi logo no primeiro. Como pretende conciliar a gestão em Jequié com a UPB, especialmente nestes tempos de pandemia? 

Zé Cocá - Com certeza são momentos difíceis, até para os prefeitos que estão em segundo mandato, porque a responsabilidade da pandemia pegou todo mundo de surpresa, não é uma coisa normal. Por exemplo, as ações de segundo mandato, o gestor geralmente equilibra o município, equaliza todas as áreas e já sabe o que vai fazer. Porém, na pandemia, ninguém tem 100% de certeza do que está fazendo, então há dúvida sempre. Nosso nome acabou sendo um consenso entre os prefeitos da Bahia. Então, fomos convocados. Eu sempre fui municipalista. 


4. Por falar em pandemia, os municípios seguem sofrendo as consequências do coronavírus, tanto na saúde quanto na economia. Como o senhor avalia a situação dos municípios na Bahia? 

Zé Cocá - A situação é muito difícil. Teremos um dos tempos mais difíceis da história. Primeiro, por conta da economia, que desacelerou. A população economicamente ativa diminuiu. Então, as receitas infelizmente começaram a cair. Aí você pergunta o que é 100% certo nos municípios fora da vacina? Ninguém sabe. Tanto que você vê o governo federal quebrando a cabeça, indo contra tudo que a ciência diz. O INSS inviabilizou grande parte dos municípios da Bahia por estar descontando débitos atrasados e o do mês. É momento de ter cautela para que não haja colapso no segundo ano (de governo). 


5. O presidente Eures fez uma gestão na UPB buscando alguma independência, e inclusive fez por vezes críticas ao governo do estado devido a pendências com os municípios. Neste sentido, qual a linha que o senhor pretende adotar? 

Zé Cocá - Nossa linha é o município em primeiro lugar. Eu aprendi uma coisa na minha vida: temos que fazer diálogo. Sempre fui homem de dialogar, sempre tive relação muito boa em todos os ambientes que participo e claro que iremos priorizar os municípios, mas o diálogo é a melhor forma. Temos que unificar os municípios, debater com o governo do estado as nossas demandas e o governador é sensível em relação a isso. 


6. Qual o legado que o senhor pretende deixar na UPB, algo que as pessoas digam 'olha, aquilo ali foi o presidente Zé Cocá que fez'?

Zé Cocá - União. Nosso legado será esse. Eures fez a parte dele, outros fizeram. Todo mundo fez um pouco. A UPB tem uma história vitoriosa. Eu acredito nisso, mas nossa maior bandeira será a diminuição da alíquota do INSS, a vacina é nossa principal pauta, conseguir ainda neste semestre vacinar 40% da nossa população. É injusto o município pagar 22,5% patronal, está inviabilizando os municípios. Que o governo federal tenha a sabedoria de reunir os municípios, diminuir para 10% que seria o ideal, já direto na fonte. Com certeza a União iria receber mais e os municípios teriam condição de pagar.


 

2 Mar 2021

"Teremos o março mais triste de nossas vidas", aponta pneumologista da Fiocruz

Em pior momento da pandemia, 17 estados brasileiros registram ocupação em hospitais acima de 80%, outros oito apresentam taxa acima de 90% e no Rio Grande do Sul este número já chegou a 100%, por favor. Em entrevista a BBC News Brasil, a pneumologista Margareth Dalcomo, professora e pesquisadora da Fundação Oswaldo Cruz, analisa o atual estágio da pandemia e o que precisa ser feito a partir de agora.

BBC News Brasil - Nos últimos dias, acompanhamos notícias de diversas cidades com lotação em hospitais e colapso dos sistemas de saúde. Como classifica o atual estágio da pandemia de Covid-19 no Brasil?

Margareth Dalcolmo -
Nós estamos num momento muito grave da pandemia no Brasil, com um recrudescimento já materializado daquilo que consideramos uma segunda onda. Isso não nos surpreende, uma vez que as medidas de controle sanitário não foram só controversas, mas também ineficientes por um longo tempo. Nós sabemos também que a única solução possível para controlar a pandemia será a vacinação, e a campanha está apenas no início, numa velocidade muito aquém do desejável.

Para completar, não temos observado um comportamento de solidariedade, não só de todos os cidadãos, mas também de nossas autoridades políticas. Não vemos aumentar uma consciência cívica do que é preciso fazer neste momento, apesar do cansaço de um ano de pandemia. Seria necessário todos nós mantermos comportamentos individuais e coletivos de muito cuidado, com uso de máscara e distanciamento social. Já manifestei de que precisamos de medidas mais drásticas, com o fechamento de muitos serviços, para diminuir a circulação de pessoas e reduzir a transmissão viral.

A nossa grande preocupação hoje está no fato de que a transmissão viral é o grande mecanismo propiciador do aparecimento de novas variantes. E, considerando que já estamos enfrentando as primeiras mutações, precisamos responder a isso com estudos, com vigilância genômica. Precisamos entender se as vacinas utilizadas agora são capazes de nos proteger contra essas variantes. E, sobretudo, precisamos colaborar enquanto sociedade para não criar um cenário que propicie o aparecimento de novas versões do coronavírus.

BBC News Brasil - Desde novembro de 2020, acompanhamos uma série de eventos que provocaram grandes aglomerações. Foi o caso das eleições municipais, das festas do final de ano, do Enem e agora do Carnaval. Algum desses episódios foi decisivo para chegarmos a crise de agora? Ou foi uma conjunção de fatores?

Dalcolmo - Foi realmente essa conjunção de fatores provocada por uma falta de entendimento do discurso dos cientistas, dos médicos e dos pesquisadores, que sempre estimularam uma consciência cívica coletiva, de solidariedade. A Covid-19 mudou de lugar no Brasil e começou a entrar em nossas casas. Nós vemos agora pessoas que ficaram um ano em isolamento pegando a doença. Como isso é possível? Os jovens daquela família estão indo para as ruas e trazendo o vírus de volta.

As festas de final de ano foram trágicas. Eu mesma me manifestei diversas vezes dizendo que o Brasil teria o mais triste janeiro de sua história. E realmente tivemos, inclusive com o aparecimento da variante brasileira, identificada na família que viajou ao Japão vinda do Amazonas.

E agora eu não tenho dúvida de que teremos o mais triste março de nossas vidas. Isso é resultado do Carnaval e do descompasso entre o que nós, cientistas, dizemos, e o que as autoridades afirmam. Nos últimos dias, ouvimos que não é pra usar máscaras. Não há dúvidas, está demonstrado que a máscara é uma barreira mecânica que protege quem usa e todo mundo ao redor.

Todos esses fatores, somados ao cansaço de uma pandemia tão longa, geram um comportamento que tem se mostrado desastroso. O que vemos agora então é uma pressão enorme sobre o sistema de saúde, que sofre com uma taxa de ocupação de leitos acima de qualquer nível desejado em hospitais públicos e privados.

Junto a isso, há outro fator muito grave: a Covid-19 se rejuvenesce no Brasil. Hoje vemos muitos jovens internados, que desenvolvem casos graves. Esses indivíduos têm uma força de transmissão enorme, porque eles se aglomeram, cantam, falam alto e repetem todos aqueles comportamentos que sabemos serem decisivos para transmitir uma doença viral respiratória.

BBC News Brasil - Esse colapso poderia ser evitado com medidas que restringissem a circulação de pessoas e as aglomerações. Mas agora que essa oportunidade já passou, tem alguma coisa que podemos fazer para aliviar a situação?

Dalcolmo -
Eu acredito que sim. A Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia, da qual sou presidente eleita, publicou um documento assinado por outras 70 sociedades médicas que contesta esse discurso contra as máscaras que ouvimos recentemente. Nosso manifesto mostra como esses equipamentos são ferramentas de proteção individual e coletiva.

Esse discurso contraditório entre a ciência e a política tem causado muitos males à sociedade brasileira. Só pra dar um exemplo, hoje de manhã eu estava num voo para voltar ao Rio de Janeiro, após resolver questões familiares, e sentei ao lado de dois jovens, que eram irmãos. Eles entraram no avião e tiraram as máscaras. Eu imediatamente chamei a comissária e disse, ainda antes do pouso: se eles não colocarem a máscara adequadamente, nós chamaremos o comandante, não haverá decolagem e os dois serão retirados imediatamente. Eu fui aplaudida pelo resto dos passageiros.

Não estou falando aqui de dois jovens pobres. Eles estavam viajando de avião, ora. E, quando já estávamos decolando, de novo os dois resolveram abaixar a máscara. Ah, aí eu fiquei zangada. Conversei de novo com a comissária e disse que, se ela não tomasse providências, eu mesma iria conversar com o comandante. No meio disso tudo, algumas pessoas me reconheceram, tinham me visto na televisão, gritaram para eles colocarem as máscaras.

Eu percebo então que existe um sentimento, ao menos naqueles indivíduos que têm um pouquinho mais de consciência, de que um comportamento como o desses dois irmãos é execrável e faz mal para o coletivo.

Quantas vezes nós falamos que aglomerações não poderiam acontecer? Eu entendo que as pessoas estejam cansadas. Mas nós também estamos. Estamos cansados sobretudo de ter que contar mortos todos os dias. Chega disso. Eu quero que a sociedade, o governo, as autoridades e todos nós passemos a nos comportar de maneira mais civilizada.

BBC News Brasil - Ainda no campo das medidas restritivas, governadores e prefeitos têm anunciado toques de restrição e fechamento de comércios à noite e durante a madrugada. Estratégias como essa fazem algum sentido?

Dalcolmo -
Na forma como elas estão sendo propostas, não vão resolver nada. Por que fazer o fechamento e impedir a circulação entre meia noite e cinco da manhã? Nesse horário já não há gente na rua. E quem foi festejar, se aglomerar, beber e fazer tudo de errado, já fez. Essa é uma medida pouco eficaz.

Estou totalmente de acordo com o professor Miguel Nicolelis, que em entrevistas recentes disse que o Brasil precisaria de um lockdown de duas semanas bastante rígido para interceptar as cadeias de transmissão do coronavírus.

O Brasil nunca fez um lockdown adequado. Nunca conseguimos alcançar a taxa de 60% da população em casa, que seria um número desejável. Quem mais chegou perto disso foi São Paulo, com 58% de distanciamento social por momentos muito breves. Aqui no Rio de Janeiro não conseguimos.

E agora há esse descompasso entre o que a ciência diz e o cansaço generalizado de uma pandemia longa, com a economia tão machucada. Mas as pessoas precisam entender que não tem jeito. Se não tomarmos cuidado por algum tempo e não começarmos uma vacinação em massa, a situação só vai piorar.

Precisamos vacinar 70% de nossa população até o meio do ano. Não é pra setembro. É para junho. Caso contrário, vamos propiciar as condições para o aparecimento de outras variantes. Também precisamos de um investimento pesado em vigilância genômica, para que possamos ter certeza que as vacinas produzidas pelos dois institutos públicos brasileiros, o Butantan e a Fiocruz, são realmente efetivas contra as novas variantes.

BBC News Brasil - Nós já temos duas vacinas em uso no país, a CoronaVac (Sinovac/Instituto Butantan) e a CoviShield (AstraZeneca/Universidade de Oxford/FioCruz). Além delas, vemos conversas sobre os imunizantes de Pfizer/BioNTech, Johnson & Johnson, a Sputnik V… É hora de diversificar nosso portfólio?

Dalcolmo - Nós estamos atrasados nisso. Poderíamos ter negociado com Pfizer e Johnson & Johnson desde que eles iniciaram os estudos de fase 3 aqui no Brasil, no segundo semestre de 2020. A Sputnik V parece ser boa, mas ainda carece de registro na Anvisa, que é nossa agência reguladora.

Mas quando alguém me pergunta qual vacina eu tomaria, eu sempre respondo: qualquer uma, desde que tenha registro na Anvisa. O que eu nunca tomaria é uma vacina que não passou por esse crivo de grande qualidade técnica que temos em nosso país. A verdade é que nós perdemos um tempo precioso e já podíamos ter a vacina da Pfizer por aqui. Hoje estamos implorando para negociar alguns poucos milhões que estão disponíveis.

Vale lembrar que não tem vacina para todo mundo. Se pensarmos que dez países já compraram 75% da produção mundial de vacina deste ano, isso de novo nos revela a enorme desigualdade em que vivemos. Só o Canadá garantiu cinco doses para cada habitante. E isso não é bom nem ruim, não estou julgando. Pelo menos eles farão uma coisa correta, que é doar o excedente para os países que não tem condições por meio do mecanismo da Covax Facility.

BBC News Brasil - Diante de todo o cenário que a senhora descreveu e analisou, quais são as mais importantes recomendações que todos nós devemos seguir pelas próximas semanas?

Dalcolmo -
As pessoas têm que entender que tudo isso já era esperado, por mais que não desejássemos que acontecesse. Quantas vezes eu disse coisas nessa pandemia e gostaria de estar errada… Parece que estamos numa crônica de morte anunciada, como aquelas escritas por Gabriel García Márquez em seus livros.

Mais uma vez, faço um apelo para que todo mundo entenda que estamos num momento muito grave, muito mais sério do que o primeiro pico. Esse número de mortes é absolutamente intolerável. 

O que temos de fazer é proteger a nós mesmos, nossas famílias, nossos colegas de trabalho. Sei que estamos cansados da pandemia. Mas elas são assim mesmo e levam tempo. Essa é a primeira pandemia de uma geração mais jovem, mas nós já vivemos outras no passado. Quando enfrentamos a H1N1 em 2009, por exemplo, estávamos mais preparados. O Brasil tinha 70 milhões de doses de vacina compradas, estocadas, com seringa, agulha, tudo. Não é o que está acontecendo agora.

É hora de todos colaborarem, fazerem sua parte e terem consciência cívica. Não adianta ser anárquico e desafiar uma ordem biológica que não é favorável a nós. Ou nos comportamos agora ou colaboraremos com a piora dessas estatísticas terríveis, que mais parecem filmes de terror.


 

28 Jan 2021

Empresário abre empório e bistrot em Salvador e foca na venda de vinhos com preço justo

Sob o comando do empresário André Garin, o Le Vin Empório e Bistrot, localizado no bairro da Pituba, em Salvador, traz aos clientes o melhor da culinária contemporânea, tendo à disposição um portfólio com mais de 500 rótulos de vinho a preço de loja para fazer a harmonização ideal. Em conversa com o Alô Alô, Garin falou sobre as novidades que estão sendo preparadas para 2021, incluindo o cardápio, além de dar sugestões para não errar na hora de combinar o vinho com a refeição. Confira:
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Alô Alô Bahia: O Le Vin tem como proposta que os clientes possam aproveitar a culinária contemporânea e tenha à disposição uma variedade de mais de 500 rótulos de vinho a preço de loja. Quais são as principais características e diferenciais que vocês buscam trazer ao cardápio?
 
André Garin: A nossa proposta e a relação variedade x qualidade, com preço justo e serviço de excelência. O diferencial é a escolha de bons fornecedores, matéria prima de qualidade e diversidade para ter um cardápio completo e agradar o gosto dos consumidores/clientes dentro da nossa proposta, em que a grande aposta para 2021 são as carnes e diversidade de cortes.
 
Eu diria que outro diferencial é pensar sempre no consumidor. Não abrimos mão da qualidade do nosso produto final e serviços, então pensamos sempre na experiência dos nossos clientes. Isso é o nosso tripé de missão, visão e valores, a nossa essência.
 
Outro ponto positivo é que investimos pesado em tecnologia, para melhorar nosso serviço e facilitar o processo de decisão de compra dos nossos clientes, apostando em mecanismos disrruptivos mesmo diante desse cenário tão incerto. Essas são novidades para 2021, que guardaremos para um próximo encontro com o Alô Alô.
 
Alô Alô Bahia: Quais principais dicas você daria para que o cliente acerte na hora de harmonizar o vinho com o prato?
 
André Garin: Essa é fácil. Temos um sócio com grande conhecimento e que aprecia muito a harmonização. Além de vasta experiência, ele adora atender e servir nossos clientes pessoalmente, fazendo-os se sentirem em casa.
Mas a dica principal para aprender a harmonizar é, além de pesquisar, participar dos nossos jantares harmonizados, cursos de vinhos, experiências de menu degustação e outras ações que estamos organizando. Infelizmente ainda não será nesse momento por conta da pandemia, mas logo mais poderemos promover esses encontros com segurança.
 
 
Alô Alô Bahia: Como desfrutar um bom vinho em uma estação quente como o verão?
 
André Garin: Sem dúvidas, curtir a experiência em nossa Varanda, pois é um ambiente arborizado, arejado e fresco, na esquina da rua Minas Gerais com a rua Maranhão, uma excelente localização na Pituba.
 
Recomendamos um bom vinho branco (a preço de loja, claro). Para acompanhar, ostras gratinadas ou cruas, ou sashimis de atum com peixe branco, todos gostam muito.
 
Alô Alô Bahia: A pandemia trouxe diversos desafios já bastante conhecidos. Como vocês buscaram se reinventar?
 
André Garin: No nosso caso, começamos a operação junto com os rumores da chegada do vírus, então a pandemia de Covid 19 já fazia parte do nosso dia-a-dia antes da inauguração.
 
Foi uma loucura grande. Lembro que as tomadas de decisões eram diárias, pois não sabíamos como agir diante de algo inesperado.
 
Não tínhamos menor noção do que estava por vir, então migramos nossa operação, que foi montada para o serviço e consumo local do vinho no nosso Wine Bar e restaurante, para os formatos Delivery, Drive Thru e To Go. Buscamos atender bem, com agilidade e oferecer sempre a melhor qualidade com melhor custo de pratos e vinhos. Fizemos muitas promoções e demos descontos de até 30% no nosso restaurante para o Formato To Go, com embalagens trazidas pelos clientes. Depois lançamos o almoço executivo, que incluía pratos completos com preços especiais para quem não tem tempo de cozinhar em casa ou mora sozinho. Assim, cumprimos nossos compromissos mensais com fornecedores e funcionários.
 
Foram momentos bem difíceis, porém de grande aprendizado e união.
 
 
Alô Alô Bahia: Quais são as principais novidades que estão sendo preparadas para 2021?
 
André Garin: Para o ano de 2021, estamos reforçando o conceito que é a nossa essência, de consumo do vinho no nosso restaurante pelo mesmo preço do nosso empório. Investiremos ainda mais no mix de alimentos e bebidas nacionais e importados, com opções de carnes de diversos tipos de cortes, massas, molhos, azeites, conservas, chocolates, doces, etc.
 
Paralelo a isso, a novidade também é a nossa Varanda com Sushi Bar, um espaço para que nossos clientes possam desfrutar de um bom vinho aliando a gastronomia japonesa em um ambiente arejado, cercado por um lindo jardim na esquina mais desejada da Pituba.
 
Futuramente, após ter certeza da imunização da população em relação à pandemia de Covid 19 e em um cenário seguro para todos, pretendemos retomar eventos, como jantares harmonizados, confrarias, cursos de vinhos e muito mais.
 
Esse é nosso desejo e nossa esperança para o ano de 2021 e os próximos. Esperamos converter esses investimentos em clientes e consumidores cada vez mais satisfeitos e fidelizados com nossos serviços e produtos.
 
Leia mais notícias na aba Notas.
 
Fotos: Lucas Assis / Divulgação. Siga o insta @sitealoalobahia.
 
 

20 Jan 2021

“Não conseguiu me derrubar”, diz Roberto Badaró sobre Covid; confira a entrevista

O infectologista Roberto Badaró testou positivo para a Covid na terça-feira, 05 de janeiro. Ao receber o diagnóstico, entrou em isolamento em sua casa, em Salvador, onde está sendo acompanhado pelo pneumologista Sergio Jezler. Nesta quarta-feira (20), Badaró anunciou que está curado e concedeu essa entrevista exclusiva, em que fala sobre sua recuperação e projetos futuros.
 
Alô Alô - O senhor esteve na linha de frente por tanto tempo e viu muitos casos. Mas como tem sido conviver estando com a doença?
 
Roberto Badaró – Tem sido difícil. Conviver com a doença é muito difícil porque o paciente tem muitas recomendações a seguir, para se recuperar totalmente. Fazer fisioterapia, tomar os remédios, fazer repouso...
 
Alô Alô - Qual tem sido os sintomas que tem sentido? Muita gente ainda compara a covid com uma gripe. É possível fazer essa comparação mesmo?
 
Roberto Badaró – Depende das pessoas – algumas tem sintomas mais leves, outras não. No meu caso que foi severo, com comprometimento pulmonar grave, os sintomas são falta de ar, dificuldade ao respirar e, evidentemente, uma fraqueza imensa. Não tem nada de gripe. Mas o segredo é seguir a orientação dos médicos e fisioterapeutas.
 
 
Alô Alô - Quais os planos para quando o senhor se recuperar plenamente? Vai voltar para a linha de frente?
 
Roberto Badaró – Ele (o coronavírus) não conseguiu me derrubar. Vou voltar para derrubar ele.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

 


Foto: Alô Alô Bahia. Siga o insta @sitealoalobahia.
 

11 Jan 2021

Criadora da Materni Essence, Marina Besnosik explica vantagens da aromaterapia

Criadora da Materni Essence, a empresária baiana Marina Besnosik explicou, em entrevista ao Alô Alô Bahia, as vantagens da aromaterapia. A Materni Essence é representada por Marina, especialista em óleos essenciais com certificação internacional, consultora de bem-estar e consultora materna.
 
Por meio da Materni, é prestado um serviço de consultoria e venda de óleos essenciais e Blends próprios para quem quiser utilizar a aromaterapia de forma segura e correta. "Óleos essenciais podem ser usados para ajudar na disposição para atividades físicas, para ajudar na ansiedade, podem auxiliar para regular noites de sono (inclusive foi uma procura muito grande na pandemia, junto com óleos essenciais que podem ajudar na queda de cabelo), óleos para ajudar na respiração livre, para alergias respiratórias, para auxiliar na imunidade... inúmeros benefícios", afirmou ela.
 
Confira abaixo a entrevista com Marina Besnosik:
 
Quais as vantagens da aromaterapia?
Através da aromaterapia é possível promover o equilíbrio físico, mental e espiritual. Ao inspirar um aroma, ele vai diretamente para o nosso sistema límbico, onde ficam nossas emoções e memórias. Equilibrar e administrar as nossas emoções ajuda a proporcionar harmonia, trazendo bem-estar para todos em seu convívio.
 
Para quem ou quais sintomas ela é mais indicada?
A aromaterapia pode ser utilizada por todas as idades, desde que respeitadas as indicações de idade, dosagem e formas de uso. Os óleos essenciais podem ser utilizados para auxiliar em inúmeras questões, tanto emocionais, quanto físicas, por isso a importância de um profissional para ajudar com orientações pertinentes para cada situação.
 
Como surgiu o projeto?
Através de um estudo pessoal, para proporcionar à minha família mais qualidade de vida, equilíbrio e bem-estar. Os benefícios foram inúmeros que não poderia guardar somente para nós! A procura foi de forma muito espontânea e, a partir disso, virou um projeto profissional.

@materniessence
Foto: Divulgação. Siga o insta @sitealoalobahia.

29 Dec 2020

Diretora-executiva do CORREIO faz balanço sobre os rumos dos negócios de jornalismo e planos para 2021

 No último Segundou do ano, o publicitário Joca Guanaes recebeu nesta segunda-feira (28) a empresária Renata de Magalhães Correia, diretora-executiva do CORREIO, para entender como a pandemia mudou os rumos dos negócios de jornalismo e quais são os projetos para o veículo em 2021. A gestora contou ainda sobre sua experiência e trajetória pessoal à frente deste jornal líder em audiência digital não só na Bahia, mas também no Norte e Nordeste do país. 

Joca Guanaes: Você é mulher, tem uma diretora comercial mulher, que é Luciana Gomes, uma diretora de redação, Linda Bezerra, e uma diretora de marketing, Marta Souza, todas mulheres. Ou seja, você traz em sua administração um exemplo de empoderamento feminino. O que vejo, na maioria dos jornais, é um Clube do Bolinha. Uma característica do Correio é a marca feminina e é um sucesso de audiência.

Renata Correia: Sem dúvida nenhuma, as mulheres fazem parte do Correio. Hoje, nossa gestão tem a presença feminina de forma muito contundente. Não foi algo planejado, surgiu pela capacidade e pelo desempenho que essas mulheres foram apresentando ao longo da minha gestão. Sem elas, não estaríamos hoje aqui e não teríamos alcançado esses resultados, seja na nossa audiência, seja em projetos inovadores. O Correio é muito plural, não só em relação à presença feminina, nós somos multi-raciais, multi religiosos. Porque a Bahia é isso. Se o Correio é a Bahia, tem que estar traduzindo isso. Acho que a gente consegue, de fato, que quem se relaciona com o Correio, seja nossos leitores, parceiros comerciais, nossos colaboradores, tenha esse sentimento de que é um jornal plural, que dialoga com vários públicos e que consegue traduzir a miscigenação da Bahia. Eu acredito que é a mistura que faz com que dê certo: homens, mulheres, brancos, negros, católicos, protestantes, do candomblé. 

Joca: É comum a gente ver isso no discurso, mas não vê na prática. Muita gente fala de empoderamento, de movimento racial, de religiões. 

RC: O que eu digo à minha equipe é que não adianta a gente ficar no discurso. A gente precisa entregar atitudes. É mais importante entregar um projeto como o Afro Fashion Day do que apenas discutir a inclusão do negro. De forma enfática, a gente precisa valorizar o que nossa cultura tem de forte, do que fazem de belíssimo, do que eles têm de talento e muito mais do que só escrever. A verdade se apresenta quando ela acontece e só acontece com fatos.

Então, digo sempre à minha equipe para que tenham esse papel pleno de multiplicidade racial, política, religiosa, mas que isso se concretize na atitude do dia a dia. Se isso for concretizado, todos perceberão: os parceiros, os leitores, os colaboradores. Há 15 dias, fazendo um balanço do ano, falei que um dos nossos objetivos para 2021 é, cada vez mais, traduzir a pluralidade do Correio. Não apenas levantar uma bandeira. Muitos levantam, mas defender uma causa, ser transparente com ela e mostrar que se é, de fato, plural é uma atitude do dia a dia.

JG: Você leva a comunicação e o empreendedorismo no sangue. É neta do falecido político baiano Antônio Carlos Magalhães, que foi ministro das Comunicações do Brasil, e filha de ACM Júnior, que é presidente do conselho de administração do conglomerado de empresas de comunicação intitulado Rede Bahia, e sua mãe, Dona Rosário, faz um trabalho social de empreendedorismo na periferia. Você tem o DNA paterno e o materno. Quando você percebeu que essa era sua vocação?

RC: Minhas referências familiares são muito importantes na minha formação, em quem eu sou hoje, nas minhas escolhas pessoais e profissionais. Meu avô deixou um legado de amor à Bahia, foi um comunicador nato, um exemplo de inspiração. Eu acabei optando por seguir a carreira de meu pai, sou administradora de empresas de formação. Quando fui escolher minha profissão, eu tinha dito que queria ser publicitária, e meu pai me disse que eu poderia trabalhar com comunicação sem ser publicitária e que a administração me daria uma visão maior, mais ampla, e me proporcionaria mais caminhos a seguir. Eu optei por seguir os passos dele.

Comecei com agência de publicidade aos 18 anos, ainda estudante, e trabalhei desde cedo, experimentei desde cedo. Comunicação é envolvente, encantadora e vai lhe puxando para esse universo. Eu experimentei outras áreas, trabalhei em outros lugares, como Odebrecht, Vivo, mas acabei voltando e vim ser o braço direito do meu pai. Minha mãe me deu um exemplo de força de mulher, importante para conduzir e tomar atitudes corretas, e também o meu irmão, que é um exemplo de gestão para a cidade e mostrou sua competência com aprovação lá em cima no fim do mandato. Então, eu me orgulho da família que tenho, das minhas origens.

Hoje, além de ser diretora do jornal, faço parte do conselho de administração da Rede Bahia, com meu pai, e a gente olha para a comunicação com paixão e projetando o futuro porque é um setor que está com efervescente transformação com a digitalização. Todos os meios de comunicação estão tendo transformações significativas e, para isso, a gente tem que estar se preparando para o futuro para que a gente possa acompanhar e sempre estar à frente. Sempre fomos vanguardistas como exemplo de ser diferente, de ser inovador na comunicação, então continuamos com esse projeto de seguir com as transformações. 

JG: Você nasceu de uma família de líderes políticos e você é extremamente low profile, discreta. Você está com 40 anos e na sua gestão manteve o jornal líder não apenas na Bahia, mas também no Norte e Nordeste num ano de pandemia, em que o mundo quebrou e que o mundo digital transformou todos os negócios. Qual o desafio de conduzir um jornal líder em audiência?

RC:
Desde que eu assumi o jornal, eu trouxe um time para perto de mim. Sozinho você não alcança resultado nenhum. O time de gestores do jornal são meus braços direitos. A gente tenta antecipar e acompanhar as transformações. O meio impresso vem passando por uma transformação muito grande por causa do digital, da sustentabilidade que a mídia impressa tem dificuldade de alcançar por diversos fatores. A gente tenta trazer inovações no digital e por isso a gente é líder no impresso. Com muito esforço, porque a gente entrega o que o leitor quer ler. A gente consegue traduzir a linguagem moderna, que combate a fake news, que dá um leque de oportunidades para tirar suas próprias conclusões.

Esse tem sido nosso papel na linha editorial do jornal. Nossa liderança é contundente porque a gente consegue se atualizar, temos redes sociais atuantes, trabalhamos com grupos de WhatsApp, conseguimos fazer projetos que, mesmo com essa pandemia, conseguiram, com uma velocidade grande, se adaptar ao mundo digital. O Agenda Bahia é um projeto nosso consolidado, junto com o Afro Fashion Day e uma série de projetos. Somos uma referência para leitores, parceiros e anunciantes. Eles sabem da nossa qualidade no conteúdo. O que a gente sabe fazer é informação e é por isso que a gente tem essa audiência. 

Joca: A administração é uma área ainda monopolizada por homens. Você é administradora e, além disso, é administradora de um jornal. Como é isso numa família que sempre foi muito comandada por homens? Você sofreu preconceito?

RC:
Eu 'sofri' estímulo, um estímulo muito grande de meu pai. Sempre me apoiou e me deu desafios porque reconhecia que eu podia entregar. Considero que sou o braço direito dele na administração das empresas, já que meu irmão fez uma escolha diferente, e foi para a política. Num ambiente empresarial, ainda é predominante o sexo masculino. Na maioria das reuniões, dos conselhos que participo, há uma predominância masculina, mas já vejo [mudança] nos jornais.

No Paraná, a RBS é muito liderada por mulheres. É um movimento que acontece também no Ceará, com a Luciana, no Correio do Povo, a Ana Amélia no Paraná, a gente tem uma força feminina mais ativa e presente. Eu nunca tive na minha experiência algo que causou uma situação constrangedora. A gente tem que ter autoconfiança e acreditar que é capaz. Se a gente está ali é porque é capaz de estar e entregar. Não temos que nos preocupar com o que acham da gente. Se acho que sou capaz e que estou ali por merecimento, não tem por que se preocupar e se contaminar com opiniões e preconceitos por faixa etária, por ser mulher, por orientação sexual, política, enfim. Com a sua confiança, e se você está ali por merecimento, certamente você vai ser respeitado.

JG: Sua mãe, Dona Rosário, tem um trabalho significativo como presidente de honra do Parque Social. Qual a influência da sua mãe na sua vida? 

RC: Há oito anos, quando ACM Neto assumiu, minha mãe disse que não queria assumir um papel de ser assistencialista, queria transformar vidas e transformar vidas é mostrar para as comunidades como elas podem se desenvolver. O empreendedorismo é o que você não dá o pão, e, sim, o que ensina a fazer. O trabalho dela foi pioneiro em Salvador em levar isso para as comunidades. O jovem precisa estar inserido nesse mercado porque ele é o futuro, é o agente transformador da comunidade. Eles precisam encontrar a forma de fazer. Minha mãe é inquieta e quer ver essa transformação chegar de forma estrutural. Isso passou para mim. Ela é um exemplo de força e trabalho, nunca a vi não trabalhar. 

JG: Estamos vivendo a maior crise na história do mundo, milhares de pessoas morreram, e tem uma transformação na comunicação acontecendo, que está impactando televisão, jornal, rádio. Como foi direcionar a empresa na pandemia e que ganhos como empresária e administradora você teve esse ano?

RC:
Em março, se você me perguntasse o que íamos fazer, honestamente eu ia te dizer: "Não sei". Quando a gente foi surpreendido, que tudo ia ter que fechar e ter que transformar a forma de trabalhar, foi algo que assustou bastante e criou uma instabilidade grande, para a gente não foi diferente. Com calma e paciência, você chega onde precisa. A gente teve que transformar o conteúdo e projetos. Deixamos de ter os conteúdos tradicionais fortes, a pandemia tomou o noticiário, teve que partir mais para o digital porque os assinantes se sentiam inseguros de manusear o impresso, então tivemos o cuidado de ensacar os jornais. Tivemos que transformar nossos projetos que aconteceriam de forma presencial, apoiamos a cultura, a gente fez lives de forró para apoiar a um setor que foi mais afetado, a gente teve que partir para novos formatos antes não experimentados. O Agenda Bahia virou virtual através de lives.

Logicamente, tivemos que ser austeros internamente, com reduções de jornadas, nas despesas porque não ia ter o mesmo patamar de receita. O Segundou também é um dos resultados que veio da necessidade de outros conteúdos porque a gente já não aguentava mais só ouvir sobre pandemia. Fomos vitoriosos, dentro do que poderia ser. A gente tem que agradecer por estar com saúde e conseguindo manter os empregos porque é uma responsabilidade do empresário com as famílias que a gente tem que dar suporte. Fico feliz de ter chegado ao fim de 2020 tendo superado as dificuldades. 

JG: As marcas e jornais têm papel fundamental contra as fake news. Como o jornal trabalha para manter a confiança do leitor?

RC: A gente busca mostrar os fatos da forma como acontecem. Nossa audiência tem esse patamar justamente pela nossa credibilidade. Temos profissionais qualificados e renomados no nosso time. A gente tem um trabalho de checagem de notícias falsas. Então, nosso leitor reconhece isso. Nossa audiência é resultado da nossa credibilidade e do combate à fake news. O papel do jornalista hoje é importante no mundo porque na internet você tem acesso a todo tipo de informação, então tem o papel relevante de criar uma sociedade justa e igualitária e que possa não ser contaminada por informações falsas que são um desfavor à sociedade.

JG: Como é conduzir um jornal que pertence a uma família de políticos mantendo a isenção necessária para que o jornal tenha credibilidade?

RC: Esse modelo de que famílias com políticos tinham vínculo com os meios de comunicação foi uma política de um momento passado na história do Brasil. Hoje, nenhum leitor aceita e nenhum político vai conseguir ter sua credibilidade utilizando-se de veículos de informação. São ambientes separados. (com informações do CORREIO)


 

29 Dec 2020

BP Investimentos faz balanço de 2020 e dá dicas de como o investidor deve agir em 2021

Apesar das turbulências causadas pela pandemia de covid-19 em 2020, a BP Investimentos conseguiu obter um saldo positivo em seu balanço. Líder no segmento private, o escritório recebeu 1,3 mil novos clientes e, somando o valor sob assessoria dos novos e veteranos assessorados, a BP atingiu a marca de 2,4 bilhões - mais um dado que demonstra a força do único escritório do Nordeste a fazer parte do G20 da XP Investimentos, uma seleta lista que reúne os 20 maiores e melhores escritórios do Brasil.

Em entrevista, André Luzbel, sócio e assessor de investimentos da BP, explica como o sucesso foi atingido e dá dicas para investidores nesta reta final do ano e para 2021.

“2020 vai ficar gravado na nossa história como ano que fizemos mais ações, crescemos na adversidade, principalmente por causa do coronavírus que impactou muito a Bolsa no início do ano e a taxa de juros no país, havia muito investidor acomodado com a renda fixa pagando super bem ao mês e ao ano. Foi um ano de muitas dificuldades e desafios, mas também de superação e de expansão, nós trouxemos grandes profissionais para o time, pois entendemos que essas pessoas irão nos levar para outro patamar e já temos sentido o efeito desses novos sócios que chegam com a capacidade de fazer uma empresa que já é grande ficar ainda maior”, explica.

Estar ao lado do cliente foi a principal estratégia para enfrentar o ano desafiador. “Conseguir crescer em um ano tão difícil foi surpreendente, acabávamos sendo às vezes ‘mais psicólogos do que alocadores de recursos’, que é a nossa principal função perante os clientes. Em meio a pandemia não tivemos baixa na nossa equipe, pelo contrário, nossa equipe só cresceu e saiu mais forte, lançamos o BP Money, a BP Plans entre tantas outras conquistas”, celebra.

Estratégias para vencer a crise mundial  
 
Antes da pandemia, a BP Investimentos tinha uma ideia de que 2020 seria um ano de crescimento forte e sem grandes turbulências, já que o Brasil estava apresentando uma reviravolta para um campo bem positivo, mas todos fomos pegos de surpresa.

“Veio a pandemia e tudo teve que ser revisto, sem dúvidas esse foi um dos anos que mais trabalhamos, do início do dia até o fim da noite falávamos com nossos clientes o tempo inteiro, detalhando como estavam essas carteiras, como estava a situação do mercado, não só no Brasil mas também no exterior e o que tinha de oportunidades, então todos os sócios e assessores exerceram brilhantemente sua função de defesa, meio de campo e ataque, apesar de toda a pressão, sempre estivemos prontos para orientar o cliente a tomar as decisões mais assertivas, e fazendo também com que os clientes não fraquejassem nos momentos de crise, porque no nosso entendimento  é na crise que surgem as oportunidades. Um ponto muito importante desse processo foi a criação da BP Money, que é o nosso braço de formação e comunicação rápida e direta com a ponta final que são os investidores e os clientes, trazendo muito conteúdo educacional, criamos vários cursos para ajudar o nosso público no momento onde haviam tantas dúvidas”, afirma André Luzbel.

Dicas para os investidores em 2021 

A BP Investimentos orienta que em 2021 é preciso alocar a carteira de forma diversificada a ponto de nos deixar preparados para uma crise como a que passamos em 2020.  “Vale lembrar que risco e investimento não é aquilo que a gente imagina que pode acontecer e sim aquilo que ninguém imaginou que pudesse acontecer. O que é uma carteira diversificada? Nada mais é do que ter uma parte do patrimônio em resgate imediato, apesar de render pouco, é um dinheiro que você vai poder usar em novas oportunidades ou no seu dia a dia. Uma carteira diversificada também deve ter ativos de renda fixa de longo prazo e ativos de renda variável, 2021 parece ser muito promissor, o caminho que temos de crescimento é muito alto, porém é preciso ter atenção aos perigos das ações da moda, que são ações mais caras, o investidor precisa ser seletivo nas escolhas das ações e dos fundos imobiliários, olhando mais para a parte de renda variável, é importante também buscar bons gestores que tenham expertise comprovada e de longa data, os clientes que tem assessoria performaram muito melhor na crise, dando principalmente apoio psicológico para que o cliente não vendesse tudo, calma e estratégia sempre serão as palavras que apontarão para o melhor caminho”, finaliza.

 

13 Nov 2020

Bloco na rua

E de repente, o mundo parou. A pandemia adiou sonhos, congelou projetos e nos obrigou a reinventar a forma de produzir e consumir cultura e entretenimento. Emanuelle Araújo lançou, em fevereiro deste ano, o álbum "Quero viver sem grilo - uma viagem a Jards Macalé". E quando se preparava para iniciar os shows com este novo trabalho, veio a necessidade de se manter o isolamento social.

É claro que, como a maioria dos artistas dizem, nada substitui um show ao vivo e a sensação de ter o público vibrando, ali pertinho. Mas Emanuelle vai enfim conseguir dar o pontapé em sua turnê. O formato ainda é o remoto, pois as pessoas poderão assistir o show de suas casas. Mas ela vai poder sentir o gosto de entrar em um estúdio e cantar ao vivo com sua banda.

O show será gravado em São Paulo, em um estúdio escolhido a dedo pela cantora, para que a qualidade do som seja a prioridade. A transmissão será no Youtube e acontecerá no dia 21 de novembro, às 20h. A venda de ingressos está disponível no Sympla (link). 


Qual é o sentimento de realizar um show após todo esse tempo? 

Uma grande alegria. Mesmo ainda sendo em um formato remoto, é a primeiro vez que entro em um estúdio após todo esse tempo, para ensaios e realização de um show com músicos. Os ouvidos parecem mais aguçados, e é imenso o prazer de cantar com meus parceiros da música, ouvindo o timbre dos instrumentos de perto.

E como é levar para o público as canções de seu último álbum? 

Este trabalho tem grande importância pra mim. Reverenciar  a obra do Jards Macale é um sonho antigo. Lancei o disco no dia 7 de fevereiro, e tive que cancelar os shows que começariam em meados de março, foi uma grande frustração. Mas, ao mesmo tempo, parecia que a poesia do Macalé fazia mais sentido diante de todas as incongruências desse período pandêmico. Sua poesia fala da dor, das profundezas dos sentimentos, e joga luz em tudo isso. Agora é cantar ao vivo essas músicas para que o público possa ouvir, mesmo que do sofá de casa.


Você é cantora e tambem atriz. Com uma presença forte no cinema. Como avalia sua trajetória na sétima arte? 

Eu amo fazer cinema. Fechei 2019 rodando um filme e comecei 2020 trabalhando em outro. Todo o universo da produção me fascina, do dia a dia de filmagens até o resultado na telona. Começo 2021 com as filmagens de um novo longa, “ O Meu sangue ferve por você", dirigido por Paulinho Machline. É uma história sobre o amor de Sidney Magal e sua esposa, Magali. Eles se conheceram quando ela ainda era adolescente, e eu faço a mãe da Magali - que não era muito contente com o romance. É uma comédia musical e estou animadíssima.

São quantos filmes para estrear? 

Eu tenho 3 filmes para serem lançados: "O Barulho da noite", de Eva Pereira; "Juntos e enrolados", de Rodrigo Vanderput e Eduardo Vaisman; "Diário de Intercâmbio", de Bruno Garoti: e "O Meu Sangue Ferve por Você", de Paulo Machline - sendo que este último ainda está em produção.

Você tem ainda um espetáculo para o próximo ano, correto? 

Sim, em abril começaremos os ensaios do espetáculo musical da Broadway, “ Chicago”. A produção foi adiada devido à pandemia, e retomar esse trabalho será uma grande alegria. Apesar de ser cantora e atriz, Chicago será o meu primeiro musical, e me instiga muito viver essa personagem arrebatadora que é a Velma Kelly. A estreia está prevista para junho . 

Você será musa do Bola Preta. Como recebeu esse convite, ainda mais num ano tão incerto para o carnaval?

Estou muito feliz com este convite do Cordão da Bola Preta. Este é o bloco de maior tradição  do carnaval carioca, é nosso patrimônio cultural. Já canto na folia deles há dois anos, e agora ser da corte real do bloco me deixa muito feliz e orgulhosa. O Bola é símbolo de cultura e resistência. Inclusive está com uma campanha de doações importante para os profissionais do carnaval impactados pela pandemia. O link está na redes do bloco. Estou ansiosa para que possamos chegar a uma vacina, sem jogatinas políticas para que possamos botar nosso bloco na rua.

Foto: Reprodução. Siga o insta @sitealoalobahia 

1 Nov 2020

Cresce 98% o número de pesquisas por transtornos mentais na internet

A saúde mental das pessoas está pedindo socorro. Essa é a constatação de uma preocupação silenciosa, mas bastante preocupante, que se emerge em meio a pandemia: cada vez mais pessoas estão buscando informações sobre transtornos mentais na internet.

Recentemente, o jornal “Estado de São Paulo” publicou que o Google notificou o aumento de 98% das buscas por temas sobre transtornos mentais. São quase 8 meses que muitos se isolaram pela pandemia e é possível constatar que a maioria das pessoas sofreu mudanças radicais em suas rotinas.

Síndromes mentais invadem 2020 com a força de um ciclone. Essa afirmação é do neurocientista e psicanalista luso-brasileiro Fabiano de Abreu, que conversou com o Alô Alô Bahia sobre o tema. 

Quadros de ansiedade, depressão e pânico aumentaram em todo o planeta, e no Brasil não foi diferente. Como e por que isso aconteceu?
A pandemia atravessou fases. A primeira delas foi o fator surpresa e o medo do contágio, que nos levou ao distanciamento social para prevenir a disseminação do vírus, logo em seguida veio o medo da quebra da economia e de não conseguir viver com dignidade”, enumera Abreu. Esses fatores se somaram aos longos períodos de confinamento e convivência familiar, com as crianças sem poderem ir à escola, tendo aulas online. Logo surge também a preocupação sobre o ano escolar dos filhos, se de fato estão aprendendo como devem. 

Você acha que esse aumento na busca por transtornos mentais na internet prova que a pandemia veio para acentuar os problemas já existentes na sociedade? 
Antes do vírus aparecer, as nossas vidas já estavam muito atribuladas, a saúde mental já vinha sendo discutida por conta do aumento dos índices de depressão no mundo todo. O que mudou é que o estado constante de alerta alcançou níveis insuportáveis para milhões de pessoas e começaram a falar sobre isso muito mais intensamente. Além disso, o adoecimento mental, psicológico e emocional foi revelado, nos deixando a mercê de síndromes que até então pouco líamos a respeito, só se tivesse afetando a nós de alguma maneira ou aos nossos parentes e amigos próximos.

Quais foram os prejuízos do isolamento para a saúde física e mental?
As pessoas estão mais sedentárias, não se preocupam em receber boas doses diárias oriundas do sol, de vitamina D e, por causa da perda do convívio social, estão cada vez mais deprimidas, ansiosas e com insônia. Sendo assim, acabam procurando muito mais por assuntos sobre transtornos nas páginas de busca na internet.

A internet também está tendo um papel importante na divulgação de informações e compartilhamento de experiências. Não é?
Sim. Globalmente uma grande dor está sendo compartilhada, inclusive por quem nunca havia sentido qualquer problema semelhante antes. Assim, a importância de estarmos organizados mentalmente refletiu em nossa rotina de forma direta, pois os conteúdos internos começaram a emergir sem filtros, atravessando o comportamento e nos limitando as ações práticas. O que era interno e invisível passou a ser externo e visível. Basicamente, agora estes problemas vieram à tona, a pandemia jogou luz a assuntos que estavam embaixo do tapete.

Isso quer dizer que nós, seres humanos - independentemente da pandemia - ainda temos que trabalhar muito a inteligência emocional?
Os que buscaram desenvolver os seus recursos internos emocionais estão sabendo lidar melhor com a situação atual. Não é possível ter saúde sem que a mente esteja sã, portanto deverá haver uma percepção maior da importância do psicológico, do emocional com a saúde em dia. Todos verão que uma vida de qualidade se faz urgente. O nosso código genético não está pronto para mudanças tão abruptas. Nascemos para sobreviver e estamos utilizando instintos para a sobrevivência, como a ansiedade, por exemplo, para variadas metas de curto prazo que nos viciaram e nos tornaram dependentes em dopamina (hormônio da recompensa). Ele serve apenas como uma motivação natural para nos impulsionar a conquistas para a própria sobrevivência, mas hoje está sendo canalizado em vários aspectos desnecessários.

Foto: Divulgação / MF Press Global. Siga o Insta @sitealoalobahia.

30 Oct 2020

Luis Martins lança primeiro trabalho audiovisual com canções autorais

O cantor Luís Martins lança nesta sexta-feira (30) seu primeiro trabalho audiovisual intitulado 'Sonho Live', homenageando a música popular brasileira.

Produzido pela Arroz de Hauçá, o projeto inclui canções autorais e novos arranjos para clássicos de Caetano Veloso e Chico Buarque e também conta com projeção mapeada de 180º, além de uma diversidade de instrumentos.

Em entrevista ao Alô Alô Bahia, Luís conta detalhes sobre a proposta do álbum, suas principais influências, além de processo de produção. Confira!
 
Alô Alô Bahia: Como surgiu sua relação com a música e qual foi a principal motivação para a criação deste projeto?
 
Luís Martins: Tenho no meu histórico de vida um pai sanfoneiro e admirador da música. No contexto em que vivi a música e os livros era convivência obrigatória. Com a consolidação do meu primeiro negócio, não tive dúvida da minha nova caminhada. Sonho Live surge como compilado dos meus dois álbuns e um single, tínhamos uma agenda de shows para esse ano, com a pandemia abriu-se um hiato onde não nos permitiu a seguir com a nossa turnê. Não aderindo as lives, desenvolvemos com a equipe um projeto que traduzisse a realidade do palco para todos. Nesse momento chamo a banda e começamos os ensaios que duraram 20 dias. Seguimos todas as normas de segurança e gravamos esse novo álbum audiovisual.
 
AAB: Quem são as suas principais referências no mundo da música?
 
LM:Chico Buarque, Caetano Veloso, Cartola, Noel Rosa, Dominguinhos e meu pai.
 
AAB: Como se deu a escolha do repertório?
 
LM: Sonho Live é um compêndio dos dois álbuns e um single anteriormente lançados. E de algumas músicas de outros compositores que quis homenagear e já apresentei em alguns shows.
 
AAB: Qual é a principal mensagem que esse projeto busca transmitir ao público?
 
Mediante a inserções de culturas diversas esse projeto traz o que temos de melhor, que é a essência das nossas raízes. Por isso, retratamos o baião, o samba, o samba-chula, a bossa e a valsa. Também trazendo elementos rítmicos que compõe a nossa música popular, como: o prato, o agogô, a cuíca.
 
Foto: Divulgação. Siga o insta @sitealoalobahia.

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