Entrevistas



9 Mar 2022

Sergio Marone declara: “A Bahia é meu lugar de reenergização”; leia entrevista

Após alguns dias entre Salvador e Morro de São Paulo, no final de fevereiro, numa rotina mista de descanso e trabalho, o ator e empresário Sergio Marone conversou com exclusividade com o Alô Alô Bahia. Na pauta, claro, a relação com a Bahia, novos projetos no cinema e um pouco sobre sua conexão com ações sociais e ambientais, das quais nasceu a marca própria Tukano, de produtos essenciais e sustentáveis.

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- Sergio, nos conta um pouco da sua relação com a Bahia e o que costuma te trazer aqui...

Nos últimos anos, tenho ido pelo menos uma vez no ano à Bahia. Tem sido, neste período de pandemia, meu lugar de renovação, de reenergização, sabe? E tenho alguns amigos aí...

- Quando vem a Salvador, tem algum lugar específico que goste de ir e que não pode deixar de visitar?

Eu adoro o Carmo e adoro o Mercado Modelo! São dois lugares por onde sempre passo. Adoro ver o pôr do sol do Cafelier e adoro ver as coisas típicas e regionais que são vendidas no Mercado Modelo.

- Sobre a Tukano, lançada no final de 2021, de onde veio a ideia?

A Tukano surgiu porque acredito que estamos aqui para cuidar um do outro e do planeta. Não dá para continuarmos consumindo como fizemos até hoje, sem se preocupar com a origem dos produtos, com a boa remuneração da mão de obra... a Tukano surgiu para gerar uma mudança nessa forma de consumo irresponsável. Com o surgimento de empresas assim, a gente pressiona os grandes players do mercado a se adequarem, a serem mais responsáveis social e ambientalmente.

- Como começou sua relação com temas relacionados à sustentabilidade?

Sempre estive muito conectado com esse tema, acho que nada é mais importante do que isso, discutir essa crise climática que estamos vivendo e a responsabilidade do homem nela. Sempre fui muito ligado a essas causas sociais e ambientais. Em 2011, criei o movimento Gota D'Água, que foi contra a usina hidrelétrica de Belo Monte, que estava sendo construída no Rio Xingu. Levantamos 1 milhão de assinaturas em uma semana, com o apoio de vários colegas de trabalho, como Dira Paes, Murilo Benício, Paulo Gustavo...

- E nas telas, algum projeto novo à vista?

Espero, ainda esse ano, estrear Jesus Kid, meu primeiro filme como produtor, assim que a gente conseguir voltar a ter uma frequência mais ou menos normal nas salas de cinema.

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6 Mar 2022

“As crianças precisam de liberdade para se expressarem”, defende educadora Samara Pinheiro, da Escola Ybá do Quintal

A Escola Ybá do Quintal deu início ao seu ano letivo em Salvador e posiciona a capital baiana entre os projetos educacionais inovadores ao redor do mundo. Pautada na neuroarquitetura, com toda a estrutura física planejada para contribuir com os processos de desenvolvimento das crianças, a escola foca na primeiríssima e primeira infância, trazendo a educadora Samara Pinheiro à frente do projeto. De acordo com a profissional, o objetivo principal da escola é que as crianças possam viver a sua infância sendo respeitadas em seus direitos, envolvendo as infinitas formas de expressarem as suas linguagens. Os percursos de aprendizagem ocorrem enquanto as crianças vivem o seu cotidiano. Em um bate-papo com o Alô Alô Bahia, Samara conta detalhes do projeto.
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Alô Alô Bahia - A Escola Ybá do Quintal deu início ao ano letivo em fevereiro. Qual a proposta por trás do projeto?

Samara Pinheiro - A Ybá do Quintal é uma escola baiana, nordestina e brasileira com foco em crianças bem pequenas e pequenas, validando a força da infância, a capacidade das crianças e todas as questões que envolvem o seu desenvolvimento integral. Aprendem com experiências do próprio cotidiano para que haja sentido. O nosso olhar é absolutamente atento a todos os percursos de aprendizagem de cada criança sob uma escuta atenta e observação constante das educadoras, havendo uma simultânea e efetiva reflexão da nossa prática para que possamos potencializar suas hipóteses através da coparticipação dos adultos envolvidos, pensando em transformar suas vivências dentro e fora da escola, promovendo o seu caminhar na vida - em suas relações com o outro (seja o espaço, a natureza, outras crianças, adultos). Estamos no século XXI, não podemos fechar os olhos e desconsiderar o empoderamento infantil.
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AAB - A escola é inspirada na experiência educacional iniciada em Reggio Emilia, no Norte da Itália pós segunda guerra, mas traz também uma proposta autoral, correto?

SP - Sim. Reggio Emilia é uma experiência de sucesso, que foca nesse respeito aos direitos da criança. Somado a isso, nós trouxemos a minha longa experiência no segmento de educação infantil, chegando a uma proposta pedagógica autoral, pensando em todos os aspectos que envolve o desenvolvimento integral das crianças. Isso contempla, inclusive, a arquitetura da Escola: os amplos espaços, abertos, arejados, cobertos ou não, de forma intencional para que a criança sinta que é acolhida, que tem vez e voz, cuidado e acompanhamento efetivo, que é o centro do currículo, o foco da nossa prática. Através da documentação pedagógica, trazemos para elas e familiares, para toda a comunidade, a visibilidade dos processos das aprendizagens durante os percursos de construção do conhecimento, com um olhar individual e personalizado.
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AAB – A estrutura física é pautada na neuroarquitetura. De que forma isso se revela na escola?

SP - Bárbara Becattini é uma arquiteta premiada, especializada em Neuroarquitetura, e ela é responsável pelo projeto arquitetônico da escola. Nos unimos para que a estrutura física atendesse às necessidades da proposta pedagógica. Compondo experiências profissionais sobre um lugar estruturado, planejado para contribuir efetivamente nos processos de desenvolvimento do sujeito. O mobiliário, por exemplo, é adequado a cada faixa etária, a iluminação favorece a tranquilidade e concentração, as cores interferem também nas possibilidades estéticas para evidenciar a produção das crianças, há uma intencionalidade estética também, pensando no belo como ferramenta para afetar de forma positiva e fomentar a curiosidade e o desejo de pesquisa e exploração. Além disso, ela trouxe o princípio de biofilia na escolha dos materiais e no traço arquitetônico, promovendo conexão com a natureza, com muita ventilação, com cores em tons terrosos, para promover o acolhimento. Há um conjunto de estratégias entre as iluminações de fonte natural e artificial, em respeito e harmonia ao ciclo circadiano.
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AAB - Partindo disso, quais os serviços que a escola Ybá do Quintal oferece e como se divide sua estrutura?

SP – Toda a Escola é considerada um grande ateliê, mas temos um espaço específico que é o de Artes. Um lindo e bem equipado espaço no qual as crianças irão produzir suas estruturas de argila, produzir suas paletas de cores com tintas, utilizar recursos tecnológicos como canetas microscópicas como ferramentas de pesquisas. Trata-se de um espaço devidamente organizado para estimular a criatividade das crianças, desenvolver e ampliar novas habilidades. Temos também uma sala multissensorial, sala de balé, pátios cobertos amplos, um grande quintal natural, banheiros infantis adequados à faixa etária de cada grupo. Para além das atividades que compõem o currículo regular, contamos com um Programa Bilíngue da Cultura Inglesa que atende crianças de 3, 4 e 5 anos. Oferecemos aulas extras de Capoeira, Ballet e Teatro.
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AAB - Considerando que o foco é na primeiríssima e primeira infância, quais são as idades possíveis para as matrículas e quais os turnos em que essas crianças poderão estar na Escola Ybá do Quintal?

SP - Matriculamos crianças entre 1 e 5 anos, em turnos regular (matutino e vespertino), integral opcional (2, 3, 4 ou 5 dias) e ampliado (até 13h). Recebemos visitas de pais interessados através do agendamento prévio. Para qualquer dúvida, disponibilizamos o número de whatsapp: (71) 99669-5528 ou utilizando o link na bio do instagram @ybadoquintal.

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27 Jan 2022

Saiba quais são os programas preferidos de Erasmo Viana no Verão da Bahia

Quando tinha 18 anos, o empresário e influencer Erasmo Viana já tinha conquistado o mercado de Salvador como modelo e partiu para São Paulo, onde construiu uma bem-sucedida carreira. Aos 36, voltou a passar mais tempo na capital baiana para acompanhar de perto um de seus negócios, a unidade da Studio Kore em Lauro de Freitas, onde é um dos franqueados. Morando metade da vida fora da cidade onde viveu na infância e adolescência, ele tem uma lista afetiva de lugares, sabores e sensações que compartilhou com a gente aqui no Alô Alô Bahia.
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Alô Alô Bahia: Como você divide seu tempo hoje?
Erasmo Viana: Atualmente estou morando em Salvador e em São Paulo por ter projetos profissionais em ambas. Depois de passar metade da minha vida na capital paulista e em outros países, estou de volta, provisoriamente na Pituba até nossa casa na Praia do Flamengo ficar pronta. Decidi fazer uma reforma grande junto com a 2A Arquitetura e a Moros Engenharia e devo ficar em Salvador por mais três meses, mas estou sempre viajando a trabalho. Em São Paulo, eu moro no Campo Belo.
 
AAB: O que você mais sente falta e curte quando está em Salvador no Verão?
EV: Este ano, o Verão da Bahia infelizmente está um pouco atípico, mas, além das praias, o que eu gosto de curtir bastante são os ensaios das bandas, como Harmonia do Samba, Timbalada e Psirico, além do Carnaval.
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AAB: Onde você pratica exercícios?
EV: Temos o Studio Kore, que eu sou suspeito pra falar. Lá tem um treino supercompleto, dinâmico e animado. Fora isso, eu gosto muito da BodyTech, aqui em Salvador, e a própria Orla da cidade, que também é superconvidativa.
 
AAB: Qual o melhor banho de mar, na sua opinião?
EV: Não tem como comparar o Porto da Barra com qualquer outro banho de mar por conta da calma da maré e da claridade.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

 

AAB: Qual seu pôr do sol preferido?
EV: Eu gosto muito da vista atrás do Farol da Barra, fica uma galera tocando música, todo mundo reunido pra ver o pôr do sol. Eu acho uma vibe bem legal, fora o visual, que é alucinante, então, sempre que dá, eu vou ali na praia do Porto da Barra e curto o pôr do sol no Farol.
 
AAB: Quais seus três restaurantes preferidos?
EV: Meu top três são o Soho, que além da comida tem uma vista incrível, o Mistura, pela qualidade do menu de frutos do mar, e o Mariposa, que é mais simples, mas tem um buffet maravilho que eu amo.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

 

AAB: No quesito bebida, qual seu drinque preferido?
EV: Atualmente estou na fase do gin, gosto muito de cerveja, gin e uísque. São as bebidas que mais gosto. Aqui em Salvador, gosto de caipiroska de seriguela e lá no Soho tem uma muito boa.

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13 Dec 2021

Lado B: Victor Igoh abre bar temático e fala sobre novos desafios: “Tenho uma história de empreendedorismo”

Ele foi ganhando notoriedade nas redes sociais aos poucos – atualmente, tem mais de 4 milhões de seguidores – mas, para muitos soteropolitanos, o produtor de conteúdo Victor Igoh é conhecido e querido há muitos anos, sempre circulando nas jovens rodas criativas da cidade, empreendendo desde a adolescência.
 
Aos 15, ele investiu na empresa de entretenimento Tequila Open e chegou a trabalhar, por 2 anos, na Rádio Transamérica, antes de abrir o Clube do Risco, estúdio de tatuagem de frente para a orla do Rio Vermelho, no núcleo do agito jovem da cidade. É um andar acima do estúdio, onde circulam figuras moderninhas e cheias de estilo, que ele inaugurou, há menos de 2 meses, o Clube In Fuego, um bar temático que complementa o conceito do primeiro negócio.
 
“Eu queria receber amigos num lugar aconchegante e temático, sem que tivéssemos hora pra ir embora”, explica o empresário, em conversa exclusiva com o Alô Alô Bahia. “Tenho uma história de empreendedorismo, de viver muita coisa que não deu certo, de errar muito, mas de aprender e de sempre apostar em novas experiências e criatividade”, complementa o jovem de 29 anos, que já teve também uma barbearia e uma sorveteria.3de2ded6-9d88-4494-84e9-2860988437e3
Apesar da idade, Victor tem mantido o pé no chão. Atualmente, faz investimentos, lucra com seus negócios e tem a internet como uma das fontes de sua renda. Arrancamos dele que dois novos projetos estão a caminho, mas, escorregadio, ele manteve tudo em sigilo, aguardando o momento ideal.
 
Descobrimos, no entanto, que os novos planos incluem idas e vindas entre Salvador e São Paulo, onde ele espera voos ainda mais altos, ignorando os haters. “O mais difícil é lidar com o julgamento e críticas de pessoas que não te conhecem, não sabem sua história”, reclama. O que importa, no entanto, é que a vida segue independente deles e o Victor cheio de planos está aí para quem quiser conhecer melhor. Desejamos sucesso e seguimos de olho!
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9 Dec 2021

Zabelê lança álbum com resgate musical dos Novos Baianos e reverência à obra dos pais

Dos Novos Baianos ao pop, passando por outras referências derivadas do seu amadurecimento musical, a cantora Zabelê resume tudo isso no seu mais novo álbum "Auê", lançado nesta quinta-feira (9), em todas as plataformas digitais. O projeto conta com as faixas  Preta Pretinha, Deusa do Amor, Menino Deus, Menina do Brasil, Telúrica, Masculino e Feminino e Toda Donzela, e traz parcerias com nomes como Ney Matogrosso, Carlinhos Brown, Mestrinho, Dadi e Evandro Mesquita.

Dando start ao trabalho, a artista estreia o videoclipe da nova roupagem para a faixa "Masculino e Feminino", com participação do cantor Ney Matogrosso. Em bate-papo com o Alô Alô Bahia, Zabelê conta detalhes sobre o novo disco, suas referências musicais e projetos para 2022. Confira!


Alô Alô Bahia - Quais foram os principais desafios envolvidos no processo de produção desse álbum?

Zabelê -
Um dos principais desafios foi escolher um número limitado de faixas no meio de tantas obras lindas e maravilhosas dos meus pais e toda a reverência que eu faço, mas eu consegui escolher algumas e pude botar um pouquinho da minha releitura, da minha visão no momento dessas músicas. E isso foi um grande desafio para mim, mas foi gostoso. São muitas que marcaram a minha história musical como cantora e fizeram parte de toda a minha construção, são as minhas referências musicais
 

Alô Alô Bahia - Quais são as principais referências e características da sua musicalidade presentes nesse álbum?

Zabelê -
Uma das características principais neste álbum é que ele tem um lado pop muito forte. Eu costumo dizer que eu vou de Novos Baianos a Michael Jackson, eu tenho muitas influências da minha geração. Acho que a gente não tem que se prender muito a ter um rótulo. Como artista, eu tenho um leque musical de informações grande e procuro sempre explorar o máximo possível.

Meu primeiro álbum foi o que eu tive um pouco mais de referências bem brasileiras nos arranjos, em toda a produção musical. Agora, eu estou explorando um pouco mais da Zabelê pop. Então, acho que o público está podendo me ver de todas as formas e conhecer a Zabelê por inteiro, entender que eu sou todas essas referências e que eu tenho isso dentro de mim, dentro do meu sangue.
 

Alô Alô Bahia - Como foi o processo de escolha das parcerias?

Zabelê -
A ideia de trazer essas parcerias foi surgindo aos poucos. Eu escolhi alguns nomes que eu aprecio a obra, todo o trabalho musical, e também pessoas que eu sabia que iam ter muito amor e muito carinho diante dessa parceria. Eu sabia que eles iam ter uma visão muito carinhosa de todo o processo e isso foi o que aconteceu tanto com Ney [Matogrosso], quanto com Carlinhos, Dadi, Evandro, Mestrinho... Eles também são fãs dessas obras e ficaram muito tocados, se emocionaram. Foi muito legal porque a gente compartilhou da mesma emoção nessa referência musical.
 

Alô Alô Bahia - De que forma a obra dos seus pais está presente na sua construção como artista?

Zabelê -
A obra dos meus pais está presente em tudo. Todos nós como filhos lá em casa sempre tivemos uma liberdade de expressão muito forte, isso sempre foi um traço da nossa educação, nossos pais sempre nos deram liberdade de escolha o tempo todo para que a gente pudesse seguir o nosso caminho. Então, quando cada um resolveu seguir a sua carreira, foi muito natural, foi muito verdadeiro, foi muito do coração, sem a obrigação de seguir aquele tipo de carreira. Eles fizeram parte da minha construção no meu dia a dia como uma faculdade musical.

Estudando dança em Nova Iorque, que foi a minha primeira paixão, foi onde eu comecei a me descobrir como cantora. Foi uma coisa também muito natural. Estava longe da família. Eu comecei por uma oportunidade que tive através de um grupo de amigos que cantavam numa noite brasileira em Nova Iorque e passei a ter o interesse de cantar, de me ver sozinha no palco. Mas foi muito meu, então eu estou falando isso porque os meus pais estão presentes na minha construção da forma de assistir, de ouvir e de estar ali presente ao lado deles desde criança.

Foi uma escolha muito por vontade própria mesmo em sentir que aquele era é o meu rumo, que no palco era onde eu gostava de estar, mas os músicos e todas as outras pessoas que estavam sempre conosco nas festas e em todos os locais – o Gil, o Caetano, a Cor do Som - também, da mesma forma, influenciaram. A gente estava sempre ouvindo, nós tivemos essa sorte de presenciar muita música boa de uma geração maravilhosa, musicalmente falando, e a gente estava sempre escutando. Desde criança, sempre participei dos videoclipes e de todo o processo musical dos meus pais também, porque queria estar ali.
 

Alô Alô Bahia - O que o público pode esperar dessa releitura de Masculino e Feminino?
 
Zabelê -
A releitura de Masculino e Feminino tem uma coisa muito interessante porque é uma música atemporal. Foi um dos motivos que eu resolvi escolher essa música para estar no repertório. As referências foram o lado pop da Zabelê e tem um rap do meio também que é uma característica totalmente diferente, mas ao mesmo tempo que me acompanha desde o SNZ. Eu fiz muitos raps no SNZ, muitas composições com rap, é uma coisa que eu gosto. Eu, juntamente com o produtor musical Wagner Fulco, busquei uma releitura mais moderna e atual. Junto desse momento de construção a gente chegou nesse caminho de produção musical para apresentar essa música que é um e sempre foi um grande sucesso marcante na voz do meu pai - uma composição que é da minha mãe, do meu pai e do meu tio. A gente resolveu dar essa nova cara para as pessoas que não conhecem conhecerem agora.
 
Alô Alô Bahia - Quais são os principais planos e projetos para 2022?

Zabelê -
Após esse projeto Auê, já tenho um outro projeto em andamento que ainda não posso contar, que já é meu próximo trabalho musical, no qual eu já venho com músicas autorais. É um projeto que eu comecei há um tempinho e estou super curiosa também para mostrar para todos vocês.

 



Foto: Fernando Young. Siga a gente no Instagram @sitealoalobahia e no Twitter @aloalo_bahia
 

29 Oct 2021

Majur conta detalhes sobre “Rainha de Copas”, seu mais recente lançamento em parceria com Liniker

A cantora baiana Majur lançou nesta semana o videoclipe de "Rainha de Copas", sua parceria com Liniker. A faixa faz parte do álbum "Ojunifé", primeiro da carreira da soteropolitana, lançado em maio deste ano. "Esse é, com certeza, um dos clipes da minha carreira. Não só por apresentar eu e Liniker de uma forma nunca antes vista pelo público, mas também pelo significado que essa canção tem pra mim", explica Majur. Em conversa com o Alô Alô Bahia, a artista contou detalhes sobre o novo trabalho.


Alô Alô Bahia - Qual você considera que tenha sido o maior desafio no processo de produção do Ojunifé, álbum do qual a faixa “Rainha de Copas” faz parte, e qual significado esse trabalho tem pra você enquanto artista?

Majur - Para mim, o maior desafio foi escrever sobre a minha vida porque tive que ver do lado de fora e entender a minha vivência como um personagem e escrever sobre. É muito difícil porque fala de cura e, nesse processo, eu também me curei escrevendo e revivendo o que aconteceu no passado. Acho que esse foi o maior desafio. E foi incrível porque fez total diferença, eu mudei muito.
 
Alô Alô Bahia - Qual o significado que a faixa “Rainha de Copas” tem para este projeto e como se deu esse processo de parceria com a Liniker?

Majur - “Rainha de Copas”, para mim, é a música principal do disco porque se trata de uma mulher que já é dona de si. Essa mulher sou eu agora, depois de todos esses processos que eu vivi no disco. Ter a Liniker ali significa a força que eu encontrei anos atrás quando nos encontramos e eu a vi pela primeira vez e pude me sentir inspirada a ser artista porque existia alguém como eu. Convidei a Liniker a fazer essa música justamente por isso.
 
Alô Alô Bahia - O clipe de “Rainha de Copas” apresenta um conceito de labirinto mental, que traz memórias das suas vivências desde a infância. Como se deu o processo criativo de construção desse vídeo e quais elementos e referências você buscou trazer nele?

Majur - Sim, “Rainha de Copas” tem o conceito de labiritinto. Enquanto humanos, precisamos entender que somos seres muito complexos tentando viver em comunidade e, dentro desse processo da minha infância, das minhas vivências até hoje, muitas coisas aconteceram que foram muito importantes. Eu acho que trazer a minha vida e esse processo evolutivo enquanto pessoa trans nessa música foi também possibilitar que pessoas que nunca viram a vida de pessoas trans possam ver e se enxergar. Tenho certeza que muitos adolescentes, crianças, adultos, pessoas jovens, que estão nesse momento se questionando e questionando seu gênero, se entendendo, se encontrando, vão ver isso e se identificar de toda forma. Esse processo criativo se deu a partir do Bruno Pimentel, meu stylist e diretor criativo do álbum. A gente, nesse encontro de almas - somos amigas também -, conseguiu trocar e trazer em síntese toda minha vivência ali em relação a esse corpo relacional que está sempre com as pessoas, sempre com alguém que está vivendo. É importante dizer que eu estou criando um imaginário de uma vivência trans. A gente só entende vivência trans enquanto corpo da prostituição, mas existem pessoas trans que tem uma vida dita normal. A gente não deveria nem estar falando desse jeito, porque parece que não é normal, mas realmente porque nós não somos humanizadas, por isso eu falo dessa forma.
 
Alô Alô Bahia - Quais você acredita que são as principais memórias, aprendizados e experiências que contribuem para quem é a Majur hoje e de que forma você acredita que elas estão traduzidas nesse álbum?

Majur - Toda minha vida contribui para a Majur que eu sou hoje e eu agradeço a cada Majur que viveu nesse tempo, desde a infância, de todos os processos de entendimento do meu corpo, de entendimento como um homem gay, até de se questionar e perceber que não havia um homem e se encontrar logo depois. Todas as Majur são importantes, todos os processos são importantes para mim e, inclusive, me fazem crescer e hoje me fazem trazer tudo que eu trago para as pessoas relacionado à vivência, às experiências, ao entendimento de corpo, de gênero... E elas estão nesse álbum totalmente, do início ao fim, é minha história.


 



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22 Sep 2021

Sommelier do Grupo Fasano, Manoel Beato comandará jantares harmonizados em Salvador

Considerado o mais respeitado sommelier do Brasil, Manoel Beato desembarcou nessa terça-feira (21) na capital baiana. Hoje e amanhã, ele é o convidado do chef Lomanto Oliveira para comandar dois jantares harmonizados, em quatro tempos, no Fasano. Em entrevista ao Alô Alô Bahia, Beato falou sobre o assunto e destacou a importância de combinar os pratos e os vinhos durante uma refeição. Confere!

Qual a expectativa para a primeira edição do Jantar Harmonizado no Fasano Salvador?
 
A expectativa é muito positiva, será uma conversa aberta para mostrar as inúmeras possibilidades de harmonização. Será muito importante falar sobre o conceito de harmonização neste jantar no Restaurante Fasano Salvador.
 
Qual a importância de combinar os pratos e os vinhos em um jantar?
 
Combinações na vida todos fazem, mas a importância da harmonização é para dar prazer, e não ser apenas para aprender.  Neste tipo de evento gastronômico, busca-se equilibrar os elementos que se tem no prato, com os presentes na bebida servida, e se eles têm ou não afinidade. Harmonizar não é deixar morno, mas sim uma conversa sensorial sobre vinhos e comida para abrir mais as percepções.
 
Há quase 30 anos como sommelier do Fasano, como foi a evolução do padrão de consumo para o público da alta gastronomia?
 
O brasileiro começou a aprender sobre vinhos de uma maneira bem diferente do europeu. Aqui, esse aprendizado é um pouco mais formal, mais rebuscado – o que obriga os profissionais da área a trabalhar mais e estudar mais para atender clientes que pesquisam antes de pedir o vinho. Além disso, o universo do vinho é hoje muito mais amplo, abriram-se muitas janelas. Também houve uma migração de diversos apreciadores de destilados, como uísque, que passaram a consumir vinho.
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2 Sep 2021

“Sobrevivemos à pandemia sem fechar as portas”, diz provedor da Santa Casa da Bahia em Almoço de Negócios

 José Antônio Rodrigues Alves e Eduardo Queiroz, respectivamente, Provedor e Superintendente da Santa Casa de Misericórdia da Bahia. 

Nem o Hospital Santa Izabel, que realiza 635 mil consultas/procedimentos e 17 mil cirurgias anuais, e nem outras instituições de saúde administradas pela Santa Casa da Bahia precisaram fechar as portas por conta de surtos graves durante a pandemia. O provedor da Santa Casa da Bahia, José Antônio Rodrigues Alves, vê o fato como um processo de muito cuidado e esforço. Ele foi um dos convidados do Almoço de Negócios pós-quarentena realizado pelo Alô Alô Bahia, na última terça-feira (31), no restaurante Amado, na Avenida Contorno.

“Nós sobrevivemos a todo este período de pandemia sem ter surtos graves em nossos hospitais. Nem no Santa Izabel e nem nos hospitais que administramos foi necessário fechar as portas por isso. Acho que isso tem muito do processo educativo da linha de cuidados e de todo o esforço que os executivos fizeram para manter o hospital sobrevivendo e prestando serviço à comunidade”, ressaltou Rodrigues Alves.

O provedor da Santa Casa da Bahia também parabenizou o evento: “É um prazer estar aqui. Eu acho que são momentos como esse que a gente pode fazer uma discussão mais responsável e objetiva, além de ter a oportunidade de conhecer pessoas de outros setores”.

Em conversa com o Alô Alô Bahia, José Antônio ainda falou sobre a retomada das atividades na área da saúde: “Nenhuma atividade de saúde, como a nossa, pode se manter sustentável, pelo menos com o nosso tamanho, apenas com atendimento da urgência e emergência. Então o movimento eletivo vem com força e é o momento que a gente efetivamente precisa se relacionar com o restante da cadeia produtiva”, disse.

O Almoço de Negócios foi uma realização do portal Alô Alô Bahia com patrocínio do Grupo Civil, Grupo GNC, Alphaville Urbanismo, Sebrae, Circuito G10, Escola Concept, BP Investimentos, Óticas A Fábrica, Shopping Barra, Hospital Santa Izabel e Achei Meu Ponto! e apoio do Hiperideal, Jornal CORREIO, Fera Palace Hotel, Fernanda Brinço Produção & Decoração, TD Produções, CDI Segurança Privativa e Dr. Edson Freitas.

Veja fotos do evento. 
 
Foto: Elias Dantas. Siga o insta @sitealoalobahia.

18 Aug 2021

PODER entrevista o ex-ministro Luiz Henrique Mandetta

Com sua habitual simpatia e eloquência, Luiz Henrique Mandetta, ex-ministro da Saúde e presidenciável do DEM, foi entrevistado por Joyce Pascowitch na live de PODER desta terça-feira (17). Também ex-deputado federal, ele manteve na entrevista suas críticas ao governo Bolsonaro e, principalmente, à figura do presidente.

Bolsonaro foi, para Mandetta, um “chefe ausente”, “sem capacidade de focar o que você está dizendo”. Para exemplificar, o ex-ministro disse que a fatídica reunião ministerial de abril de 2020, a famosa reunião da “passagem da boiada”, cheia de gritos, xingamentos e desabafos aparentemente sem objetividade, não foi uma reunião de exceção. “Todas as reuniões ministeriais eram iguais àquela.”
Ainda sobre o presidente, Mandetta afirma que acha que “ele nunca sentou com um ministro da Educação para saber quais eram as avenidas de educação. O Brasil é tocado pelos ministros. De vez em quando tentam alguma ação interministerial”.

Sobre o chamado “gabinete do ódio”, que Mandetta confirmou a existência e chamou de “horror”, falou que “você nunca sabe de onde vem o tiro”. “O gabinete presidencial parecia uma feira, tinha muita gente lá dentro, e aí começavam a chegar pessoas querendo conversar com você que eram alheias ao governo.”

O presidenciável, que não tem plano B político em 2022 caso sua candidatura não decole, porque atua como médico e se diz bastante feliz com isso, sugeriu cautela a quem já pretende voltar à vida normal, como se estivéssemos livres da Covid-19.

“Existem 8,5 bilhões de pessoas no mundo, precisaríamos de 17 bilhões de doses para vacinar todo mundo, não chegamos nem a 10% disso, e cada vez que o vírus entra numa pessoa ele faz pequenas modificações. As vacinas são instrumento de proteção coletiva, por isso quando há menos gente circulando, menor probabilidade de novas variantes, mas a circulação está muito alta. No Brasil, tudo leva a crer que vamos precisar de uma terceira dose, ainda este ano, para os maiores de 70 anos. E as crianças e adolescentes vão se contaminar.”


Com informações da Revista Poder



Foto: Reprodução. Siga a gente no Instagram @sitealoalobahia e no Twitter @aloalo_bahia
 

2 Aug 2021

Conheça 'Douglas do Vigor', atleta do vôlei que virou a mais nova celebridade digital nas Olimpíadas

Imagine dormir com em torno de 250 mil seguidores no Instagram e acordar com quase 1 milhão. Imaginou? Apesar do exagero, foi mais ou menos assim que aconteceu com o jogador de vôlei Douglas Souza, integrante da seleção brasileira que está em Tóquio para a disputa dos Jogos Olímpicos.

Com vídeos que viralizaram, o atleta viu seus pouco mais de 250 mil seguidores no Instagram antes da competição saltarem para mais de um milhão em apenas 48h. Hoje, já ultrapassou a marca de 3,1 milhões, com pouco mais de uma semana desde o início das Olimpíadas.

Carismático, Douglas já é chamado de "Gil do Vigor do vôlei", devido a semelhanças apontadas entre ele e o integrante da última edição do BBB, reality show da TV Globo. Primeiro gay assumido publicamente no vôlei brasileiro de alto rendimento, Douglas conquistou a torcida brasileiro com seu carisma.

O primeiro vídeo que viralizou foi com Douglas sambando e pulando na cama das instalações da seleção em Tóquio. Daí em diante foi só sucesso. Os vídeos com a "cobertura" do dia a dia da seleção de vôlei viralizaram e tornaram Douglas a mais nova celebridade digital do país. Em alguns vídeos, Douglas não poupa brincadeiras com quem ele chama de "Jorges", que é o também jogador da seleção Maurício Borges.

Ele é natural de Santa Bárbara d'Oeste (SP) e está na sua segunda Olimpíada. Disputou em 2016 no Rio de Janeiro, quando a seleção conquistou a medalha de ouro, e agora, aos 25 anos, representa o país em Tóquio. Ele joga a Superliga de Vôlei pelo EMS Taubaté Funvic.

Em entrevista recente ao UOL, ele disse que as pessoas estão conseguindo olhar para a seleção brasileira de vôlei de forma diferente. "Para que elas torçam de alguma forma, que seja por mim e tal. Sinto que eu estou representando todo mundo. O vôlei é um esporte coletivo e se você quiser torcer pelo Douglas, você precisa torcer pela seleção em si, pelo time todo, para todo mundo jogar bem. Acho que o vôlei é o esporte mais coletivo do mundo", afirmou.
 
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