Entrevistas



29 Jul 2013

O ex-prefeito João Henrique, num ato de total confiança, abre seu coração para o Alô Alô Bahia. Aqui, o resultado!

João Henrique Barradas Carneiro se transformou numa “figura folclórica, um mito em vida”, onde seu nome e suas atitudes reverberam de uma maneira não condizente com sua personalidade e suas atitudes.

Mesmo assim, João, antes de tudo, é um paladino da liberdade de imprensa e do livre exercício do pensar. Pode até não concordar, mas defenderá o não silêncio de um povo, de uma mídia ou de uma alta sociedade, que seja.

Nos corredores do poder, o ex-prefeito é visto como um forte candidato a ocupar, em breve, algum cargo político. O alto empresariado apoia. O significado do nome João? Deus é bondoso. E assim ele segue caminhando paulatinamente para alçar voos maiores e mais desafiantes.

Aqui, após ininterruptas conversas, num ato de total confiança, João abriu seu coração para a redação do Alô Alô Bahia. O resultado, em forma de entrevista, abaixo para deleite geral da sociedade soteropolitana. Confiram:

Alô Alô Bahia – O senhor pretende sair candidato nas próximas eleições?

João Henrique – Com certeza, a governador ou a deputado federal.

Alô Alô Bahia – Qualquer ação sua, por mais simples que seja, reverbera na mídia. Qual o motivo, em sua opinião, de ter se transformado numa espécie de “figura folclórica, de mito em vida”?

João Henrique – Isto eu também gostaria de saber, pois apesar de me considerar uma pessoa comum, a marcação homem a homem comigo é cerrada. A perseguição e o massacre da mídia são impiedosos e cruéis, mesmo depois de eu ter deixado a Prefeitura. Revela-se então, assim, muito medo, e talvez até pânico, dos meus adversários, quanto a possibilidade de que eu venha a disputar o governo do estado da Bahia.

Alô Alô Bahia – Como lida com as críticas?

João Henrique – As que são missa encomendada eu procuro abstrair, das demais tento extrair oportunidades de melhorias.

Alô Alô Bahia – Enquanto prefeito de Salvador, qual foi a situação mais difícil que passou?

João Henrique – No início do meu primeiro governo, muito me preocupava as fortes chuvas e suas consequências drásticas, inclusive com ocorrência de mortes. Portanto foquei inicialmente na construção de centenas de obras de contenção de encostas para diminuir esta aflição histórica da periferia e do subúrbio de Salvador.

Alô Alô Bahia – Como avalia a atual gestão de ACM Neto?

João Henrique- Muito cedo para avaliar, porém com as chuvas, o trânsito e os buracos nas ruas estão cada vez piores. Com a suspensão do PDDU e da LOUS em janeiro último, Salvador já voltou a ser a capital brasileira do desemprego.

Alô Alô Bahia – Como gasta seu dinheiro? É de grandes luxos?

João Henrique – Sempre que posso procuro viajar com a família, mas não sou de grandes luxos, pois para mim, o que importa na verdade é a companhia.

Alô Alô Bahia – O senhor, todos sabem, é um homem vaidoso. Como cuida da aparência?

João Henrique- Sempre que posso, dedico parte do meu tempo à prática da atividade física.

Alô Alô Bahia – Se pudesse voltar atrás, qual erro não cometeria?

João Henrique – Dirigir o governo com partidos políticos.

Alô Alô Bahia – Sua família sempre foi ligada a política, o que lhe confere, desde cedo, presença neste meio. Daí conclui-se que grandes homens devam ter lhe inspirado a exercer a vida de gestor público. Quem, fora João Durval, foi seu farol, seu referencial?

João Henrique – Nelson Mandela.

Alô Alô Bahia – Em Salvador, de empresário, com quem compraria uma briga?

João Henrique – Acho que o empresariado tem estado atento a importância do alinhamento estratégico de suas empresas com base em responsabilidade social e sustentabilidade, pois isto tem impacto positivo não só na sociedade, mas também nos seus próprios resultados.

Alô Alô Bahia – Seu relacionamento com Tatiana Paraíso vai de vento em popa. O que ela mudou em seu comportamento?

João Henrique – A maneira de ver o mundo, viver sem stress e com muita fé em Deus.

Alô Alô Bahia – Quem é João Henrique?

João Henrique – Uma pessoa que sente que nasceu com a missão de servir, principalmente, aos mais pobres, humildes e oprimidos!

Foto: Reprodução. 


5 Jun 2013

Antonio Medrado: “Tenho uma quedinha pelo perigo”

Apesar das aparências primeiras, onde soa um jovem rapaz, Antonio Medrado, proprietário da Dona Empreendimentos, já possui estrada demais para ser consolidado como o grande – porém, moderno – construtor baiano. Da premiação da ADEMI, saiu com dois troféus: Empresa do ano e Lançamento do ano com até 15 mil metros quadrados. Aqui, ele fala que tem uma quedinha pelo perigo, que Salvador possui um problema gravíssimo de mobilidade urbana e que não é muito ambicioso. Conversa quente e sincera. Confiram:

Alô Alô Bahia - Qual foi sua sensação, dia desses, ao ser eleito grande vencedor do prêmio ADEMI, ganhando nas categorias empresa revelação do ano e Melhor Lançamento com até 15 mil metros quadrados?

Antonio Medrado - Fiquei extremamente feliz e orgulhoso, por ter visto ali, o meu trabalho reconhecido por todo Mercado Imobiliário da Bahia. O Prêmio Ademi deste ano foi um pouco diferente dos demais, pois o resultado com os vencedores, só aconteceu no dia da festa, num processo altamente democrático e com muita credibilidade, auditado pela Deloitte. Poucas empresas ganharam 02 Prêmios Ademi num mesmo ano, é como ganhar dois “Oscars”, só que do Mercado Imobiliário. É como receber um grande Certificado de Qualificação; mas, não podemos esquecer, que aumenta também a nossa responsabilidade, e a busca por melhorias em todas as etapas do processo de Incorporação.

Alô Alô Bahia - Quando sentiu que seria construtor e como foi a sua formação?

Antonio Medrado - Sou Engenheiro Civil, formado pela Universidade Federal da Bahia, e pós graduado pela FGV. Desde muito novo, tive certeza do que queria ser. Sempre tive vontade de transformar as coisas, sentimento transformador, inerente aos engenheiros. As minhas brincadeiras de criança, eram de construir estradas, castelos de areia, construir cidades de brinquedo, essas coisas.

Alô Alô Bahia - Quem lhe serviu de inspiração?

Antonio Medrado - Sempre fui encantado pelas historias da Construção de Brasília. Com oito anos , fui a Brasília, e fiquei maravilhado com o poder transformador daquelas pessoas, que criaram uma cidade, e depois a capital do País, naquela época, no meio do nada.

Alô Alô Bahia - O senhor tem engajamento político? Como vê a história do Mensalão?

Antonio Medrado-Tenho minhas convicções políticas, mas não engajamento político. Não acho bom misturar política com atividade empresarial. O mensalão foi o maior escândalo político da história do País, mas os culpados já foram condenados, num julgamento que, espero eu, seja um marco definitivo do fortalecimento das instituições, e no combate da corrupção no País.

 Alô Alô Bahia - Quais são seus próximos planos enquanto empresário?

Antonio Medrado - Não penso muito em quantidade, e sim qualificação; Não penso em lançar 4, 5 , 6 empreendimentos por ano. Penso em lançar sempre produtos bons, bem pensados, estudados. Penso muito na qualificação da minha empresa. Melhoria na qualidade da nossa mão de obra, na eficiência e produtividade dos nossos colaboradores ,  melhoria no nosso atendimento ao cliente . Sempre acho que podemos melhorar um pouco mais a cada dia. Pretendo ser reconhecido como uma grande empresa de Qualidade.

Alô Alô Bahia - Pensa em investir na construção de portos, estradas, aeroportos?

Antonio Medrado - Não penso em investir na construção de portos, estradas etc. Não, por enquanto. A DONA tem 16 anos, e apenas 06 de mercado imobiliário. Portanto foram 10 anos trabalhando com obras públicas. Acredito em segmentação de mercado, em foco empresarial, para empresas de pequeno e médio porte. Apenas empresas gigantes, como por exemplo a Odedrecht  dentre outras, conseguem bons resultados atuando em vários setores, pois são tão grandes e organizadas, que consegue  subdividir-se  em vários núcleos, como várias empresas de pequeno e médio porte.

Alô Alô Bahia - A seu ver, em Salvador, como seria o prédio residencial dos sonhos?

Antonio Medrado - Do ponto de vista de Incorporação, o prédio dos sonhos, é aquele onde moradores ou investidores, estejam extremamente felizes com a sua aquisição, independente do padrão do empreendimento. Agora, do ponto de vista pessoal, estético e utópico, gostaria de construir sobre a Baía de Todos os Santos, num trapiche, apartamentos nascentes e amplos, com muita iluminação natural, ventilados e com muito verde(rsrsr), e com um a tremenda área social.  E o entorno, fosse um lugar seguro, com vida social e cultural, onde as pessoas pudessem caminhar tranquila e prazerosamente.

antonio

Alô Alô Bahia - O senhor é muito elegante. Se preocupa com a aparência?

Antonio Medrado - Obrigado pelo elegante. Não me cuido muito; O meu dia a dia, não facilita essa prática, pois vou nas obras todos os dias, em ambientes quase sempre com muita poeira,  não sou muito de academias e os meus esportes são bem contrastantes com os ideais de uma pessoa vaidosa.

Alô Alô Bahia - Nos próximos meses começará possivelmente uma forte campanha para eleger o novo presidente da ADEMI-BA. Quem leva seu apoio?

Antonio Medrado - Ainda não foram comentados ou anunciados os possíveis candidatos. Más com certeza, levará o meu voto aquele candidato que esteja disposto a defender e melhorar a imagem do Incorporador baiano. Somos empresários do bem ( a grandíssima maioria), geramos muitos empregos e renda para o município. Queremos trabalhar em consonância com os órgãos públicos, seguindo regras claras e pré-estabelecidas.

Alô Alô Bahia - Tem uma Bahia nova acontecendo em Salvador. Aonde foram parar os grandes construtores dos anos 90?

Antonio Medrado - Vivenciamos nos últimos o “boom imobiliário”, onde de 2008 a 2010, foram lançados 135 empreendimentos em Salvador, totalizando 20.800 unidades, corroboradas pelo ingresso de varias empresas do eixo sul-sudeste, aqui em nossa capital. Em muitos empreendimentos, a  euforia dos lançamentos em 2008, deu lugar ao desespero em 2011 e 2012. O mercado não estava preparado para um crescimento tão expressivo. Faltava mão de obra qualificada, equipamentos, insumos. Para atender a demanda, a mão de obra desqualificada teve que ser contratada, diminuindo produtividade e qualidade, aumentando retrabalhos, crescendo  em muito o custo  obra. Obras atrasaram, orçamento foram estourados e vieram os prejuízos. Muitas empresas voltaram com a mesma rapidez que chegaram. Outras tantas, tiveram bons resultados e continuam atuando e atuando bem no mercado. As empresas baianas conseguiram passar bem  por essa fase; e o que se observa, é o amadurecimento profissional dessas empresas. Respondendo a sua pergunta, ainda se encontra no mercado , muitas empresas da década de 90, atuando muito bem e com grandes resultados. Empresas que somam tradição e modernidade gerencial, como exemplos a Concreta, Civil, MVL, Costa Andrade e muitas outras.

Alô Alô Bahia - Como cidadão, como enxerga a estrutura de Salvador para sediar a Copa do Mundo?

Antonio Medrado - Salvador tem um problema gravíssimo de mobilidade urbana, e que veio se agravando nos últimos anos, e que hoje se tornou insuportável. Temos que entender que soluções paliativas não vão resolver absolutamente nada, e a sociedade tem que cobrar planos e projetos de estado e não partidos políticos. Os projetos deveriam ser discutidos com a sociedade e concebidos para serem desenvolvidos em etapas, pensados para um horizonte de 16 a 20 anos, independente do posicionamento  político do gestor. Temos graves problemas de segurança pública, educação, saúde, não imputando aqui, responsabilidades a nenhum grupo político, mesmo porque, esses problemas não são criados da noite para o dia. Como cidadão, fico triste em ver que teremos que decretar feriado municipal nos dias de jogos, para não travar a cidade. Tive a oportunidade de assistir a copa do mundo da Alemanha, onde tudo funcionava, onde tudo era impecável. Temo pela segurança dos nossos visitantes, más também acredito na criatividade e alegria dos baianos.

Alô Alô Bahia - Que dica daria para um jovem universitário que pretender enveredar pelo mundo da construção civil?

Antonio Medrado - Para um jovem universitário saber se estará fazendo a escolha correta, optando pela engenharia civil, ele deve se perguntar, antes de mais nada, se acha que tem força dentro de si, para transformar uma determinada realidade não desejada.  O bom engenheiro, ele tem o poder de transformar.

Alô Alô Bahia - As novas gerações vão suplantar essa tropa de elite mais velha?

Antonio Medrado - As novas gerações devem aprender com os exemplos positivos da tropa de elite mais antiga. E se conseguir aliar a isso, inovação e arrojo nos projetos e criatividade nos lançamentos, conseguiremos o melhor dos mundos.

Alô Alô Bahia - Qual foi sua maior aventura?

Antonio Medrado- Tenho um quedinha pelo perigo. Já pulei de paraquedas, voei de asa delta, parapente, bungee jump. Más minha maior aventura foi surfar no Marrocos, indo até o pico de camelo, e enfrentar ondas gigantes sozinho. Confesso que, depois que entrei no mar, me arrependi.

Alô Alô Bahia - Quem Antonio Medrado quer ser em 2020?

Antonio Medrado - Não sou muito ambicioso. Não me imagino muito grande, sem tempo pra curtir as coisas boas da vida. Trabalho muito duro, más não abro mão da minha qualidade de vida. Já tenho hoje, tudo que preciso. Em 2020, me daria muito prazer ser a empresa de construção com a maior credibilidade da Bahia, com o melhor acabamento, com os melhores  e mais arrojados projetos. Isso sim é um sonho legal, disso sim teria muita vaidade e muito orgulho.

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 Fotos: Reprodução. 

2 Jun 2013

Douglas Campos, o novo mago dos casamentos baianos, entrega as melhores dicas para o dia do Sim

Douglas Campos tem feito sucesso. Vai fazer ainda mais. É que seu nome circula por altas bocas e seu trabalho, ganha destaque, evidência, prestígio. Dia desses, um moço promissor. Agora, o novo mago dos casamentos baianos. Confere nosso bate-papo:

 - Você decora casamentos há muito tempo, notou alguma diferença no seu gosto? “Com o passar do tempo, sinto que meu gosto vem sendo lapidado, e com isso a minha essência barroca - e ao mesmo tempo contemporânea, vem se destacando mais e mais. Amo me superar a cada novo trabalho!”

- Existe alguma decoração que você nunca faria de novo? “Difícil lembrar… cada trabalho tem os traços característicos de sua época, do estilo do cliente, do conceito desenvolvido. Como na alta moda, a decoração muda muito rapidamente, e preciso estar atento a isso. Não me arrependo de nenhum trabalho ou conceito passado. Cada qual ao seu tempo.”

- O que está fora de moda? “Embora existam as tendências, e obviamente devemos acompanha-las - ainda que discretamente, sinto que não há algo especifico que seja Fora de Moda em termos de decoração. Tenho sempre que buscar a adequação do meu estilo ao estilo do cliente, e com isso, dificilmente teremos um cenário out..”

- O que faz um casamento ser elegante? “Muitas flores, velas, móveis de qualidade, serviço impecável, comida saborosa, bebidas em fartura, boa música, e claro (e mais importante!), muito amor emanando no ar.”

-Qual tipo de decoração está em alta? “Percebo que hoje a busca pelo reencontro com o clássico está cada vez mais viva. Montamos cenários de festas como ambientes de casa, e para isso, usamos objetos que antes não faziam parte desse conceito. Sofás, poltronas, aparadores, lustres, abajures, cômodas, espelhos… tudo faz parte dos cenários  atuais. Mas deve prevalecer a harmonia entre as formas, sem excessos e com classe na escolha dos objetos.”

 - Tem notado alguma tendência?  “A principal tendência em casamentos é sem duvida O Sonho. Cada noiva trás em sua trajetória, ideias e imagens que devem ser utilizadas na construção de cada projeto. Personalizar é tendência que nunca passa.”

- Tem algo que você faz em todos os casamentos? “Gosto sempre de criar pontos de impacto visual no cenário. Assim, o convidado se surpreende em cada detalhe. Amo investir em detalhes nas mesas de doces (minha paixão!), além da entrada da festa, que deve sempre sinalizar o estilo e conceito máximo que foi explorado no projeto. Amo também os ambientes aconchegantes, com luz baixa e móveis confortáveis. Fazem os convidados se sentirem acolhidos, como se estivessem em seu próprio living.”

- Quais casamentos você mais gostou de decorar? “Cada casamento guarda lembranças inesquecíveis. Para mim, é como se fosse sempre a primeira vez…. As cortinas se abrindo numa estreia. Não canso de ver a alegria, emoção e o brilho no olhar dos noivos. Para mim, é um privilégio trabalhar com algo tão encantador!”

www.douglascampos.com.br Foto: Reprodução.


26 May 2013

Daniel Joaquim de Carvalho: “A sociedade é um blefe em si”

De família tradicional baiana, Daniel Joaquim de Carvalho, apesar das dúvidas, sempre foi inclinado a escrever e a ter a literatura como tábua de salvação para viver uma realidade mais interessante – e menos comum.

Canceriano, curioso e dramático, tem um jeito todo próprio de sentir as coisas. Fez faculdade de odontologia na UFBA e estudou Letras por três anos, onde participou de um grupo de pesquisa sobre tradução intersemiótica das obras de Shakespeare para o cinema.

Apaixonado pelas artes e por pessoas que possuem brilho nos olhos, aqui, ele abre o jogo, com sinceridade, neste Raio-X up to date. Agora, é com vocês. Só conferir:

Fez-se forte, para: buscar o equilíbrio...

Na vida, a maior loucura: escrever, e mais ainda, expor o que escrevo...

Na sociedade, um blefe: a sociedade é um blefe em si...

Onde um homem não pode vacilar? Diante de mim, risos...

Seu maior objetivo? Continuar escrevendo...

Quem se passa em Salvador? Pessoas arrogantes, deselegantes. Sempre acho que a forma com que as pessoas falam das outras dizem mais de si mesmas do que do outro. Pessoas que gostam de falar mal dos outros por esporte...

Sonho de consumo? Conhecer o sudeste asiático...

Uma frustração: ter sido pouco precoce na vida...

O maior equívoco: expor pessoas que amo por erros meus...

Pra fazer e acontecer: estar rodeado dos meus melhores amigos (Cainã Monteiro, Felipe Lessa e Alexandre Carraro), que chamamos entre nós de G4...

Se sua vida fosse um poema, seria? Tabacaria de Fernando Pessoa.

Foto: Reprodução.


20 May 2013

Flora Gil: “Não tem nada pior que gente metida a besta”

Flora Gil tem um tipo raro de personalidade. Sua força esconde-se atrás do jeito determinado e da ínfima capacidade de multiplicar contatos, tornando-se uma referência no fechado mundo dos altos negócios.  Aqui, nessa entrevista exclusiva, concebida através de diversos emails, não fala sobre o assunto, mas, entre palavras, deixa transparecer a sua garra de quem vai longe. Ou melhor, onde quiser. Com vocês, Flora Nair Giordano Gil Moreira!

Alô Alô Bahia - Fez se forte, para...

Flora Gil – Aguentar o tranco, os desafios, as alegrias e as tristezas...

Alô Alô Bahia – Na vida, a maior loucura?

Flora Gil – Minha loucura foi boa, muito boa; saí de São Paulo aos 19 anos, mudei para o Rio de Janeiro por conta do namorado (18 anos mais velho), casei e sou feliz. Como diz meu amigo Zeca Pagodinho: “Deixe a vida me levar!”.

Alô Alô Bahia – Na sociedade, um blefe?

Flora Gil – Gente metida a besta, não tem nada pior.

Alô Alô Bahia – Onde uma mulher não pode vacilar?

Flora Gil – Na amizade.

Alô Alô Bahia – Seu maior objetivo?

Flora Gil - Viver com saúde pra viver bem e pra morrer velhinha, bem velhinha, em casa, ao lado da família e dos amigos.

Alô Alô Bahia – Quem se passa em Salvador?

Flora Gil – Quem não foi atrás do trio elétrico... Quem não viu o Bloco Filhos de Gandhy e não se emocionou.

Alô Alô Bahia – Sonho de consumo?

Flora Gil - Férias sem celular e sem e-mail numa praia com sol e comidinhas preparadas pelas mãos da minha filha (nutricionista) Bela Gil – belagilm.blogspot.br.

Alô Alô Bahia - Uma frustração?

Flora Gil - Queria ter feito ballet na infância.

Alô Alô Bahia – O maior equívoco?

Flora Gil – Quem não tem humildade suficiente para aprender com os erros.

Alô Alô Bahia – Pra fazer e acontecer?

Flora Gil - Ter tempo para não fazer nada e achar graça.

Alô Alô Bahia – Se sua vida fosse um poema, seria?

Flora Gil – Imagino-te futura ainda mais linda madura..., letra da música Flora, de Gil.

Foto: Valtério/Reprodução. 


25 Apr 2013

Raio-X: Pedro Ariel Santana

Pedro Ariel Santana nasceu em Antas, no interior da Bahia, onde morou até os 13 anos. O ano mais feliz da vida dele – segundo o próprio – foi 1980, quando veio morar em Salvador, na casa de sua avó materna. “A cidade era fascinante, cheia de cultura, festas e magia: um oásis para um adolescente vindo do interior”, diz ele.

Pedro estudou arquitetura na UFBA e depois, com 22 anos, já graduado, foi morar em São Paulo. Lá, com a cara e a coragem, abriu um novo leque de possibilidades. Trabalhou com grandes nomes da arquitetura de interiores, como Arthur Casas e José Duarte Aguiar.

Em seguida, à noite, estudou jornalismo. Há 17 anos entrou na redação da Casa Claudia, do Grupo Abril, onde fez carreira: começou como repórter e hoje é diretor de redação. Com vocês, um exemplo do tipo de pessoa que mais gostamos: as que nasceram para brilhar. Confiram:

Fez se forte, para: Fazer o que deve ser feito. Aquilo que o coração mandar...

Na vida, a maior loucura: É viver. Reto, correto, sem medo de ser feliz...mas, como diz Riobaldo em Grandes Sertões, “ Viver é perigoso”.

Na sociedade, um blefe: A vida fechada em guetos: os amigos do clube tal, a patota do colégio X, a turma do condomínio Y... Argh!

Onde um arquiteto não pode errar: Na proporção.

Seu maior objetivo: Fazer um bom trabalho, sempre.

Quem se passa em Salvador: Quem anda renegando a velha Salvador, o centro da cidade. Temos um patrimônio arquitetônico incrível – o melhor e mais importante do Brasil – e ninguém dá muita bola. E não falo somente dos governantes.

Sonho de consumo: Um daqueles mega apartamentos no Corredor da Vitória. Quem sabe decorado por David Bastos, com fotos do Mario Cravo Neto e telas do Almandrade – todos baianos.

Uma frustração: São tantas... mas talvez a maior delas é ver Salvador tão abandonada. O que estão fazendo com o Porto da Barra, pelo amor de Deus?

O maior equívoco: A política de ocupação da Orla de Salvador (a antiga e a atual).

Pra fazer e acontecer: Se soubesse o que fazer para acontecer de uma maneira bacana e honesta... já teria acontecido, rsrs...

Se sua vida fosse um poema, seria: Qualquer um de Fernando Pessoa ou de Walt Whitman, que souberam como ninguém revelar as contradições da alma humana.

Foto: Reprodução.


4 Apr 2013

Raio-X: Sérgio Barradas Carneiro

Filho de João Durval, Sérgio Barradas Carneiro foi vereador e deputado. Na política, trabalhou duro e conquistou coisas importantes. É, por exemplo, o autor da proposta de emenda constitucional (PEC) que implantou o divórcio direto no Brasil, em 2010.

Agora, longe da política, Sérgio dedica-se apenas a advocacia, onde busca levar sua atuação a níveis superiores. Aqui, surge em papo reto, abrindo o seu coração e ecoando o que viu da vida.

Fez se forte, para: Ajudar a melhorar o mundo, mesmo quando a sensação é de ser uma gota no oceano.

Na vida, a maior loucura: Você revelaria a sua maior loucura?

Na sociedade, um blefe: Gente que se passa pelo o que não é.

Onde um advogado não pode errar: Perder um prazo e subestimar a riqueza da natureza humana.

Seu maior objetivo: Traço objetivos a cada ano. Só assim é possível avançar e se renovar. Este ano, pretendo consolidar minha carreira de Advogado, levando minha atuação a níveis superiores.

Quem se passa em Salvador: As pessoas que não cuidam dela. Jogam lixo e fazem xixi nas ruas, destroem o patrimônio histórico, perdem a paciência no trânsito não respeitam as filas, usam as vagas de idosos e de pessoas portadoras de necessidades especiais, picham viadutos, etc.

Sonho de consumo: Um lugar meu de frente para a praia.

Uma frustração: Não tenho. Sempre tive o amor da minha família, da minha mulher que amo e das minhas filhas maravilhosas. O amor é a única certeza que dá força ao ser humano. Quem tiver igual privilégio, certamente encontrará forças para encarar a vida com seus altos e baixos, normais na vida de qualquer pessoa.

O maior equívoco: Não ter feito Direito como primeiro curso superior da minha vida. Eu sempre soube que seria advogado.

Pra fazer e acontecer: Só estudando e reciclando sempre. Se você tem um talento especial, deve procurar aperfeiçoá-lo. Fazendo bem o que você se propõe, atinge-se a realização profissional, pessoal e a sobrevivência de maneira saudável e sustentável.

Se sua vida fosse um poema, seria: Um poema de amor à minha esposa Solange, paixão eterna da minha vida. Somos uma unidade de dois.

Foto: Reprodução. 


8 Jan 2013

Paulo Borges: "Dou a linha, mas não costuro a roupa"

É preciso traquejo para conversar com Paulo Borges. Ele não é para qualquer um. Nunca foi! Sua inteligência sabe fulminar qualquer senso comum e sua inquietude é capaz de desconsertar até mesmo o mais cético dos seres.

Paulo, criador do SPFW, é uma caixinha de surpresas, com direito a rico enredo. Sua vida, por mais fabulosa que possa ser, é baseada em outros princípios  em outros valores. E é sobre isso que aqui ele nos abre o jogo, contando as suas verdades, numa entrevista inédita. Confere até o final, linha por linha, que é uma aula de bom senso - artigo raro em tempos atuais.

Alô Alô Bahia - Quando decidiu que não seria mais um na multidão?

Paulo Borges - Nunca pensei sobre isso. Adoro ser 1 na multidão!!!

Alô Alô Bahia - A sua habilidade de trabalhar com moda é um dom ou é um resultado de muita dedicação e esforço?

Paulo Borges - Acredito que a mistura de tudo isto. Dom, destino, paixão, mas tudo adicionado a muito esforço, dedicação e foco.

Alô Alô Bahia - Paulo Borges é rotulado como criador do SPFW, como o homem que proporcionou novas divisas para a moda brasileira. E do outro lado do espelho, o que lhe traduz?

Paulo Borges - Paixão. Me vejo uma pessoa apaixona pelo que faz, crente dos valores criativos dos brasileiros, e um ser apaixonado pelo seu país.

Alô Alô Bahia - Vive-se mais de glamour, ou dá para fazer dinheiro trabalhando com produção cultural?

Paulo Borges - O glamour é um produto criado para mitificar o meio. Só se vê glamour de fora. Dentro do processo é trabalho intenso, e bem planejado e gerenciado, pode-se ganhar dinheiro com certeza.

Alô Alô Bahia - Como reinventar, a cada estação, a semana de moda mais famosa do país?

Paulo Borges - Não tenho uma receita para isto. Acredito que tudo faz parte de um todo. Um processo criativo intenso e orgânico. Claro que ter uma inquietude constante ajuda a pensar sempre além. Estamos olhando para a frente, na frente. Acredito que este é o meu papel.

Alô Alô Bahia - O que faria, profissionalmente falando, se um pudesse escolher um novo começo?

Paulo Borges - Adoro cinema e fotografia. Não dá para prever como seria se fosse diferente, mas talvez nestas áreas eu me sentiria muito feliz.

Alô Alô Bahia - Reformular tendências num processo contínuo, gera consumo nas massas. Em um mundo que caminha para a consciência sustentável, até onde se pode ir?

Paulo Borges - Todo processo é de "repensar". Tudo e todo processo. A sustentabilidade faz parte disto. Há quase 10 anos o SPFW defende estas bandeiras e acreditamos em consumo consciente, inovação de todos os processos, e com certeza o mundo será reinventado a partir destes princípios. E a moda por ser um processo criativo e de consumo que tem a inovação como principal pilar de sustentação, já está trabalhando com isto.

Alô Alô Bahia - Como caminha a moda baiana?

Paulo Borges - É difícil analisar algo em termos coletivos. Primeiro porque não acredito em ' modas regionais', acredito em moda e pronto. Seja ela de onde for e para quem for. Com certeza hoje o nome que mostra criatividade na moda baiana é o Vitorino ( Campos), mas claro que existem outros nomes.

Alô Alô Bahia - Seu amor por Salvador é público. Quando ele surgiu?

Paulo Borges - Eu já conheço a Bahia há muito tempo, mas tem quase 13 anos que me encontrei com a Bahia. Um encontro de alma, de vida. Há 15 anos atrás nunca imaginava que um dia iria ter a minha vida tão ligada a Salvador. Hoje sinto que minha alma está completamente enraizada nesta cidade, na cultura, nos hábitos, em tudo. Para fechar este ciclo, veio o meu filho, uma criança maravilhosa que é a minha maior alegria, meu grande amor, minha mais rica missão. Hoje ele já é um rapazinho de quase 08 anos, que a cada ano que passa sente mais orgulho de ser baiano, mesmo tendo residência fixa em SP. Passamos muito tempo na Bahia, e ele em contato com a sua história e raízes.

Alô Alô Bahia - Quais são as suas aspirações em torno do futuro?

Paulo Borges - Eu só penso que quero viver muito, cada vez mais em paz e em alegria, e a Bahia está sempre nas minhas listas do futuro.

Alô Alô Bahia - Ao olhar para trás, diante de tantas conquistas, qual seria a sua maior vitória?

Paulo Borges - Me manter tranquilo com minha essência, meus valores, minhas crenças, minha paz interior.

Alô Alô Bahia - Espera que seu filho seja adolescente em qual realidade, em qual contexto de vida?

Paulo Borges - Não se pode moldar a vida de outra pessoa, mesmo que ela seja seu filho. Eu penso assim. Fui criado desta forma.Procuro manter meu filho dentro da minha realidade e dos valores que sempre prezei. Como disse, faço que ele tenha mantenha laços fortes com suas raízes, mas ele terá a decisão final, seu direito de 'escolher' tudo. Acredito que um ser forte e inteiro, seguro, livre e feliz, tem que desenvolver desde cedo o sentido da responsabilidade pelas suas escolhas e conquistas. Eu dou a linha, mas não costuro a roupa. E aprendi isto com meus pais.

Alô Alô Bahia - Para finalizar, ao seu ver, o que seria a elegância?

Paulo Borges - Educação e auto estima. Todo o resto se encaixa.

Foto: Reprodução.


20 Dec 2012

Maria Helena Mendonça: " Não sou grande nem no tamanho"

A entrevista, encerrando 2012 com chave de ouro, é com Maria Helena Mendonça, uma das figuras mais repeitadas e queridas do high baiano. Maria Helena sempre foi pioneira em muitas coisas: na coragem de assumir suas escolhas como mulher, principalmente...

A socialite, que viu o mundo mudar, nunca deixou se ludibriar pela fosforescência das colunas sociais e nunca baixou a bola para nenhum tipo de poder. A sua coragem lhe fez grande. A sua elegância lhe fez referencial!...

Por isso, simples assim, é ela a nossa entrevistada. Outra, nem aqui nem na China, seria capaz de segurar a bola e fechar esta matéria, a última do ano, como deve ser: em altíssimo estilo. Com vocês, Maria Helena Mendonça, a verdadeira grande dama da sociedade baiana!

Alô Alô Bahia - Como foi sua infância?

Maria Helena Mendonça- Como a de todas as moças que moravam no interior. No meu caso, Santo Antônio de Jesus...

Alô Alô Bahia - A senhora está sempre arrumada, com o cabelo correto, joias corretas e postura idem. De onde vem essa sua elegância e como a aprimorou?

Maria Helena Mendonça - Você me acha elegante? Gosto de me arrumar, só isso. E procuro me vestir de maneira clássica e com moderação.

Alô Alô Bahia - O que a faz saltar das tamancas e perder o controle?

Maria Helena Mendonça - Perder o controle é difícil. Porém falta de compromisso e displicência me deixam muito aborrecida.

Alô Alô Bahia - Como é sua rotina de grande dama social?

Maria Helena Mendonça - Não sou grande nem no tamanho!!! Saio pouco, sou muito caseira. Gosto de cuidar do meu jardim, das minhas plantas, de estar com a família e amigos.

Alô Alô Bahia - Alguma vez viu-se deslumbrada diante de algo?

Maria Helena Mendonça - Muitas vezes. Diante de obras magníficas, de lugares deslumbrantes e por aí vai.

Alô Alô Bahia - Qual conselho daria para Dilma Rousseff se jantasse com ela?

Maria Helena Mendonça- Invista em educação de qualidade. Só assim o país dará o passo necessário para a verdadeira mudança.

Alô Alô Bahia - A senhora é adepta de cirurgias plásticas?

Maria Helena Mendonça - Claro, elas só trazem benefícios.

Alô Alô Bahia - Qual motivo foi fator determinante para colocar sua casa no chão e no lugar, construir uma nova com projeto de Jorge Elias?

Maria Helena Mendonça - Fui contra, queria apenas uma reforma. Meu voto foi vencido, mas o resultado agradou a todos nós. Jorge é um grande arquiteto e tem cultura e bom gosto extraordinários.

Alô Alô Bahia - Quais sonhos ainda gostaria de realizar?

Maria Helena Mendonça - Tenho muitos não realizados, enumerá-los é difícil.

Alô Alô Bahia - Para quem na sociedade baiana a senhora não tira o chapéu?

Maria Helena Mendonça - Para pessoas maledicentes e sem caráter.

Alô Alô Bahia - Maria Helena por Maria Helena?

Maria Helena Mendonça - Uma escorpiana autêntica.

Foto: Valtério.


26 Nov 2012

Pedrinho Figueredo: " É muito melhor ser querido do que ter poder"

Polêmico desde sempre, Pedrinho Figueredo que fez coluna social em Salvador, impulsionando, logo no início, o site de Licia Fábio e que depois tomou outros rumos, indo atrás de seus anseios e objetivos, é o grande entrevistado desta semana. Aqui, ele abre o coração e conta como anda o seu relacionamento com a Bahia, os seus anseios e os próximos passos. Tudo sem papas na língua. Tudo para corações fortes. Confira:

Alô Alô Bahia) Quando decidiu sair de Salvador para tentar a vida no Rio de Janeiro?

Pedrinho Figueredo) Na verdade não foi bem " tentar" a vida. Eu não saí da noite para o dia de Salvador e desembarquei no Rio de Janeiro. Nem Xuxa fez isso no filme " Lua de Cristal", (risos). Já vinha amadurecendo a ideia de deixar a soterópolis desde que comecei a perceber que o mercado local não mais oferecia novas oportunidades. Inicialmente pensei em São Paulo, mas foi no Rio de Janeiro que encontrei um job que mais se adequava ao meu perfil. Sem falar que sempre tive vontade de viver no Rio, era na verdade uma meta de vida que, felizmente, realizei antes do planejado.

Alô Alô Bahia) Como anda a sua rotina?

Pedrinho Figueredo) Tenho trabalhado bastante. Para os que ainda não sabem ou ainda se negam a acreditar, sou assistente pessoal de uma apresentadora muito querida em todo o país, o que tem me mantido bastante ocupado. Mas, fora a rotina laboral que prefiro manter restrita por diversas razões, o que posso falar é que tenho feito muitos contatos, conhecido pessoas incríveis, só este mês estive duas vezes com a presidenta Dilma Roussseff, por exemplo. Tenho também desfrutado dessa fase maravilhosa que o Rio de Janeiro está vivendo enquanto cidade. Estou aproveitando tudo que não pude fazer em Salvador por conta de uma administração municipal que não economizou predicatos negativos. Estou de fato impresionado com o Rio: o transporte público funciona, as ruas estão limpas e a sensação de segurança é real. Bom demais.

Alô Alô Bahia )Depois de diversas trabalhos, a maioria na área de mídia, e de algumas inimizades, ainda mantém um carinho pela Bahia?

Pedrinho Figueredo ) Inimizades? (risos). De fato eu chamaria de verdade. Na maioria das vezes construímos uma relação com as pessoas baseada em laços afetivos e quando este convívio passa a ser diário, atrelado a um vínculo profissional, tudo muda. Mas deixando de lado as relações interpessoais, a Bahia é meu berço esplêndido pelo qual nutro uma paixão especial. Sem modéstia, diria que quem nasce na Bahia possui uma visão diferenciada, ampla e heterogênea da vida. Verdade seja dita, também aprendi com a Bahia e seus absurdos, lições valiosas que hoje me blindam e fazem com eu preveja e me proteja de muitas armadilhas que a vida impõe em seu cotidiano.

Alô Alô Bahia ) A sua postura sempre foi muito polêmica. Mas, verdade seja dita: sempre trabalhou no que pintou. Se arrepende, em algum momento, de ter feito o que fez?

Pedrinho Figueredo ) Arrependimento jamais. Na verdade essa coisa de aproveitar todo e qualquer tipo de trabalho dentro da minha área de atuação ou não, faz parte de uma estratégia profissional de aproveitar o máximo de experiências e oportunidades possíveis. Hoje, aos 28 anos, posso dizer que já fiz coisas inimagináveis para uma pessoa da minha idade. Trabalhei com grandes empresários, políticos, celebridades, viajei o mundo em um navio de cruzeiros. Está última experiência me levou a conhecer 42 países e 143 cidades no mundo. Acho que poucas pessoas na minha idade tiveram a oportunidade de viver isso. E sigo aberto a novas experiências e oportunidades que a vida colocar diante de mim. Ainda quero pilotar caças e tanques de guera no Leste Europeu, mergulhar com tubarões nas Bahamas e viajar ainda mais, muito mais...

Alô Alô Bahia ) Ainda preserva boas amizades por aqui?

Pedrinho Figueredo) Muitas e com certeza serão para a vida toda. Na Bahia tenho família, amigos do peito, conselheiros - além de uma médica e um padrinho responsáveis por grandes mudanças em minha vida.

Alô Alô Bahia ) Seu trânsito sempre foi intenso, rodeado de poderosos e de grandes emrpesários. Continua?

Pedrinho Figueredo ) Espero que sim (risos). Aprendi com meus pais a transitar no mais diversos meios e atribuo grande parte da minha projeção profissional enquanto estive na Bahia, a este aprendizado. Tenho ogulho de contar com amigos em todas as esferas sociais. É claro que socialmente os mais poderosos tendem a ter mais destaque, mas na minha vida a base tem e sempre terá um papel fundamental. Como diria um quande amigo e político que fes história em Sergipe: " É muito melhor ser querido do que ter poder". A maior das verdades, não?

Alô Alô Bahia ) O que você espera da vida?

Pedrinho Figueredo ) Tudo de melhor obviamente, mas vamos combinar que uma das coisas mais bacanas da vida são as supresas que esta reserva. Positivas ou negativas fazem parte do show.

Alô Alô Bahia ) Existem diferenças entre o mercado de Luxo em Salvador e no Rio de Janeiro?

Pedrinho Figueredo) O luxo na Bahia está muito próximo do paulistano, o do Rio de Janeiro é particular, peculiar. Luxo na Bahia é Ferrari e Lamborghini, aqui é bicileta elétrica italiana. A vida do carioca e seus luxos são de uma simplicidade encantadora. Nesse tempo, também entendi que o Rio é uma das cidades mais democráticas que conheci e a praia é a grande responsável por essa dinâmica. Num domingo de sol em Ipanema um milionário senta-se ao lado de um morador de uma comunidade pacificada e o filho do abastado brinca com o do mais humilde. Isso é muito bonito e denota um avanço antropológico que Salvador, por exemplo, está longe de conquistar. Isso sob olhar de um leigo. É incrível o que acontece por aqui.

Alô Alô Bahia )O Rio é uma grande vitrine nacional. Quem, da Bahia, brilha lá?

Pedrinho Figueredo) Tem muita gente da Bahia se destacando por aqui. Fora aqueles que brilham na telinha da TV, tem muita gente descolada fazendo fama por aqui. David Bastos e Carlos Rodeiro são dois grandes exemplos. Isso sem falar numa nova geração de it boys e girls que badalam a cena local.

Alô Alô Bahia ) Se pudesse voltar atrás, qual erro cometeria novamente?

Pedrinho Figueredo ) O de insistir na Bahia. Cometi esse erro durante muito tempo e vou continuar cometendo. A Bahia e os atores sociais que fomentam a cena precisam achar um caminho. Enquanto eles não encontram, eu continuo tentando vislumbrar formas de fazer acontecer.

Alô Alô Bahia ) Quais pessoas você acredita como o futuro de Salvador?

Pedrinho Figueredo) Tenho meus palpites mas prefiro guardá-los para mim.

Alô Alô Bahia ) Pedrinho Figueiredo por Pedrinho Figueredo?

Pedrinho Figueredo) Uma pessoa que vai, com fé nos Orixás, chegar aos 100 anos sem saber o que de fato quer da vida. Vou chegar lá descobrindo e me encantando com a vida dia após dia. Esse é meu segredo, ou melhor, era.

Foto: Reprodução.


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