Pedrinho Figueredo: " É muito melhor ser querido do que ter poder"

Polêmico desde sempre, Pedrinho Figueredo que fez coluna social em Salvador, impulsionando, logo no início, o site de Licia Fábio e que depois tomou outros rumos, indo atrás de seus anseios e objetivos, é o grande entrevistado desta semana. Aqui, ele abre o coração e conta como anda o seu relacionamento com a Bahia, os seus anseios e os próximos passos. Tudo sem papas na língua. Tudo para corações fortes. Confira:

Alô Alô Bahia) Quando decidiu sair de Salvador para tentar a vida no Rio de Janeiro?

Pedrinho Figueredo) Na verdade não foi bem " tentar" a vida. Eu não saí da noite para o dia de Salvador e desembarquei no Rio de Janeiro. Nem Xuxa fez isso no filme " Lua de Cristal", (risos). Já vinha amadurecendo a ideia de deixar a soterópolis desde que comecei a perceber que o mercado local não mais oferecia novas oportunidades. Inicialmente pensei em São Paulo, mas foi no Rio de Janeiro que encontrei um job que mais se adequava ao meu perfil. Sem falar que sempre tive vontade de viver no Rio, era na verdade uma meta de vida que, felizmente, realizei antes do planejado.

Alô Alô Bahia) Como anda a sua rotina?

Pedrinho Figueredo) Tenho trabalhado bastante. Para os que ainda não sabem ou ainda se negam a acreditar, sou assistente pessoal de uma apresentadora muito querida em todo o país, o que tem me mantido bastante ocupado. Mas, fora a rotina laboral que prefiro manter restrita por diversas razões, o que posso falar é que tenho feito muitos contatos, conhecido pessoas incríveis, só este mês estive duas vezes com a presidenta Dilma Roussseff, por exemplo. Tenho também desfrutado dessa fase maravilhosa que o Rio de Janeiro está vivendo enquanto cidade. Estou aproveitando tudo que não pude fazer em Salvador por conta de uma administração municipal que não economizou predicatos negativos. Estou de fato impresionado com o Rio: o transporte público funciona, as ruas estão limpas e a sensação de segurança é real. Bom demais.

Alô Alô Bahia )Depois de diversas trabalhos, a maioria na área de mídia, e de algumas inimizades, ainda mantém um carinho pela Bahia?

Pedrinho Figueredo ) Inimizades? (risos). De fato eu chamaria de verdade. Na maioria das vezes construímos uma relação com as pessoas baseada em laços afetivos e quando este convívio passa a ser diário, atrelado a um vínculo profissional, tudo muda. Mas deixando de lado as relações interpessoais, a Bahia é meu berço esplêndido pelo qual nutro uma paixão especial. Sem modéstia, diria que quem nasce na Bahia possui uma visão diferenciada, ampla e heterogênea da vida. Verdade seja dita, também aprendi com a Bahia e seus absurdos, lições valiosas que hoje me blindam e fazem com eu preveja e me proteja de muitas armadilhas que a vida impõe em seu cotidiano.

Alô Alô Bahia ) A sua postura sempre foi muito polêmica. Mas, verdade seja dita: sempre trabalhou no que pintou. Se arrepende, em algum momento, de ter feito o que fez?

Pedrinho Figueredo ) Arrependimento jamais. Na verdade essa coisa de aproveitar todo e qualquer tipo de trabalho dentro da minha área de atuação ou não, faz parte de uma estratégia profissional de aproveitar o máximo de experiências e oportunidades possíveis. Hoje, aos 28 anos, posso dizer que já fiz coisas inimagináveis para uma pessoa da minha idade. Trabalhei com grandes empresários, políticos, celebridades, viajei o mundo em um navio de cruzeiros. Está última experiência me levou a conhecer 42 países e 143 cidades no mundo. Acho que poucas pessoas na minha idade tiveram a oportunidade de viver isso. E sigo aberto a novas experiências e oportunidades que a vida colocar diante de mim. Ainda quero pilotar caças e tanques de guera no Leste Europeu, mergulhar com tubarões nas Bahamas e viajar ainda mais, muito mais...

Alô Alô Bahia ) Ainda preserva boas amizades por aqui?

Pedrinho Figueredo) Muitas e com certeza serão para a vida toda. Na Bahia tenho família, amigos do peito, conselheiros - além de uma médica e um padrinho responsáveis por grandes mudanças em minha vida.

Alô Alô Bahia ) Seu trânsito sempre foi intenso, rodeado de poderosos e de grandes emrpesários. Continua?

Pedrinho Figueredo ) Espero que sim (risos). Aprendi com meus pais a transitar no mais diversos meios e atribuo grande parte da minha projeção profissional enquanto estive na Bahia, a este aprendizado. Tenho ogulho de contar com amigos em todas as esferas sociais. É claro que socialmente os mais poderosos tendem a ter mais destaque, mas na minha vida a base tem e sempre terá um papel fundamental. Como diria um quande amigo e político que fes história em Sergipe: " É muito melhor ser querido do que ter poder". A maior das verdades, não?

Alô Alô Bahia ) O que você espera da vida?

Pedrinho Figueredo ) Tudo de melhor obviamente, mas vamos combinar que uma das coisas mais bacanas da vida são as supresas que esta reserva. Positivas ou negativas fazem parte do show.

Alô Alô Bahia ) Existem diferenças entre o mercado de Luxo em Salvador e no Rio de Janeiro?

Pedrinho Figueredo) O luxo na Bahia está muito próximo do paulistano, o do Rio de Janeiro é particular, peculiar. Luxo na Bahia é Ferrari e Lamborghini, aqui é bicileta elétrica italiana. A vida do carioca e seus luxos são de uma simplicidade encantadora. Nesse tempo, também entendi que o Rio é uma das cidades mais democráticas que conheci e a praia é a grande responsável por essa dinâmica. Num domingo de sol em Ipanema um milionário senta-se ao lado de um morador de uma comunidade pacificada e o filho do abastado brinca com o do mais humilde. Isso é muito bonito e denota um avanço antropológico que Salvador, por exemplo, está longe de conquistar. Isso sob olhar de um leigo. É incrível o que acontece por aqui.

Alô Alô Bahia )O Rio é uma grande vitrine nacional. Quem, da Bahia, brilha lá?

Pedrinho Figueredo) Tem muita gente da Bahia se destacando por aqui. Fora aqueles que brilham na telinha da TV, tem muita gente descolada fazendo fama por aqui. David Bastos e Carlos Rodeiro são dois grandes exemplos. Isso sem falar numa nova geração de it boys e girls que badalam a cena local.

Alô Alô Bahia ) Se pudesse voltar atrás, qual erro cometeria novamente?

Pedrinho Figueredo ) O de insistir na Bahia. Cometi esse erro durante muito tempo e vou continuar cometendo. A Bahia e os atores sociais que fomentam a cena precisam achar um caminho. Enquanto eles não encontram, eu continuo tentando vislumbrar formas de fazer acontecer.

Alô Alô Bahia ) Quais pessoas você acredita como o futuro de Salvador?

Pedrinho Figueredo) Tenho meus palpites mas prefiro guardá-los para mim.

Alô Alô Bahia ) Pedrinho Figueiredo por Pedrinho Figueredo?

Pedrinho Figueredo) Uma pessoa que vai, com fé nos Orixás, chegar aos 100 anos sem saber o que de fato quer da vida. Vou chegar lá descobrindo e me encantando com a vida dia após dia. Esse é meu segredo, ou melhor, era.

Foto: Reprodução.

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