5 Jan 2024
'Dádiva divina': Preta Gil celebra cura e reforça carinho por Salvador: 'Minha raiz e minha força'
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"A Igreja Rosário dos Pretos foi uma igreja que abraçou os afrodescendentes e faz essa comunhão de religiões, esse sincretismo religioso que é fundamental que a gente viva nos dias de hoje, para que a gente não viva com barreiras, com muros uns entre os outros. Sua fé pode ser diferente da minha, mas a gente pode conviver. E aqui essa igreja abraça os afrodescendentes e as religiões de matriz africana, fazendo essa compreensão de que somos todos filhos de um mesmo universo, de uma mesma energia que cada um denomina através da sua cultura, da sua ancestralidade, da sua fé, da maneira que for, mas podemos conviver em harmonia", disse a artista, em entrevista ao Alô Alô Bahia após a celebração.
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"Isso é, pra mim, algo muito valioso nos dias de hoje, onde a gente vive intolerâncias de tantas formas, preconceitos de tantas formas. Então, eu convido a todos que puderem conhecer, ouviram a missa aqui na Nossa Senhora Rosária dos Pretos", declarou.
Preta recebeu diversas homenagens durante a missa. A celebração foi feita a pedido do produtor cultural Geraldo Badá, amigo da Família Gil. Amigos como Gominho e Jude Paulla foram homenageados pela atriz Regina Casé, em breve discurso durante a missa conduzida pelo padre Lázaro Muniz.
"Eu nunca vi coisa igual. Ela tem amigos, tem mãe, irmãos e pai...mas o que as amizades da Preta revelaram, o que eu vi no hospital e não deixando ela um minuto de lado, o nível de dedicação, eu nunca tinha visto na vida", afirmou.
Quem também acrescentou homenagens a Preta foi o secretário municipal de Cultura e Turismo, Pedro Tourinho, que é amigo da artista. "Aqui represento seus amigos. Malu (sócia e amiga de Preta) me convocou, Padre Lázaro também. Queria agradecer por todos a você por ter sobrevivido. Você traz para nós uma calma, tranquilidade, ao mesmo tempo que agita. Hoje é a primeira sexta-feira do ano, é um dia de falar de paz. Tem uma frase de oxalá que diz que 'sem paz, não há felicidade'", disse o gestor.
Para Preta Gil, o carinho popular e das mais variadas crenças representa para ela uma emoção indescritível. "É uma gratidão imensa, é um sinal de que Deus ouviu as nossas preces, meus orixás e Nossa Senhora. É muita fé, eu tenho muita fé e eu tive muita fé. Esse processo todo foi movido por fé, então não teria como ser diferente. Agradecer e poder estar aqui, agradecendo, para mim é uma dádiva divina, e receber esse amor, e devolver esse amor que eu recebi de tantas pessoas, milhares de pessoas espalhadas pelo Brasil, nas suas diferentes crenças, orando, rezando por mim. É muito gratificante, eu estou muito emocionada, de verdade", conta ao Alô Alô Bahia.
Renovada e energizada, Preta Gil agora quer aproveitar Salvador como não conseguiu em meio ao tratamento da doença. Nas últimas semanas, ela tratou de compartilhar diversos momentos curtindo a cidade, seja na praia ou em shows. "Ano passado eu passei o verão confinada fazendo quimioterapia. Salvador é a minha terra, eu tenho Salvador como a minha segunda cidade, eu sou nascida no Rio, mas Salvador é a minha raiz, é a minha força. Então eu quis, ao receber alta, viver tudo que eu não vivi nesse um ano que eu passei reclusa me tratando. Fiz todos os programas da minha infância, da minha adolescência, eu tenho muita paixão por essa cidade, e vou estar sempre aqui renovando as minhas energias", afirmou Preta.
A celebração contou ainda com apresentações musicais. Juntamente com o coral da Igreja do Rosário dos Pretos, os cantores Armandinho e Del Feliz cantaram músicas de carnaval e diversas homenagens à artista.
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* Fotos: Elias Dantas/Alô Alô Bahia
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A cantora Wanessa Camargo tem 41 anos e é natural de Goiânia, Goiás, onde teve uma infância simples e feliz junto aos pais, irmãos, avós, primos e tios. Ainda criança, mudou-se para São Paulo com parte da família e, na capital, lembra-se de acompanhar a mãe no trabalho de sacoleira e de acordar à noite com o pai compondo. Seguiu os trilhos musicais de Zezé Di Camargo e se lançou como cantora aos 17 anos, embora tenha iniciado nas artes por meio do teatro e da dança. Ao longo da carreira, emplacou sucessos como “Amor, amor”, “O amor não deixa” e “Eu quero ser o seu amor”. Fez participações em filmes e novelas e se apresentou em diversos programas de televisão durante sua trajetória artística. “O maior prêmio para quem canta é saber que sua música marcou uma geração e está no coração das pessoas”, observa.
O cantor, compositor e produtor Rodriguinho nasceu em Bauru, em São Paulo, e tem 45 anos. Começou na música aos 10 anos, no grupo infantil Toca do Coelho. Mais tarde, entrou para Os Travessos e ficou nacionalmente conhecido pelos sucessos da banda nos anos 1990. Passou pela morte do pai dias antes de estourar no cenário musical. Em 2004, deixou o grupo para seguir carreira solo. A partir de então, lançou diversos álbuns e gravou DVDs. Graças à carreira, também teve a oportunidade de viver experiências em outras áreas, incluindo a participação em um dos filmes da Xuxa e na novela ‘O Clone’. “A única coisa que faltava na minha vida era um reality show”, destaca. 
A brasiliense Vanessa Lopes tem 22 anos e hoje mora em São Paulo, mas foi criada em Recife, Pernambuco. É dançarina e criadora de conteúdo, e soma mais de 40 milhões de seguidores em suas redes sociais. Sempre foi ligada às artes e aos esportes, e as competições de dança fizeram parte de sua vida. Por hobby, começou a gravar vídeos dançando aos 13 anos. O conteúdo foi se espalhando pela internet e, hoje, além das coreografias virais, destaca-se pelas publicações sobre maquiagem, fitness e rotina familiar. Hoje, Vanessa Lopes se orgulha de ser chamada para apresentar premiações e já ter sido premiada ela mesma. Depois de bater recordes de engajamento em seus perfis, diz: “Para mim, eu já conquistei o mundo e sou muito grata.” 
MC Bin Laden tem 30 anos e é natural de São Paulo, capital. Representante do funk paulista da Zona Leste, é cantor e compositor. Antes da fama, viveu grandes dificuldades financeiras. Foi vendedor na Rua 25 de Março e trabalhou ofertando produtos de porta em porta. O sucesso da música "Bin Laden não morreu" deu origem a seu nome artístico. Aos 18 anos, a música “Bololo haha” estourou sua carreira. Na sequência, o hit “Tá tranquilo, tá favorável”, em 2015, atingiu o grande público e seu clipe viralizou na internet. Com a notoriedade nacional, participou de programas de TV e subiu ao palco de festivais nacionais e internacionais. 
De Niterói, no Rio de Janeiro, Fernanda tem 32 anos e é confeiteira e modelo. Formada em Moda, conta que também é muito ligada às artes. Está namorando, tem um casal de filhos e revela que precisou se virar para sustentar sua família depois que se separou do ex-marido. Hoje, mora com os filhos na casa dos pais, onde cuida de todas as despesas. Além de trabalhar como modelo fotográfica e se dedicar aos trabalhos com bolos e confeitaria, também atua como bailarina performática. 

Nizam, de 32 anos, é executivo de contas internacional e faz faculdade de Gestão Comercial. Nascido na Mooca, em São Paulo, é filho de pai e mãe libaneses, por isso foi criado em meio à cultura da região. Chegou a ser atleta federado de Natação e Basquete e, durante a infância, montava a cavalo. Ingressou no curso de Relações Internacionais, depois migrou para Comércio Exterior, mas não se formou. Aos 21 anos, começou a trabalhar em cruzeiros internacionais, onde atuou na área de vendas e como gerente da agência de viagens a bordo. Depois de dez anos viajando pelo mundo, passou por 62 países e aprendeu a falar três idiomas. Voltou ao Brasil em 2022. Passou por momentos difíceis nos últimos anos, com a morte do pai e um assalto à própria casa; agora encontra-se desempregado.
Gaúcho de Alegrete, Matteus tem 27 anos e é estudante de Engenharia Agrícola. Passou boa parte da vida no campo e tem muito orgulho das tradições de sua região. Foi criado pela mãe com a ajuda da avó, e tem o padrasto como referência paterna – é com ele que trabalha em uma estância, cuidando de bois para corte de agropecuária. Morando na zona rural, teve dificuldades de acesso à escola na infância e, mesmo assim, conseguiu chegar ao curso superior. Já participou de concursos de beleza para perder a timidez, mas conta que o trabalho social no Centro de Equoterapia da cidade era o que realmente o fazia permanecer nas competições.
De Guarulhos, São Paulo, Beatriz tem 23 anos, é vendedora e formada em Teatro, mas não exerce a carreira de atriz. É a caçula de cinco irmãos e foi criada com eles ajudando os pais a venderem mercadorias nas ruas e em feiras como camelô. Também já trabalhou como babá e modelo fotográfica. “Tenho várias profissões. Pode chamar de pau para toda obra, se vira nos 30...”, brinca. Hoje atua como divulgadora de lojas no Brás, onde chega por volta das três da manhã e é conhecida pelo jeito espontâneo de anunciar os produtos.
Marcus Vinicius é natural de Belém do Pará e tem 30 anos. Já cursou parte de uma graduação em Terapia Ocupacional, da qual desistiu após um intercâmbio de dois anos nos Estados Unidos. Quando voltou ao Brasil, passou a dar aulas particulares de inglês e, por indicação de uma aluna, fez uma especialização na área de aviação. Há cinco anos mudou-se para a cidade de Guarulhos, em São Paulo, para trabalhar em uma companhia aérea e exercer sua profissão de comissário de voo. Também é formado em Marketing e estuda atuação e canto. Foi criado pela mãe e pela avó e lembra que precisou trabalhar bastante para conseguir melhorar de vida.
Natural de Esmeraldas e moradora de Belo Horizonte, em Minas Gerais, Deniziane tem 29 anos e é fisioterapeuta. Apesar de a família viver uma escassez de recursos, houve espaço para diversão. Conta que teve uma infância de pé no chão, subindo em árvores e jogando bola na rua com a irmã gêmea e outras duas irmãs. Foi atleta de Vôlei e no esporte conseguiu patrocínio e uma bolsa de estudos em um colégio particular. Saiu de casa aos 18 anos em busca de melhores condições financeiras e hoje, solteira, divide apartamento na capital de seu estado com o filho de dois anos e uma amiga.
Lucas Pizane, de 22 anos, nasceu em uma vila de pescadores em Itaparica, na Bahia. Mudou-se com a família para Salvador ainda na infância. Em função do trabalho da mãe, educadora, conseguiu bolsas em boas escolas. “Minha mãe sempre foi meu alicerce. A educação a salvou e ela lutou para que eu trilhasse a mesma carreira acadêmica”, conta ele, que também se encontrou na música – hoje é cantor e estudante de Produção Cultural. O baiano, que já integrou duas bandas regionais, destaca que carrega a cultura de seu estado no peito e tem o desejo de levar sua arte para o resto do mundo. Atualmente, faz shows solo pelas noites de Salvador e cria conteúdo para as redes sociais.
Maycon tem 35 anos e é natural de Tijucas, Santa Catarina. Trabalha como cozinheiro escolar em Balneário Camboriú. Saiu de casa aos 16 anos para estudar em um colégio interno na cidade onde vive atualmente. Casou-se aos 20 anos e, logo depois, iniciou a graduação em Jornalismo, profissão que exerceu por um tempo até perceber que não era o que realmente queria. Foi o primeiro dos seis irmãos a se formar no ensino superior. Também cursou a faculdade de História e estagiou voluntariamente em um colégio, ensinando crianças a ler e a escrever. Foi lá que se encantou pela cozinha, que considera o coração da escola. Fez concurso para trabalhar como cozinheiro em uma creche e se apaixonou pelo ofício.
Leidy Elin tem 26 anos e é de São Gonçalo, no Rio de Janeiro. Quando tinha oito anos e com o falecimento de seu pai, sua mãe passou a criá-la sozinha e foi neste período que começaram a ter dificuldades financeiras. Para ajudar a família, trabalha desde os 14. Sua primeira profissão foi a de manicure e, na mesma época, aprendeu a fazer cabelos e sobrancelha. Hoje, para pagar a faculdade de Direito e complementar a renda de casa, é operadora de caixa e trancista. Quando necessário, vende copos em estádio de futebol. “Faço de tudo um pouquinho. Se tem dinheiro, eu estou indo”, diz. Foi noiva por cinco anos, mas está solteira desde que descobriu que foi traída.






