A oncologista baiana Clarissa Mathias conquistou um importante reconhecimento por suas contribuições à Medicina: ela passou a ser a primeira mulher brasileira a fazer parte do grupo de especialistas globais do Fellow of the American Society of Clinical Oncology (Fasco), da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (Asco).
A premiação se dá ao trabalho desenvolvido pela profissional nas frentes de pesquisa, envolvimento voluntário e participações em iniciativas internacionais. O anúncio aconteceu na última quinta-feira (14).
“É um orgulho imenso ser parte do time de especialistas da Fasco. A Asco é uma organização fascinante, que se dedica no avanço das fronteiras da inovação e investigação, proporcionando um olhar direcionado ao paciente e influenciando médicos do mundo inteiro. Me sinto honrada em fazer parte dessa história”, comentou a médica em entrevista ao Alô Alô Bahia.
A elegibilidade dos membros do programa se dá pelo critério de acúmulo de pontos por serviços voluntários ou atividades com a Asco. "Essa é uma maneira de incentivarmos, através de um trabalho gratificante, que mais membros se envolvam e façam parte de projetos como esse", finalizou Clarissa.
Ao todo, o programa, que continua em expansão a cada ano, conta com mais de 2 mil voluntários e 200 grupos dentro do projeto.
Uma trajetória dedicada a combater o câncer
Considerada uma das vozes mais ativas na luta pela equidade de acesso ao diagnóstico e terapias no controle do câncer, ao longo de sua trajetória Clarissa Mathais soma importantes contribuições para os setores público e privado de saúde, tendo, entre outros cargos, sido presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (Sboc), Presidente do Grupo Brasileiro de Oncologia Torácica (GBOT), e Presidente do Comitê Internacional da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (Asco). Atualmente é parte do corpo clínico do Grupo Oncoclínicas, onde atua como oncologista clínica e lidera estudos clínicos, e compõe o Comitê de Mulheres para Oncologia da Sociedade Europeia de Oncologia Médica (Esmo).
A médica é também organizadora do recém-lançado livro Encontros Ecumênicos – Amor e gratidão na arte de compartilhar, da Editora DOC.
Vítima de depressão, Baco Exu do Blues voltou a falar sobre a doença em suas redes sociais. No X (antigo Twitter), na manhã desta segunda-feira (18), o baiano desabafou com seus seguidores: “Eu não estou bem”.
O desabafo vem na esteira das críticas à sua apresentação no festival Wehoo, em Olinda, em Pernambuco, no último sábado (16). Os fãs relataram quase 1 hora de atraso para o início do show, no qual o rapper errou algumas letras e cantou músicas pela metade.
Na postagem, respondida com diversas mensagens de carinho e desejos de melhoras dos fãs, o artista ainda disse que está se cuidando.
"Tô me esforçando pra entregar o melhor possível pra vocês, mas não tô bem. Desculpa a todo mundo que tem carinho por mim e ama minha música, eu vou melhorar, tô me cuidando, espero que entendam", seguiu Baco, sem dar mais detalhes da situação.
Em recente entrevista ao Popline, o rapper falou sobre racismo, temática sempre forte em suas músicas, e do reflexo do preconceito na vida de pessoas pretas.
"Toda criança preta sofre muito quando criança, independente da classe social. Acredito que todos nós negros temos tendências depressivas e isso não é discutido. A gente não vê como problema real, mas (a depressão) precisa ser combatida", defendeu.
"Em consideração a nossa história, ao nosso amor nesses 4 anos e ao amor de vocês para com a gente, viemos comunicar que decidimos não continuar o nosso relacionamento enquanto casal, nesse momento de nossas vidas. Sim, nos casamos praticamente ontem e foi o casamento mais lindo do mundo, sem dúvidas. Não há arrependimentos quando se vive a verdade. E foi tudo verdade", escreveu a cantora no Instagram.
A artista continuou dizendo que o ex-casal se conheceu melhor, e descobriu que têm objetivos diferentes de vida. "Porém, na caminhada desses anos nos observamos, nos conhecemos e descobrimos que temos sonhos distintos, e uma grande sede de realizá-los. Tentamos muito estar juntos para viver tudo isso, mas, na grandeza do que se é para cada um, desencontramos muitas vezes do nosso próprio caminho".
Majur comentou ainda no pronunciamento que os dois seguem mantendo um bom relacionamento, mas não mais romanticamente.
"Pode ser difícil para vocês entenderem, mas fizemos escolhas até aqui. E essa também é a nossa escolha. Nos amamos demais, porém a vida não é só amos. Vocês ainda vão nos ver juntos, trabalhando, às vezes no mesmo lugar. Fica o nosso respeito e admiração que temos um pelo outro e a tudo que escolhemos até aqui. Pedimos respeito a vocês também, pois não é fácil estar onde estamos agora e tudo que precisamos é paz, acolhimento e muito amor".
A cantora finaliza a nota, assinada por ambos: “O nosso futuro, ao tempo pertence. E nosso amor já é para vida toda! Ficaremos bem, Majur e Amazonas”.
*Por Naiana Ribeiro. Fotos: Edgar Azevedo e Reprodução/Instagram.
Salvador ganhou, nesta segunda-feira (18), o maior terminal de eletrocarga em área pública do Brasil, localizado ao lado da Estação Rodoviária do BRT, para uso exclusivo dos ônibus elétricos do modal. Com investimento de aproximadamente R$ 4 milhões, o equipamento possui capacidade para carregar até 20 ônibus simultaneamente.
A nova estrutura tem 10 estações, com capacidade para atender dois ônibus cada. Os pontos, que podem chegar à potência de 160 kW/h cada, podem concluir o abastecimento completo de um veículo em até duas horas. A localização do terminal, ao lado de uma das estações mais estratégicas do BRT, vai permitir que os ônibus elétricos que compõem atualmente o modal da capital baiana sejam recarregados mais facilmente, sem que precisem se deslocar até as garagens, que ficam distantes das linhas.
O prefeito Bruno Reis destaca que o investimento não é apenas para o presente do transporte público, mas para o futuro. “Só a tecnologia, a inovação e os ônibus elétricos vão permitir que, no futuro, o transporte público sobre rodas possa sobreviver. E não estamos poupando esforços para que façamos isso aqui em Salvador. Justamente porque estamos com isso tirando um dos componentes que mais pesam no custeio do sistema, que é o diesel. Os estudos mostram que ele, sozinho, representa 26% de todo o custeio”, afirmou.
Com o terminal elétrico, será possível realizar as chamadas "cargas de oportunidade", que ocorrem nos horários de menor demanda da operação. Com isso, ao longo do dia, será possível abastecer até 40 veículos.
De acordo com o secretário de Mobilidade, Fabrizzio Muller, a Prefeitura já está realizando os estudos para construir um segundo terminal de eletrocarga, desta vez na região da Estação da Lapa. “Os ônibus elétricos no Brasil ainda carecem de maiores incentivos. Não existem isenções de impostos para esses veículos, nem linhas de crédito que facilitem a aquisição deles por parte da iniciativa privada. Então, o que a Prefeitura está fazendo enquanto poder público é justamente investir na infraestrutura para ajudar que a iniciativa privada embarque e faça o sistema chegar aonde a gente quer”, afirma o titular da Semob.
O Instituto Cervantes realiza, a partir do próximo dia 27 de setembro, o Ciclo de Cinema "Histórias Que Não Te Contaram". Quatro filmes serão exibidos em sessões gratuitas, sempre às 18h30, até o dia 30, na Sala Walter da Silveira, nos Barris.
As quatro histórias escolhidas para compor o ciclo, uma colaboração com o Festival de Huelva de Cinema Ibero-Americano, levam os espectadores a enxergar o quão difícil é viver e realizar os sonhos e ideais que forjamos para nós mesmos, mesmo que estes sirvam apenas para enfrentar o dia a dia.
A tensão e a dor que as protagonistas de Miriam Mente, exibido no dia 27, e de "O Outro Tom", no dia 30, enfrentam revelam como as mulheres são as primeiras vítimas dos desajustes sociais e das novas formas de relacionamento, no primeiro caso, mas também da violência e da dificuldade em lidar com transtornos psíquicos e emocionais, no segundo.
O ambiente de trabalho e seus conflitos na gestão de Recursos Humanos é um dos temas de "Quadro Permanente" filme que mostrará, no dia 28, como os conflitos trabalhistas têm migrado para espaços mais invisíveis, porém não menos injustos. Finalmente, em "Pizarro", no dia 29, é elaborada uma abordagem sobre a memória histórica colombiana a partir do protagonismo compartilhado da protagonista e de seu pai, um comandante assassinado após a assinatura dos acordos de paz.
* Por José Mion, com informações do Correio. Foto: Lucas Malkut.
As casas de show são decisivas para fazer circular novos nomes da música brasileira. A União Brasileira de Compositores (UBC) divulgou mais de 20 espaços em Salvador que recebem apresentações de artistas da cena independente. A lista contém nome do local, endereços e contatos dos estabelecimentos. Confira:
1. Casa da Mãe - Espaço cultural dos mais tradicionais da capital baiana, tem culinária do Recôncavo e recebe shows de artistas de música brasileira, jazz, choro e samba. Rua Guedes Cabral, 81, Rio Vermelho - (71) 99926-2101 / Instagram.
2. Mercadão.cc - Localizado no coração do bairro mais boêmio da cidade, tem capacidade para 200 pessoas, recebe shows de cumbia, jazz, rock, forró, eletrônica, samba e festas com DJs. Rua Guedes Cabral, 20, Rio Vermelho / Instagram.
3. Casa Rosa - Equipamento concebido com ambientes multifuncionais à beira-mar, inclui um teatro com capacidade entre 110 e 400 pessoas, um pátio com palco grande para shows maiores, além de uma sala para aulas e oficinas e uma galeria de arte. Costuma receber shows de todo tipo, de ensaios de blocos afro a bandas de rock. Praça Colombo, 106 – Rio Vermelho – artistico.casarosa@gmail.com / www.casarosasalvador.com.br / Instagram.
4. Colaboraê - Espaço cultural, estúdio e bar/restaurante da produtora e incubadora que recebe shows variados em seus espaços, especialmente o bar no terraço. Rua Borges dos Reis, 81, Rio Vermelho (71) 4103-6584 – contato@soucolaborae.com / Instagram
5. Blá Blá Blá - Arte & Cultura – Um autêntico inferninho com foco no rock, mas que promove shows de outros gêneros. Rua do Meio, 141 - Rio Vermelho / Instagram
6. Trapiche Barnabé - Localizado no bairro do Comércio, é um espaço com boa estrutura e capacidade, que funciona como espaço cultural, estúdio, bar/restaurante da produtora e incubadora / Instagram
7. Casarão Salvador Hall - Espaço de eventos com estrutura completa e adaptável, que costuma receber shows de pagode. Avenida Jequitaia, nº 100, Cidade Baixa / Instagram
8. Sunset Music Bar – Novo espaço para shows de tamanho médio e que apresenta uma programação musical diversa. Rua Araújo Bastos, 3, Pituaçu. (71) 99707-9120 / Instagram
9. Villas Music Bar - Espaço versátil, que funciona como bar, casa de música e churrascaria, possui cerca de 2.500 m² e capacidade para até 3 mil pessoas. Av. Luiz Tarquínio Pontes, 2893, Vilas do Atlântico / Instagram
10. Armazém Convention - Com capacidade para até 5.500 pessoas, a casa de eventos recebe shows, congressos, feiras, conferências, palestras, convenções, formaturas, entre outros, nos mais diferentes formatos e tamanhos. Tem uma programação com grandes artistas da música brasileira. Av. Luiz Tarquínio Pontes, 827 - Jardim do Jockey, Lauro de Freitas. (71) 99998-7111 / Instagram
11. Área 51 Studio Bar - Espaço voltado essencialmente para shows de bandas de rock. Travessa Basílio de Magalhães, 90, Rio Vermelho / Instagram
12. Mercearia Bar - Bar e restaurante que recebe shows de artistas da cena musical contemporânea. Rua Borges dos Reis n 5, Rio Vermelho / Instagram
13. Pub Casa Nº1 - Funcionando desde 2018, o espaço recebe shows de jazz, MPB, pop, com essencialmente novos nomes da cena musical baiana. Rua Aristides Áttico, 38, Barbalho / Instagram
14. The Green House Music - Casa de shows voltada para artistas e bandas de rock e pop, essencialmente covers. Rua Conselheiro Pedro Luiz, 369, Rio Vermelho / Instagram
15. Batatinha Bar - Espaço voltado para o samba tradicional. Ladeira dos Aflitos, 68, Centro / Instagram
16. O Portal Bar - Espaço cultural que promove shows de novos nomes do cenário independente baiano. Rua do Passo, 29, Santo Antônio / Instagram
17. Casa da Felicidade - Show bar & petiscaria que recebe show de estilos diversos do cenário mais independente, de forró a rock. Rua da Paciência, S/N, Rio Vermelho. (71) 99153-7970 / Instagram
18 a 23. Praças no Pelourinho – O maior ponto turístico da capital baiana recebe diversos shows em seus largos e praças. Festivais, grandes eventos, ensaios pré-carnavalescos, apresentações de blocos afro, shows pagos ou gratuitos, eles acontecem quase todos os dias com artistas dos mais diversos gêneros. O Centro de Culturas Populares e Identitárias – CCPI é responsável pela maioria destes espaços. (71) 3103-3350 www.centrodeculturas.ba.gov.br
18. Largo do Pelourinho
19. Praça Tereza Batista
20. Praça Quincas Berro D’Água
21. Largo Pedro Arcanjo
22. Praça das Artes
23. Largo da Tieta
Irá Salles está de malas prontas para embarcar rumo à Europa. A designer vai participar da Milão Fashion Week, que acontece de 19 a 25 deste mês. No domingo (24), o público que assistir ao desfile Satisfashion, realizado pela agência Mystyle-Events na Chiostri di San Barnaba, residência histórica do Século 15 localizada no centro da cidade italiana, vai ver de perto as bolsas criadas pela baiana.
“Será um desfile nesse local histórico contemplando marcas de vários designers do mundo”, destaca a designer, que integra o time de criativos convidados para participar do evento. O objetivo é reunir grifes de várias partes do planeta e destacar o trabalho de criadores como Irá Salles, que chamou a atenção dos curadores do projeto.
“É um evento que dá visibilidade para novos designers no mundo e eu me senti feliz pelo convite pois é o reconhecimento do trabalho da marca, que já completou 25 anos, sempre seguindo o DNA brasileiro”, disse em entrevista ao Alô Alô Bahia.
Ao longo desses anos, Irá Salles vem desenvolvendo um trabalho autoral com técnicas manuais numa linha contemporânea e sofisticada. Formada pela Parsons School of design em Nova York, escola famosa pelos grandes nomes que passaram por lá como Calvin Klein, Marc Jacobs e Donna Karan, a designer iniciou a carreira trabalhando com alta costura ao lado de Carolina Herrera, mas foi com uma linha de bolsas que tudo começou quando resolveu voltar para o Brasil.
Estabelecida em Salvador, hoje comercializa suas criações em mais de 50 pontos do Brasil, além de 30 no exterior, distribuídos entre os Estados Unidos, Canadá, Japão, França e Inglaterra. Suas peças também fazem parte do maior museu de bolsas de mundo, o Tassen Museum of Bags and Purses em Amsterdam.
O cantor Bruno Mars conquistou de vez o coração do público brasileiro e tem recebido inúmeras demonstrações de carinho desde sua passagem pelo festival The Town, em São Paulo. Para expressar sua admiração, a estudante Maria Eduarda Cardoso, do Rio de Janeiro, fez uma tatuagem na perna em homenagem ao artista, que compartilhou o registro em suas redes sociais.
"Eu sou muito fã dele, mas não consegui ir ao show [do The Town]. Fui ao show do Rio, na Praça da Apoteose, mas esse não consegui" declarou Maria Eduarda.
A Praia de Copacabana se tornou mais uma vez palco de uma grande manifestação pela liberdade religiosa. É a 16ª edição de um ato que já tem data fixa no calendário da cidade. Todos os anos, sempre no terceiro domingo do mês de setembro, praticantes de diferentes credos se unem para pedir paz e denunciar casos de intolerância e de racismo.
A Caminhada em Defesa da Liberdade Religiosa é convocada anualmente por duas entidades. Uma delas é o Centro de Articulação de Populações Marginalizadas (Ceap), que, desde 1989, atua na promoção da cultura negra como forma de combate ao racismo e à intolerância religiosa. A outra é a Comissão de Combate à Intolerância Religiosa do Rio de Janeiro (CCIR), fundada em 2008 inicialmente por umbandistas e candomblecistas, mas que agrega atualmente representantes das mais variadas crenças.
Os participantes começaram a se concentrar às 10h no posto 5 de Copacabana e, por volta de 13h, iniciaram a caminhada pela orla. Este ano, foi lembrado o assassinato da líder quilombola Mãe Bernadete, ocorrido há exato um mês. Aos 72 anos, ela foi alvo de tiros dentro da associação do Quilombo Pitanga dos Palmares, no município de Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador.
"Essa caminhada é em memória a ela e à luta que ela empreendeu na defesa dos nossos povos", disse o babalawô Ivanir dos Santos, interlocutor da CCIR. Ele explica que não se trata de um ato religioso.
"É uma caminhada de religiosos e não-religiosos na defesa de uma agenda civil que é o Estado Democrático de Direito, as liberdades, a democracia, a diversidade e mais ainda os direitos humanos. Então, isso é o que nós estamos celebrando todo ano. Infelizmente, cada vez mais cresce na sociedade a intolerância, a misoginia, a homofobia, o racismo", diz Santos.
Apesar da presença de praticantes de religiões de diferentes crenças cristãs, a imensa maioria dos participantes eram vinculados a religiões de matriz africana. No carro de som, a diversidade pautou a programação: houve apresentações de grupos culturais umbandistas, candomblecistas, católicos, evangélicos, entre outros. Ivanir dos Santos afirma que essa é uma pauta que precisa envolver toda a sociedade.
"Continuamos fazendo um trabalho de diversidade. Essa é uma luta em benefício de todos. Quando o obscurantismo cresce, ele ameaça as liberdades: a liberdade de imprensa, a liberdade política e a liberdade de pensamento. Então, lutar contra a intolerância não é só uma tarefa das religiões de matriz africana, mas de toda a sociedade. Afinal de contas, a intolerância é um ataque à Constituição Brasileira".
O sacerdote Luiz Coelho, da Igreja Episcopal Anglicana do Brasil, pediu maior mobilização dos cristãos. "O Brasil é um país plural que tem vários povos, várias culturas e também tem várias religiões. Principalmente para nós, que somos pessoas cristãs e que formamos a maioria da população brasileira, é muito importante endossar que não há espaço para violência, não há espaço para a intolerância religiosa".
Coelho enfatizou que os diferentes credos podem trabalhar juntos pela paz, pela harmonia dos povos, pelo fim da violência e por uma cultura de vida. "Devemos apoiar principalmente as religiões de matriz africana e ao xamanismo, que já sofreram tantas perseguições e ainda hoje são vítimas de preconceito", acrescentou.
Caravanas de outros estados, como São Paulo e Minas Gerais, contribuíram para engrossar o número de manifestantes. Pai Denisson D'Angelis, sacerdote de umbanda do Instituto CEU Estrela Guia, saiu de São Paulo para estar presente na caminhada. Ele cobrou uma política de Estado em favor da liberdade religiosa.
"Precisamos estar de mãos dadas contra todo tipo de vilipêndio, de agressão, como foi o caso da mãe Bernardete. Temos uma luta muito grande pela liberdade do povo de matriz africana, dos ameríndios e atos como esse vêm reforçar a necessidade de sermos respeitados".
Presente na caminhada, Felipe Avelar, diretor jurídico da Comissão de Combate à Intolerância Religiosa (CCIR) da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-RJ), enfatizou que a entidade vem acompanhando os casos para ter uma postura ativa no encaminhamento tanto em âmbito criminal como em âmbito administrativo junto às autoridades competentes. "A liberdade religiosa é um direito fundamental", pontuou.
Minorias
O ato contou com a presença de representantes de credos que tem menos expressão no país, ainda que diversos deles tenham longa tradição. O monge Gyouun Vieira observou que o budismo desembarcou no Brasil em 1908 junto com a imigração japonesa.
"Um dos principais motivos que geram a intolerância é a falta de informação e de conhecimento. Eventos como esse fazem com que a gente possa conhecer mais as religiões. É possível encontrar líderes religiosos que não temos a oportunidade de encontrar no dia a dia", avaliou.
Entre outros grupos presentes estavam a Associação Ahmadia do Islã no Brasil e a União Wicca do Brasil. O presidente da União Cigana do Brasil, Marcelo Vacite, lembrou que o estado é laico e que todos têm direito de cultuar a sua religião. "Não podemos incentivar o fanatismo religioso, porque ele mata, ele destrói, ele fere", afirmou.
O empresário Antônio Ricardo Beira, sócio do Grupo Ypê, recebeu nesta segunda-feira (18) o título de cidadão soteropolitano entregue pela Câmara Municipal de Salvador. A honraria é um reconhecimento público das contribuições do empresário para a capital baiana. A solenidade contou com a presença do presidente da Câmara, vereador Carlos Muniz (PSDB), e do vereador Alberto Braga (Republicanos), além do antiquário baiano Itamar Musse e do prefeito Bruno Reis.
Antônio Ricardo Beira, natural de Campinas, São Paulo, é formado em engenharia agronômica pela Faculdade de Agronomia Zootecnia Manoel Carlos Gonçalves, concluindo sua graduação em 1989. Ele é membro dos conselhos de sócios e administração do Grupo Ypê, uma das maiores empresas brasileiras de produtos de higiene e limpeza.
O título de cidadão soteropolitano foi proposto pelo ex-vereador Geraldo Júnior (MDB), que atualmente ocupa o cargo de vice-governador do estado. Essa honraria é concedida a pessoas que, mesmo não sendo nascidas na cidade, contribuem significativamente para seu desenvolvimento e bem-estar.
O evento de entrega do título foi marcado por momentos de reconhecimento e celebração. O empresário Antônio Ricardo Beira expressou sua gratidão pela homenagem e enfatizou seu compromisso contínuo em contribuir para o crescimento sustentável de Salvador e do Brasil.
O Grupo Ypê tem se destacado por suas práticas de responsabilidade social e ambiental. A empresa está envolvida em várias iniciativas de sustentabilidade, incluindo a redução de resíduos plásticos e a promoção de práticas agrícolas sustentáveis.
