3 Oct 2022
Primeiro lote de Paxlovid, para tratamento de Covid, é entregue no Brasil
O remédio foi autorizado emergencialmente pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) em 30 de março deste ano. Com isso, já são 43 países com acesso ao medicamento. Na América Latina, além do Brasil, somente Panamá e México tiveram lotes entregues.
O uso do Paxlovid, que contém dois antivirais, o nirmatrelvir e ritonavir, é oral e indicado apenas para adultos que não se encontram sob uso de oxigenação, mas que correm o risco de evoluir para quadros graves de Covid-19. Como o remédio age na redução da atividade da enzima 3LC, associada à replicação viral do Sars-CoV-2, ele controla a replicação do vírus nas células humanas de forma comprovadamente eficaz.
Segundo a Pfizer, um dos estudos observou que o fármaco, administrado até cinco dias após o início dos sintomas, reduz em até 89% as chances de hospitalização ou morte em pacientes com formas leves ou moderadas da doença.
A OMS (Organização Mundial da Saúde) também participou de dois ensaios clínicos do Paxlovid, envolvendo quase 3.100 pacientes, e sugeriu que o remédio reduz o risco de hospitalização em 85% dos casos. Em pacientes de alto risco, o uso da pílula pode levar a 84 hospitalizações a menos por 1.000 pacientes.
"Essas terapêuticas não substituem a vacinação. Elas apenas nos dão outra opção de tratamento para os pacientes infectados que correm maior risco", reforçou Janet Diaz, líder em manejo clínico da OMS.
A Pfizer anunciou que concedeu autorização a 35 farmacêuticas para produção de versões genéricas do Paxlovid.
Foto: Reuters/Jennifer Lorenzini. Também estamos no Instagram (@sitealoalobahia), Twitter (@Aloalo_Bahia) e Google Notícias.
