Notas



10 Jul 2023

Carla Akotirene, Rita Batista, Joice Berth: projeto Mulher com a Palavra leva grandes nomes ao Goethe este mês

Com entrada gratuita para mais de 50 atividades culturais, o projeto Mulher com a Palavra levará ao Goethe-Institut grandes nomes como a pesquisadora e ativista Carla Akotirene, a jornalista Rita Batista, a escritora Joice Berth, a educadora Bárbara Carine, a política Erica Malunguinho e a jurista Lívia Sant'Anna Vaz. O evento acontecerá entre os dias 20 e 30 de julho, no Corredor da Vitória. Os ingressos estão disponíveis no Sympla.

A mesa de abertura, que conta com Carla Akotirene e Rita Batista, já está com entradas esgotadas. Realizado pela Maré Produções Culturais, o evento visa estimular a conversa aberta e franca, promovendo a troca de experiências entre mulheres.

A programação vai ocupar todos os espaços do Goethe-Institut e inclui atividades nas áreas da literatura, audiovisual, artes cênicas e música voltadas para pautas como igualdade de gênero e a valorização das mulheres. A programação completa, com horários e mais informações pode ser conferida no perfil no instagram @mulhercomapalavra_.

O evento conta com a curadoria de quatro baianas: a cineasta Mariana Jaspe, a escritora e mestra nos estudos interdisciplinares sobre mulheres, gênero e feminismo (PPGNEIM/ UFBA), Dedê Fatumma, a dramaturga, escritora, atriz, roteirista e pesquisadora das Artes Cênicas, Mônica Santana e Marília Moreira, jornalista e diretora de operações e tecnologia do Instituto AzMina.

* Por Hilza Cordeiro. Fotos: Divulação/Pólen Livros, Kelly Fuzaro/Globo, Divulgação/PSA.

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10 Jul 2023

Setor cervejeiro no Brasil cresce quase 12% em 2022

O setor cervejeiro no Brasil cresceu quase 12% no ano passado. Em todo o país, já são mais de 1.700 estabelecimentos. As informações fazem parte do anuário da cerveja, divulgado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária.

O estado de São Paulo tem o maior número de cervejarias registradas (387), seguido pelo Rio Grande do Sul (310) e Minas Gerais (222). Atualmente, o Brasil é o terceiro maior produtor de cerveja do mundo, atrás apenas da China e Estados Unidos.

Neste ano, o volume de vendas no território nacional deve chegar a 16 bilhões de litros, 4,5% a mais em relação a 2022, de acordo com o Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja. Segundo o presidente da entidade, a padronização de regras do setor contribuiu para esses resultados.

Empregos

Esse mercado cada vez mais profissionalizado não é a única vantagem da expansão do setor no Brasil. É que a cerveja gera emprego e renda na localidade em que é feita. Em todo o país, essa cadeia produtiva é responsável por dois milhões de vagas diretas e indiretas.

Sem falar que, quanto menos a bebida viaja da fábrica ao consumidor, melhor a qualidade do produto. É o que explica Pedro Capozzi. A empresa dele produz, no Distrito Federal, 260 mil litros de cervejas artesanais por ano.

Além da qualidade, as cervejas brasileiras são inovadoras nos sabores e podem levar frutas vermelhas, castanha de baru, alecrim, tomate e até limão e cúrcuma, trazendo cada vez mais o estilo brasileiro para cerveja, uma bebida milenar.

Matéria relacionada:

Anuário da Cerveja: Bahia lidera em número de fábricas no Nordeste
 
Foto: Divulgação.

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10 Jul 2023

Número de turistas estrangeiros no Brasil cresce 108% em 2023

O Brasil recebeu 2,97 milhões de turistas internacionais nos cinco primeiros meses de 2023. O número é 108% maior do que o registrado de janeiro a maio do ano passado. Segundo o Ministério do Turismo, o destaque ficou por conta do mês de maio, quando mais de 292,3 mil pessoas visitaram o país, o que representa aumento de 44,5% em relação ao mesmo período em 2022.

A maior parte dos turistas internacionais veio da Argentina (1,24 milhões), Estados Unidos (271,1 mil), Paraguai (215,5 mil), Chile (197,8 mil) e Uruguai (184,9 mil). Entre os destinos mais procurados, figuram Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo.

Sobre a movimentação da economia com o turismo, os números também mostram crescimento. No acumulado dos cinco primeiros meses, os turistas estrangeiros deixaram no país US$ 2,721 bilhões (cerca de R$ 13 bilhões). O volume é 35,9% maior do que o obtido no mesmo período do ano passado. Só em maio, foram US$ 567 milhões, considerado o maior volume para o mês da série histórica. No ano passado, o valor gasto pelos turistas em maio havia sido de US$ 373 milhões.

* Por: Luana Veiga. Foto: Shutterstock.

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10 Jul 2023

Lírios! Padre Ronaldo, da Igreja do Santo Antônio, morre aos 62 anos

Pároco da Igreja de Santo Antônio Além do Carmo, em Salvador, o padre Ronaldo Marques Magalhães, de 62 anos, morreu nesse domingo (9). O religioso era idealizador de diversos eventos culturais do bairro do Centro Histórico da capital baiana, como o “Samba do Padre” e a feijoada anual, que já chegou a reunir 3 mil pessoas.

O velório acontece na Igreja Matriz da Paróquia Santo Antônio Além do Carmo e serão realizadas missas às 9h, 11h e 15h, na Igreja Matriz. Após a última missa, o corpo será levado para a Catedral de Santa Águeda, em Pesqueira, no estado de Pernambuco, onde o frei nasceu. O sepultamento será no cemitério local, na terça-feira (11).
 
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A Arquidiocese de Salvador emitiu nota de pesar e relembrou a trajetória religiosa do padre, chamado de Frei Ronaldo. Ele também integrava o Conselho Presbiteral da Arquidiocese Primacial do Brasil. A causa da morte não foi divulgada.

Foto: Reprodução/TV Bahia.

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10 Jul 2023

Luedji Luna apresenta show especial na Concha Acústica do Teatro Castro Alves

A cantora Luedji Luna promete emocionar o público da capital baiana com a turnê "BMDA Delux", baseada no álbum "Bom Mesmo é Estar Debaixo d'Água", lançado originalmente em outubro de 2020. A apresentação acontece no dia 25 de agosto, a partir das 19h, na Concha Acústica do Teatro Castro Alves. Os ingressos custam entre R$50 e R$200 e podem ser adquiridos através da plataforma Sympla.

Lançado logo após o nascimento do primeiro filho da artista, o disco BMDA conta com 13 faixas, sendo 10 inéditas. Entre os sucessos presentes no repertório, estão “Bom mesmo é estar debaixo d'água", “Lençóis” e “Manto da noite”.

* Por: Luana Veiga. Foto: Divulgação.

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10 Jul 2023

Marlene Mattos reencontra Xuxa em doc, após 19 anos: 'Faria tudo de novo'

Xuxa e Marlene Mattos se reencontraram após 19 anos em documentário do Globoplay, que chega à plataforma nesta quinta-feira (13). A conversa entre a apresentadora e a ex-empresária e ex-diretora ganhou um episódio inteiro em "Xuxa, o Documentário", cujas cenas foram antecipadas, neste domingo (9), no Fantástico.

O documentário conta a trajetória da Rainha dos Baixinhos, cheia de sucessos, amores, perdas, traumas e decepções. Um dos momentos mais marcantes do lançamento é o reencontro entre as duas.

“Eu acertei muito mais do que errei, sabe? O mundo não é isso que você quer que seja. A gente tem que agir às vezes de forma realística. Você diz... você era uma marionete na minha mão e eu usava você pra fazer outras pessoas de marionete. E é assim”, diz Marlene, sem rodeios.

Xuxa, em conversa com a repórter Renata Capucci, disse que o reencontro foi muito mais profundo do que uma lavagem de roupa suja. "Mexeu numa caixinha que não é que eu não queria mexer, eu tive que passar por isso", afirmou a apresentadora, que revelou estar chocada ao ouvir de Marlene que "faria tudo de novo".
@aloalobahia #Xuxa e Marlene Mattos se reencontraram após 19 anos em documentário do Globoplay, que chega à plataforma nesta quinta-feira (13). A conversa entre a apresentadora e a ex-empresária e ex-diretora ganhou um episódio inteiro em "Xuxa, o Documentário", cujas cenas foram antecipadas, neste domingo (9), no Fantástico. O documentário conta a trajetória da Rainha dos Baixinhos, cheia de sucessos, amores, perdas, traumas e decepções. Um dos momentos mais marcantes do lançamento é o reencontro entre as duas. “Eu acertei muito mais do que errei, sabe? O mundo não é isso que você quer que seja. A gente tem que agir às vezes de forma realística. Você diz... você era uma marionete na minha mão e eu usava você pra fazer outras pessoas de marionete. E é assim”, diz Marlene, sem rodeios. Xuxa, em conversa com a repórter Renata Capucci, disse que o reencontro foi muito mais profundo do que uma lavagem de roupa suja. "Mexeu numa caixinha que não é que eu não queria mexer, eu tive que passar por isso", afirmou a apresentadora, que revelou estar chocada ao ouvir de Marlene que "faria tudo de novo". “Eu não sei ser condescendente com gente burra, sabe? Eu sou exigente? Sou. Chego a ser cruel? Sou, sou. Mas, olha, eu sei fazer as coisas. Quando eu me proponho, eu sei fazer as coisas”, diz Marlene no documentário.
“Eu não sei ser condescendente com gente burra, sabe? Eu sou exigente? Sou. Chego a ser cruel? Sou, sou. Mas, olha, eu sei fazer as coisas. Quando eu me proponho, eu sei fazer as coisas”, diz Marlene no documentário.

* Por José Mion. Foto: Reprodução/TV Globo.

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10 Jul 2023

Madonna é vista pela primeira vez após ter sido internada na UTI

Madonna foi vista publicamente pela primeira vez, na tarde deste domingo (9), desde que foi internada na UTI por uma infecção bacteriana há duas semanas. Aos 64 anos, a Rainha do Pop estava passeando pelo centro de Nova York, onde mora desde a pandemia do coronavírus, segundo informações do site PageSix.

Fotos publicadas por fãs nas redes sociais mostram Madonna caminhando sob o sol de Nova York, vestida com shorts, camiseta, tênis, óculos escuros e chapéu. De acordo com o PageSix, ela estava acompanhada de uma amiga e "andando sem problemas, apesar de um pouco lenta".

Segundo o empresário da cantora, Guy Oseary, Madonna foi encontrada no sábado, 24 de junho, inconsciente em sua casa e posteriormente teve que ser internada na UTI de um hospital privado em Nova York, chegando a ser entubada. A causa do mal súbito que atingiu a artista teria sido uma infecção bacteriana, de acordo com ele, mas a equipe médica previa uma "recuperação completa".

O episódio fez com que Madonna adiasse o início da The Celebration Tour, uma turnê em comemoração aos seus 45 anos de carreira, prevista para começar no próximo dia 15, em Vancouver, no Canadá. Novas datas para os shows ainda não foram anunciadas, mas os ingressos seguem à venda no seu site oficial.

Foto: Reprodução/Twitter.

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10 Jul 2023

Depois de Elis Regina: Luiz Gonzaga é recriado por IA e canta com João Gomes

Depois que a cantora Elis Regina, morta há 41 anos, foi recriada por Inteligência Artificial (IA), para campanha recente da Volkswagen, neste domingo (9), foi a vez de Luiz Gonzaga ganhar "vida". O Rei do Baião, falecido há mais de 30 anos, participou de um dueto com o cantor João Gomes, durante o festival iFood Arraial Estrelado, no Jockey Club de São Paulo.

Tanto as imagens quanto a voz do artista foram recriadas 100% por inteligência artificial para gerar a projeção, que interagiu com João Gomes, cantando a música "Eu Tenho a Senha", do astro do piseiro. 

Segundo o iFood, foram necessários 40 dias para que as imagens fossem produzidas e foram usados 80 minutos de gravações originais do artista para treinar a Inteligência Artificial. Para as cenas do rosto de Luiz Gonzaga, foram necessárias 60 imagens para traçar padrões do rosto.

"Poder cantar com meu maior ídolo, na minha época favorita do ano, foi de longe uma das maiores realizações da minha vida. Sem palavras para descrever. Esse encontro realmente estava escrito nas estrelas", celebrou João Gomes nas redes sociais.
  * Por José Mion. Foto: Reprodução/Redes Sociais.

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9 Jul 2023

Conheça enfermeira e escritora que une paixões ao cuidar de idosos

Carolina Cerqueira para Jornal CORREIO.

A casa da avó Maria era o lugar preferido de Adriana Freitas, hoje com 50 anos, durante a infância. Era por lá que a menina - filha de uma professora e um representante comercial - passava boa parte dos dias, enquanto seus pais trabalhavam. Maria penteava os cabelos da neta, se rendia às brincadeiras e contava muitas histórias. Mesmo voltando para casa, ao final do dia Adriana corria de volta para os braços da avó só para que as duas pudessem dormir juntas.
 
Foi com Maria que Adriana aprendeu a ser cuidada e a querer cuidar. A relação das duas reflete a trajetória construída. A menina de Feira de Santana que adorava estar com a avó, mergulhar em livros e escrever poemas, virou enfermeira e escritora. Agora, fez suas duas paixões se unirem através da biblioterapia, que utiliza a leitura como ferramenta de cuidado. O que ela lê para os idosos é ela mesma quem escreve.
 
O contato com a literatura - adormecido na vida de Adriana devido às leituras acadêmicas do mestrado, doutorado e seguidas especializações - foi resgatado por suas duas filhas. Quando as meninas começaram a ler, Adriana se viu entristecida com a forma através da qual os livros retratavam os idosos. Seguindo estereótipos, eles eram recheados de senhoras de cabelos brancos presos em coques sentadas em cadeiras de balanço. Isso sem contar a infinidade de diminutivos. Foi então que, em 2016, a enfermeira decidiu escrever seus próprios livros.
 
Eles são hoje seu mais poderoso recurso, utilizado em rodas de leitura que Adriana promove, voluntariamente, em uma instituição de longa permanência. Com desenvoltura e habilidade, a enfermeira faz com que os idosos interajam, abram seus corações e criem laços afetivos com aqueles que, apesar de conviverem todos os dias, muitas vezes nunca tiveram uma conversa. Engana-se quem duvida da capacidade curativa da leitura.
 
 
" Tinha uma senhora que nunca participava das rodas, mesmo eu já tendo insistido diversas vezes. Até que um dia eu levei um material de pintura para uma atividade artística, ela viu e me pediu que pintasse um sapato seu. Eu fiz isso e foi o suficiente para que ela já mudasse de ideia e passasse a frequentar as rodas. Foi se soltando aos poucos, até começar a interagir".
 

Adriana também lê para hospitalizados, contando com a ajuda dos chamados ‘prontuários afetivos’. “Eu e mais cinco alunos fomos cuidar de uma idosa e o prontuário afetivo dela indicava sua música preferida. Nós fizemos uma leitura e colocamos a música para ela ouvir. Na letra tinha a palavra ‘barco’ e isso fez ela contar diversas histórias da época em que passeava. Ela se emocionou muito e no final fizemos juntos um barquinho de papel”, lembra a enfermeira.
 
Mesmo na posição de quem tem a oferecer, Adriana não escapa do clichê de que "quem doa também recebe em troca". As histórias por ela contadas ativam nos idosos memórias da juventude e os fazem compartilhar suas próprias histórias de vida. 
 
"Uma vez, levei para eles um livro que eu escrevi sobre uma menina que queria ser velha. Uma senhora achou o pensamento absurdo e falou diretamente para mim: ‘Aproveite a juventude porque ela passa. Saia, namore, passeie. Não porque o velho não pode fazer isso, mas porque as pessoas acham que o velho não pode fazer’. Aquilo me marcou muito e provocou uma reflexão enorme dentro de mim".

Apesar de cuidar de tantos idosos, Adriana não teve a chance de estar grudada com a avó já durante a velhice como esteve décadas atrás, mesmo que as duas tenham por muito tempo morado juntas em Salvador. A enfermeira se mudou para a capital baiana – para onde sua avó Maria já havia migrado pouco tempo antes – quando encontrou sua primeira oportunidade de trabalho: uma vaga como professora substituta na Ufba.
 
A rotina diária foi cruel com Adriana. Sua profissão exigia plantões. Aliadas a isto estavam as aulas que ministrava. Não havia tempo para estar ao lado da avó como gostaria. Nos instantes que tinha, gostava de acompanhar as leituras da Bíblia que Maria fazia. “Era o livro que ela gostava de ler”, lembra a neta.
 
Hoje, escritora e especialista em biblioterapia, Adriana lamenta não poder ler para a própria avó, já falecida, mas a conforta a possibilidade de ler para as avós de outras pessoas, retribuindo de certa forma o cuidado que recebeu de Maria na infância.
 
Foto: Marina Silva/CORREIO.

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9 Jul 2023

Conheça quilombo na Bahia que criou moeda própria e é considerado o paraíso das ostras no Recôncavo Baiano

Sururu. Este é o nome da moeda criada pelo quilombo Kaonge, uma das comunidades quilombolas da Rota da Liberdade, na Zona Rural de Santiago do Iguape, em Cachoeira, município do Recôncavo Baiano que fica a cerca de 110 km de Salvador. Além de dinheiro próprio, a comunidade também criou um banco -  chamado de Banco Comunitário Solidário dos Iguapes.

Criada em 2012, a moeda tem circulação apenas interna nas comunidades do Vale do Iguape e sua existência foi comunicada ao Banco Central. Os empréstimos do sururu são feitos sem juros e os comércios locais passaram a aceitar o dinheiro.
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A criação da moeda e do banco social possibilitou que moradores da comunidade acabassem com dívidas. O Kaonge tem cerca de 52 famílias, grande parte chefiadas por mulheres – que, na maioria, são marisqueiras e apicultoras, atividades que compõem a principal força econômica da região.

O montante em sururu recebido nos comércios locais é trocado posteriormente por real pelos comerciantes no Banco Comunitário, que possui uma agente de crédito, profissional responsável pelo cadastro dos moradores e controle dos empréstimos.
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O projeto foi criado pelo líder comunitário Ananias Viana. Ele diz que a ideia é uma experiência ancestral e que os casos recorrentes de dívidas dos quilombolas com os comerciantes foi a principal motivação para a criação da moeda. “Logo após a escravidão, nossos ancestrais usavam a moeda deles. Não tinha dinheiro, mas usavam o que a gente chama de moeda de troca", explica.

Houve dificuldade para implementar o projeto no início, especialmente entre os donos de lojas e mercados locais. Porém, cerca de dois anos depois da implantação, o novo dinheiro já havia sido aceito e incorporado à comunidade.
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Para as compras, os comércios aceitam pagamentos nas duas moedas, mas a troca só pode ser feita no Banco Comunitário - o câmbio é fixo de 1 real para 1 sururu. Atualmente, o sistema é aceito em todas as 18 comunidades do Vale do Iguape.

O fundo financeiro do banco é mantido por contribuições de integrantes da comunidade, projetos externos e pelo retorno das atividades turísticas no quilombo. O montante é usado pelo banco social para oferecer empréstimos à própria comunidade, dando suporte financeiro a quem estiver em necessidade, sempre sem juros.
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Paraíso das ostras
O nome sururu foi escolhido em referência a uma espécie de molusco comum na região. A concha do animal estampa, inclusive, a nota de 5 sururus. Porém, também poderia se chamar ostra. É que o quilombo Koange promove, desde 2009, a Festa da Ostra, em um fim de semana por ano.
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Durante a festa, há diversas opções de pratos preparados com o molusco. E o melhor: tudo bem fresquinho, feito pelas mesmas famílias que pegam as ostras no mar.  Os crustáceos são criados no Dendê, quilombo vizinho, nas águas do rio Paraguaçu.

A comunidade se prepara toda, enfeita a área, faz uma feirinha de artesanato e realiza oficinas. Na última edição, em outubro de 2022, a programação contou ainda com apresentações de samba de roda e shows de artistas como o cantor Jau.
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A moeda social sururu é utilizada na Festa da Ostra, que já chegou a sua 14ª edição. “Não é só uma festa, tudo isso foi através da arte. A arte tem um poder de transformação”, ressalta Ananias Viana. 

Fotos: Reprodução/Instagram @festadaostraoficial.

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