Notas



26 Jul 2023

Manuel Querino é tema de seminário no Centro de Cultura da Câmara de Salvador nesta sexta (28)

Uma das personalidades mais importantes e multifacetadas da História da Bahia, o escritor, jornalista, historiador, político, desenhista, músico e pintor Manuel Raimundo Querino será tema de um seminário a ser realizado no auditório do Centro de Cultura Manuel Querino da Câmara Municipal de Salvador, que irá marcar os 172 anos de nascimento do intelectual.

Com palestras dos historiadores, professores e pesquisadores Jaime Nascimento, Sabrina Gledhill, Fred Dantas e Glaucia Trinchão, o Seminário Manuel Querino 172 Anos de seu Nascimento acontece na próxima sexta-feira (28), das 9h30 às 12h, com entrada gratuita.

Nascido em Santo Amaro, no Recôncavo, em 28 de julho de 1851, vindo a falecer em Salvador a 14 de fevereiro de 1923 (em 2023 completou um século de sua morte), Manuel Querino foi um importante defensor de ideias abolicionistas, no final do período escravocrata no Brasil, e se tornou um pioneiro nos registros antropológicos e na valorização da cultura africana na Bahia.

Aluno fundador do Liceu de Artes e Ofícios da Bahia e da Escola de Belas Artes, formou-se em Desenho Geométrico e Arquitetura e passou a lecionar no Liceu e no Colégio de Órfãos de São Joaquim. Além disso, produziu dois livros didáticos sobre desenho geométrico. 

Atuou fortemente na política, primeiro como vereador e, depois, fundando o Partido Operário e a Liga Operária Baiana, quando travou debates no meio intelectual contra as ideias racistas e preconceituosas da ciência de então, tendo Nina Rodrigues como um dos seus antagonistas.

Em sua atuação como jornalista, o intelectual negro fundou os jornais A Província e O Trabalho, e também contribuiu com artigos para a Gazeta da Tarde. Escreveu nas primeiras décadas do século passado obras importantes como ‘A Raça Africana e os seus costumes na Bahia’; ‘A Arte Culinária na Bahia’; ‘O Colono Preto como fator da Civilização Brasileira’ e ‘A Bahia de Outrora’, entre outras.
 
A sua infância foi atribulada, como a maior parte da sua vida. A epidemia de cólera de 1855, em Santo Amaro, matou seus pais. Foi confiado então aos cuidados de um tutor, o professor Manoel Correia Garcia, que o iniciou nas primeiras letras. 

Apesar das grandes dificuldades que enfrentou, Querino se tornou um pensador extremamente produtivo, um outsider no entendimento da formação social do Brasil e sobretudo um indivíduo que acreditava na educação como ferramenta primordial de transformação social.

Atualmente, em tempos de discussão sobre inclusão social e a contribuição do negro na formação do povo brasileiro, o santamarense emerge como figura de destaque no rol dos que cumpriram papel relevante na sociedade brasileira - o entendimento de seu ostracismo nos movimentos sociais é, inclusive, uma maneira salutar e intrigante para compreensão de como têm sido encaminhadas seletivamente as discussões acerca dos vultos que representam o povo negro, temas que serão abordados durante as palestras do seminário.

Serviço
O quê: Seminário Manuel Querino 172 Anos de seu Nascimento
Quando: Sexta-feira, 28 de julho de 2023, das 9h30 às 12h
Onde: Auditório do Centro de Cultura Manuel Querino da Câmara de Vereadores de Salvador (Praça Thomé de Souza, Palácio Thomé de Souza, 2°subsolo, s/n
Centro - Salvador - Bahia).
Quanto: De graça.


Foto: Reprodução.

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26 Jul 2023

Lázaro Ramos lembra convites para papel de porteiro no início da carreira: 'Já adoeci por conta do racismo'

Em entrevista a um podcast, o ator e diretor baiano Lázaro Ramos relembrou os primeiros convites na TV. Mesmo após seu sucesso no cinema em Madame Satã e O Homem Que Copiava, ele revela que era chamado para fazer papéis de porteiro, personagens sem história e outros secundários.

Para as atrizes Fernanda Paes Leme e Giovanna Ewbank, do programa Quem Pode, Pod, Lázaro explicou que não tinha o sonho da Globo, por achar que não havia espaço na empresa para ele. “Gente, como é que encaixa esse rosto aqui?”, fazendo referência ao fato de ser negro, sem a ‘pinta’ do galã "convencional", branco e que predominou por décadas no audiovisual.

“Eu já adoeci por causa do racismo em vários momentos da minha vida, porque viver e pensar nisso não é uma coisa que ninguém escolhe e que vai nos adoecendo, nos deixando em alerta, em sobressalto, preocupados, tristes. Não é uma escolha de ninguém. Tem gente que fica reclamando ‘Ah, Lázaro é cheio de mimimi, só fala disso’, mas não é uma escolha, eu não quero falar sobre isso. Eu queria que a questão estivesse resolvida. Mas, ó, ter o microfone na mão é útil, senão o racismo vai continuar matando a gente”, disse o autor de livros como Na Minha Pele, Caderno Sem Rimas da Maria, Caderno de Rimas do João e Você Não é Invisível.
 
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Ainda por causa de Madame Satã, o ator contou que recebeu propostas internacionais para filmes eróticos e para interpretar bandidos latinos – todos recusados. Mais tarde, houve ainda oportunidade para outros personagens, mas que chegaram em momentos em que ele estava envolvido com trabalhos no Brasil e, por isso, a carreira no exterior não decolou.

O diretor do filme Medida Provisória, que levou ao cinema mais de 500 mil espectadores, comemora agora o lançamento do musical Um Ano Inesquecível - Outono, seu segundo filme, e que é estrelado por Iza, Rael, Gabz e Lulu Santos. A história está disponível no Amazon Prime Video.

Leia também: Lázaro Ramos fala sobre período de separação de Taís Araújo e detalha vida sexual


Publicado por Carolina Cerqueira. Foto: João Vicente/Instagram

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26 Jul 2023

Chef Ícaro Rosa, do Jiló, apresenta receita afetiva durante evento em São Paulo

O chef Ícaro Rosa, do Restaurante Jiló, em Salvador e em Itacaré, será um dos chefs convidados do Churrascada - International Barbecue Festival, que acontecerá no próximo dia 5 de agosto, no Parque da Moóca, em São Paulo. A edição deste ano tem como tema "O Espírito do Fogo e a Alma dos Povos".

O carioca radicado na Bahia será um dos mais de 40 renomados chefs do Brasil e do exterior que estarão reunidos para atender um público de três mil convidados. Na ocasião, ele apresentará um dos carros chefes das suas casas, o Rosbife do Chef, receita da sua mãe, servido com maionese de mostarda, cebola crocante e farofa de pão.
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* Por Luana Veiga. Foto: Jota Jr e Leonardo Freire.

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26 Jul 2023

Jão confirma show em Salvador em sua próxima turnê nacional

O cantor e compositor Jão fará uma turnê nacional com apresentação já confirmada em Salvador, na Arena Fonte Nova. Também há espaços confirmados em São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba. As informações gerais sobre vendas ainda serão anunciadas. Em 2022, ele fez a Turnê Pirata, com a qual arrecadou R$ 30 milhões. A nova turnê será feita em parceria com a 30e.

De acordo com a realizadora, o projeto terá investimento milionário em experiência, cenografia e conteúdo e a turnê passará por pelo menos 15 cidades entre estádios e arenas ao redor de todo o país.

Nascido em Américo Brasiliense, interior de São Paulo, Jão lançou seu terceiro disco, intitulado Pirata, que marcou a nona maior estreia no Spotify Brasil, com quase 5 milhões de plays apenas no primeiro dia. O artista também vem figurando nos palcos dos principais festivais do Brasil, como o Lollapalooza, Rock In Rio, Festival de Verão de Salvador, Planeta Atlântida e The Town.

* Por Hilza Cordeiro. Foto: Reprodução/Instagram

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26 Jul 2023

Micareta no Rio de Janeiro será realizada na Marquês de Sapucaí

A primeira edição da Micareta Rio, que acontece entre os dias 20 e 22 de outubro, no Rio de Janeiro, terá como palco a Marquês de Sapucaí. O Carnaval fora de época LGBTQIA+, produzido pelo Grupo San Sebastian, terá o Circuito Total, que levará os trios em todo o percurso por onde passam as escolas de samba, e o Palco Principal, Parque de Diversões e Lounge montados na Praça da Apoteose.
 
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O evento, que já teve edições em Salvador e em São Paulo, terá como grande estrela a cantora Ivete Sangalo, que se apresenta em dois dias, no sábado e no domingo. Estão confirmados ainda shows de Claudia Leitte, Daniela Mercury, Pedro Sampaio, Gloria Groove, Babado Novo e Alinne Rosa, além de diversos DJs, que agitarão o público no final de cada dia de festa, em noites temáticas assinadas por selos eletrônicos já consagrados, como as festas Black, Joy e Culto.

Os ingressos e pacotes podem ser adquiridos no site das Micaretas da San.




* Por Luana Veiga. Foto: Divulgação.

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26 Jul 2023

Comediante Matheus Buente anuncia data extra de show especial sobre o 2 de Julho em Salvador

O comediante baiano Matheus Buente tem conquistado o coração do público com o espetáculo "Matheus e Luís", uma apresentação sobre a Independência do Brasil na Bahia que mescla história e humor.

O show, que teve os ingressos esgotados na capital baiana, retorna no dia 11 de agosto, no Teatro Jorge Amado. Além disso, Buente também irá se apresentar no dia 15 de setembro, em Feira de Santana, e no dia 24, em Camaçari.

A apresentação aborda o simbolismo e a importância do 2 de Julho, enfatizando que a data tem um significado ainda maior para o Brasil do que o 7 de Setembro, geralmente visto como o Dia da Independência.

“Eu reivindico que a independência de verdade ocorre quando uma nação invadida expulsa seus colonizadores, aqueles que defendiam que se continuasse sendo colônia. Dessa forma, acredito que o 2 de julho tem uma importância maior. Esse show traz os argumentos para isso. Além do simbolismo, os heróis e heroínas baianas têm muito mais cara de Brasil do que D. Pedro. E até agora o povo tem abraçado a ideia”.

Serviço:

Peça: "Matheus e Luís - A Verdadeira Independência"
Quando: 11 de agosto, no Teatro Jorge Amado; 15 de setembro, em Feira de Santana; e 24 de setembro, em Camaçari
Ingressos: Sympla ou na bilheteria do teatro


Publicado por Carolina Cerqueira. Foto: Divulgação

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26 Jul 2023

Música da cantora baiana Rachel Reis vai integrar trilha sonora de nova novela da TV Globo

A cantora baiana Rachel Reis comemora agora mais um passo em sua carreira. "Maresia", uma de suas músicas de sucesso, vai integrar a trilha sonora de "Fuzuê", a nova novela das 19h da TV Globo. 

"A Rachelzinha noveleira desde pequena está realizando um sonho aqui: vai ter música em novela", comemorou a cantora através das redes sociais. 

A composição é da própria Rachel, com produção musical de Bruno Zambelli, também conhecido como Zamba. A estreia da novela, do autor Gustavo Reiz, será no dia 14 de agosto. 
 
Foto: Lucas Nogueira/Divulgação

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26 Jul 2023

Do batuque ao rap/trap: Cidade da Música registra aumento de público e permite passeio pelos ritmos da Bahia

No berço do Comércio, em frente ao Elevador Lacerda e ao Mercado Modelo, está localizado o famoso casarão de azulejos azuis que abriga a Cidade da Música da Bahia. O museu, inaugurado em 2021, tem a ideia de apresentar a história da música baiana, da cultura soteropolitana e, consequentemente, do Brasil como um todo. O local vem se destacando ainda por seus workshops diários de percussão e por ser espaço de interesse entre os rappers, que podem participar de batalhas de rimas em um espaço dedicado ao hip-hop.

O mês de julho tem sido um período de grande pico, já que é a época das férias em outras partes do país, e a capital baiana recebe muitos turistas. Segundo o supervisor do equipamento cultural, Gean Carlo, tem havido um aumento considerável de público e a expectativa é que atinjam números muito acima da média diária normal. Os meses de janeiro e dezembro, no verão, também representam meses de grande fluxo.

O gestor conta que, em uma das quartas-feiras deste mês de julho, a casa chegou a receber 612 visitantes. “Normalmente, durante a semana, temos uma média de 250 a 300 visitantes por dia. Grande parte dessas visitas são de grupos escolares, que atendemos durante os turnos da manhã e da tarde. Às quartas-feiras, a visitação é maior devido à gratuidade. Nesse dia, a média é de 400 a 600 visitantes, excluindo o período de junho a julho. A estimativa para esse mês é que atinjamos de 1 mil a 1,2 mil visitantes em um dia, impulsionados por esse fator", confirma.
 
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Patrimônio – Gerido pela Prefeitura de Salvador, através da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo, o equipamento tem sido referência no âmbito de pesquisas e preservação do patrimônio imaterial, que é a música. São mais de 700 horas de conteúdo disponível que resumem as manifestações musicais em Salvador, desde o seu surgimento. A responsabilidade do acervo e do design do local estão sob as curadorias do antropólogo Antônio Risério e do arquiteto e artista Gringo Cardia, dupla que também atuou em outro equipamento municipal, a Casa do Carnaval da Bahia, na Praça da Sé.

"Ao entrar na casa, os visitantes se sentem envolvidos nesse universo musical. Não é como assistir a um documentário, é como estar dentro dele. Para lidar com a quantidade considerável de conteúdo, desenvolvemos um aplicativo. Através do nosso site, é possível escolher o bairro de maior interesse, explorar as narrativas e acessar as cabines através dos números exibidos em cada tela. Isso oferece mais autonomia a quem está visitando", explica Carlo.

Dessa forma, o museu promove uma experiência única tanto para turistas, quanto para locais. Os que vêm de fora podem conhecer mais sobre a cultura, história e a música baiana, e os que são de Salvador, se aprofundam no cotidiano e nos bairros da cidade e vivem uma imersão diferente, já que enxergam o próprio dia a dia nas exposições.

"Eu achei uma experiência única. É um instrumento de grande integração cultural, traz para a gente uma vivência de Salvador que normalmente não temos. Nós costumamos conviver com as experiências dos bairros, sem entender os significados, a história e isto aqui é uma ferramenta de integração, de consciência, um espaço que você não vê com essa magnitude em nenhum lugar do Brasil", declara Alexandre Souza, soteropolitano em visita ao museu.


Andares Temáticos: Uma Viagem pela Música e Arte

O local conta com três andares temáticos e acervo totalmente digitalizado, além de salas especiais interativas, como a do karaokê, o estúdio de percussão e a sala do rap/trap. Já no térreo, é possível encontrar um café, biblioteca e a recepção. 

No primeiro andar da casa, é possível encontrar um panorama geral, na exposição "A Cidade de Salvador e Sua Música". São 44 bairros, cujas respectivas histórias são contadas ao longo de cabines espalhadas, cada uma narrando um pequeno bloco, por meio de depoimentos de envolvidos. Também há um mapa interativo que pode ser acessado e três grandes telas de projeção, emulando a experiência de uma pequena sala de cinema.

Uma das abordagens mostra, por exemplo, como Carlinhos Brown e a transformação da música alçaram o Candeal a uma potência musical. Dessa forma, o visitante entende o motivo da denominação de Salvador como Cidade da Música, título concedido pela Unesco em 2016. 

"Nosso objetivo é conectar a história da música, dos artistas e sua importância, além de estabelecer conexões com a nova geração. Isso é importante não apenas para os visitantes regulares, mas também para as escolas que trazem seus alunos, proporcionando-lhes a oportunidade de conhecer as raízes da música brasileira, que estão na música baiana", pontua Francisco Gonçalves, mediador e percussionista da casa.

No segundo andar, são abordadas as artes plásticas, movimentos artísticos e artistas, ampliando a noção de música para todo o estado. O visitante descobre, por exemplo, como a música se manifesta em Santo Amaro, onde surgiram grandes ícones como Maria Bethânia, entre outros. 

É nele que está a exposição "História da Música na Bahia". O tema do local é voltado ao movimento Tropicália, com a decoração que conta com ilustrações gigantes, tiradas de fragmentos das pinturas do pintor baiano e modernista Genaro de Carvalho. Neste andar, está sintetizado um panorama sobre os artistas, gêneros e movimentos da história musical baiana, da Tropicália ao rap/trap, que inclusive conta com uma sala própria dedicada a esse gênero mais moderno.

O espaço recebe ainda projetos voltados ao mundo do hip-hop, abertos ao público. "Nós tentamos alinhar o que o andar traz para nós, que são os artistas de gêneros e movimentos da história musical baiana ao rap/trap. Temos três formatos lá, o de batalhas, onde os MCs disputam versos para ver quem se sai melhor; o de interação direta, onde pedimos palavras ao visitante e construímos um freestyle; e o formato livre, que é a construção de freestyle apenas para demonstração", afirma Ogum, mediador e rapper da casa.

No mesmo local, está sendo dedicada uma homenagem ao músico de Santo Amaro, Assis Valente. "Estamos usando o formato drill, mais focado nas composições dele. O museu proporciona muito isso. Por exemplo, aproveitamos a temática do 2 de Julho e do Dia do Orgulho LGBTQIAPN+ para construirmos um movimento claro com a visibilidade do mundo do rap, apresentando esse gênero periférico que representa as favelas", completa.

Já no terceiro andar, é onde estão as atividades mais interativas do museu. Ali, é possível encontrar as salas de karaokê, onde qualquer um pode entrar na cabine para cantar uma música de sucesso do carnaval baiano. Também estão as cabines de mixagem, onde podem trabalhar na mixagem de sua música, além do estúdio de percussão, onde ficam os instrumentos da casa e ocorrem as oficinas diárias. 

Para o mediador sênior da casa, Vitor Portela, o objetivo é fazer com que o visitante compreenda a importância teórica por trás da construção dos diversos ritmos bastante conhecidos durante o carnaval baiano e que hoje compõem a música brasileira.

“Essa base é o fundamento de toda a música que escutamos atualmente no Brasil, independentemente do gênero. Dentro do estúdio, começamos apresentando um pouco da parte teórica e, em seguida, mostramos os instrumentos que representam a percussão da Bahia. Dessa forma, proporcionamos aos visitantes a oportunidade real de participar desse espetáculo. Aqui eles não apenas assistem, mas também tocam instrumentos e compreendem como se comportar como percussionistas e músicos", conta.

Os mediadores percussionistas da casa comandam os workshops abertos ao público, que ocorrem de hora em hora, todos os dias. "Nós trabalhamos nossas habilidades com o que entendemos sobre um instrumento que produz som, algo que não tínhamos acesso com tanta facilidade. O instrutor mostrou como é fácil para quem quiser começar, pegar qualquer instrumento e transformá-lo em som. Muito bom", diz Francisca Souza, residente de Salvador.
 
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Funcionamento – A Cidade da Música da Bahia funciona de terça-feira a domingo, das 10h às 18h, com entrada permitida até as 17h. Os ingressos custam R$20 (inteira) e R$10 (meia). Residentes de Salvador que apresentarem comprovante pagam meia entrada todos os dias. 




* Por Luana Veiga. Foto: Betto Jr. e Bruno Concha/Secom PMS.

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26 Jul 2023

Salvador é a única cidade brasileira em ranking dos lugares mais musicais do mundo

Salvador é a única representante brasileira no top 50 do ranking das cidades mais musicais do mundo. O resultado é de uma pesquisa da empresa SeatPick – maior mecanismo de busca de bilhetes e mercado de ingressos para eventos ao vivo -, que analisou lugares de todo o planeta marcados por sua cena musical.

Entre os critérios usados por especialistas da empresa estão: o número de locais onde rolam música nas cidades, seus próximos festivais, lojas de discos de vinil e instrumentos musicais e a quantidade de artistas e bandas.

Salvador se destacou como uma das melhores opções para aqueles que buscam vivenciar a música em um ambiente genuíno e repleto de emoção, com uma cena musical diversificada e vibrante.

Foram apontados 11 locais de música na cidade que proporcionam uma atmosfera envolvente para shows ao vivo, como a Arena Fonte Nova e a Concha Acústica do Teatro Castro Alves. A capital baiana ocupou a 46ª posição da lista.
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Ainda de acordo com a pesquisa, Londres se destaca como referência musical do mundo. Já Nova York possui o maior número de músicos. Para os fãs de discos de vinil, Tóquio é o destino ideal, com a maior quantidade de lojas – um total de 224. 

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Metodologia:

SeatPick realizou um estudo para encontrar os melhores hotspots de música em todo o mundo.

Uma lista inicial das 50 principais cidades conhecidas pela música foi retirada de ListChallenges.

O número de festivais de música em 2023 e 2024 foi analisado no Music Festival Wizard.

O número de shows ao vivo em 2023 e 2024 foi analisado pelo Songkick.

Dados para locais de música, lojas de discos de vinil e lojas de instrumentos musicais foram obtidos de sites como Yelp, Google Places e VinylWorld.

Esses dados foram então classificados por porcentagem para fornecer uma pontuação total de 10 e classificados na ordem da pontuação mais alta para a mais baixa.

Os dados estão corretos em 29 de junho de 2023 e estão sujeitos a alterações.
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* Por Kirk Moreno, com informações da Glamurama | Fotos: Divulgação. 

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26 Jul 2023

Editora independente retoma coleção Cartas Bahianas com lançamento de mais dois livros

A editora baiana P55 Edição retomou a produção da coleção Cartas Bahianas e lança, em 5 de agosto, mais dois livros. São eles “E nada pode ser feito quanto a isso”, de Marcelo Frazão, e “Isto não é uma carta”, de Sandro Ornellas. A tarde de autógrafos será na Cervejaria ArtMalte (Rua Feira de Santana, 354 – Rio Vermelho), das 15h às 18h.

Terceiro livro de Marcelo Frazão, “E nada pode ser feito quanto a isso” é uma coletânea com 49 poemas concebidos e trabalhados nos últimos cinco anos. Os temas são diversos: política, religião, amor e erotismo, tratados com uma linguagem que entrelaça recursos como imagens caleidoscópicas, ironia e humor.

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Carioca, o autor reside em Salvador desde 2017. É poeta e artista visual. Publicou os livros de poemas “Haikai” (1996) e “Homo Sapiens Sexualis” (2015). Em parceria, destaca-se a plaquete “Loveless” (1996), além dos livros “Erótica” (1999) e “Erótica – edição comemorativa de 20 anos” (2019), com Armando Freitas Filho, e “Anima Animalis” (2008), com Olga Savary, vencedor do Prêmio APCA (2009).

Ficção crítica

Oitavo livro de Sandro Ornellas, “Isto não é uma carta” reúne “impressões, devaneios, aforismas, delírios poéticos e reflexões brevíssimas”, nem sempre publicados em redes sociais e blogs. O autor escreveu a maioria ao longo dos últimos dez anos. O caráter fragmentário também está de acordo, segundo ele, “com o contexto de um país que aos poucos foi se despedaçando, com as pessoas apenas reagindo à velocidade dos acontecimentos, sem tempo para elaborá-los”.

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O escritor nasceu em Brasília (1971) e cresceu em Salvador. Editou fanzines musicais e folhetins literários nos anos 1980 e 1990, publicou livros com poemas, estudos e ensaios, entre os quais “Herberto Helder e a questão dos fins: um ensaio sobre poesia e pensamento” (Villa Olívia Artes, 2022 – ensaio), “Dói-me este mundo de violentas esperanças” (Patuá, 2021 – poemas) e “Em obras” (Cousa, 2019 – poemas). Trabalha como professor de literatura no Instituto de Letras da Universidade Federal da Bahia.

A coleção

Com a publicação destes novos títulos, a P55 Edição prossegue o trabalho que vem realizando desde janeiro de 2009 na promoção da literatura contemporânea da Bahia, com a edição da coleção Cartas Bahianas, que passa agora a ter 48 títulos publicados.

Sob a coordenação de André Portugal e Marcelo Portugal, desde 2002, a editora baiana independente realiza projetos culturais diversos, tendo publicado centenas de livros próprios com foco nos segmentos de arte, fotografia, literatura e memória.

* Fotos: Divulgação, Villa Olivia, Pedro Ornellas.

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