A menos de duas semanas de 1º de janeiro de 2025, Daniela Mercury está na fase mais recente de idealização do roteiro do Pôr do Som, que foi confirmado pela artista neste sábado (21).
Ao Alô Alô Bahia, a cantora brincou, bem humorada: “Não faço a menor ideia de como eu vou fazer”. Mas, logo depois, Daniela demonstrou que sabe bem como irá conduzir o repertório desta que deve ser a maior edição do projeto em 25 anos de história, no primeiro dia do ano em que se comemorará os 40 anos do axé.
Segundo Daniela, já estão confirmadas as participações da Banda Didá, Banda Mel, Rachel Reis e Márcia Freire. Ivete Sangalo, Márcio Victor e Carlinhos Brown também foram convidados por ela e, ao que tudo indica, devem emprestar suas vozes ao espetáculo, tornando-o ainda mais radiante.
“Agora, eu não vou dividir tanto, não. Estou com vontade de misturar gente. Como tem uma multidão [de participações], estou achando que a gente vai ter que cantar mais juntos”, afirmou Daniela ao Alô Alô Bahia.
Com Rachel Reis, Daniela Mercury vai cantar, pela primeira vez, ao vivo, a canção “Meu Corpo Treme” – algo que só aconteceria no Carnaval, caso o Pôr do Som não fosse viabilizado. A faixa é inspirada em um texto assinado pela cantora para a sua esposa, Malu Verçosa.
E tem mais: “Quem sabe eu consiga apresentar uma música inédita para cantar com os colegas. Está terminando de ser gravada hoje. Vou ter que mostrar correndo para ver se eles aprendem, ainda”, entregou Daniela. “Vai ter surpresa, vai ser um dia muito mágico”, prometeu a artista.
Outro ritmo
Uma das precursoras do ritmo legitimamente baiano – que, por sinal, também comemora quatro décadas de carreira artística –, Daniela quer, nesta edição histórica, dar mais ênfase às “vozes maravilhosas do axé”. Seria uma forma de fazer jus ao “lado calmo” do Pôr do Som, que regressa, após dez anos, ao cartão postal do Farol da Barra, seu local de origem.
“Vocês estão sempre acostumados a ouvir o axé cantado com ritmo… Não que não terá ritmo. Vai ser um show rítmico, inevitavelmente, porque o axé, essencialmente, é ritmo. Mas eu fiquei sonhando – como diretora que adora fazer o roteiro do Pôr do Som – com a gente cantando outras canções do lado B do axé”, antecipou, ao Alô Alô Bahia.
Ela emenda: “Ou descobrir mais do que eles gostam, um pouco da história de cada um. Fiquei com vontade de resgatar a história, e fazer um ‘fiozinho’ de ligação da trajetória de cada um, o que cada um trouxe pro axé, como contribuição pra música, de onde se inspira”. Assim, Daniela teria espaço para trazer, até, um punhado de outros gêneros, já que o axé, tropicalista por excelência, bebe de fontes variadas e deságua em um belo e verdadeiro mosaico musical.
“Eu, nos anos 80, cantava muito rock. A gente cantava os galopes de São João; os cantadores do Nordeste nos influenciam muito… Se a gente for fazer só com as referências, já dá para fazer um show gigante. Mas, óbvio que eu vou contar um pouco da história”, detalhou Daniela ao Alô Alô Bahia.