Fusão entre Azul e Gol vai ampliar conectividade aérea no Brasil, diz CEO

Fusão entre Azul e Gol vai ampliar conectividade aérea no Brasil, diz CEO

Redação Alô Alô Bahia

redacao@aloalobahia.com

Antonio Dilson Neto, com informações do g1

Reprodução/Unsplash

Publicado em 21/01/2025 às 09:29 / Leia em 3 minutos

A possível fusão entre a Azul e a Gol tem gerado expectativas de maior conectividade para o mercado aéreo brasileiro. Segundo John Rodgerson, CEO da Azul, a união das empresas pode viabilizar operações em novas cidades e reforçar a malha aérea nacional. Em entrevista ao portal g1, o executivo destacou o potencial de crescimento:

Há 100 aeroportos no Brasil que só a Azul opera. Mas tive que fechar algumas dessas cidades porque não havia demanda suficiente. O benefício para o consumidor será mais cidades atendidas e maior conectividade, e é isso que estamos prevendo com essa fusão.”

Uma das principais oportunidades apontadas pelo CEO é a integração entre aeroportos regionais e grandes hubs, como Congonhas (SP), Brasília (DF) e Belo Horizonte (MG). “O Brasil ainda tem poucos viajantes e diversos destinos sem conexão direta com esses terminais. A fusão permitirá atender mais cidades e melhorar a conectividade”, afirmou.

Avanço nas negociações

Na última quarta-feira (15), a Azul e a Abra, controladora da Gol, anunciaram a assinatura de um “memorando de entendimento”, formalizando o interesse em unir as operações. No entanto, para que o negócio seja concluído, são necessários alguns passos importantes:

  • Formalização dos acordos definitivos;
  • Aprovação pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac);
  • Conclusão do processo de recuperação judicial da Gol nos Estados Unidos.

Rodgerson revelou que as negociações com o Cade já começaram, mas os acordos definitivos só devem ser fechados em abril de 2025, após o encerramento da recuperação judicial da Gol.

Manutenção das marcas

Apesar da fusão, o CEO afirmou que as marcas Azul e Gol serão mantidas separadas, ainda que ambas passem a integrar o mesmo grupo econômico. A medida visa preservar a identidade e os mercados de cada companhia.

Na próxima semana, representantes das empresas se reunirão com o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, para discutir os detalhes da operação. O ministro comparou a fusão a uma “federação partidária” e afirmou que não permitirá aumentos abusivos nas tarifas.

No entanto, especialistas consultados pelo g1 alertam para possíveis impactos negativos da fusão, como o aumento no preço das passagens e o surgimento de barreiras para novas empresas entrarem no mercado.

Rodgerson garantiu que o diálogo com o governo tem sido constante e que a prioridade é aumentar a oferta de voos e colocar mais aeronaves em operação. “O que o governo quer é o mesmo que nós queremos: mais pessoas voando e mais aviões no ar. Ainda há muitas aeronaves paradas que deveriam estar operando”, ressaltou.

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