A companhia teatral ‘A Panacéia’ traz para a capital baiana o espetáculo ‘Filipa’, inspirado na trajetória inédita de Filipa de Souza, a primeira mulher condenada pela Inquisição na Bahia. O monólogo construído pela atriz Camila Guilera e pela diretora Elisa Mendes, que faz parte do projeto ‘Mulheres na História e Histórias da cidade’, entra em cartaz nos dias 10 e 11 de maio, às 19h e 16h, respectivamente, no Espaço Cultural Boca de Brasa Subúrbio. As apresentações seguem na Sala do Coro do Teatro Castro Alves, nos dias 18, 19, 25 e 26 de maio sempre às 20h, com ingressos de R$30 (inteira) e R$15 (meia). A temporada de apresentações encerra no Espaço Boca de Brasa Cajazeiras, nos dias 31 de maio e 01 de junho, com ingressos a R$20 (inteira) e R$10 (meia). Todas as apresentações contarão com acessibilidade motora e sessões com áudio descrição e tradução de libras.
A peça apresenta uma dramaturgia inédita que mergulha na complexidade da vida de Filipa, tendo como base o processo número 1267, arquivado no Arquivo Nacional da Torre do Tombo, em Lisboa, Portugal, intitulado ‘Processo de Felipa de Sousa cristã velha presa no cárcere do Sancto Officio”. Filipa, cuja trajetória é marcada por coragem e desafio às convenções sociais, foi acusada de ‘sodomia’ devido aos seus relacionamentos afetivos e sexuais com outras mulheres.
O registro histórico revela, não apenas a história de Filipa, mas de outras 29 mulheres que também foram acusadas de terem relacionamento com outras mulheres, das quais sete foram julgadas e punidas pela Inquisição. “Não sabemos nada mais sobre seu paradeiro após ser expulsa de Salvador, por isso, escolhemos o teatro para recriar a vida dessa personagem que tanto nos instiga, dando vazão a seus anseios e pensamentos”, explica Camila.
