8 Aug 2023
Com 46 medalhas, Brasil fica em 4º no ranking geral do mundial de natação paralímpica
O esporte paralímpico brasileiro deu mais uma demonstração de excelência no Mundial de Natação que encerrou no domingo (06), em Manchester, na Inglaterra. Dos 29 atletas de dez estados que o país enviou para a competição, 25 voltaram com medalhas conquistadas na principal competição da temporada que antecede os Jogos Paralímpicos de Paris 2024.
O Brasil somou 46 medalhas (16 ouros, 11 pratas e 19 bronzes) e terminou a competição na quarta colocação geral do quadro de medalhas, atrás apenas de Itália, Ucrânia e China, e à frente da anfitriã Grã-Bretanha, uma das potências do esporte paralímpico internacional.
Parceria
Em comum aos 25 atletas brasileiros que subiram ao pódio em Manchester, está a parceria com o Bolsa Atleta, o programa de patrocínio direto a esportistas do Governo Federal. O investimento anual do Ministério do Esporte nos 25 medalhistas chega a R$ 3,9 milhões. Do grupo de medalhistas, 24 pertencem à categoria Pódio, a principal do programa, voltada para atletas que se destacam entre os 20 melhores do mundo em suas modalidades. Desses, 15 recebem o teto da bolsa, de R$ 15 mil mensais.
Mulheres
Assim como já havia ocorrido nos Jogos Paralímpicos de Tóquio, a pernambucana Maria Carolina Santiago foi o nome de maior destaque na delegação. Ela subiu oito vezes ao pódio em oito provas disputadas em sete dias: cinco ouros (100m borboleta, 100m livre, 100m costas, 50m livre e revezamento misto 4×100m livre – 49 pontos), uma prata (100m peito) e dois bronzes (revezamento misto 4x100m medley – 49 pontos e 200m medley). Foi a principal medalhista do Mundial, entre homens e mulheres.
“Olhando para trás, foi um excelente programa. Estou muito satisfeita. Deixei tudo de mim dentro da piscina. Os 200m medley não foram fáceis. Sou uma atleta mais de velocidade, não tanto de resistência, mas aceitei o desafio”, destacou a atleta, que compete na Classe S12. Carol nasceu com a síndrome de Morning Glory, alteração congênita na retina que reduz seu campo de visão.
Lista recorde
Em 2023, o Bolsa Atleta atingiu um patamar inédito na história do programa voltado para fomentar o esporte de alto desempenho no Brasil. A lista dos contemplados reúne 7.887 atletas, o maior número desde que os pagamentos começaram a ser feitos, em 2005, quase 20% maior que o do edital de 2022, quando foram 6.419.
O Bolsa Atleta é voltado para esportistas a partir de 14 anos e é considerado um dos mais completos programas de patrocínio direto do mundo. É dividido em cinco categorias: Base, Estudantil, Nacional, Internacional e Olímpico/Paralímpico, com repasses mensais que variam de R$ 370 a R$ 3.100.
O programa conta ainda com a categoria Pódio, destinada a atletas de elite, posicionados entre os 20 melhores do mundo, que recebem benefícios entre R$ 5 mil e R$ 15 mil mensais. Em 2023, a categoria Pódio contemplou 405 atletas, entre olímpicos e paralímpicos.
Dimensão
A dimensão do Bolsa Atleta pode ser medida pelo desempenho do Brasil nos últimos Jogos Olímpicos e Paralímpicos. Em Tóquio, em 2021, 80% dos integrantes da delegação olímpica e 95% da paralímpica eram bolsistas. Nas Olimpíadas, o Brasil conquistou 21 medalhas (sete ouros, seis pratas e oito bronzes), em 13 modalidades. Em 19 dos 21 pódios (90,45%), os atletas recebiam a Bolsa Atleta. Já nas Paralimpíadas, foram 72 medalhas (22 ouros, 20 pratas e 30 bronzes). Os bolsistas representaram 68 dos 72 pódios: 94,4% do total.
* Por Hilza Cordeiro, com informações do Ministério do Esporte | Foto: Ale Cabral/CPB.
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