Notas



22 Dec 2023

Cantora gospel de 18 anos morre após acidente no Sul da Bahia

A cantora gospel Aclécia Silva dos Santos, de 18 anos, morreu após uma batida entre uma ambulância e uma carreta na quinta-feira (21), na BR-101, em trecho do município de Ibirapitanga, no Sul da Bahia. As informações são do g1 Bahia.

De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), Aclécia Silva estava na ambulância com outras cinco pessoas. Todas elas ficaram feridas e foram socorridas para o Hospital de Base, em Itabuna, cidade que fica na mesma região.

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Ainda não há informações sobre o que causou a batida. A Prefeitura de Ibirapitanga, responsável pela ambulância, lamentou a morte da artista e disse que investiga o motivo de ter seis pessoas no veículo.

Um dos feridos está entubado na unidade de saúde, conforme a prefeitura. Dois estão com estados de saúde estáveis e uma já teve alta hospitalar. A gestão municipal não soube informar o quadro da outra vítima ferida.

Aclécia Silva compartilhava vídeos em que cantava músicas gospel nas redes sociais. Há pouco mais de um mês, lançou a canção "Tua Palavra".
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O noivo dela, Jeremias Silva, se declarou para a amada. O casal noivou em janeiro deste ano. "Eu te amarei para sempre, sei que pude dizer todos o quanto te amo. Estou sem chão, te amo para sempre, minha princesa", lamentou.

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O velório da cantora acontece na Igreja Assembleia de Deus do distrito de Novo Horizonte, onde ela morava. A previsão é de que o corpo da artista seja sepultado às 17h desta sexta (22), no cemitério da cidade.


* Publicado por N.R. Fotos: Reprodução/Redes sociais.

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22 Dec 2023

Beyoncé no Brasil: saiba qual foi a agência responsável pela produção do Club Renaissance em Salvador

Liderada por mulheres, empresa baiana com sede em Salvador e São Paulo é a responsável pela produção local do evento, que tem a TV Globo como parceira oficial
 
A aparição surpresa de Beyoncé em Salvador na noite desta quinta-feira é o principal assunto no mercado de entretenimento no país e tem estampado as páginas iniciais nos principais sites de notícias. A IDW, marca global que nasceu na cide e possui sede na capital baiana e em São Paulo, assinou a realização e produção local do Club Renaissance, festa promovida por Beyoncé e produzida pela Parkwood Entertainment, em parceria com a TV Globo. A IDW é uma agência criativa de negócios focada em conteúdo e entretenimento. Idealizada e comandada por mulheres, a empresa assina também a realização do AFROPUNK no Brasil.

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O Club Renaissance é uma festa que acontece em várias cidades do mundo para divulgar o álbum Renaissance, lançado pela cantora norte-americana em 2022, e o “Renaissance: A Film by Beyoncé”, que estreou ontem no Brasil. Salvador foi escolhida pela artista e seu time para o evento oficial de lançamento no país. “Não há ninguém como vocês. A primeira e única, Bahia! (...) Estou tão feliz de ver vocês”, disse a artista, ovacionada pelo público, ao entrar no palco segurando a bandeira da Bahia.
 
A IDW é também a investidora no Brasil e a agência full service da versão brasileira do maior festival de cultura preta do mundo, o AFROPUNK, que contou com uma edição grandiosa em 2023 - com mais de 20 horas de música e mais de 25 mil pessoas por dia, trazendo, neste ano, nomes como a também norte-americana Victoria Monét, indicada em 7 categorias no Grammy. A atração foi uma aposta do time da curadoria da agência, com a missão de trazer grandes nomes mundiais para fora do eixo Rio-São Paulo e colocar o Nordeste nesta rota.
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Expertises

A autenticidade e os negócios se encontram na IDW. A agência atua com marketing de influência, com foco em entregas responsáveis e inteligência de dados. A empresa, que já realizou projetos com marcas como AVON, AMBEV, Heineken, Meta, Devassa, Nubank, Coca-Cola, Spotify e Bradesco, é responsável pelo agenciamento de um casting 100% feminino, como a cantora, atriz e apresentadora Larissa Luz e as influenciadoras digitais Alice Santiago, Beberes, Gabi Medeiros, Magali Moraes e Malfeitona.
 
Projetos especiais de conteúdo e entretenimento também estão nas expertises da empresa. Com conceito de laboratório de ideias e experiência em festivais musicais e circuitos de criatividade, a IDW realiza a curadoria, planejamento e produção dos conteúdos, com soluções autênticas, de impacto e inovadoras.
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Conheça os Talentos IDW
 
Larissa Luz: Cantora, atriz, escritora, compositora e produtora musical, e um dos principais nomes da música negra contemporânea brasileira.
 
Malfeitona: Dona de uma estética única e de uma produção artística particular, ela se destaca pela sua criatividade e multitalento: artista visual, engenheira mecânica, cantora, compositora, acadêmica, tatuadora, apresentadora e criadora de conteúdo.
 
Beberes: participante do reality de relacionamento “Let Love”, do Multishow e Globoplay, apresentado por Sabrina Sato e João Vicente de Castro. Criadora de conteúdo, atriz, apresentadora e beautyartist, ela usa a arte para divertir seu público e trazer um necessário alívio cômico aos seus seguidores. O combo make + criatividade é a receita do sucesso dessa creator de riso frouxo.
 
Gabi Medeiros:
carioca criativa e rainha do humor com toques ácidos. Ela é advogada, mãe, farrista e cervejeira! Só proporciona entretenimento de qualidade com conteúdo genuíno, honesto e verdadeiro. Conquistou uma fiel comunidade de inuters sempre presente, fazendo de Gabi a rainha do engajamento!
 
Magali Moraes: Cheia de criatividade e boas histórias, ela está sempre pronta para arrancar uma boa gargalhada ao equilibrar seu talento como produtora de conteúdo, empreendedora e fotógrafa. Blogueira de milhões com uma comunidade mega engajada, ela é pura criatividade e diversão com personagens que dão o que falar (Alô Vizinha Fofoqueira!)
 
Alice Santiago:
Ela faz pão, faz bolo, faz doce, faz raspadinha de fruta, faz sorvete, faz viagem, faz almoço, jantar, sobremesa, lanchinho e faz inveja só postando um tanto de coisa linda e deliciosa no feed. “A querida das receitas de solteiro” ou “A menina da focaccia” mistura curiosidades cotidianas e uma pitada de gracinhas em seus vídeos.

Foto: Rafael Photos e Matheus Leite. 

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22 Dec 2023

Carlinhos Brown fará show especial de Natal neste sábado em Salvador

Carlinhos Brown sobe ao palco principal do Natal Salvador 2023 - “Salvador Brilha com Você”, no próximo dia 23, sábado, para fazer um show especialmente criado para celebrar as boas festas em sua terra.

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No “Carlinhos Brown – Especial de Natal”, que acontece a partir das 20h, de forma gratuita, na Praça Municipal, Brown vai cantar seus grandes sucessos, como “Velha Infância”, “Muito Obrigado Axé”, “A Namorada” e “Tantinho”, e canções temáticas de Natal, acompanhado de sua banda completa.

“Será uma das festas mais bonitas de Natal que já vimos. Estou muito orgulhoso de fazer parte deste evento ao lado de artistas como Simone, Mateus Aleluia, Fat Family, Tiago Aracam e da Orquestra Afrosinfônica. Um Feliz Natal a todos!”, declarou o artista em entrevista ao Alô Alô Bahia.
 
Mais da programação do final de semana no Natal Salvador 2023 no Centro Histórico - “Salvador Brilha com Você”:
 
Até 06 de janeiro - Rota dos Presépios – para celebrar os 800 anos da criação do presépio por São Francisco de Assis – montados em bares, restaurantes, instituições públicas e privadas, museus, igrejas e em casas de moradores do Centro Histórico – abertos à visitação.
 
Até 06 de janeiro - grande presépio do Santo Antônio Além do Carmo - Coordenado pelo artista visual e fotógrafo Mario Edson, o presépio foi realizado junto com seis artistas colaboradores -Léo Furtado, Luzimar Azevedo, Daniel Luz, Livia Passos, Monica Monteiro e Vanderlei Oliveira.
 
Até 06 de janeiro - grande presépio da Praça da Sé - com concepção de Pedro Caldas e direção de arte de Edy Ribeiro, um grande presépio com 60 metros quadrados foi montado todo em branco e prata, com 10 mil microlâmpadas.
 
Todos os dias até 25 de dezembro, das 10h às 17h, pelas ruas do Pelourinho - natal identirário – grupos de tambores, baianas e capoeiristas fazem uma calorosa recepção para os visitantes, em clima natalino.
 
Todos os dias até 25 de dezembro, das 17h às 20h, pelas ruas do Centro Histórico – surpresa de Natal – com artistas de rua.
 
Dia 25 de dezembro, às 18h - missa campal da Paróquia Santo Antônio Além do Carmo – Adro da Igreja do Santo Antônio Além do Carmo.
 
Até 27 de dezembro, na Faculdade de Medicina no Terreiro de Jesus, das 17h às 22h - Casa do Papai Noel.
 
Foto: @leawry.

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22 Dec 2023

Exclusivo: equipe de Beyoncé se derrete por Salvador e já planeja retorno em 2024; saiba detalhes

Presente em Salvador há mais de uma semana, a equipe da cantora Beyoncé curtiu cada segundo da estadia em solo soteropolitano. Representando a BeyGOOD, a fundação de caridade da artista americana, a diretora da instituição, Ivy McGregor, foi uma das que visitou a sede do Ilê Aiyê, juntamente com Yvette Noel-Schure, assessora de imprensa e publicista da estrela musical.

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O carinho pela Bahia pôde ser demonstrado a cada minuto, através das redes sociais. Após a exibição relâmpago na última quinta-feira (21), Yvette divulgou em seu Instagram trechos da sua passagem pela capital baiana e do evento no Centro de Convenções.

"Isso foi épico!!! No caminho fizemos muitos telefonemas, trabalhamos com os melhores do Brasil e comi muita manga e geleia de coco! Bahia!! O que você está fazendo comigo? Estou totalmente apaixonada por você! Um sonho tornado realidade. O mesmo deve acontecer com paixão, amor e corações profundos aqui. E os ancestrais estão sorrindo", escreveu. Ela ainda dedicou a celebração a um fã americano, que morreu em junho, vítima de homofobia. "Ah, e teve um dia especial em que pude homenagear JONTY! Onde há beleza e gente bonita, praia e sol, aí está JONTY", publicou Yvette.
  Quem também foi só elogios foi Ivy McGregor. Durante a semana, a representante da BeyGOOD visitou a Universidade Estadual da Bahia (Uneb), curtiu passeio de barco na Gamboa e viu o show de Caetano Veloso na Concha Acústica do Teatro Castro Alves (TCA). 
  Durante o Club Renaissance, no Centro de Convenções, o Alô Alô Bahia teve a oportunidade de conversar rapidamente com Ivy, que fez questão de falar do quanto ela estava feliz com aquilo. "É um lugar incrível, com muita felicidade e alegria", disse. Ela ainda confirmou que vai retornar a Salvador para curtir o Carnaval em 2024, em fevereiro. Sobre a possibilidade de Beyoncé retornar à capital baiana, ela confirmou o interesse da cantora americana. "Ela quer voltar, talvez em agosto. Ainda estamos vendo isso, mas ela quer voltar. Ela tem que voltar!", disse. 
 
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Responsável por anunciar Beyoncé no palco em Salvador, Justina Omokhua, produtora da ParkWood, a empresa de eventos da cantora, declarou os brasileiros como “os melhores fãs do mundo” da Miss Carter, como a artista é conhecida. Ela também fez questão de expressar seu carinho por Salvador. 
 
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* Foto: Matheus L8.

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22 Dec 2023

Seleção das finalistas da Noite da Beleza Negra 2024 já tem nova data para acontecer

Após ser adiada por conta das fortes chuvas que atingiram Salvador nesta semana, a seleção das 15 finalistas ao título de Deusa do Ébano 2024 do Ilê Aiyê já tem nova data para acontecer. O momento tão aguardado pelas 100 inscritas acontece no próximo dia 26 de dezembro, a partir das 16h, na Senzala do Barro Preto, no Curuzu. 

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Na ocasião, cada uma das participantes mostrará sua performance na dança afro para o júri e, ao fim do dia, 15 delas voltarão para casa com o sonho realizado de serem candidatas ao posto de Rainha do Ilê, cargo ocupado atualmente pela dançarina e coreógrafa Dalila Oliveira.

A grande vencedora será revelada no dia 13 de janeiro, quando acontece a 43ª edição da Noite da Beleza Negra, uma das festas mais esperadas do Verão de Salvador. A Rainha eleita assumirá o cargo no ano em que o bloco afro mais antigo do Brasil inicia as comemorações pelos seus 50 anos.

Além de ocupar uma posição de destaque na luta por igualdade racial e ser ícone do empoderamento da mulher negra e da sua atuação transformadora na sociedade, a Deusa do Ébano é uma exaltação à estética negra, sendo o concurso das ações afirmativas mais importantes do Ilê Aiyê.

A vencedora da 43ª edição fará sua estreia oficial no Carnaval de Salvador 2024, quando o tema do bloco será "Vovô e Popó - com as bênçãos de Mãe Hilda Jitolu. A invenção do Bloco Afro. A se não fosse o Ilê". 

* Por Luana Veiga. Foto: Fafá Araújo.

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22 Dec 2023

Companhia aérea anuncia retomada de operação no Brasil; vem saber

O Brasil voltará a contar com voos regulares da Total Linhas Aéreas para transporte de passageiros, de acordo com informações divulgadas pela própria companhia durante evento em Brasília. Fundada em Minas Gerais, a Total teve a sua operação de passageiros comprada há mais de 10 anos pela TRIP Linhas Aéreas, que por sua vez foi adquirida pela Azul Linhas Aéreas. Desde então, tem atuado apenas com transporte corporativo de pessoas e cargas.

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Ainda de acordo com a empresa, que apresentou uma nova marca durante o evento realizado nesta semana, as operações regulares de passageiros serão realizadas com o ERJ-145, primeiro jato de sucesso da Embraer, e o turboélice ATR-42. Entre os destinos que devem ser atendidos, estão Ilhéus, Fortaleza, Aracaju, Maceió, Guarulhos, João Pessoa, Fernando de Noronha, Rio de Janeiro, Manaus, entre outros.

* Por Luana Veiga. Foto: Reprodução.

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22 Dec 2023

Claudia Leitte lança clipe, desabafa sobre TDAH e revela problemas no último Carnaval: 'Não vivi intensamente'

Para celebrar a chegada do Verão nesta sexta-feira (22), Claudia Leitte acaba de lançar o videoclipe da música “Liquitiqui”, que marca o início do projeto “O Carnaval da Minha Vida”, que envolve uma série de lançamentos e eventos na sua carreira.


A cantora, que é baiana de coração, revelou ao Alô Alô Bahia que está ainda mais animada para a estação mais quente do ano, sobretudo para sua maratona carnavalesca, que em 2024 terá como tema “Parque de Diversão”. Isso porque ela enfrentou problemas no Carnaval deste ano.  

“Foi um Carnaval difícil para mim porque eram muitas sensações, muitas emoções (…) Eu não sabia lidar com aquela sensação que eu tava sentindo. E eu acho que os meus fãs também não estavam conseguindo. Eu precisei realmente de muito equilíbrio. Eu não vivi intensamente esse Carnaval, muito embora tenha sido um Carnaval lindo (…) Tive que ter um autocontrole muito grande porque era psicológico, mas era físico também. Era: ‘eu preciso me equilibrar para fazer a minha música acontecer porque senão eu vou me emocionar o tempo inteiro aqui, e não vou fazer o que eu vim fazer, né?’. Então foi diferente de todos os Carnavais da minha vida. Por isso que eu tô dizendo que a partir de agora eu vou viver o Carnaval da minha vida”, revelou Claudia, em uma conversa de cerca de 40 minutos, por Google Meet, diretamente de Miami (EUA), onde mora.

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A canção “Liquitiqui” marca o início do um projeto que deve durar o ano inteiro. “É ‘O Carnaval da Minha Vida’, junto com um “Parque de Diversões” no Carnaval de Salvador, que culmina na gravação desse show, que acontece nos dias 8 e 9 de abril, em São Paulo, na Vibra (maior casa de shows e espetáculos da América Latina). Eu tô muito feliz, eu tô muito agulhada. Tem muito acúmulo de informação, então eu tô me estruturando emocionalmente para não explodir porque eu sou muito intensa. Eu já tô sentindo isso tudo e já tô com isso tudo guardado há muito tempo. Tô querendo botar para fora, porque já estou explodindo”, afirmou a artista. 
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Além de dar detalhes sobre o tema do seu Carnaval e dos próximos lançamentos, Claudinha desabafou sobre o diagnóstico de TDAH, sigla para "Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade", após os 40 anos de idade. É um fluxo de pensamentos que eu não consigo bloquear. Eu tenho uma alteração no córtex pré-frontal. Todo mundo consegue fazer um raciocínio às vezes muito óbvio e lógico e ir direto ao ponto. O TDAH não me deixa filtrar esses pensamentos. Eu consigo desmembrar uma pergunta em mil numa fração de segundos. É muito doido! Por outro lado, eu não tinha essa consciência. Eu não sabia que isso era uma condição. Acho que eu passei a minha vida inteira me vendo, mas eu não entendia o que estava acontecendo”, disse. 

Créditos Nara (10)A cantora classificou esse processo todo de descoberta do transtorno como libertador. “Em princípio, é assustador receber o diagnóstico, porque é um transtorno, uma condição séria. A gente precisa olhar com ternura para o outro”, pontuou. 

Ela lembra que não tinha esse olhar carinhoso consigo mesma. “Eu falava: eu não entendo, eu pareço que sou uma pessoa que não tem discernimento, inteligência (…) A partir do momento em que eu tive o diagnóstico, eu comecei a ter um pouco mais de paciência comigo mesma. Eu comecei a gostar mais de mim, a ser mais mais eu. A deixar minha personalidade fluir mais e não me condenar, não ter receio do que eu vou dizer. É bonito ser assim, tem um lugar para o TDAH”, afirmou.

Hoje, além do acompanhamento com a psiquiatra Ana Beatriz Barbosa, Claudinha faz terapia e sessões de neuromodulação. “Eu consegui, inclusive, chegar até aqui hoje, independente das condenações, das culpas e do autoflagelo, porque a gente se martiriza. A gente quer se encaixar, quer estar no tempo dos coleguinhas da escola, da galera do trabalho e é outro timing, é outra noção de tempo. Eu consegui superar isso, eu consegui chegar até aqui. Eu sou uma eu sou uma nova mulher”.

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LEIA A ENTREVISTA DO ALÔ ALÔ BAHIA COM CLAUDIA LEITE:
 
  • Queremos saber mais sobre o videoclipe lançado nesta sexta-feira. Mas, antes de tudo, o que é “Liquitiqui”?
É uma onomatopeia (figura de linguagem que tenta reproduzir, por escrito, sons e ruídos de objetos, animais e fenômenos da natureza) do som mesmo da percussão do pandeiro - “liquitiqui”, “liquitiqui”, “liquitiqui”. É uma célula rítmica que não é só peculiar, pertinente a nossa cultura. Eu recebi esse esse refrão já pronto de um dos meus parceiros na música, que é Kes. Eu tenho J. Perry ali, que é do Haiti, e Kes da Tobago. Ambos fazem Carnaval aqui para cima, Carnaval Caribenho, e eu faço Carnaval no Brasil. A gente simplesmente se encontrou e fez a música junto. Eu descobri, através dessa relação com eles dois, que a gente tem a mesma célula rítmica para fazer Carnaval, independente do lugar onde a gente está. Ambos vêm de culturas diferentes, mas que celebram o Carnaval também. E é tudo parecido, a gente é muito conectado. A gente é um só, principalmente quando se fala de música. 
Créditos Nara (17)​​
  • Onde você conheceu eles?
J. Perry eu conheci em Miami, em 2013, se eu não me engano. J. Perry fez “Dekolê” (versão em português) pra mim. Ele escreveu no álbum dele, e eu fiz a versão em português. Ele foi para o Brasil. A música é o hino dos nossos blocos, no Carnaval, nas micaretas e tudo. E ele - que é do Haiti - saiu tão encantado com o Carnaval que tatuou “Brasil e Haiti” no braço. Ele é muito apaixonado. E Kes eu conheci através de J. Perry também. Foi a música que me aproximou deles. Hoje eles são meus amigos. 
 
  • O clipe de “Liquitiqui” foi gravando em que local? Vimos que tem uma vibe “Verão”, uma coisa mais quente que até lembra Salvador, apesar de ficar claro que não é. Como foram as gravações? 
A gente acha que a cultura separa a gente e, na verdade, ela nos une. Ela une povos diferentes, que têm características diferentes, mas é muito parecido porque é a gente. A gente é muito igual. Gravamos em uma praia, em Miami. A gente queria trazer essa conexão com Tobago, com Haiti e com o Brasil. Então tinha que ser uma praia real, que a gente frequenta mesmo, e com gente de verdade na rua. Foi muito legal. Como é um país “distante”, a galera não me conhece na rua. As pessoas ficaram curiosas ouvindo a música. Se aproximavam por conta do som. É muito gostoso experimentar isso.  
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  • A canção marca o início do projeto “O Carnaval da Minha Vida”, que envolve uma série de lançamentos e eventos. O que você pode antecipar sobre isso?
“O Carnaval da Minha Vida” é um presente para mim e pros meus fãs. A gente deu “start” nele agora, em novembro, para o público, mas já estamos trabalhando nisso há bastante tempo. Vivemos um período de ostracismo que durou muito. Deus me defenda! O primeiro Carnaval pós-pandemia foi nesse ano… a gente acabou de vir dele! Parece que faz muito tempo, mas foi o primeiro. Foi um Carnaval difícil para mim porque eram muitas sensações, muitas emoções. Eu estou acostumada a lidar com o Carnaval, tenho 20 anos de carreira, mas esse foi o Carnaval mais… “Meu Deus, preciso me controlar porque senão eu não consigo cantar”. Foi um negócio muito diferente. Eu ia gravar o meu DVD antes, mas como veio a pandemia a gente postergou. Então essa temática de Carnaval ela já vinha permeando os meus desejos, meus sonhos, já há muito tempo. É “O Carnaval da Minha Vida”, junto com um “Parque de Diversões” no Carnaval de Salvador, que faz parte desse projeto todo, que culmina na gravação desse show, que acontece em abril, em São Paulo, na Vibra. Eu tô muito feliz, eu tô muito agulhada. Tem muito acúmulo de informação, então eu tô me estruturando emocionalmente para não explodir porque eu sou muito intensa. Eu já tô sentindo isso tudo e já tô com isso tudo guardado há muito tempo. Tô querendo botar para fora, porque já estou explodindo. Eu tô bem organizada com “O Carnaval da Minha Vida”, pedindo ajuda do povo em volta para poder mandar uma coisa de cada vez… mas é um projeto bem grande, para o ano inteiro.
 
  • Você falou que enfrentou dificuldades nesse Carnaval. O que houve? Quando você fala que você não conseguia “dar conta”, é uma coisa física? Psicológica? O que você sentia? 
Eu nunca fiquei sem o palco na minha vida inteira, desde criança. Nunca fiquei sem Carnaval. O alimento para minha música, minha inspiração, é o povo. É o público. Eu sou cantora de palco. Eu vou para o estúdio porque eu estou ali imaginando o momento de estar com o público, de cantar para vê-los dançando, para vê-los celebrando o melhor da vida… se encontrando com alguém, encontrando o amor da vida, o melhor amigo. Então a minha música ela faz muito sentido para isso. E eu passei agora esses últimos anos fazendo música para esse momento e esse momento não chegava. O momento finalmente veio esse ano, no Carnaval. 

Claudia Leitte inicia apresentação no Campo Grande e saúda idosos do Camarote Acessível
Eu me lembro que eu fui fazer uma ação numa loja, em Salvador, para entrega de abadás. E eu fui acometida por uma emoção muito diferente de todas que eu já tive em toda minha vida. Eu não sabia lidar com aquela sensação que eu tava sentindo ali. E eu acho que os meus fãs também não estavam conseguindo. Eu precisei realmente de muito equilíbrio. Eu não vivi intensamente esse Carnaval, muito embora tenha sido um Carnaval lindo e as pessoas tenham sido muito felizes também… eu vi, eu me deleitei naquilo, eu sou muito grata, mas eu tive que ter um autocontrole muito grande porque era psicológico, mas era físico também. Era: “eu preciso me equilibrar para fazer a minha música acontecer porque senão eu vou me emocionar o tempo inteiro aqui, e não vou fazer o que eu vim fazer, né?”. Então foi diferente de todos os Carnavais da minha vida.

Claudia Leitte chega de moto e capacete para cantar no Carnaval de Salvador
Claudia Leitte aposta em look pink e preto para agitar segundo dia de Carnaval em SalvadorPor isso que eu tô dizendo que a partir de agora eu vou viver o Carnaval da minha vida.
 
  • É como se fosse você não tivesse conseguido viver tudo que queria ter vivido. Teve que se controlar para seguir, né? Para dar conta daquilo... 
Isso. São 6 dias de Carnaval, 6 horas por dia… tem toda uma preparação emocional, uma preparação física para estar ali, mas isso sempre foi leve para mim. A gente tem uns percalços, tem as dificuldades, mas desta vez foi uma emoção muito nova. Então agora eu estou me preparando, de novo, como sempre, mas me preparando para viver como eu sempre vivi meu Carnaval. Para estar ali 100% presente, independente do que aconteça. A gente vai ser feliz junto e eu vou me divertir muito porque eu tenho que me divertir nessa parada. O projeto inteiro se chama “O Carnaval da Minha Vida”, mas não só para minha vida. É para que as pessoas tomem isso para elas mesmas; elas possam dizer na primeira pessoa: “esse é o Carnaval da minha vida também”. Porque não faz sentido para mim fazer Carnaval se a outra pessoa não tá se sentindo no Carnaval de sua própria vida, se não está feliz.
 
  • Seu novo projeto coincide com a comemoração dos 30 anos de carreira da Ivete Sangalo. Podemos esperar algum lançamento de vocês juntas? 
Não… A gente fez o DVD de Ivete antes da pandemia. Fizemos a live “O Trio”, em fevereiro de 2021. A gente fez também uma música na pandemia, a “Bolo Doido”, que lançamos esse ano, no Carnaval. Ivete fez participação no meu álbum “REALVERSO”. Mas depois disso a gente não fez mais nenhum projeto. Não vamos lançar nada por enquanto. 

  • Dentro desse projeto, “O Carnaval da Minha Vida”,  você pensou no tema “Parque de Diversão” para sua maratona carnavalesca. Como surgiu essa ideia? 
Eu tô com 3D do trio elétrico pronto e acho que vai ficar ainda mais bonito. Eu sonhei com isso. Eu acho que a gente é mais criança no Carnaval e é o que eu quero fazer: eu quero ser criança no Carnaval. A gente não pode se preocupar tanto assim o tempo inteiro. Tem que ter responsabilidade consigo, com o próximo, respeitar os espaços… mas a gente vai para uma festa dessa para ser feliz, para dividir o melhor de si com o outro. E a gente faz isso quando a gente é criança. A criança ela não espera, ela se joga de qualquer altura… e o pai dela vai estar lá embaixo para segurar; a mãe vai estar ali. Eu quero essa segurança no coração das pessoas. A certeza de que elas vão pra festa e que elas podem ser elas mesmas, elas podem ter essa válvula de escape. Porque para mim nunca foi só entretenimento. Elas podem se divertir como criança porque a tia Claudinha vai tomar conta delas ali. Vai dar a melhor música. Vai se divertir em tempo integral até o final do Carnaval com elas. Também quero um pouco do resgate dessa memória afetiva. Todo mundo já foi para um parque de diversões na infância, né? A gente tem uma memória no parque de diversões. Por mais que não goste da montanha-russa mais cavernosa, foi no pula-pula, no carrinho bate-bate, na barraca tira ao alvo. Todo mundo tem uma lembrança. Eu quero que as pessoas sejam felizes e se divirtam. Minha música faz sentido por causa disso. 
 
  • O que você pode antecipar sobre seus looks do Carnaval? 
A minha inspiração para o looks são as pessoas. Tem a temática do parque de diversões, mas tem relação com a experiência de cada um no parque. Eu transformei o palco numa máquina de ursinhos do parque. A gente tá levando um monte de ursinhos para o palco até para trazer essa vibe e ter a conexão com tudo que a gente tá fazendo.
 
  • O seu Carnaval vai ser todo em Salvador?
Isso. Sexta (9/2) eu puxo o bloco Blow Out; sábado (10/2) eu faço Camarote Brahma; domingo (11/2) e terça (13/2) eu puxo o bloco Largadinho. Vai ser bem legal.
 
  • Além do clipe que você tá lançando hoje, você vai trazer outros lançamentos para esse projeto? 
Sim, tem um monte de música inédita. Tem músicas a gente chama de “lado B”, que tão vindo no projeto ao vivo, mas provavelmente, por conta do intervalo de tempo mesmo, as pessoas vão começar a ouvir todas essas músicas no DVD, mas a gente vai soltar algumas coisinhas antes. Eu comecei a cantar uma outra no trio, num bloco, para já ir ensaiando com a galera. Mas tem um cronograma anual.
 
  • Você deve lançar tudo até a gravação do DVD, nos dias 8 e 9 abril?
Não… A gente está experimentando algumas ao vivo, porque tem uma porrada de show até abril. Mas soltar mesmo efetivamente tem um tempo de maturação. Até abril tem mais música, mas a gente vai experimentando. 
 
  • E essa gravação, em São Paulo, você vai lançar em formato audiovisual? 
Essa era audiovisual já acompanha a gente desde a época dos clipes. Vai estar disponível online para todo mundo assistir. Provavelmente, por conta de gravadora e tudo mais, a gente tem uns lançamentos exclusivos atrelados a alguma marca, mas estará disponível para todo mundo no formato de DVD. Vamos gravar músicas inéditas, canções que marcaram a minha carreira, além de releituras. Vai ser um repertório bem variado, assim como é o do Carnaval.
 
  • Você lançou seu novo clipe no dia em que começa o Verão no Brasil. Como vai ser seu Verão? 
Natal eu posso com a minha família toda. A gente está em Miami passeando. Não é só lavar roupa agora é passear mesmo (risos). E o Verão vou passar no Brasil, claro. No dia 29, eu vou estar no Réveillon de Santé, no Rio de Janeiro; no dia 30, no Festival Virada Salvador; e no dia 31 eu faço a virada na Paulista, em São Paulo. Vou ficar aí em minha casa. Fico indo e voltando o tempo todo há quase 10 anos.
 
  • Você revelou recentemente que foi diagnosticada com TDAH, sigla para "Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade", após os 40 anos de idade. Para encerrar, pode nos contar um pouco como foi isso? O que isso mudou na sua vida? Afinal, a Claudinha que fez o Carnaval em 2023 não sabia que tinha TDAH e a de agora sabe…
Ai, você me perguntou uma coisa tão especial, tão importante. Eu costumo falar isso para as pessoas a minha volta, mas na verdade é como se fosse uma mensagem para mim mesma: (aprendi a) ter um pouco de paciência comigo mesma. Sempre que um jornalista, por exemplo, me faz uma pergunta eu vou em detalhes. A minha memória é muito vasta. É um fluxo de pensamentos que eu não consigo bloquear. Eu tenho uma alteração no córtex pré-frontal. Todo mundo consegue fazer um raciocínio às vezes muito óbvio e lógico e ir direto ao ponto. O TDAH não me deixa filtrar esses pensamentos. Eu consigo desmembrar uma pergunta em mil numa fração de segundos. É muito doido! Por outro lado, eu não tinha essa consciência. Eu não sabia que isso era uma condição.
 
  • Você nunca desconfiou que tinha esse transtorno?
Acho que eu passei a minha vida inteira me vendo - porque eu sempre me vi - mas eu não entendia o que estava acontecendo. Eu dava uma entrevista e eu não conseguia terminar o raciocínio ou às vezes eu já tava respondendo e aprofundando, porque quem tem TDAH muitas vezes quando interessa por um assunto ou quer falar mais ou “se perde”. Estou generalizando, mas cada caso é um caso. E a gente precisa falar da individualidade, que é muito importante. Mas eu tinha uma tendência a ouvir aquilo, me empolgar e não ouvir o resto do que acontecia. E eu já sabia disso. Então eu ia me preparando para ir para a entrevista ou pra qualquer que fosse o meu compromisso para ter a paciência que eu não produzo naturalmente por conta da minha alteração. Às vezes eu me perdia no raciocínio. E eu falava assim: “Meu Deus, mas eu já sei que não posso ser assim. Eu já sei a resposta. Não era isso que eu queria dizer”. E isso automaticamente me condenava.
 
  • Você se julgava muito? Isso mudou após o diagnóstico?
Eu olhava para mim e não tinha tanta ternura. Eu falava: eu não entendo, eu pareço que sou uma pessoa que não tem discernimento, inteligência. E eu falando: “Por que eu sou assim? Eu não me aceito assim”. Depois, a partir do momento em que eu tive o diagnóstico, eu comecei a ter um pouco mais de paciência comigo mesma. Eu comecei a gostar mais de mim, a ser mais mais eu. A deixar minha personalidade fluir mais e não me condenar, não ter receio do que eu vou dizer. É bonito ser assim, tem um lugar para o TDAH. A gente não pensar: temos uma condição e vamos ser excluídos aqui. Não, eu consegui, inclusive, chegar até aqui hoje, independente das condenações, das culpas e do autoflagelo, porque a gente se martiriza. A gente quer se encaixar, quer estar no tempo dos coleguinhas da escola, da galera do trabalho e é outro timing, é outra noção de tempo. Eu consegui superar isso, eu consegui chegar até aqui. Eu sou uma eu sou uma nova mulher. É muito libertador. Em princípio, é assustador, receber o diagnóstico, porque é um transtorno, uma condição séria. A gente precisa olhar com ternura para o outro.

Muito embora tenha muito diagnóstico tardio, quanto antes a gente puder tratar uma criança para inserir ela num contexto, dar condições especiais mesmo para quem tem TDH, melhor. Porque ela vai ter chance de exercer a função dela. Eu tive a felicidade, a benção, não sei porque. Não me pergunte, porque é uma questão divina, mas de ter descoberto o que eu queria pra minha vida ainda na minha fase de criança, então o meu hiperfoco - que é uma qualidade - ele foi aguçado na minha infância. Meus pais sempre foram pais maravilhosos, mas a gente sabe que tem pessoas que não são privilegiadas assim, que não vivem num lar compreensivo, não têm acesso a um colo, onde se sintam felizes. Eu acho que é muito importante falar disso. Achei que foi incrível você tocar nesse assunto agora e eu me sinto muito feliz de poder falar disso nesse tempo. 

  • Você sentia que o fato de ter TDAH te interferia em alguma coisa no Carnaval?
Jamais. Carnaval nunca. Meu fluxo de ideias, de pensamentos, não é contido. Não tem essa linha, não tem filtro. Mas tenho um hiperfoco. Eu sou uma cantora de palco, de trio. Quando eu subo ali, o meu hiperfoco é ativado. Eu canto 400 músicas em cima do trio e meus parceiros de backing vocal falam: “Caraca, como é que essa mulher lembra essa música? A melodia?”. Eu tenho sentidos muito aguçados. O cheiro para mim é uma coisa muito importante: o cheiro me traz a música. Eu consigo enxergar coisas de uma maneira diferente. Eu vejo desdobramentos daquilo que realmente está acontecendo. Não tenho uma evasão. Não me perco nos meus pensamentos. Eu não tenho um devaneio. Tenho hiperfoco. 
 
  • É perceptível que você está mais em paz consigo mesma após esse diagnóstico. No palco e no trio você sente alguma diferença prática?
No trio, não. Nos lugares onde eu atuo, também não. Com meu hiperfoco, eu nunca tive nenhum problema cantando. Na época da escola, por exemplo, eu sempre fui muito boa mesmo em Literatura, Geografia, História, em humanas. Eu escrevo super bem e sempre escrevi redações tranquilamente. Isso parece um “superpoder”, para alguns, mas na verdade é o hiperfoco. São assuntos que me interessam muito. Quando interessam, a gente vai a fundo e faz aquilo com mais afinco e com zelo, esmero. Já exatas, eu pensava assim: vamos aqui do jeito que der para ir. Às vezes eu super entendo, mas a equação não era só uma fórmula que eu tinha que decorar. Eu precisava entender o que estava por trás daquele cálculo pra trazer para uma realidade mais comum. 

Agora é muito importante ir pra um médico. Eu tive o diagnóstico de TDAH antes e foi assustador para mim. Eu sempre ouvi que eu era hiperativa e isso sempre foi um problema de alguma forma. Principalmente como mulher, porque eu sou serelepe, e eu sou “Claudinha Bagunceira”. Eu sou aquilo ali mesmo: super elétrica, flui de mim e eu não tenho muito controle. Eu sou ativa, tenho meus momentos mais concentrada, mas são mínimos. Eu sou muito falante, elétrica e tal. Às vezes não era compreendida. Eu trabalho com banda predominantemente masculina, a gente está falando de 20 anos atrás, eu era muito novinha. Ouvia muito: “Ah, essa menina daí tá querendo tomar ousadia comigo porque ela é agitadinha, ela tá se movimentando muita. Tá mexendo muito no cabelo. Fala muito…”. E eu tava ali só sendo eu. Então isso gera comportamentos que são muito mais profundos, e só se resolve isso com o acompanhamento médico. Você tem que ter um bom médico para para dar um diagnóstico, por exemplo. Você saber que tem TDAH não é tão libertador quanto você ser tratado por um psiquiatra. Precisa realmente de um acompanhamento individual médico. Isso é urgente. E eu eu tô sabendo que agora o SUS vai disponibilizar ainda mais psiquiatras. Então eu eu quero estimular as pessoas a marcarem logo uma consulta porque quanto mais cedo elas souberem quais são as dificuldades que elas vão ter que enfrentar, mais preparadas elas vão estar. Principalmente TDAH, que precisa ensaiar para fazer as coisas direito; para não esquecer uma chave para não se perder…
 
  • Como funciona seu tratamento? 
Cada caso é um caso. A minha médica é a doutora Ana Beatriz Barbosa. Eu faço minhas sessões, tenho terapia e neuromodulação. Foi uma coisa que teve um impacto profundo em mim. Chama EMTr – Estimulação magnética transcraniana repetitiva. É uma técnica onde se aplica pulsos eletromagnéticos repetidos em uma região específica da cabeça por meio de uma bobina com intuito de estimular a liberação de neurotransmissores e restabelecer conexões cerebrais através da neuroplasticidade cerebral (capacidade de remodelamento cerebral) por ela induzida. É um procedimento não invasivo, aplicado em consultório, sem anestesia e sem dor. Eu fiz um intensivo e continuo fazendo. Toda vez que eu tô por lá eu faço um pouquinho. Tenho minhas consultas sempre que dá e eu estou me sentindo ótima.


Fotos: Nara/Divulgação e Alô Alô Bahia.

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22 Dec 2023

Saiba como será o inédito encontro de trios entre Ivete, Brown, Baiana System e Ilê Aiyê na Praça Castro Alves

A abertura do Carnaval de Salvador será remodelada para 2024. Diferente deste ano, que contou com Ivete Sangalo abrindo os trabalhos na Barra, os foliões vão se reunir em outro circuito para ver o início da folia momesca.

Em conversa com o Alô Alô Bahia, o presidente da Empresa Salvador Turismo (Saltur), Isaac Edington, contou que a abertura será com três trios elétricos e a participação do Ilê Aiyê, que completa 50 anos em 2024. Os trios serão comandados por Ivete Sangalo, Carlinhos Brown e Baiana System.

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A ideia é que o encontro de trios marque a abertura do Carnaval, que contará novamente com transmissão para todo o país. A direção artística ficará por conta do baiano Elísio Lopes Jr..

A abertura será na quinta-feira, 8 de fevereiro, e o horário previsto para a apresentação é 16h. "O conceito da história é fazer uma abertura memorável na estratégia de fortalecimento do centro", relatou Isaac. Segundo ele, o encontro servirá para mostrar a força do Carnaval de Salvador para o Brasil e para o mundo. "A ideia é que seja uma coisa bem representativa da nossa música e do nosso Carnaval, na Praça Castro Alves, onde tudo começou", afirma o dirigente da Saltur.

Matéria relacionada:

​Abertura do Carnaval de Salvador será no Centro com Ivete, Brown, Baiana System e Ilê, anuncia Bruno Reis

* Foto: Arthur Garcia/Secom/PMS

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22 Dec 2023

Verão começa com cara de inverno: o que esperar da estação que inicia nesta sexta (22)

Com o início do Verão se mostrando bastante cinzento, as expectativas de sol estão diminuídas. Os primeiros dias de Verão em Salvador serão de chuva e temperaturas baixas, segundo o meteorologista Laurizio Alves. Com o início do Verão chegando nesta sexta-feira (22), a vontade de ir à praia e realizar atividades ao ar livre com um tempo ensolarado estão ainda a alguns dias de se concretizarem.

“No fim de semana, a tendência é de céu claro a parcialmente nublado, que são os dias 23/12 e 24/12. Mas essa previsão é atualizada todos os dias, então pode ocorrer mudanças”, conta Laurizio.

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“Cheguei de São Paulo ontem (21) e esperava ser recebida por bastante sol e calor, mas o céu amanheceu bastante nublado e precisei cancelar meus planos de ir à praia nos próximos dias”, lamentou a estudante Suanne Swierczynski.

Nas últimas 24h foram registrados 78,5mm de chuva em Salvador, — quantidade registrada no Alto do Cabrito — segundo apontou a Defesa Civil da cidade (Codesal) em boletim enviado por volta das 10h40 desta quinta-feira (21). A normal climatológica esperada para todo o mês de dezembro era de 63,4 milímetros. Porém, em apenas duas horas, em diversos pontos da capital, foram registrados acumulados de chuva superiores aos 50 milímetros.

Devido ao fenômeno de vórtices ciclônicos de altos níveis (VCAN), a cidade de Salvador recebeu chuvas, raios e ventos fortes. O VCAN atinge diversas regiões do país, enquanto o seu centro não possui chuva, as periferias desse sistema são atingidas com uma força intensa. “É por isso que a gente tem chuva mais intensa aqui no Nordeste. Já na região mais ao Sul, sudeste do país, tem uma redução dessa chuva por conta da atuação desse fenômeno. Como ocorreu dia 20 e 21 aqui em Salvador, com as chuvas mais intensas”, disse Laurizio.

O início das manhãs neste início de verão terá chuvas fracas e a temperatura deve variar entre 22 °C e 29 °C, que são consideradas temperaturas relativamente baixas para a capital. No entanto com a entrada do novo ano somado a nova estação, o aumento das temperaturas será uma realidade.

Os meses de janeiro e março devem superar “a máxima climática aqui da capital, que é de 31,1°C”, explicou Laurizio. A tendência desse Verão é ter temperaturas mais elevadas que os anos anteriores, com uma superação de um ou dois graus Celsius.

Na Bahia, as regiões central e extremo-oeste da Bahia terão as temperaturas mais elevadas com um aumento de até 3 °C nos termômetros, durante os meses de janeiro e março de 2024. “Se uma cidade tem uma média temperatura  de 33 °C, por exemplo, esse valor pode passar facilmente nos 35 °C ou 36 °C e, se permanecer por mais de dois ou três dias, pode indicar uma onda de calor no estado”, relatou o meteorologista.


* Publicado por N.R. Texto de Yasmin Oliveira, do Jornal Correio*. Com orientação da subeditora Monique Lôbo. Foto: Ana Lúcia Albuquerque/CORREIO.

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22 Dec 2023

Bahia segue como estado com maior proporção de pessoas pretas no Brasil, segundo Censo

Segundo novas informações do Censo de 2022, divulgadas nesta sexta-feira (22) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a Bahia segue como o estado do Brasil com maior proporção de pessoas pretas. No estudo feito em 2010, a Bahia já aparecia como o estado mais negro do país. Não à toa, o estado foi escolhido recentemente para grandes ações de alcance internacional, como o Festival Liberatum e, nesta quinta (21), a pré-estreia do filme da último turnê de Beyoncé, com a presença da própria cantora.

Os baianos estão ainda entre os que mais se declaram pretos, perdendo apenas para São Paulo. No último ano, a porcentagem das pessoas que se autodeclaram assim aumentou de 17,1% para 22,4%. 

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Com isso, em 2022, a Bahia passou ter 9 municípios entre os 10 em que as pessoas pretas são predominantes. O ranking considera a população total das cidades, por isso, Salvador não aparece na lista, já que é a capital com maior proporção de pessoas pretas.

Os baianos só perdem para Serrano do Maranhão, onde 58,8% das pessoas se consideram negras.

Confira o ranking:

1º lugar: Serrano do Maranhão (MA) – 58,8%
2º lugar: Antônio Cardoso (BA) – 55,1%
3º lugar: Ouriçangas (BA) – 52,8%
4º lugar: Cachoeira (BA) – 51,8%
5º lugar: Santo Amaro (BA) – 50,9%
6º lugar: Conceição de Feira (BA) – 50,3%
7º lugar: São Francisco do Conde (BA) – 49,9%
8º lugar: Pedrão (BA) – 49,7%
9º lugar: Salinas da Margarida (BA) – 47,1%
10º lugar: São Gonçalo dos Campos (BA) – 47%

A maior parte da população baiana (57,3%) se autodeclarou parda em 2022. Dos 417 municípios baianos, 407 tem predominância parda. Os maiores índices foram registrados em Pedro Alexandre (87,3%), Mansidão (83,1%) e Ibiquera (77,2%).

Apenas dois municípios baianos têm predominância branca, Dom Basílio (50,9%), no sudoeste da Bahia, e Ipupira (49,2%), no oeste do estado.

* Por José Mion, com informações do g1. Foto: Heitor Salatiel.

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