22 Feb 2024
CAIXA Cultural Salvador apresenta exposição em homenagem a Carolina Maria de Jesus

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A curadoria é da cineasta, editora de livros e gestora cultural Cintia Maria, que também é diretora do Museu Nacional da Cultura afro-brasileira. Ela convidou 15 artistas negras baianas, de diversas expressões artísticas, para retratar a grandiosidade da influência de Carolina de Jesus na potente produção cultural do Estado.
As "Carolinas contemporâneas" são A DEUSA, Aline Brune, Andressa Monique, Ani Ganzala, Annia Rízia, Ìyá Boaventura, Junaica Nunes, Kin Bissents, Luisa Magaly, Milena Ferreira, NegaFya, Sta Ananda, Tina Melo, Yasmin Nogueira e Yedamaria, que apresentam instalações, pinturas, fotografias, esculturas, cerâmicas, bordados, slam e vídeo-performance.
A exposição é inspirada nos livros "Quarto de Despejo: Diário de uma Favelada" e "Casa de Alvenaria: Osasco e Santana", que, segundo Cíntia, "são testemunhos sociológicos e uma poderosa reflexão sobre as injustiças sociais e raciais enfrentadas por Carolina e por tantos outros brasileiros marginalizados".
Os visitantes vão se deparar com temas presentes no trabalho de Carolina de Jesus, como racismo, desigualdade social, empoderamento feminino, vida comunitária e a busca por dignidade e justiça social. Fotos, manuscritos, provérbios e representações dos objetos do cotidiano de Carolina entrelaçados com as obras das novas artistas baianas integram a exposição, que conta ainda com expografia e cenografia assinadas por Ana Kalil e Andressa Monique.
"Queremos mostrar Carolina de Jesus, que foi uma das maiores artistas e escritoras do Brasil, com sua potente obra, sua força, seus múltiplos talentos, mas também viva, como semente que brota e inspira tantas mulheres desta nova geração”, diz Elaine Hazin, à frente da Via Press Comunicação, realizadora da exposição.
Sobre a escritora
As obras da mineira Carolina de Jesus já foram lançadas em 46 países e traduzidas para 16 idiomas. Ela deixou mais de 5 mil páginas escritas, entre romances, poemas e canções. O livro "Quarto de despejo: diário de uma favelada", lançado em 1960, é a obra mais famosa da escritora. Entre 1977 e 2018, após a sua morte, foram publicadas mais cinco obras: "Diário de Bitita" (1982), "Meu Estranho Diário" (1996), "Antologia Pessoal" (1996), "Onde estaes Felicidade?" (1977) e "Meu sonho é escrever" (2018).
A visitação gratuita à exposição pode ser feita de terça a domingo, das 9h às 17h30.
* Por José Mion. Foto: Acervo do Arquivo Público do Estado de São Paulo.
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