14 May 2023
Mães influencers: mulheres baianas compartilham nas redes as dores e as delícias da maternidade
A tendência de mostrar a chamada maternidade real consiste em optar por não romantizar o conteúdo produzido, deixando que os seguidores vejam os momentos bons e os ruins, as fofuras e os perrengues, sem recortes e edições. A influenciadora e ex-BBB Viih Tube viralizou com um vídeo em que mostrava as marcas da gravidez em seu corpo. Desde o nascimento da filha, Lua, vem dividindo com os seguidores, além dos encantos com o bebê, as dificuldades para amamentar e as horas de sono perdidas.
A Bahia não fica de fora desse movimento. O Alô Alô Bahia acompanhou cinco perfis de mamães baianas influencers que compartilham nas redes sociais suas experiências e as convidou para falar sobre as dores e as delícias da maternidade. Confira:
Daniela Copello (@daniela.copello)
Quando questionada sobre o ponto mais especial da maternidade, ela dispara: “Descobri uma força em mim que não sabia que tinha e amo ser o porto seguro dele. Hoje sei qual é a minha missão na Terra”. Quanto ao maior desafio, a resposta não está tão na ponta da língua assim. “Difícil dizer o principal desafio porque encontramos muitos no caminho. Sempre que superamos um, chega outro. Repetimos mil vezes aquele mantra da maternidade ‘vai passar’, e sempre passa”.
Nas redes, ela dá dicas de alimentação, brinquedos e passeios, além de compartilhar seus sentimentos sobre ser mãe e ver, por exemplo, seus pais se tornando avós. Daniela destaca, no entanto, que para expor a sua vida e a do seu filho é preciso lidar com as críticas. “Crítica sempre vai existir, ainda mais quando falamos em maternidade, que é um assunto que todos se sentem professores, e muitos acham que estão no direito de opinar, falar, criticar”.
Jhana Paixão (@jhanapaixao)
Apesar do receio logo no início e de filtrar o que publica, hoje Jhana se sente confortável para fazer as postagens. “Eu sempre falo que Enrico é dono do meu engajamento”, conta ela, rindo. “Mesmo não mostrando ele o dia inteiro, eu mostro. Meus seguidores amam vê-lo, sempre interagem e se divertem com as coisas que eu posto dele”.
Além dos encantadores resultados de ensaios fotográficos que faz com Enrico e os momentos de explosão de fofurômetro, o feed de Jhana também tem vídeos mostrando o filho acordado até tarde quando ela já estava cansada, a sua primeira vez saindo para o trabalho após o nascimento dele e até mesmo a bagunça que ele faz enquanto ela está usando o sanitário. “Dar conta da casa, da criança e de mim mesma foi especialmente difícil no começo, vem o cansaço físico e mental. Mas aos poucos as coisas vão se encaixando”.
Alice Prado (@alicepradoc)
Alice revela que seus seguidores são bastante carinhosos e que, como mãe coruja, adora ler os elogios que eles fazem ao seu filho. “Fico extremamente contente sempre que recebo mensagens para ele, falando como está grande, fofo. Qual mãe não amaria ouvir isso, né?”.
A empreendedora conta também que a maternidade a fez valorizar ainda mais o seu trabalho e seus sonhos. Hoje, com o pequeno já sem mamar e podendo contar com uma rede de apoio, Alice abriu a sua própria marca de roupas e, apesar da rotina bem mais puxada, ela diz estar bastante contente. “No primeiro mês eu já estava ansiosa para voltar à ativa. No início fiquei trabalhando de casa até conseguir me adaptar para sair”.
Maria Regina Vivas (@mamahvivas)
“Foi difícil no começo, pois ao mesmo tempo que eu amava meu trabalho eu queria estar com ele e não perder nada. Por isso busquei um modelo de negócio que me permite trabalhar de casa com meu filho no colo, com a presença dele e que ao mesmo tempo faz sentido para mim”, coloca.
Para ela, o principal desafio da maternidade foi a privação de sono. “Isso mexeu muito comigo. Mas querer estar 24 horas com o meu filho e, ao mesmo tempo, ter que trabalhar, foi também muito difícil. Eu não queria perder nenhuma novidade dele”. Já o lado mais especial, Mamah destaca: “Um amor que a cada dia só cresce e transborda”.
Tuka Sampaio (@tukasampaio)
Tuka conta que, no começo, muitos dos seus seguidores questionavam seu modo de maternar por optar por uma criação afetiva com respeito à liberdade dos filhos e que até hoje as críticas aparecem. “Entendo que cada um enxerga o mundo com uma ótica própria dentro da sua realidade e isso ajuda a não levar para o pessoal. Muitos dos comentários vem com uma carga de culpa intensa ou com um grito de socorro escondido, então tento acolher sempre as mães, mesmo as que me atacam”.
Para ela, o principal desafio da maternidade foi entender que não iria atender às expectativas que ela mesma criou para o maternar. “As pessoas esperam das mães comportamentos que fogem da realidade e do que é tangível, são parâmetros muito elevados e isso gera frustrações enormes”, destaca. Quanto ao que é mais especial em ser mãe, Tuka revela que é descobrir o mundo através dos olhos dos filhos. “Você começa a enxergar beleza nas coisas mais simples e, se desacelerar, o mundo vai passar a ter uma ótica mais bela e apreciativa”, finaliza.
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Fotos: Jéssica Vale | Maria's Fotografias
