Rede Faena no Brasil terá unidades residenciais de luxo e chef que recusou estrela Michelin; aos detalhes

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Como antecipado em julho pelo Alô Alô Bahia, o Faena, tradicional hotel de luxo que encanta brasileiros em Buenos Aires, na Argentina, e também em Miami, nos Estados Unidos, ganhará uma unidade em São Paulo.

O projeto é do grupo Accor e será construpido em um terreno de quase 20 mil m², na região da Avenida Faria Lima, em Pinheiros, segundo o jornal Valor Econômico. A iniciativa é da Even, incorporadora e construtora que tirou o Fasano do Itaim, na capital paulista, do papel, e que se associou ao Grupo Malzoni, dona anterior do terreno. O início das obras está previsto para 2025, com data de inauguração ainda não definida.

No complexo hoteleiro, estão previstos um centro cultural e unidades residenciais de luxo, cujas vendas começam em 2024, com Valor Geral de Vendas (VGV) previsto em R$ 3 bilhões.

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Entre outros atrativos, está um restaurante sob o comando do renomado chef Francis Mallmann, conhecido, entre outras coisas, por ter recusado o prêmio Michelin. O argentino, que já assina a cozinha das outras unidades da rede, disse não ter definido ainda como atuará aqui. "Não será igual aos restaurantes que tenho porque não vejo sentido em replicar projetos mundo afora. A decoração (do Faena) sempre muda, assim como os menus e os produtos disponíveis", contou ao repórter Daniel Salles.
 
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Chef mais conhecido da Argentina, principalmente após participação na primeira temporada de "Chef’s Table", série documental da Netflix que lhe deu "uma voz internacional muito forte", Francis se diz animado por voltar a São Paulo. Ele tem um histórico com a cidade, onde já trabalhou na abertura de dois restaurantes como consultor, o La Bourgogne, nos Jardins, em 1983, com operações já encerradas, e o tradicional A Figueira Rubaiyat, funcionando desde 2001. Em 2011, ele chegou a montar um restaurante temporário em Trancoso, no sul da Bahia.

Atualmente, o chef tem 10 restaurantes próprios espalhados entre Argentina, Uruguai, Chile, Estados Unidos e França, onde lapidou seu talento, buscando trabalhar com chefs estrelados pelo guia "Michelin", que hoje abomina e até recusa. "Os prêmios criaram um ambiente fictício e ultracompetitivo para nossa cultura gastronômica. Os jovens chefs tentam atravessar pontes muito antes do que deveriam, simplesmente para serem diferentes, famosos ou inovadores", escreveu nas redes sociais, em 2013, quando rompeu publicamente com o guia. 

Em 2023, quando a iniciativa chegou à Argentina, ele também fechou as portas das suas casas. "Recebi uma carta da publicação dizendo que um dos meus restaurantes seria premiado, não sei com o quê, mas agradeci e disse que não quero", revelou". Segundo ele, a bolada de cerca de US$ 600 mil que o guia embolsou do governo argentino não traz credibilidade. "A decisão de cobrir um novo destino é puramente editorial", disse ao Valor.

A marca, inclusive, ganhará nova versão brasileira em 2024, 2025 e 2026, através de uma iniciativa conjunta das prefeituras de São Paulo e do Rio de Janeiro, que pagarão R$ 9 milhões à publicação para apontar os restaurantes nacionais que atendem aos seus critérios.

* Por José Mion, com informações do Valor Econômico. Fotos: Reprodução/Momondo e John Troxell.

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