Trap desbanca sertanejo e ícones como Anitta nas paradas; entenda

José Mion é jornalista, assessor de imprensa, apaixonado por Gastronomia e escreve para o Alô Alô Bahia.

Nascido como uma variação do rap nos Estados Unidos, o Trap no Brasil vai além do uso de sintetizadores e efeitos vocais de AutoTune, e trouxe uma identidade própria, com frequências graves comuns ao funk e ao samba, dando um tempero no gênero nacional.

Nomes como Filipe Ret, L7, MC Cabelinho, KayBlack, Veigh, Matuê e o baiano Baco Exu do Blues - que foi um dos vencedores do Prêmio da Música Brasileira, na última quarta-feira (31) - estão cada vez mais em evidência, dominando o top 10 do Spotify Brasil e superando o sertanejo, que ainda se mantem nos gráficos da plataforma de streaming.

Para suas principais estrelas, a alegria do cenário atual está longe de ser pela "superação" do sertanejo, cuja expressividade segue forte e dificilmente será desbancada por completo. A ascensão do Trap significa muito mais, reforçando que pessoas da periferia podem prosperar e mudar de vida.

Lançamentos recentes, como o álbum "Dos Prédios Deluxe", de Veigh, conquistou o Top 1 Global do Spotify, a maior estreia nacional da plataforma. Artistas e obras renomadas da indústria musical, como a cantora Anitta com o álbum "Version of Me", ficaram pra trás.

Antes de Veigh, a maior estreia da história do Spotify Brasil havia sido "Conexões de Máfia", colaboração entre Matuê e Rich the Kid, que teve mais de 1,8 milhão de reproduções em apenas 24 horas e se manteve em posição de destaque por mais de 20 dias, sendo ultrapassada apenas por Veigh e seu novo disco.

Da Bahia para o mundo

Natural de Salvador, Baco Exu do Blues entrou no Top Mundial dos dez maiores lançamentos do Spotify, na semana em que apresentou o álbum “QVVJFA - Quantas Vezes Você Já Foi Amado?", no início de 2022. O projeto do baiano cheogu a ficar como o quinto mais ouvido no planeta. "QVVJFA" traz um Baco amadurecido, que revisita questões importantes como auto-estima. À época, o disco teve suas doze faixas na lista de Top 200 da plataforma.

“‘Quantas vezes você já foi amado’ é uma pergunta que deixa todo mundo desconfortável. No meu caso, eu fui amado várias vezes, mas fui pouco ensinado a receber esse amor. Isso fez parecer que quase nunca fui amado porque o amor é um ciclo que só se completa quando uma pessoa está te entregando aquilo e você consegue receber e passar de volta de alguma forma”, refletiu, na época, o artista, que acaba de voltar de uma turnê de sucesso na Europa.

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Fotos: Alisson Gabriel (Veigh) e Reprodução/Redes Sociais.

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