Da mesma operadora da Starbucks, Eataly pode ter falência decretada: 'devedora contumaz'

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O Tribunal de Justiça de São Paulo deu um prazo de 10 dias para que o Eataly quite uma dívida com a Winebrands no valor de R$ 82,2 mil, sob pena de ver a falência decretada. O complexo, na Vila Nova Conceição, reúne 6 restaurantes, escola de gastronomia e um mercado com mais de 8 mil produtos nacionais e importados, focados na inspiração italiana.

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No Brasil, a marca é comandada pela South Rock, mesma operadora nacional do Starbucks. A franquia do centro gastronômico italiano, no entanto, foi retirada do pedido de recuperação judicial da operadora a fim de facilitar a sua venda. 

Na ação, a Winebrands, respeitado nome no mercado de importação de vinhos de alta qualidade, acusa a Eataly de acumular 634 protestos, que somam mais de R$ 8 milhões, em dívidas contraídas com fornecedores.

"Se não contestar em 10 dias e não apresentar fatos que apontem a inexistência do débito ou seu pagamento, e se não fizer o depósito elisivo para demonstrar cabalmente que é uma empresa solvente, o caminho será a configuração da impontualidade e da insolvência, com a decretação da falência", disse o advogado Gabriel de Britto Silva ao jornal O Globo.

"(A Winebrands) sustentou que a ré é uma empresa devedora contumaz e insolvente, já que possui 634 protestos, a grande maioria dívidas recentes, somando (valor) superior a R$ 8.000.000,00, que vem só aumentando diariamente", escreve a juíza Clarissa Somesom Tauk, da 3ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais da capital paulista em decisão publicada pela revista VEJA.

O tempo está curto também para a South Rock, que terá de parar de usar a marca Starbucks a partir desta sexta-feira (1º), perdendo a sua principal fonte de receita. Enquanto isso, a ZAMP, franqueadora e operadora brasileira das marcas Burger King e Popeyes, informou que deu início às tratativas com a matriz americana da Starbucks para ter o direito de explorar a marca e desenvolver as operações locais.

* Por José Mion, com informações d'O Globo e VEJA. Foto: Divulgação.

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