Natural de Munique, Friederike Möschel assumiu a direção do Goethe-Institut Salvador-Bahia, no Corredor da Vitória, há três anos. Um dos maiores desafios na busca por fortalecer as conexões culturais entre a vibrante cena artística baiana e o cenário internacional, foi a retomada das atividades do programa de residência artística internacional Vila Sul, interrompido pela pandemia de Covid-19.
Atualmente, o programa desenvolve plenamente suas atividades e já acolheu, nos últimos sete anos, 126 artistas, pesquisadores e escritores de diferentes partes do mundo – Europa, África, Ásia e América –, conectando-os com a cena local e promovendo colaborações com ONGs, universidades e instituições culturais da cidade.
“Nossa casa está aberta a todes, promovendo diálogo, troca de experiências e novos desenvolvimentos artísticos”, afirma a alemã, cuja trajetória de mais de duas décadas em instituições culturais globais, combinada à experiência em diversos países, trouxe um olhar amplo para o papel do Goethe-Institut na cidade.
Durante sua gestão, o Goethe tem fortalecido suas relações tanto com jovens talentos quanto com grandes instituições culturais da Bahia. Entre os projetos recentes destaca-se a exposição “Reverberações”, em parceria com o Museu Nacional de Cultura Afro-Brasileira (MUNCAB) e o Consulado Geral da Alemanha em Recife, com o artista nigeriano Mudi Yahaya atraindo quase seis mil visitantes em três meses.
“Esta cidade tem tanto a oferecer e a comunidade cultural internacional precisa conhecer muito mais sobre ela”, defende Friederike, que vê Salvador como uma cidade com uma dinâmica cultural única, onde o ritmo intenso da produção artística se mistura com o estilo de vida descontraído.