Rita Batista fala sobre liberdade estética após aderir às perucas lisas: ‘Milhões de possibilidades’

Dona de um estilo marcante e inspirador para muitas mulheres, Rita Batista tem se divertido desde que passou a aderir às laces de cabelos ondulados e lisos, uma novidade para quem acompanha sua trajetória na TV. Em entrevista ao Alô Alô Bahia, a jornalista revelou que decidiu se permitir e se libertar de concepções ultrapassadas sobre a beleza da mulher negra.

“Eu acho que a gente precisa brincar com as coisas, sabe? Acho que a gente tem várias personas, principalmente quem é artista, quem faz TV, tem essas possibilidades. Eu já usava os apliques e as perucas encaracoladas, crespas, mas esse ano eu comecei a usar as laces. Eu falei que em 2025 eu ia usar as laces, usar as perucas lisas, porque eu acho que a gente tem as milhões de possibilidades para serem utilizadas“, declara Rita, que foi uma das famosas que estiveram na gravação do novo DVD da Timbalada, no Candyall Guetho Square.

A apresentadora do programa “É de Casa”, da TV Globo, seguiu defendendo a diversidade dos cabelos e as diferentes possibilidades de expressão da beleza, garantindo que o uso de perucas lisas não afeta sua ancestralidade. Pelo contrário, reafirma seu lugar como uma mulher disposta a enfrentar os padrões.

“Durante muito tempo, nós mulheres negras, tivemos que corresponder à expectativa social de que a gente assumiria os nossos cabelos e a gente assumiria cabelos que seriam próximos aos cabelos crespos, aos nossos cabelos originários. Mas não poderia, de jeito nenhum, usar um cabelo liso, porque isso afrontaria a nossa ancestralidade. Eu acho isso uma bobagem, uma verdadeira besteira. Então eu rompo com isso desde que o mundo é mundo, e agora com advento das laces, com as possibilidades que a gente tem, estéticas, eu tô brincando com isso e estou adorando”, diz.

 

Ver essa foto no Instagram

 

Uma publicação compartilhada por Rita Batista (@ritabatista)

Ainda durante o bate-papo, Rita também comentou sobre sua paixão pela Timbalada, da qual se considera fã de carteirinha, desde quando a banda estava iniciando com Carlinhos Brown na cena alternativa de Salvador.

“Eu sou da Timbalada, antes da Timbalada existir, a gente não sabia qual o nome que seria dado. Era um movimento “vai que vem” e acontecia exatamente aqui na frente da Pracatum, no Candial, quando era chão batido, era barro. Então eu fico muito feliz em ver que 33 anos depois a Timbalada é respeitada. Fico feliz de fazer parte desse movimento e saber que o projeto tomou conta do país”, finaliza.

(Foto: Elias Dantas/AlôAlôBahia)