PL que aumenta número de deputados deve ser votado ainda este mês, diz Alcolumbre

PL que aumenta número de deputados deve ser votado ainda este mês, diz Alcolumbre

Redação Alô Alô Bahia

redacao@aloalobahia.com

Antonio Dilson Neto

Carlos Moura/Agência Senado

Publicado em 09/06/2025 às 12:01 / Leia em 3 minutos

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), garantiu que o projeto que amplia o número de deputados federais poderá ser votado ainda neste mês.

A proposta (PLP 177/2023), já aprovada pela Câmara dos Deputados, prevê o aumento de 513 para 531 cadeiras na Casa a partir das eleições de 2026, com base na proporção populacional de cada estado.

Segundo Alcolumbre, a mudança não implica aumento de despesas para o Legislativo, já que os custos adicionais estariam contemplados no orçamento da Câmara.

“É apenas o cumprimento de uma decisão judicial. A Câmara achou o melhor caminho. Caso o Senado se debruce sobre o projeto e amplie o número de vagas, não haverá aumento de despesa em lugar algum. Minha vontade é deliberar até antes do dia 30 de junho, prazo fixado pela decisão do STF”, declarou o presidente do Senado durante o 11º Fórum Parlamentar do Brics.

A decisão mencionada por Alcolumbre partiu do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou a redistribuição do número de deputados por estado, com base nos dados atualizados da população brasileira. O presidente da Casa adiantou que começará a dialogar com líderes partidários e senadores já na próxima semana para viabilizar a votação.

Outras pautas em discussão

Código Eleitoral:
Alcolumbre também comentou sobre o novo Código Eleitoral (PLP 112/2021) em tramitação no Senado. Para ele, o Brasil precisa de uma legislação “consolidada e estável”, que evite mudanças às vésperas das eleições e estabeleça com clareza os limites de atuação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

“Precisamos, de fato, entregar um Código Eleitoral que nos livre dos remendos em períodos pré-eleitorais. Muitas vezes o TSE edita resoluções a poucos meses da eleição, com a alteração de decisões consolidadas. É preciso regular isso”, afirmou.

Cotas para mulheres:

Questionado sobre a proposta de cotas fixas para mulheres no Legislativo (PL 763/2021), Alcolumbre se mostrou contrário à obrigatoriedade, mas reconheceu a necessidade de ampliar a presença feminina na política.

“Minha opinião é que precisamos de uma legislação eficiente que incentive, e não imponha, a presença de mulheres na política. Criar cadeiras obrigatórias pode gerar um efeito contrário ao desejado. O caminho é dar instrumentos, recursos e condições para que as mulheres se destaquem no debate político”, defendeu.

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