Jogos Paralímpicos: 8 atletas representam a Bahia em 4 modalidades

Jogos Paralímpicos: 8 atletas representam a Bahia em 4 modalidades

Redação Alô Alô Bahia

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Redação Alô Alô Bahia com informações da Sudesb

Raíssa Machado por Alessandra Cabral/CPB

Publicado em 27/08/2024 às 11:10 / Leia em 4 minutos

Os Jogos Paralímpicos de Paris voltam a atrair a atenção do mundo para a capital francesa a partir desta quarta-feira (28), quando, às 15h, acontece a Cerimônia de Abertura. Na programação esportiva, que segue até 8 de setembro, oito baianos compõem a delegação do Brasil de 254 atletas, disputando medalhas em 4 modalidades: halterofilismo, atletismo, futebol de cegos e vôlei sentado.

Márcio, de Cruz das Almas, está entre os estreantes em Paralimpíadas. O baiano radicado em São Paulo desde os 12 anos integra a delegação de vôlei sentado e reflete sobre a importância da atividade esportiva em sua vida. “O esporte é mágico, tem a magia de levar os atletas a inúmeros lugares. Nunca imaginei sair do Brasil, e hoje estou aqui, na França. Fico muito feliz em ter trilhado este caminho e saber que valeu a pena tanto esforço e tanta dedicação, estando hoje representado o Brasil e a Bahia em um Jogo Olímpico”, disse.

Marcio Borges | Foto: Alessandra Cabral/CPB

Entre os já veteranos, estão jogadores do futebol de cegos como Jeferson, em sua quinta Paralimpíada. Tetracampeão, foi eleito o melhor jogador do mundo em 2021 e diz não estar acostumado ainda. “Cada momento é único e particular. Representar o Brasil em uma competição importante como essa é para poucos e temos que levar a sério, se sentir muito feliz”, declarou o atleta, que disputará os jogos em arena montada aos pés da Torre Eiffel.

Jeferson já foi eleito melhor jogador do mundo | Foto: Reprodução

Repetindo um feito dos Jogos Olímpicos, as mulheres também estão em maior número na delegação paralímpica do Brasil. Ao todo, são 116 nomes femininos, entre eles Raíssa Machado, de Ipibeba. Aos 28 anos, ela disputa a prova de lançamento de dardo, na qual já foi prata em Tóquio-2020 e ouro no Mundial de Kobe, em maio deste ano.

Samira Brito | Foto: Ana Patrícia/CPB

Conheça um pouco mais dos 8 atletas baianos em Paris:

* Atletismo:

Edneusa Santos (Salvador), 48 anos: possui baixa visão decorrente de rubéola da sua mãe durante sua gestação. Aos 24 anos, competia no atletismo tradicional e, em 2012, passou para o atletismo paralímpico. Classe: T12. Em sua estreia na Seleção, nos Jogos Rio 2016, Edneusa tornou-se a primeira medalhista paralímpica brasileira em maratonas;

Samira Brito (Juazeiro), 35 anos: ela tem paralisia cerebral consequente de falta de oxigênio durante seu nascimento, o que afeta os movimentos dos membros, além da fala e audição. Classe: T36. Prata nos 200m nos Jogos Parapan-Americanos em 2023 e segunda colocada no ranking mundial nos 100 e 200m;

Raíssa Machado (Ipibeba), 28 anos: nasceu com má-formação nas pernas. Aos 12 anos, começou a praticar lançamento de dardo. Classe: F56. Prata no lançamento de dardo nos Jogos Paralímpicos Tóquio 2020.

* Futebol de 5 (cegos):

Cássio Lopes dos Reis (Ituberá), 35 anos: um deslocamento de retina seguido de catarata tirou a sua visão aos 14 anos. Aos 20, começou no futebol de cegos. Classe: B1. Tricampeão dos Jogos Paralímpicos (Tóquio 2020, Rio 2016, Londres 2012);

Jeferson da Conceição Gonçalves (Candeias), 35 anos. Um glaucoma ocasionou a perda total da visão do jogador aos 7 anos. Com 12 anos, começou no futebol de cegos. Em 2021, foi eleito o melhor jogador do mundo. Classe: B1. Tetracampeão dos Jogos Paralímpicos (Tóquio 2020, Rio 2016, Londres 2012 e Pequim 2008);

Maicon Junior dos Santos Mendes (Maraú), 24 anos: com perda de visão devido a um glaucoma congênito. Conheceu o futebol de cegos em 2013, por meio do Instituto de Cegos da Bahia. Classe: B1. Ouro nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago 2023.

* Halterofilismo:

Evânio da Silva (Cícero Dantas), 40 anos: teve poliomielite aos seis meses de idade, levando a um encurtamento da perna direita. Começou a praticar halterofilismo em 2010. Prata nos Jogos Paralímpicos Rio 2016.

* Vôlei sentado:

Márcio Borges dos Santos (Cruz das Almas), 41 anos: teve poliomielite. Um grave acidente de moto em 2003 provocou várias sequelas. Tornou-se atleta paralímpico em 2011. Classe: VS1. Fará a sua estreia em Jogos Paralímpicos. Campeão pan-americano em 2023.

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