Madonna deixou o Rio de Janeiro na noite do último domingo (5), mas, para as autoridades do estado e da cidade, o impacto da passagem da Rainha do Pop pela Praia de Copacabana será sentido por muito tempo.
Um dos destaques, segundo avaliação do secretário de Segurança Pública, Victor Cesar dos Santos, em coletiva na segunda-feira (6), foi uma estratégia adotada pela polícia “à moda da Bahia”, aliada aos estudos de eventos anteriores, como o show de Alok, em agosto do ano passado, com público de 600 mil pessoas – muito menor do que os 1,6 milhão de fãs do último sábado (4) – e casos de arrastões.
O Rio de Janeiro apostou em um modelo de policiamento copiado do Carnaval de Salvador, com grupos com até 20 policiais trafegando em meio ao público. De acordo com Victor Cesar, esse formato de abordagem funcionou como um inibidor de arrastões. “Isso é muito mais importante, essa proteção da reputação do estado, mostrando que ele é capaz de dar segurança pública”, destacou ao jornal O Globo.
O policiamento no show de Madonna ainda contou com trabalho de inteligência, pontos de revista nos acessos à Avenida Atlântica e tecnologia de reconhecimento facial, como também já acontece no Carnaval da capital baiana.
Celebration May
O sucesso da vinda de Madonna ao Brasil foi tão grande que o prefeito do Rio, Eduardo Paes pretende fazer o “Celebration May”, em referência à “Celebration Tour” da cantora norte-americana, todo ano. A ideia é que, anualmente, no primeiro fim de semana de maio, uma grande apresentação gratuita aconteça na cidade, com base no “legado intangível” deixado por Madonna, inclusive os R$ 300 milhões injetados na economia carioca.
“Tem um monte de gente pedindo Beyoncé, pedindo o show do Michael Jackson que está em Las Vegas com um holograma. Quero só manifestar que o meu lobby vai ser pelo U2”, brincou o prefeito.
