Os trabalhadores seguem exigindo mais flexibilidade para conciliar todas as prioridades de suas vidas. Uma pesquisa recente mostrou que 40% dos funcionários considera inegociável trabalhar remotamente, é o que aponta o estudo a 21ª edição do estudo Workmonitor, da Randstad, que entrevistou 27 mil profissionais de 34 países. Além disso, 37% considera pedir demissão se tiverem que passar mais tempo em escritórios.
Ao passo que empregadores vêm determinando um retorno ao presencial, trabalhadores têm torcido o nariz e defendido a manutenção de uma rotina mais flexível. Segundo a análise do Workmonitor, muitos profissionais se adaptaram ao estilo de vida “home office” ao longo dos anos de pandemia – mudando-se, inclusive, para regiões mais afastadas ou adquirindo um animal de estimação – pois esperavam que o trabalho remoto fosse mantido.
Conforme a pesquisa, a necessidade de flexibilidade em relação ao local e ao horário de trabalho foi mais predominante na Ásia-Pacífico (45%) e entre a geração Millennial (42%), nascida entre 1981 e 1996. Em contraste, menos de um terço da geração X, de 1965 a 1980, disse que recusaria um cargo que não oferecesse flexibilidade em relação ao local de trabalho (32%).
Ambição e motivação
Para quase 60% dos entrevistados, a vida pessoal é mais importante do que a profissional. O equilíbrio entre a vida pessoal e profissional ocupa agora uma posição tão elevada quanto a remuneração nas listas de prioridades dos profissionais (93%) — mais do que quaisquer outros fatores. Considerando os próximos passos na carreira, o equilíbrio entre vida pessoal e profissional é ainda mais importante (57%) do que salários mais altos (55%).