Cinco anos depois do incêndio, Notre-Dame de Paris se prepara para reabrir em dezembro

Cinco anos depois do incêndio, Notre-Dame de Paris se prepara para reabrir em dezembro

Redação Alô Alô Bahia

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Com informações de agências

Shutterstock

Publicado em 15/04/2024 às 10:03 / Leia em 4 minutos

Cinco anos depois do grave incêndio que devastou a Catedral de Notre-Dame, em Paris, em 15 de abril de 2019, a reabertura segue prevista para 8 de dezembro. A informação é de Philippe Jost, presidente do órgão público encarregado de supervisionar a reconstrução. Ele substituiu o general Jean-Louis Georgelin na coordenação da reconstrução.

Quase 250 empresas e centenas de artesãos, arquitetos e outros profissionais trabalharam na reconstrução da catedral, uma obra-prima gótica registrada como patrimônio mundial da Unesco.

A primeira fase incluiu a remoção de toneladas de escombros e foi prolongada devido aos transtornos causados pela Covid-19, à necessidade de garantir medidas de segurança no local e à descontaminação do edifício, em particular do chumbo do telhado, derretido durante o incêndio. A etapa, que custou 150 milhões de euros (cerca de 155 milhões de dólares ou R$ 775 milhões de reais, na cotação da época), foi concluída em meados de 2021.

As obras de restauração começaram pouco depois, tanto na catedral como nas inúmeras oficinas de artesãos que participaram de forma remota na reparação ou recriação de vitrais, pedras e na reconstrução idêntica da estrutura de madeira da nave e do coro.

A operação complexa, que terminou em março, exigiu a remoção de mais de mil árvores bicentenárias selecionadas nas florestas francesas.

A agulha projetada pelo arquiteto Viollet-le-Duc, do século XIX, que desabou junto com parte do teto, voltou a ser visível em fevereiro.

No interior do templo, paredes, vitrais, abóbadas e decorações foram limpos. Esta etapa está quase concluída e permitiu à catedral retornar a ter uma grande luminosidade. “É realmente maravilhoso, todas essas cores haviam desaparecido completamente. Estou descobrindo-as agora”, disse à AFP o vice-reitor de Notre Dame, Guillaume Normand.

Os vitrais de época, entre os quais se destacam as três enormes rosáceas medievais, mostram agora uma luz filtrada. Um concurso foi lançado para a criação de vitrais contemporâneos, que não serão instalados antes de 2026.

O grande órgão, coberto de pó de chumbo, foi limpo e seus 8.000 tubos remontados, um por um. A previsão é de que seu ajuste dure seis meses.

No Verão do Hemisfério Norte (Inverno no Brasil), devem ser concluídas as obras dos tetos da igreja, do coro e da agulha, assim como a restauração dos pisos xadrez preto e branco e algumas obras no mobiliário de arte interior.

Um importante sistema de prevenção de incêndios também está sendo instalado na Catedral de Notre-Dame, construída entre 1163 e 1343.

A previsão é que o orçamento total para esta fase de reconstrução permaneça “abaixo” dos estimados 550 milhões de euros (cerca de 585 milhões de dólares ou R$ 3 bilhões de reais, na cotação atual), segundo Jost.

O incêndio na catedral, em 2019, gerou um movimento de solidariedade em todo o mundo, resultando em 846 milhões de euros em doações (901 milhões de dólares ou R$ 4,6 bilhões de reais na mesma cotação), dos quais aproximadamente 150 milhões serão destinados à restauração de partes exteriores erodidas antes do incêndio.

A partir do Outono (Primavera no Brasil), a esplanada e as entradas da catedral serão desobstruídas e remodeladas, em colaboração com a Prefeitura de Paris, responsável pela reestruturação dos arredores de Notre Dame até 2028.

O reitor de Notre Dame, monsenhor Olivier Ribadeau-Dumas, estima que haverá “13 a 14 milhões” de visitantes anuais no futuro, em comparação com 12 milhões antes do incêndio.

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