12 Dec 2023
Centro Histórico de Salvador completa 38 anos como Patrimônio da Humanidade e receberá R$ 7 milhões em investimentos
Há 38 anos, em dezembro de 1985, a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura concedeu o título de "Patrimônio da Humanidade" ao Centro Histórico de Salvador (CHS), considerada a região que detém o maior conjunto arquitetônico-histórico barroco de herança europeia das Américas. Para celebrar o marco, o Governo da Bahia anuncia uma série de intervenções no local, com investimento de R$ 7 milhões.
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“Os investimentos serão aplicados em intervenções de restauro, manutenção predial e acessibilidade do Solar Ferrão”, explica Luciana Mandelli, diretora-geral do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural. A edificação é originária do século XVII, tombada individualmente pelo Iphan como Patrimônio do Brasil e considerada uma "âncora" artística e cultural do CHS.
A gestora explica ainda que outra parte dos recursos será aplicada na criação do "Centro Odé Kayodê de Referência às Matriarcas de Matriz Africana", na casa em que nasceu Maria Stella de Azevedo Santos, Mãe Stella de Oxóssi, na Ladeira do Ferrão; na Igreja do Rosário dos Pretos; e no Parque das Esculturas do Museu de Arte Moderna da Bahia.
Investimento
“Os investimentos de R$ 7,05 milhões são do orçamento próprio, mas outros recursos podem ser aportados no Ipac, como as 12 propostas que já inscrevemos no novo PAC/Iphan (Novo Programa de Aceleração do Crescimento do Governo Federal), que, se forem aprovadas, beneficiarão o Cine Jandaia, antiga Faculdade de Medicina, Museu de Arte Sacra ou as restaurações do Solar Berquó, a Casa dos Sete Candeeiros e a Igreja de São Miguel, dentre outros”, relata.
Ainda no Pelourinho, o Ipac/Secult-BA apoia a Festa de Santa Bárbara, desenvolve a política pública de ocupação de 500 unidades imobiliárias na região, além de administrar e produzir a programação das coleções artístico-culturais do Tempostal, Udo Knoff, Walter Smetak, instrumentos musicais tradicionais Emília Biancardi, Arte Sacra e Arte Africana. O Ipac está igualmente responsável pela Praça das Artes e por dois estacionamentos do Pelourinho.
O Ipac atua de forma integrada e em articulação com a sociedade e os poderes públicos municipais e federal, na salvaguarda de bens culturais tangíveis e intangíveis. No início dos anos 2000, o Instituto passou a atuar na política pública para os Museus baianos. Acesse: site ipac.ba.gov.br e redes sociais.
* Por Luana Veiga. Foto: Fernando Vivas / GOVBA.
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