Notas



2 Nov 2021

Netflix lança curta de terror escrito por inteligência artificial

Em clima de Halloween, a Netflix lançou um curta de terror inspirado na franquia Jogos Mortais. A obra, de quatro minutos de duração, conta a história de Jennifer, uma mulher que cai em uma armadilha mortal e precisa resolver enigmas para se salvar, foi totalmente escrita por uma inteligência artificial. Para realizar o filme, a Netflix alimentou uma IA com 400 mil horas de filmes de terror de diferentes gêneros para que, a partir dessas informações, ela escrevesse o seu próprio.
 


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2 Nov 2021

Lei de combate à pobreza menstrual é sancionada na Bahia

De autoria da deputada Olívia Santana, foi sancionada a lei nº 14.365/2021, que inclui na Política Estadual de Saúde da Mulher um capítulo voltado para a conscientização e combate à pobreza menstrual na Bahia.

Com a lei, meninas e mulheres baianas vão contar com uma série de ações voltadas para a promoção da saúde menstrual, entre elas o acesso gratuito a absorventes higiênicos nas escolas, unidades de saúde e unidades prisionais em todo o estado.

“Diferente do que ocorreu com a Lei Federal, que foi vetada por Bolsonaro, na Bahia, a Lei da Dignidade Menstrual n. 14.365/2021, de minha autoria, foi sancionada, sem vetos. Estou muito feliz por ter contribuído com esta importante conquista das mulheres baianas!”, comemorou Olívia.


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2 Nov 2021

Prefeitura de Porto Seguro suspende a obrigatoriedade do uso de máscaras em ambientes abertos

Em medida publicada nesta segunda-feira (1º), a prefeitura de Porto Seguro suspendeu a obrigatoriedade do uso de máscaras em ambientes abertos.

De acordo com o decreto, o uso permanece obrigatório em ambientes fechados, comércio em geral, locais de trabalho, casa de shows, eventos e festas.

Com isso, Porto Seguro se torna o segundo município baiano a definir pela suspensão do uso do item de proteção.


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2 Nov 2021

Último livro de Stephen Hawking chega ao Brasil em novembro

O último livro publicado pelo físico Stephen Hawking, “Desvendando o Universo”, chegará ao Brasil em novembro pela editora Seguinte, do grupo Companhia das Letras. A obra aborda temas como “como a vida na Terra começou”, “o que faria se os robôs assumissem o controle do mundo”, entre outras questões relacionadas ao universo e ao planeta.


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2 Nov 2021

Juliette Freire lança projeto musical acústico

Juliette Freire lançou nesta segunda-feira (1º) a primeira parte do seu projeto “Live Sessions”, com versões ao vivo do repertório do seu primeiro álbum, além de covers de músicas como “Triste, Louca ou Má”, “Dona Cila”, entre outras. Os vídeos foram todos gravados na casa da cantora, com produção musical de Juzé.

O primeiro lançamento desta série é a faixa “Bença”, que já está disponível no canal da artista do Youtube. Ainda nesta semana, serão lançadas as faixas “Meu Pedaço de Pecado” e “Doce”.

 



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2 Nov 2021

'Natal Sem Fome' entrega 30 toneladas de alimentos para famílias em situação de vulnerabilidade na Bahia

Mais de 50 instituições baianas foram beneficiadas com a primeira remessa de cestas básicas doadas pela campanha Natal Sem Fome, realizada pela Ação da Cidadania Comitê Salvador. Foram cerca de 30 toneladas de alimentos não perecíveis entregues nesta segunda-feira (1º), ao lado da Igreja de Santana, no Rio Vermelho, sendo 16 toneladas para Salvador e 14 para cidades do interior. As doações ainda podem ser realizadas até o dia 23 de dezembro em diversos postos de arrecadação na cidade ou através do Pix acaosalvador@hotmail.com.


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1 Nov 2021

Após viagem às Maldivas, Xanddy retorna aos palcos na Bahia

Após viagem às Maldivas, Xanddy, da banda Harmonia do Samba, retornou aos palcos nesta segunda-feira (01), na primeira edição do Píer Sound, que aconteceu no Píer XV, em Lauro de Freitas (BA). O agito também contou com a participação de Lincoln & Duas Medidas e foi prestigiado pela esposa de Xanddy, a dançarina Carla Perez. A próxima edição do evento será no dia 06 de novembro, com Jonas Esticado.
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Fotos: Sercio Freitas. Siga o insta @sitealoalobahia.

1 Nov 2021

Baía de Todos os Santos no teatro do mundo: 520 anos de batismo e outras histórias

América, Atlântico e a Capitania da Bahia. Pormenor do mapa de Johannes Keulen. 1680.
Imagem: See Baynton-Williams New Worlds, p.76.


O teatro do mundo

Um oceano de temores e horizontes desconhecidos separava o “Velho Mundo” do “Novo”, que na verdade só era novo aos olhos de quem não o conhecia, os europeus. No final do século XV, e no famoso 1500 com a esquadra cabralina, espanhóis e portugueses iniciaram o processo de conquista de terras americanas. Um ano depois outros viajantes com a missão de reconhecimento das terras ocidentais no Atlântico Sul, margearam a costa do nordeste brasileiro até avistarem uma baía, prontamente nomeada de Todos os Santos pelo navegador e geógrafo Américo Vespúcio, era o dia 1º de novembro daquele ano.

Nos mapas presentes em Atlas, entre a segunda metade do século XVI ao XIX, nota-se que para além do intrincado conjunto de retas e rotas marítimas (com nomes, floreios e desenhos ilustrando as sagas em alto mar) também estava presente o indicativo localizando a Capitania da Bahia. Tal destaque não é atoa, o lugar era e é um ponto estratégico nas rotas comerciais, ainda mais em épocas em que a Terra Brasilis estava dando passos na inserção das relações marítimas atlânticas.

Em 1519 no conhecido mapa “Terra Brasilis”, desenhado pelo cartógrafo português Lopo Homem, com ajuda de Pedro e Jorge Reinel, a América Portuguesa aparece encrustada de grandes árvores, indígenas vestindo cocares e penas, naus e brasões portugueses; uma verdadeira apologia ao império. Detalhe importante a ser sinalizado na obra são as representações de árvores derrubadas, indicando o que marcaria as décadas iniciais daquele século, com o comércio extensivo de madeiras e do pau-brasil (que deu nome ao que se tornou o país). Toda a costa Atlântica no mapa aparece riscada com uma infinidade de nomes mostrando rios, baías, serras, pescarias e portos. Lá, na costa Nordeste, aparece: “[...]de todolos stos” com sua reentrância: a Baía. Nessa época ainda não tinham pensado na criação da capital da América portuguesa, a Cidade do Salvador, que só surgiu em 1549.


Terra Brasilis. Lopo Homem, auxiliado por Pedro e Jorge Reinel, Atlas Miller. 1519.
Imagem: Biblioteca Nacional.


Na sanha colonizadora homens brancos saíram nomeando o que estava próximo e ao alcance dos olhos seguindo a ótica do “velho mundo” cristão. Terras que nunca tinham “visto ou ouvido” referências a santos católicos passaram a ser conhecidas por esses termos. O ato de dar um nome a algo também é um indicativo de posse, se nomeia o que se quer conquistar, aquilo que se é de alguém. A grande reentrância de água salgada, como já dito, é nomeada de Todos os Santos, conforme indicava o calendário cristão no mês de novembro. Anos e séculos depois essa Baía de águas calmas seria também um dos palcos do grande teatro onde os mares eram pontes para todas as relações socioculturais e comerciais até o século XIX.

Uma velha Baía Kirimurê

Como dito anteriormente nomeia-se algo que é seu ou que busca ser, foi o que aconteceu com a Baía, foi o que aconteceu com o Brasil. Nomes estão ligados a posse, ao ato de instituir algo, de criar ou inventar. Antes de 1501, ano do batismo sob a ótica cristã da Baía, conhecida pelos indígenas por Kirimurê (Paraguaçu, para alguns autores), toda a região era referência para diversos povos que viviam ou já passaram por lá, conforme lembra a historiadora Maria Hilda Paraiso em “Baia de Todos os Santos. Aspectos Humanos”, de 2011:

“Quando da chegada dos portugueses a Kirimurê, a qual batizaram com o nome de Baía de Todos os Santos, os conflitos já eram antigos. Os tupinambás haviam se apossado da região, após terem expulsado os tupinaês para o interior das matas do rio Paraguaçu. Porém, antes destes, ali teriam vivido grupos Gê, provavelmente Kiriri. [...]”

Longe de uma ideia romântica, de uma forma ou de outra ainda presente no imaginário popular, o processo colonizador foi marcado também pelo enfrentamento dos povos indígenas que foram escravizados. E para além das tensões e dos encontros entre o homem branco e os indígenas no século XVI, existiu todo um complexo panorama de relações e disputas entre as comunidades que ladeavam Kirimurê há muito tempo antes dos portugueses.

É certo afirmar que todo esse espaço banhado pelo mar presenciou tensões, conflitos ocupações tupinambás e a criação das cidades, seguindo o traçado luso, no recôncavo baiano; em diálogo com o rio e o mar. Espaço que não foi descoberto por portugueses, ou nenhum outro homem branco, afinal não se descobre o que já era ocupado há milhares de anos com ricas culturas que ali se desenvolveram. 


Pormenor de “Brasil”. Jacopo Gastaldi (cerca de 1500-cerca de 1565). LCEUA.


No imaginário europeu, presente em diversas descrições e relatos de viajantes, o extenso litoral do Atlântico Sul era povoado por canibais em vastas terras a serem exploradas. Um dos relatos mais conhecidos está no livro: “Duas Viagens ao Brasil” de Hans Staden, publicado em 1557, onde o próprio autor conviveu como prisioneiro entre os tupinambás na região do Rio e São Paulo. Nessa obra e em outros trabalhos uma série de interpretações carregadas de visões externas, ou com viés crítico a Portugal, foram difundidas pela Europa. Uma América portuguesa que durante décadas foi narrada e divulgada por estrangeiros. Na Capitania da Bahia, com a capital Salvador, a visão exploratória, aliada a catequização dos indígenas, buscou moldar os contornos em volta da grande Baía com suas faces de enfrentamento e resistências.

Riquezas perdias

A relevância portuária da Baía no decorrer do século XVIII, ainda quando Salvador era capital da América portuguesa até 1763, e no XIX com a abertura dos portos em 1808, é apenas parte do grande cenário de disputas e de circulação de riqueza em águas baianas e atlânticas. Um século antes, nos anos de 1600, nas águas de uma “Baya de Todos os Sanctos”, conforme grafia presente na conhecida gravura holandesa da época, a região entrou em conflito com a dominação holandesa que aqui ficou um ano. Em jogo estava a importante Cidade do Salvador, sua posição privilegiada e a grande baía, estratégica para os interesses comerciais na época.


Ataque de Salvador no século XVII. Andries van Eertvelt, aproximadamente 1624.


Durante muito tempo o açúcar reinou como o principal produto da economia colonial voltado para a exportação, quem quiser mais detalhes ver: “Segredos Internos. Engenhos e Escravos na Sociedade Colonial”, de Stuart B. Schwartz. Relatos antigos mostram a magnitude do comércio e das idas e vindas de embarcações levando a doce riqueza para Europa, e demais regiões, fruto do trabalho de escravizados. Tudo era transportado pelos mares em viagens que duravam dias e meses em condições precárias, mas habituais no cenário do século XVII. Ao lado do açúcar, demais objetos e produtos também eram transportados nos grandes barcos, inclusive peças em metais preciosos e moedas de ouro. O que acabava chegando aos portos era rapidamente redistribuído em uma rede de comércios e companhias onde cada grupo ficava com uma parte. Com sede no Hemisfério Norte uma dessas companhias marcou toda uma época a: Companhia das Índias Ocidentais – mas aí será assunto para outro texto (mais no instagram @rafadantashistorart).

O que não chegava aos grandes portos, ficava nos portos menores, se perdia em naufrágios, ou passava para outras mãos com a pirataria. E sendo a Baía de Todos os Santos esse grande lugar de encontros no teatro do mundo, várias embarcações nessas águas se perderam junto com suas riquezas.



Bahia de Todos os Sanctos. Joan Blaeu, 1596-1673. LCEUA.


Longe das histórias sensacionalistas (tão presentes em vídeos e textos rasos nas redes sociais) e sim com bases em fontes e textos historiográficos, não é exagero afirmar que verdadeiros tesouros afundaram em águas baianas (como o Galeão Sacramento, in: Sebastião da Rocha Pita “História da América Portuguesa 1500 - 1724”. Tanto tesouros em ouro e outros metais, como tesouros arqueológicos, que séculos depois foram encontrados e vendidos para colecionadores e em grandes leilões no exterior. Relatos sobre esses causos podem ser encontrados entre velhos comerciantes de antiguidades e outras pessoas que presenciaram o que já foi encontrado nas redondezas dos mares da Barra e em Itaparica. Desde centenas de moedas de ouro dos séculos XVII e XVIII a inúmeras peças cheias de histórias, hoje dispersas em coleções privadas mundo a fora ou destruídas. Uma pequena, mas importante parte dessas peças pode ser vista no Museu Náutico no Farol da Barra. O Brasil nunca cuidou da forma que deveria das riquezas arqueológicas dos mares e do litoral.

Chegadas e partidas

Todo porto é um lugar de chegadas e partidas, de encontros e desencontros, sonhos e desalentos. Para além de toda a evidência que a Baía de Todos os Santos alcançou ao longo dos seus 520 anos de batismo, deve-se lembrar que foram por essas águas que chegaram mundos diversos, culturas, etnias.
Foi adentando o eixo Sul, passando pela ponta do Padrão na Barra, em direção a já consolidada Cidade do Salvador com seu porto, que dezenas, centenas e posteriormente milhares de escravizados foram sequestrados de suas terras e levados para a América, em uma viagem que poderia durar meses em profunda exaustão. Em terra, já cruzada a baía, os trâmites para o desembarque, acomodação e venda dos cativos seguiam direcionamentos específicos a depender dos interesses exististes nos leilões e mercados de cada época, tráfico que se intensificou principalmente com a descoberta do ouro nas Minas Gerais nos setecentos.  Cenário perdurado por séculos, até o fim do tráfico de escravizados em meados do XIX, e que teve na grande Baía o cenário de fundo do comércio marítimo da província.

Imaginem as cenas daqueles e daquelas que no mar, saindo dos navios, observavam a nova geografia com casarios em duas cidades, a Alta e a Baixa, com torres de igrejas e mercados, ou cenários de pequenos portos cercados pelo verde com caminhos indicando uma longa viagem terra a dentro. Paisagens desconhecidas para os escravizados, recém-chegados, que sinalizavam um mundo de incertezas e privações de liberdade. Oceanos que eram caminhos para pesadelos que tinham como parada final portos seguros, alguns em belas baías, onde uma vida de resistências, dores e anseios era iniciada.

“Vista da Cidade da Bahia Brasil, América do Sul.” Salvador da Bahia nos anos 20 do século XIX. Impressão: George Scharf. Publicação: Edmund Patten. 1826. British Museum.

Os clássicos da historiografia: “O Navio Negreiro”, do historiador e professor de história marítima na Universidade de Pittsburg, Marcus Rediker, destrincha o passo a passo de sofrimentos em navios que cruzavam a brisa do mar e enriqueceram homens em um comércio extremamente lucrativo, lembra Luiz Viana Filho. “Capitalismo & Escravidão” que viu nas rotas marítimas o nascimento de potências econômicas nos dois hemisférios, como lembra o historiador Eric Williams no clássico livro citado. Rotas essas que foram passagem, já no século XIX, de personagens como Rufino José Maria, estudado pelo historiador baiano João José Reis, Flávio dos Santos e Marcus de Carvalho em “O Alufá Rufino. tráfico, escravidão e liberdade no atlântico negro (c. 1822 – 1853)”. A Baía foi a grande porta de entrada de quase tudo o que aconteceu no estado.

Entre mares

Ao longo dos seus 520 anos de batismo, sob ótica cristã e abençoada por todos os Santos, o palco Baía presenciou o encontros entre indígenas, europeus, africanos e asiáticos. Junto com o mundo se modificou com as idas e vindas, recebendo ideais que aportaram revoltas, como a dos Búzios e do Malês. Kirimurê foi a grande personagem da tessitura chamada Bahia.

Em outro cenário, bem diferente ao do Atlântico Sul, o historiador francês Fernand Braudel, em sua clássica obra sobre o mar Mediterrâneo na época de Felipe II da Espanha, mostrou o rico panorama de interfaces e conexões presentes nas cidades ligadas pelo grande mar. Não seria exagero apontar que a Baía de Todos os Santos está para o contexto baiano como o Mar Mediterrâneo esteve, em suas devidas proporções, para as comunidades do sul europeu e norte da África/Oriente, e a importância dessas conexões na esfera comercial.

Pierre Verger em outro clássico “Fluxo e refluxo: Do tráfico de escravos entre o golfo do Benim e a Bahia de Todos-os-Santos, do século XVII ao XIX”, dedicado a Braudel e outros, apresenta dados pormenorizados do tráfico atlântico e as transcrições das fontes estudadas entre os dois extremos, divididos pelo Atlântico, mas tão próximos. Uma Baía tão grande, a segunda maior do globo, “[...] com vasto ancoradouro capaz de reunir abrigadamente todas as esquadras do mundo[...]”, lembrou no século XIX Durval Vieira de Aguiar em seu livro “Descrições práticas da Província da Bahia”.



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1 Nov 2021

Gilberto Gil faz reflexão sobre racismo no primeiro dia do Novembro Negro

No primeiro dia de novembro, o mês da Consciência Negra - ou Novembro Negro -, uma das principais personalidades do país, o cantor e compositor baiano Gilberto Gil, postou em seu perfil no Instagram uma reflexão sobre o racismo que ainda existe no Brasil e no resto do mundo, mas que antes era velado e hoje se revela pelas redes sociais.

"A internet é um desses catalisadores, que fez com que se precipitassem muitas coisas que estavam escondidas no campo das individualidades remotas, envergonhadas, e que agora garantidos pra frente. É quântico. É uma dimensão difícil pra encarar quando nos postamos diante delas com a postura que tínhamos em relação ao mundo das coisas sólidas", diz no início do texto. 

"É o conservadorismo, com subingredientes como elitismo e racismo. Fica a mágoa nessa gente conservadora, porque o melhor do Brasil é o que o povo fez. A casa grande produziu muita coisa, mas o que é mais significativo veio da senzala. Isso é insuportável pra muita gente. Isso tem impedido a abolição completa da escravatura", continua o músico, que está em turnê pela Europa, a primeira desde o início da pandemia. 

"Mas voltamos ao ponto: a sociedade fica dividida. O que vai acontecer? Vamos regredir pra uma sociedade escravocrata ou vamos de peito aberto pra uma sociedade pós-humana? A certeza é que nenhuma das duas será definitiva", conclui Gil.

20 de novembro - O Dia Nacional da Consciência Negra é celebrado, no Brasil, em 20 de novembro. Foi criado em 2003  e oficialmente instituído em âmbito nacional através da lei nº 12.519, de 10 de novembro de 2011, se tornando feriado em cerca de mil cidades em todo o país. Na Bahia, apenas Alagoinhas, Lauro de Freitas, Cruz Das Almas, Camaçari e Serrinha têm o feriado. Salvador não adotou a data por já ter atingido o limite de datas.

Dedicada à reflexão sobre a inserção do negro na sociedade brasileira, a data foi escolhida por coincidir com o dia atribuído à morte de Zumbi dos Palmares, em 1695, um dos principais líderes negros do Brasil, que lutou pela libertação do povo contra o sistema escravista. 

A data é um marco para o reconhecimento dos descendentes africanos e da construção da sociedade brasileira. Questões sobre racismo, discriminação, igualdade social, inclusão de negros na sociedade e a cultura afro-brasileira são discutidas em todo país não só no dia 20 como em todo o mês de novembro.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

 

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1 Nov 2021

Paramana Nature coleta 428 kg de resíduos sólidos do mar na Ilha dos Frades

A Ilha dos Frades recebeu nesta segunda-feira (1º) mais uma edição do Paramana Nature, que coletou 428 kg de resíduos sólidos do mar. O número é menor em comparação às duas primeiras edições, na Praia da Gamboa e em Barra Grande, que somaram 4 toneladas de resíduos. "O ideal seria se a coleta fosse zero, mas sabemos que existe um caminho a ser percorrido. Essa quantidade menor de resíduos já é um bom sinal do que estamos realizando, em parceria com a Prefeitura de Salvador, aqui no entorno da Ilha dos Frades. O que nos cabe é continuar promovendo ações como essa para que as pessoas se conscientizem", reflete Isabela Suarez, presidente da Fundação Baía Viva.

Além de ficar responsável pela limpeza e manejo do que foi coletado, a Limpurb teve um estande na praia, em parceria com o Núcleo Integrado de Estudos em Zoologia. No local, foram expostas espécies que habitam a região marítima, com distribuição de sacolas biodegradáveis.

“Diariamente, nossos agentes retiram resíduos descartados de forma irregular. Se não coletados, acabam indo para os oceanos, afetando a fauna e a flora marinha. Iniciativas como essa possibilitam a sensibilização cada vez maior das pessoas, alertando sobre a necessidade de cuidar do ambiente”, destacou o presidente da Limpurb, Omar Gordilho.


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