28 Jan 2024
Com Ilê Aiyê e Margareth Menezes no palco, Daniela Mercury celebra cultura africana no Festival de Verão


A Rainha do Axé misturou axé, ancestralidade e cultura africana ao receber o bloco afro Ilê Aiyê, que celebra 50 anos em 2024, e a cantora e atual ministra da Cultura Margareth Menezes. Três entidades do Carnaval baiano, eles cantaram juntos e separados, em clima de folia.


Além de tambores e dançarinas, a performance trouxe um espetáculo visual, com as Deusas do Ébano do bloco afro no palco. Tudo para homenagear a história da entidade.
Daniela Mercury, aliás, possui uma relação especial com o Ilê e já participou de diversas apresentações ao lado do grupo durante os 40 anos de carreira. A artista define o Ilê Aiyê como "o bloco mais importante do mundo".




A ministra da Cultura cantou "Negrume da Noite" e "Raça Negra", essas do Ilê, e "Fonte de Desejo", dela. Emendou depois o hino carnavalesco "Faraó, Divindade do Egito".




Antes de se apresentar no festival, Daniela defendeu os blocos com cordas no Carnaval de Salvador. A cantora relembrou o protagonismo de levar a pipoca (bloco sem cordas) para a festa, há mais de 20 anos, mas ressaltou a importância da folia com cordas também.
"Tem um lado maravilhoso e um lado que me preocupa, porque eu tenho um apego, um afeto pelos blocos. Acho que os blocos fazem parte da tradição do carnaval da Bahia. Fora daqui, no Rio e São Paulo, as pessoas chamam o bloco e dizem 'eu quero um artista que saia com a multidão'. Aqui não, são blocos, amigos que saem juntos na história do Carnaval da Bahia. Então, eu acho que a gente deveria tentar manter as duas coisas, porque acho que os blocos também dão identidade para o Carnaval, independentemente de falar em corda ou não corda", ponderou.
Daniela também citou a importância econômica dos blocos, principalmente por causa dos trabalhos gerados. "Cada vez mais a gente tem que tentar que todo mundo que trabalha tenha mais e mais dignidade, e eu acredito que isso esteja acontecendo pouco a pouco. Carnaval da Bahia é referência de organização e a cultura da cidade é muito importante para movimentar a economia da cidade. E assim a gente vai resolvendo os problemas sociais da cidade e também trazendo trabalho através da cultura. Eu amo a pipoca, mas, ao mesmo tempo, acho que é preciso preservar os blocos para que a gente não perca a identidade", completou.
- Veja mais fotos do show:





* Publicado por N.R. Fotos: Elias Dantas/Alô Alô Bahia.
Leia mais notícias na aba Notas. Acompanhe o Alô Alô Bahia no TikTok. Siga o Alô Alô Bahia no Google News e receba alertas de seus assuntos favoritos. Siga o Insta @sitealoalobahia, o X (antigo Twitter) @AloAlo_Bahia e o Threads @sitealoalobahia.