Notas



29 Jul 2022

MSC Cruzeiros anuncia pacote inédito para viagem da Europa para o Brasil com voo partindo de Salvador

A MSC Cruzeiros está oferecendo um pacote completo inédito para quem for realizar a MSC Grand Voyage a bordo do MSC Seaview da Europa para o Brasil. O pacote inclui passagem aérea de ida para Milão, na Itália, partindo de Salvador; uma diária em hotel em Gênova, na Itália, na noite que antecede o cruzeiro; transfers do aeroporto para o hotel e do hotel para o porto e a viagem 15 noites a bordo do ultramoderno MSC Seaview.

Partindo de Gênova, na Itália, no dia 18 de novembro, os viajantes visitarão Marselha, na França; Barcelona, Palma de Maiorca, Cartagena e Málaga, na Espanha; Santa Cruz de Tenerife e Arrecife de Lanzarote, nas Ilhas Canárias. Após cruzar o Oceano Atlântico, os hóspedes concluirão a sua viagem, no dia 3 de dezembro, em Salvador.

 

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29 Jul 2022

Casa Rosa completa dois anos e anuncia programação especial

O mês de agosto marca a celebração dos dois anos do projeto da Casa Rosa, no Rio Vermelho, em Salvador. O espaço cultural abrirá suas portas para o público com uma programação especial, sempre de sexta a domingo, ocupando todos os espaços da propriedade com atividades em diversas linguagens.
 
Entre os shows do mês, estão confirmados Cortejo Afro, Márcia Castro (foto), Pedro Pondé, Baile Favellê e Ana Barroso. Além da programação musical, o espaço receberá a culinária da chef Rosa Guerra, conhecida pelo trabalho à frente do Larriquerri e Larribistrô, e espetáculos cênicos do Teatro NU, como "Um Vânia", do dramaturgo e escritor russo Anton Tchécov.
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Os ingressos podem ser garantidos antecipadamente pelo Sympla. A programação completa pode ser acompanhada no site www.casarosasalvador.com.br.

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29 Jul 2022

Apresentação inédita vai celebrar o movimento Clube da Esquina em Salvador

Os 50 anos do movimento Clube da Esquina serão celebrados em grande estilo na capital baiana. A primeira edição do projeto Esquina Convida, promovido pelo grupo Esquina de Minas, acontecerá no próximo dia 13 de agosto, no Teatro Jorge Amado. A apresentação contará com a participação dos cantores e compositores Claudio Venturine e Telo Borges.

Com sete anos de história, o Esquina de Minas é formado por Cristiano Wilson, no vocal e guitarra; Marcelo Penna, na bateria; Ronaldo Bprges, no contra-baixo; além do guitarrista solo Rodholfo Azous e Joberson Macedo no piano.

 

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29 Jul 2022

Beyoncé lança o aguardado álbum Renaissance. Play!

Após um hiato de seis anos sem um novo disco, a cantora Beyoncé lança nesta sexta-feira (29), ans plataformas digitais, o aguardado “Renaissance”. O novo álbum da diva conta com 16 faixas, incluindo Break My Soul, Enrgy, Church Girl, American Has a Problem e mais, e é o primeiro de um projeto de três atos.

Antes mesmo de ser lançado na íntegra, o novo trabalho de Bey já trouxe importantes resultados. No início do mês, a artista alcançou a 7ª posição no Hot 100 da Billboard com a faixa Break My Soul. Com o feito, ela conquistou 20 singles no ranking. Play!
 
 

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29 Jul 2022

Pedro Guinu anuncia álbum com remix de Seko Bass e participação de Russo Passapusso

“Palagô” é o nome do novo álbum de Pedro Guinu, compositor, músico e produtor mineiro sediado no Rio de Janeiro a dez anos. O disco fala justamente de sua relação com a cidade que escolheu pra viver, aliada à forte influência da música brasileira e dos ritmos africanos que sofreu em sua trajetória.

A obra, que traz uma sonoridade das gravações da década de 1970 em suas dez faixas, será lançada em vinil e digital pelo selo nova-iorquino Razor N Tape, no início de setembro de 2022, acompanhado dos remixes de artistas como Seko e Russo Passapuso do BaianaSystem, Diogo Strauss, Jose Marquez, Carrot Greene e Faze Action.

Baixista e produtor musical, Seko Bass, ao lado do vocalista Russo Passa Pusso, participam do álbum na faixa título. Eles transformam o Ijexá clássico “Palagô”, de Pedro Guinu, em uma pista de dança afro-futurista de dub, rap e cumbia. A sonoridade única promete reverberar.

Requisitado tecladista e produtor musical, Pedro Guinu já atuou com artistas como IZA, WC no Beat, Julia Mestre, Caio Prado, Luciane Dom entre outros. Atualmente, está em turnê com o Planet Hemp e o rapper baiano Baco Exu do Blues.

Ouça aqui: https://razor-n-tape.fanlink.to/Palago

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29 Jul 2022

Honda Imperial completa 23 anos com ação de vendas exclusiva na Imperial Alphaville

Conteúdo sob medida Alô Alô Bahia.

Para celebrar os 23 anos de Honda Imperial na Bahia, a unidade Imperial Alphaville, em Salvador, promoverá um evento exclusivo, neste sábado (30), para quem não quer perder uma boa oportunidade de comprar um modelo da marca. 
 
O Imperial Day oferecerá um dia inteiro de ofertas e descontos especiais, garantindo ao consumidor condições verdadeiramente exclusivas para fechar negócio, como financiamento sem juros, superavaliação de seminovo e primeiro pagamento para 90 dias. 

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29 Jul 2022

Brasil tem primeira morte por varíola dos macacos confirmada; primeira também fora da África

O Ministério da Saúde confirmou, nesta sexta-feira (29), a primeira morte por varíola dos macacos no Brasil. O caso em Uberlândia, em Minas Gerais, também é o primeiro óbito do surto mundial fora da África, onde a doença é endêmica. A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que o vírus está em estado de emergência pública internacional.
 
Ao menos 75 países já contam com mais de 16 mil casos, além de cinco mortes no continente africano. No Brasil, são 1.066 pessoas contaminadas, 823 só em São Paulo. Na Bahia, são 5 casos confirmados.
 
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29 Jul 2022

Trezena dedicada a Santa Dulce dos Pobres começa na segunda-feira (1)

A partir da próxima segunda-feira (1) o Santuário Santa Dulce dos Pobres (Avenida Dendezeiros do Bonfim, em Salvador) estará em festa para celebrar a data litúrgica da primeira santa brasileira. Serão 13 dias de homenagens à religiosa baiana que dedicou sua vida ao acolhimento dos mais necessitados. Com o tema “A mulher que muito amou”, a programação em honra à primeira santa brasileira terá eventos online e presenciais.

A abertura da agenda acontece na segunda-feira (1º), com o início da tradicional Trezena de Santa Dulce, sempre às 8h30 e às 16h. A culminância da festa será no dia 13 de agosto, quando milhares de fiéis de todo o país chegam ao Santuário para comemorar a data litúrgica de sua santa de devoção. Mais informações sobre a programação podem ser obtidas nas redes sociais do Santuário: Instagram e Facebook (@santuariosantadulce) e YouTube (www.youtube.com/santuariosantadulcedospobres).

 Além da Trezena, o Santuário contará ainda com uma grade de missas em diversos horários. Entre os dias 1º e 12 de agosto, as cerimônias irão acontecer às 7h, 8h30,12h e 16h. Já no dia 13, a agenda de celebrações será expandida, com a inclusão de novos horários: 7h, 8h30, 10h30, 12h, 14h, 16h e 18h. Também no dia 13, a missa das 8h30 será presidida pelo Arcebispo de Salvador e Primaz do Brasil, cardeal Dom Sergio da Rocha; e após a missa das 18h acontecerá a Procissão Luminosa, que percorrerá o Caminho da Fé (do Santuário à Baixa do Bonfim) com a imagem de Santa Dulce no andor.

Sobre o tema da festa deste ano, a “A mulher que muito amou”, o reitor do Santuário, frei Giovanni Messias, ressalta que esta expressão do Evangelho (Lucas 7:47-50) “pode ser aplicada à vida de Irmã Dulce, pois ela muito amou a Deus, aos pobres e aos seus irmãos. Neste tempo em que as pessoas precisam amar mais, Santa Dulce é um grande exemplo. Por isso, com muita alegria, queremos expressar este grande amor a todo o povo de Deus. Vamos nos alegrar para viver intensamente a festa do Anjo Bom do Brasil. Todos estão convidados a vir rezar conosco, não só para pedir a intercessão da Mãe dos Pobres, mas também para tê-la como exemplo de vida e de amor ao próximo”.
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Drive-thru, Bênçãos e Solidariedade

A preparação para a Festa de Santa Dulce dos Pobres já começa no próximo sábado (30), com a chegada de peregrinos de várias dioceses; e no domingo (31), com a Bênção das Famílias, após as missas das 8h30, 12h e 16h. No estacionamento do Santuário do Anjo Bom já estará montada a quermesse, que irá funcionar sempre nos fins de semana até o dia 13 de agosto. A programação conta ainda com o Sábado dos Romeiros, no dia 6 de agosto, às 8h30, 12h, 16h, com uma peregrinação da Família Franciscana ao Santuário.

Destaque também para o Domingo da Providência, no dia 7 de agosto, que contará com o drive-thru da fé, no estacionamento do Santuário Santa Dulce dos Pobres. Neste dia, os motoristas e ocupantes dos carros que passarem no local, entre as 11h e 16h, receberão uma bênção especial dos frades capuchinhos. Na ocasião, estão programadas ainda apresentações musicais e a entrega da feijoada, vendida antecipadamente na secretaria da igreja, no valor de R$ 30. Ainda no Domingo da Providência, o público também poderá demonstrar sua solidariedade, doando alimentos não perecíveis, materiais de higiene e limpeza ou recursos financeiros que ajudem na manutenção e ações sociais do Santuário.

A festa litúrgica em honra ao Anjo Bom do Brasil será acompanhada também de orações em prol das Obras Sociais Irmã Dulce (OSID), instituição fundada por Santa Dulce e que hoje enfrenta a pior crise financeira da sua história – cenário esse que ameaça a continuidade do acolhimento prestado a quase 3 milhões de pessoas por ano na Bahia. Para ajudar a OSID a continuar atendendo o pobre, o doente, o mais necessitado, doações já podem ser feitas, a partir de R$ 10, através da chave PIX amigos@irmadulce.org.br, ou ligando para a Central de Relacionamento com o Doador (CRD), no telefone (71) 3316-8899.

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29 Jul 2022

Diogo Nogueira e Jorge Vercillo se apresentam no Armazém Convention Center

Os cantores Diogo Nogueira e Jorge Vercillo vão embalar o público com grandes sucessos da carreira em show em Lauro de Freitas. A apresentação acontece no dia 30 de setembro, a partir das 20h, no Armazém Convention Center. O evento contará com os espaços Pista Premium, Área Vip e Camarote Exclusive e os ingressos poderão ser adquiridos através da plataforma Sympla.

 
 

29 Jul 2022

Varíola dos macacos: entenda a transmissão, os sintomas e a vacina

A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou, há seis dias, a varíola dos macacos como emergência de saúde pública de interesse internacional. Conhecida internacionalmente como monkeypox, a doença, endêmica em regiões da África, já atingiu neste ano 20.637 pessoas em 77 países.

No Brasil, são 978 casos, sendo 744 apenas em São Paulo. Considerando a importância da informação para combater o avanço do surto, a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) realizou, nesta quinta-feira (28), um encontro onde especialistas apresentaram o que já se sabe sobre a doença e também responderam dúvidas de participantes presenciais e online.

"Esse vírus nós conhecemos e sabemos como lidar com ele. Temos todos os elementos para fazer sua erradicação", disse o médico Amilcar Tanuri, coordenador do Laboratório de Virologia Molecular da UFRJ e consultor do Ministério da Saúde.

Segundo ele, como já existem muitos estudos sobre a monkeypox, é uma situação diferente da covid-19, que surgiu como uma doença nova. No entanto, o pesquisador alerta que o sucesso no combate ao surto dependerá do compromisso do poder público.

A monkeypox é causada por um poxvírus do subgrupo orthopoxvírus, assim como ocorre por outras doenças como a vaccinia, a cowpox e a varíola humana, erradicada em 1980 com o auxílio da vacinação. O quadro endêmico no continente africano se deve a duas cepas distintas.

Uma delas, considerada mais perigosa por ter uma taxa de letalidade de até 10%, está presente na região da Bacia do Congo. A outra, com uma taxa de letalidade de 1% a 3%, encontra-se na África Ocidental e é a que deu origem ao surto atual.

No entanto, segundo o médico, o vírus em circulação sofreu um rearranjo gênico que contribuiu para sua capacidade de transmissão pelo mundo. "Ele teve uma evolução disruptiva, sofreu uma mutação drástica", afirmou. O pesquisador afirmou que casos graves não são recorrentes. A preocupação maior abrange os grupos de risco que incluem imunossuprimidos, crianças acima de 13kg e gestantes.

"A taxa de letalidade tem relação com o sistema de saúde local. No surto atual, até o momento, não tivemos óbitos fora das áreas endêmicas. Isso mostra que o vírus da monkeypox é de baixa letalidade", salientou a virologista Clarissa Damaso, chefe do Laboratório de Biologia Molecular de Vírus da UFRJ e assessora da OMS.

Transmissão e sintomas

A varíola dos macacos foi descrita pela primeira vez em humanos em 1958. Na época, também se observava o acometimento de macacos, que morriam. Vem daí o nome da doença. No entanto, no ciclo de transmissão, eles são vítimas como os humanos. Na natureza, roedores silvestres representam o reservatório animal do vírus.

"Não há reservatórios descritos em locais fora da África. Uma das maiores preocupações no surto atual é impedir o vírus de encontrar um reservatório em outros países. Se isso acontece, é muito mais difícil a contenção", explicou Clarissa.

Sem um reservatório animal, a transmissão no mundo vem ocorrendo de pessoa para pessoa. A infecção surge a partir das feridas, fluidos corporais e gotículas do doente. Isso pode ocorrer mediante contato próximo e prolongado sem proteção respiratória, contato com objetos contaminados ou contato com a pele, inclusive sexual.

O tempo de incubação do vírus varia de 5 a 21 dias. O sintoma mais característico é a formação de erupções e nódulos dolorosos na pele. Também pode ocorrer febre, calafrios, dores de cabeça, dores musculares e fraqueza.

"As lesões são profundas, bem definidas na borda e há uma progressão: começa como uma mancha vermelha que chamamos de mácula, se eleva tornando-se uma pápula, vira uma bolha ou vesícula e, por fim, se rompe configurando um crosta", explicou o infectologista Rafael Galliez, professor da Faculdade de Medicina da UFRJ.

Pelo protocolo da OMS, devem ser considerados suspeitos os casos em que o paciente tiver ao menos uma lesão na pele em qualquer parte de corpo e se enquadrar em um desses requisitos nos últimos 21 dias: histórico de viagem a país com casos confirmados, contato com viajantes que estiveram nesses país ou contato íntimo com desconhecidos.

Diagnóstico e tratamento

O Laboratório Molecular de Virologia da UFRJ se firmou como um dos polos nacionais para diagnóstico da doença. O primeiro caso no estado do Rio de Janeiro foi detectado em 14 de junho, cinco dias depois da primeira ocorrência no país ser confirmada em São Paulo. De lá pra cá, já são 117 resultados positivos no estado do Rio. Outros estados também têm enviado  amostras para análise na UFRJ.

Essas análises são realizadas em fluidos coletados diretamente das lesões na pele, usando um swab [cotonete estéril] seco. Existe a expectativa de que a população tenha, em breve, acesso a testes rápidos de detecção de antígenos, similar aos que foram feitos para a covid-19.

Mesmo nos quadros mais característicos, o exame é importante para confirmar análise clínica. Um desafio para a detecção da doença é a semelhança de suas lesões com as provocadas pela varicela, doença popularmente conhecida como catapora e causada por um vírus de outro grupo. A mudança de perfil dos sintomas também tem levantado um alerta de especialistas. Na varíola dos macacos, as erupções costumavam surgir mais ou menos juntas e evoluíam no mesmo ritmo.

"Começamos a ver casos com lesões únicas, às vezes na região genital ou anal, às vezes no lábio, às vezes na mão. E também vemos lesões que aparecem em momentos diferentes, de forma mais parecida com a catapora. Esse padrão é diferente do que se estudava sobre monkeypox", disse o infectologista Rafael.

Uma vez detectada a doença, o tratamento se baseia em suporte clínico e medicação para alívio da dor e da febre. Um antiviral chamado tecovirimat, que bloqueia a disseminação do vírus, já é usado em alguns países, mas ainda não está disponível no Brasil.

Segundo o médico, 10% dos pacientes têm sido internados para o controle da dor, geralmente quando há lesões no ânus, nas partes genitais ou nas mucosas orais, dificultando a deglutição.

Prevenção e vacinas

A vigilância para a rápida identificação de novos casos e o isolamento dos infectados são fundamentais para se evitar a disseminação da doença. Pode ser necessário o período de até 40 dias para a retomada das atividades sociais. Mesmo que o paciente se sinta melhor, deve se manter em isolamento enquanto ainda tiver erupções na pele. "Na catapora, a lesão com crosta já não transmite o vírus. Na varíola dos macacos, essa lesão transmite", acentuou Rafael.

O infectologista alertou para a importância de se evitar contato com as pessoas que integram os grupos de risco. Segundo ele, embora existam poucos estudos de casos envolvendo gestantes, os resultados não são bons. "Há uma letalidade pediátrica alta. Existe o que a gente chama de transmissão vertical, isto é, o acometimento do feto com danos graves: perda das estruturas da placenta e abortos espontâneos. Com o pouco que se sabe, é considerada uma doença obstétrica grave. Suspeitos de estarem contaminados devem ser orientados a evitar contato com qualquer pessoa que possa estar grávida", alertou.

Os especialistas da UFRJ também observaram que o uso de preservativo não previne a infecção, já que o intenso contato e a troca de fluidos corporais durante o ato sexual oferece diversas oportunidades para a transmissão do vírus. Por outro lado, há indícios de que as pessoas vacinadas contra a varíola humana tenham proteção contra a monkeypox.

Também sabe-se que sistema imunológico desenvolve proteção cruzada contra os diferentes orthopoxvírus. Isso significa que quem já foi contaminado com a varíola humana ou com a vaccinia, por exemplo, e possivelmente possui imunidade para a varíola dos macacos. Foi com base nesse conhecimento que se criou a vacina antivariólica. Embora voltado para combater a varíola que acometia exclusivamente humanos e possuía uma alta taxa de letalidade entre 30% e 40%, o imunizante foi desenvolvido a partir do vírus da vaccinia, doença que costuma infectar o gado leiteiro e os ordenhadores.

Com a erradicação da varíola, a vacinação foi suspensa em todo o mundo por volta de 1980. No Brasil, campanhas mais robustas ocorreram até 1975, mas até 1979 o imunizante era aplicado nos postos de saúde. Os indícios apontam que quem nasceu antes dessa data e foi vacinado está protegido contra a monkeypox. A média de idade dos contaminados está abaixo dos 38 anos.

Embora já existam vacinas para ajudar no combate ao surto da varíola dos macacos, não há previsão quanto a uma campanha para imunização em massa.

A OMS orienta que se garanta a proteção de profissionais de saúde e pesquisadores laboratoriais. Para os demais grupos populacionais, a imunização deve ser após a exposição. Segundo a virologista Clarissa, trata-se de usar a estratégia de vacinação em anel: são vacinadas pessoas que vivem e que tiveram contato com um paciente positivo na tentativa de bloquear a disseminação do vírus. "Essa vacina funciona muito bem até quatro dias pós-infecção", observou.

Clarissa acrescenta que não há, neste momento, vacina para todos e a produção mundial vai levar tempo. "Os fabricantes não tinham previsão de produção para uma doença que afetasse o mundo todo. A produção era exclusivamente para estoque estratégico de países que têm programas de biodefesa. O Brasil, como várias outras nações, não tem isso", explicou. Segundo Rafael, estudos já mostraram a eficácia da estratégia de vacinação em anel em determinados cenários de surto.

Perfil dos infectados

Homens com menos de 40 anos representam a grande maioria dos infectados. Estudos no Reino Unido constataram que muitas vítimas se declaram homossexuais ou bissexuais. Os especialistas, no entanto, alertam que a varíola dos macacos pode acometer qualquer pessoa e não apenas aquelas do sexo masculino com vida sexual ativa. Mulheres e adolescentes já foram diagnosticados com a doença pelo Laboratório Molecular de Virologia da UFRJ.

O diretor da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, aconselhou esta semana que homens que fazem sexo com homens reduzam, neste momento, o número de parceiros sexuais. Ao mesmo tempo, alertou que "estigma e discriminação podem ser tão perigosos quanto qualquer vírus e podem alimentar o surto".

Segundo o médico Amilcar Tanuri, a desinformação pode deixar a sociedade despreparada para lidar com o surto. "Isso nos remonta à história da AIDS e do HIV. No começo, ficou um estigma que só atrapalhou a prevenção da doença. Isso ocorre porque quando o vírus entra por um grupo inicial leva um tempo até se disseminar para outros grupos. Com o HIV começou assim. Depois se percebeu que os hemofílicos estavam com HIV, que as crianças nasciam com HIV. Não existe nenhuma evidência biológica de que o vírus da varíola dos macacos seja específico para um sexo. Aliás, não sei que vírus tem essa especificidade", disse.

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