O espetáculo "Eu Amarelo: Carolina Maria de Jesus", que teve seus ingressos esgotados na última semana, lotando as sessões consecutivas entre os dias 22 e 24 de março, está de volta para sua segunda semana na Caixa Cultural Salvador. As novas sessões acontecem entre os dias 29 e 31 de março e os ingressos podem ser adquiridos através da plataforma Sympla.
Dirigido por Isaac Bernat, o espetáculo é inspirado no livro "Quarto de Despejo - Diário de uma favelada", que retrata a história de vida de Carolina Maria de Jesus, considerada a maior escritora negra do Brasil no século XX. A peça protagonizada pela atriz Cyda Moreno e escrita pelo dramaturgo Elissandro de Aquino traz como destaque três momentos solenes da vida da escritora: sua estadia na favela, enfrentando desigualdades e preconceitos; a ascensão literária, que tornou suas obras recordes de vendas; e, por fim, seu esquecimento.
Um dos principais nomes da cena musical baiana, Xanddy Harmonia passou a integrar o time de atrações do Grupo Eva. Sócio da empresa, o empresário Marcos Piruka estará à frente da agenda do artista. “Estamos ansiosos para ver o brilho de Xanddy nos palcos conosco e compartilhar momentos inesquecíveis com todos os nossos fãs e admiradores”, declarou o Eva em comunicado.
Em carreira solo há dois anos, depois de comandar o Harmonia do Samba desde 1998, Xanddy agora se une a uma das mais tradicionais produtoras musicais baianas, com mais de 40 anos de atuação, responsável pelas agendas da Banda Eva, comandada por Felipe Pezzoni, e da Banda Didengo, além dos blocos Eva e Me Abraça.
“Acredito que será uma nova fase para Xanddy e estamos unindo forças, pois ele está se juntando ao Grupo Eva”, declarou o empresário em entrevista ao Alô Alô Bahia. “Xanddy é um artista singular e o Grupo Eva traz consigo a credibilidade de mais de 40 anos de história”, completou.
Xanddy segue com seu trabalho musical, mesclando shows e lançamentos ligados ao projeto audiovisual 'Nascendo de Novo', gravado na Boca do Rio, em Salvador, no ano passado. Uma das canções, ‘Revoadinha’, lançada em parceira com o pernambucano João Gomes, será apresentada ao público na versão piseiro em 5 de abril. “Essa é a gravação mais natural que eu já fiz em toda minha vida. Logo vocês vão conferir a belezura que ficou”, revelou o cantor baiano.
A cantora Ivete Sangalo compartilhou, durante uma entrevista para o podcast do marido, o nutricionista Daniel Cady, a sua experiência com a menopausa. Aos 51 anos, a artista contou que preferiu passar pelos sintomas que são comuns às mulheres após a ausência da menstruação, como ondas de calor, perda da qualidade de sono, alteração de humor, queda da libido, ressecamento vaginal, metabolismo lento, entre outros.
"Primeira coisa que pensei: quero viver para tirar minhas conclusões. É preciso viver as situações, para tirar as conclusões, este é o conselho que eu dou para as pessoas (...) Não dá para trabalhar uma situação que só está no livro, então vou viver a menopausa, tanto que a gente pouco discutiu esse caso. Senti os calores horrorosos, preferi vivê-la", afirmou.
Na ocasião, Veveta também relembrou o período em que estava grávida do filho primogênito, Marcelo Cady, quando precisou usar uma injeção de hormônio que afetou sua voz. "A progesterona eu não conseguia cantar uma música, porque tinha uma injeção de hormônios para relaxar aquela musculatura, para não pensar que o feto era um corpo estranho e expurgar. Parecia um patinho falando. Naquela época eu sabia disso. Não exigir muito de mim. É viver a experiência dentro das minhas possibilidades", disse.
Para lidar com as questões relacionadas à menopausa, Veveta revela ainda que tem adotado uma série de cuidados que envolvem ter uma alimentação saudável e equilibrada, praticar exercício físico, fazer reposição hormonal e ter um sono de qualidade.
A nova unidade da Casa Castanho, especializada em café da manhã e brunch, já está funcionando em Salvador. O espaço foi batizado de Casa Castanho Barra e fica localizado na Avenida Princesa Isabel, 48, próximo ao Porto da Barra, uma das praias mais disputadas da capital baiana.
O cantinho — com três ambientes e capacidade para até 70 pessoas — foi aberto no último dia 6 e trouxe algumas novidades aos clientes. "Temos opções mais frescas, bebidas, açaí orgânico adoçado naturalmente e pratos que acompanham salada. Para quem sempre pedia um espumante ou vinho para acompanhar as refeições, temos a opção 'on tap' da 'Tão Longe Tão Perto', sempre com 3 opções de vinho, além das garrafas, que são vendidas na nossa lojinha e podem ser consumidas no restaurante", conta Cristina Une, a Cris, uma das sócias do espaço, ao Alô Alô Bahia.
A empresária abriu a Casa Castanho com a sócia, Catarina Ribeiro, em 2017. O empreendimento — já bem estabelecido no Rio Vermelho — foi pensado para quem não dispensa um café da manhã, independente do horário. "Como na Barra tem muito passante se exercitando, decidimos ter mais opções proteicas, além de abrir uma hora antes para atender as pessoas que treinam cedo e precisam de um espaço para tomar café na semana antes de ir para o trabalho", completa Cris.
A recém-inaugurada Casa Castanho Barra também traz outros diferenciais: "Montamos a nossa padaria de fermentação natural com fornadas diárias de pão fresquinho. Além disso, temos uma lojinha, onde o cliente consegue comprar produtos de consumo imediato ou para abastecer a casa, seja para um café da manhã ou um happy hour com os amigos".
Tendência
Seguindo uma tendência nacional, Salvador, cada vez mais, tem apostado em opções para começar o dia cedo. Na própria Barra, opções como a Padó, o Espaço Conceito do Latitude 13 e o MANA são boas opções. Nas proximidades, no Corredor da Vitória, a Coffeetown Salvador já virou tradição, assim como o próprio Rio Vermelho, morada da primeira Casa Castanho e de sugestões como Café Mafê, A Horita, Pasta em Casa e Cuia. A Pituba vem entrando na onda, com casas como o Lar Café Bistrô e a Le Lapin investindo na opção aos fins de semana.
Serviço
O quê: Casa Castanho Barra.
Funcionamento: De quarta a segunda, das 7h às 20h;
Endereço: Avenida Princesa Isabel, 48 — Porto da Barra.
O número de nascimentos na Bahia chegou ao menor patamar em 26 anos, de acordo com informações divulgadas nesta quarta-feira (27), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 2022, foram 173.686 nascimentos, o que representa uma redução de 5,8% em comparação com os registros do ano anterior. Foram 10,7 mil a menos - a redução mais expressiva entre todos os estados.
As informações das Estatísticas do Registro Civil são relativas a 2022 e também revelam que o número de divórcios cresceu na Bahia. Foram registrados 23.712 divórcios judiciais ou por escrituras em 2022, número 23,2% superior ao de 2021 (19.244). Por outro lado, o número de casamentos voltou a cair, depois de ter registrado recorde em 2021.
Foram realizados 60.534 casamentos formais, 0,9% a menos do que em 2021, o que representou menos 563 uniões em um ano. Embora tenha sido relativamente pequeno, o recuo distanciou ainda mais o número de casamento por ano, no estado, do patamar pré-pandemia - em 2019, haviam sido formalizadas 66.557 uniões na Bahia.
Em relação ao número de mortes, o IBGE aponta que houve diminuição de 6,8% dos óbitos no estado. Foram registradas 102.585 mortes na Bahia em 2022, contra 110.145 do ano anterior.
O balanço foi elaborado pelo IBGE a partir dos dados dos Cartórios de Registro Civil de Pessoas Naturais (nascimentos, casamentos e mortes) e das Varas de Família, Foros ou Varas Cíveis ou Tabelionatos de Notas (divórcios).
A influenciadora e empresária Fabiana Justus compartilhou, através das redes sociais, que recebeu uma doação de medula óssea como parte do tratamento contra leucemia. Com uma mensagem emocionada publicada nesta quarta-feira (27), a filha do empresário e apresentador Roberto Justus agradeceu a solidariedade da pessoa que fez a doação - um homem adulto, que reside fora do Brasil, contou sobre como funciona o procedimento e falou sobre as expectativas em relação ao tratamento.
"Querido doador, ainda não podemos nos conhecer e nem saber quem somos... mas eu já te considero TANTO! Vc doou sua medula sem saber para quem. Sem pedir nada em troca. Ahh se todos no mundo fossem assim (...) vc está me dando minha segunda chance! Vc está me possibilitando minha vida de volta. Estou escrevendo como se vc estivesse lendo, pq me dá uma sensação boa poder agradecer. Enquanto não posso escrever de verdade pra vc, escrevo aqui na minha imaginação. E enquanto não posso lhe agradecer pessoalmente, agradeço a Deus! Deus maravilhoso que me deu tantas bençãos na vida e hoje me deu mais essa. Um doador 100% compatível comigo... meu "gêmeo" de medula! Desde o dia que soube que encontraram eu só agradeço. E seguirei eternamente grata. Ainda temos um caminho pela frente... precisamos aguardar a "pega" da medula para poder ter alta do hospital. Depois continuar me cuidando e isolada por um tempo, fazendo bastante acompanhamento. Mas tenho que comemorar as vitórias e a de hoje foi GIGANTE!!!", comemorou Fabiana, que finalizou o relato incentivando com que as pessoas se cadastrem para serem doadoras de medula óssea.
Responsável pela vinda de Madonna ao Brasil no dia 4 de maio, o banco Itaú preparou algumas promoções para que seus clientes possam curtir a apresentação da cantora, na Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, em espaço privilegiado.
O patrocinador sorteará 750 pares de ingressos para o "Espaço Itaú", que será montado em frente ao palco. Além disso, o banco sorteará dez clientes para uma experiência ainda mais completa, com direito a passagem, hospedagem e alimentação no período do show.
Os interessados em participar da promoção precisam se inscrever no site da campanha. A cada R$ 100 em compras, seja no cartão de crédito ou de débito, o cliente receberá um número da sorte para participar dos sorteios.
Além dos ingressos sorteados, o Itaú anunciou ainda parcerias com outras marcas, como a Azul Linhas Aéreas, com quem o banco promete oferecer até 30% de desconto para voos com destino ao Rio de Janeiro, de 2 a 5 de maio. O desconto é válido somente em compras no aplicativo da Azul, até esta sexta-feira (29). A companhia aérea, inclusive, já havia anunciado voos extras e criação de hub no Aeroporto do Galeão para atender a demanda do show.
A ClickBus também é mais uma parceira e oferecerá descontos de 20% em passagens de ônibus para a Cidade Maravilhosa, em compras feitas até 15 de abril, assim como os hotéis da rede Let’s Atlantica, que darão descontos de até 50% para clientes que se hospedarem em uma de suas unidades. Reservas de outros hotéis feitas pela Decolar ganharão até 7% de desconto, se feitas com os cartões de crédito do banco.
Salvador, ainda no processo de formação como primeira capital do Brasil, avançou sobre o mar da Baía de Todos-os-Santos – chamado de Kirimurê pelos índios tupinambás, habitantes da localidade antes da chegada dos portugueses – e ampliou sem precedentes o território natural que até então existia após uma série de aterros ocorridos no que hoje é o bairro do Comércio. Pode até não parecer, mas percorrer essa mesma área no século XVI era inviável a pé.
Isso porque, no início, praticamente tudo era água. Apenas uma modesta faixa de terra seguia paralelamente à encosta que divide as Cidades Alta e Baixa, denominado de Bairro da Praia. Se o nível superior viria a abrigar o centro administrativo, religioso e habitacional, o inferior seria o local ideal para construção de um porto. As instalações serviriam para que os portugueses mantivessem tanto fluxo de viagens com Lisboa quanto posteriormente para o tráfico de escravizados trazidos da África, além de dar suporte à chegada de mercadorias e manutenção de embarcações.
“O Bairro da Praia era muito estreito. Mas, desde o início, os comerciantes perceberam que era interessante ocupar esse território ao mar. Portanto, começa ainda no século XVI, nos primeiros 80 anos de ocupação da cidade, a ter pequenos aterros para abrigar trapiches e armazéns com atracadouros, onde os barcos paravam e descarregavam mercadorias”, explica Nivaldo Andrade, doutor em Arquitetura e Urbanismo e curador de uma mostra sobre o assunto na Casa das Histórias de Salvador.
A primeira ocupação no local corresponde atualmente ao trecho da Conceição da Praia, com a construção da alfândega, armazéns e ferrarias, além de oficinas para a construção de navios, que se constituiria em importante atividade nesta área durante alguns séculos.
Ali também seriam erguidos em sequência a ermida de Nossa Senhora da Conceição da Praia e dois baluartes para defesa da parte baixa da cidade: um no local onde hoje é o 2º Distrito Naval e outro ao pé da Ladeira da Preguiça, o que demonstrava a preocupação com a segurança mesmo antes da ocupação do território de fato.
Na tese de mestrado em Ciências Sociais, de 1988, o arquiteto Marcus Paraguassu propõe a existência de oito ciclos de avanços de terra sobre o mar da Baía de Todos-os-Santos a partir de 1550 - ano seguinte à fundação de Salvador pelo governador-geral Tomé de Sousa – até 1920, que provocaram sucessivas transformações urbanas no lugar que se tornaria o principal centro econômico.
Os primeiros aterros eram privados e visavam a exploração comercial. Contudo, até o século XIX, o porto da cidade não era organizado, mesmo sendo o mais importante do Atlântico Sul no mundo.
Primeiras soluções de mobilidade
Com o início da ocupação do Bairro da Praia, um dos problemas era encontrar meios que pudessem viabilizar o deslocamento da população e o vai e vem de mercadorias entre as Cidades Alta e Baixa, que são separadas por uma falha geológica de aproximadamente 60 metros de altura.
Neste cenário, a solução pensada e executada de forma imediata envolveu a construção de três ladeiras: as da Conceição, Preguiça e Misericórdia. Ao completar um século de sua fundação, em 1649, a primeira capital do Brasil já contava com algumas outras ligações, como a Ladeira do Taboão.
Além da abertura desses caminhos, novas ideias surgiram para viabilizar o transporte de carregamentos entre o porto (Cidade Baixa) e a sede administrativa (Cidade Alta) com a construção dos primeiros ascensores, conhecidos como guindastes e que eram, na verdade, planos inclinados administrados por religiosos de diversas ordens. Um dos principais equipamentos a entrar em funcionamento foi o Guindaste dos Padres, da Companhia de Jesus, por volta de 1610, que ficava na atual área do Plano Inclinado Gonçalves.
Outros guindastes viriam a surgir durante o período colonial e império, com os beneditinos, carmelitas e dos terésios. No final do século XVII, estima-se que Salvador tinha pelo menos seis ascensores deste tipo em funcionamento.
O Comércio ainda seria modelo para outros aterros que viriam a acontecer ainda na Cidade Baixa - a Península de Itapagipe sofreu intervenções similares e até de maiores proporções. A recém-nascida área de negócios, inclusive, chegou a abrigar mais obras em execução do que a Cidade Alta em alguns momentos, sendo ainda local da vanguarda arquitetônica com construções como a sede da Associação Comercial, no início do século XIX, marco da arquitetura neoclássica; ou o Instituto do Cacau, nos anos 1930, um dos mais importantes exemplares da arquitetura moderna na Bahia.
Território em expansão
A partir do planejamento de expansão de território, o trecho entre as igrejas de Nossa Senhora da Conceição e a do Pilar começou a ser tomado por edificações destinadas ao armazenamento de mercadorias e ao comércio. A ocupação do então Bairro da Praia ampliou-se consideravelmente, mas apenas de forma linear e paralelo à escarpa sem seguir pelo mar afora.
Durante os séculos XVI, XVII e XVIII foram realizados inúmeros pequenos aterros, por ordens religiosas e particulares interessados em ganhar área para armazenagem de mercadorias e, principalmente, pelo poder administrativo local. O ritmo mais acelerado dessas intervenções ocorre somente a partir do século XIX e, principalmente, no século XX, quando o bairro comercial assumiu os contornos atuais a partir de uma iniciativa do poder público.
Diferente do famoso mito grego da Atlântida que foi engolida pelo oceano, o Comércio surgiu sobre o mar da Baía de Todos-os-Santos a partir de diversas intervenções humanas acumuladas durante séculos, em épocas pelas quais as questões ambientais não eram tão levadas tão a sério quanto hoje. Embora Salvador tenha deixado de ser capital do Brasil a partir de 1763 - posto assumido pelo Rio de Janeiro -, a cidade ainda mantinha posição privilegiada no país em relação às atividades de importação e exportação.
Entre 1810 e 1822, o governador D. Marcos Noronha e Brito, o 8º Conde dos Arcos, considerou indispensável melhorar as condições do porto, cujo terreno àquela altura tinha extensão entre a Alfândega (atual área do Mercado Modelo) até a Associação Comercial. A ideia era construir de forma mais adequada um cais de atracação, com uma ampla rua à sua margem, repleta de edifícios que tivessem grandes gabaritos e que se destacassem pela qualidade de sua construção e arquitetura. Isso serviria de cartão de visita a quem chegasse a Salvador.
“No final do século XIX, o porto ainda era extremamente fragmentado, formado por uma série de cais particulares e com uma linha de costa extremamente irregular. Pelo menos 14 projetos de ampliação foram elaborados sem que nenhum deles viesse a sair do papel ao longo desse período. Em 1891, contudo, o Governo Federal da República recém-instalada autoriza a construção de docas no porto de Salvador, bem como a construção de um imenso aterro que faria surgir sobre o mar uma área quase três vezes maior que o bairro até então existente”, acrescenta Andrade.
O feito teria como protagonista o político baiano Joaquim José Seabra. Ele ocupou o Ministério do Interior e da Justiça (1902-1906, na presidência de Rodrigues Alves) e o Ministério da Viação e Obras Públicas (1910-1912, na presidência do Marechal Hermes da Fonseca), além de assumir o Governo do Estado da Bahia em duas gestões (1912-1916 e 1920-1924).
O grande aterro
Sob a batuta de Seabra, a partir de 1906, teve início o processo de maior aterro sobre a baía, saindo mais ou menos do limite onde fica hoje a Rua Miguel Calmon até o atual Porto de Salvador, na Avenida da França. A ampliação deu origem ao parque das nações - daí o porquê o nome das novas vias construídas à época terem nomes de países.
A partir da década de 1920, a região ganhou seu maior aterro, muito superior a todos os anteriores, o que rompeu com a dinâmica próxima do mar e inseriu nova tipologia arquitetônica ao Comércio. O próprio aspecto urbano do bairro é uma prova disso.
Na área que foi aterrada a partir do governo Seabra dá para notar prédios mais modernos, a exemplo do Instituto do Cacau e do edifício dos Correios. As ruas também são mais largas e retas em comparação às que ficam próximas à encosta que abriga o Elevador Lacerda - estas mais estreitas e tortuosas.
Em 2009, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) aprovou o tombamento de parte da área do Comércio a fim de possibilitar que sejam preservadas características importantes. O polígono de proteção do conjunto arquitetônico, urbanístico e paisagístico vai desde o quebra-mar da Capitania dos Portos até a região do Pilar, passando pelo Mercado Modelo e Cais do Ouro, limitando-se entre a Rua Miguel Calmon, Avenida Jequitaia e a encosta que separa a Cidade Baixa da Cidade Alta.
O Comércio foi o primeiro bairro de negócios organizado do país e teve protagonismo absoluto neste segmento dentro da própria cidade até a década de 1970, quando a capital baiana passou por um processo de descentralização com a criação do Centro Administrativo da Bahia (CAB) e expansão da região do Iguatemi e Avenida Tancredo Neves.
Contudo, ainda nos tempos atuais, o local sintetiza bem a essência de Salvador, misturando ares de modernidade com edifícios que se tornaram marcos da arquitetura moderna, mas também resguardando história, patrimônio e fé, com espaços públicos, monumentos, casarões e igrejas centenárias.
Exposição
A exposição sobre aterros que culminaram na criação do Comércio pode ser encontrada no primeiro andar da Casa das Histórias de Salvador (CHS). Sob a curadoria do arquiteto e urbanista Nivaldo Andrade, a mostra traz textos e fotografias que retratam os avanços do desenvolvimento da cidade sobre as águas de Kirimurê (grande mar interior), nome original da Baía de Todos-os-Santos dado pelos tupinambás antes da chegada dos portugueses.
Do acervo, um dos registros que mais chamam atenção é um mapa bastante didático sobre os oito ciclos de aterros feitos no Comércio com base nos estudos feitos por Marcus Paraguassu. O próprio casarão que abriga o espaço cultural, aliás, entra no contexto das transformações urbanas feitas ao longo desse processo.
"Acho muito importante a CHS ter um espaço para contar a história do bairro no qual ela se encontra, a partir do imóvel que a abriga. Isso traz informações pouco conhecidas - como o fato de que a maior parte do que hoje é o Comércio era mar - para um público amplo”, destaca Nivaldo Andrade.
"Quando construído entre 1860 e 1870, o edifício da Casa das Histórias ficava situado à margem da baía, ao longo do antigo cais. Hoje, pelos sucessivos trechos aterrados, está mais distante das águas, mas ainda assim guarda a memória da metamorfose urbana e do patrimônio cultural do Comércio", acrescenta.
O Google prepara uma nova edição do Prep Tech, programa preparatório para fazer parte do time de Engenharia de Software da empresa. A iniciativa é fruto de uma parceria com a ADA e é voltada exclusivamente para mulheres e pessoas que se autodeclaram pretas, pardas ou indígenas. Ao todo, serão oferecidas 240 vagas. As inscrições podem ser realizadas até o próximo dia 12 de maio, através do site ada.tech.
A ação tem como objetivo auxiliar quem deseja trabalhar nos quadros de Engenharia de Software do Google e tem duração prevista de quatro meses. O conteúdo seráa focado em “Algoritmos e Estruturas de Dados”. O Prep Tech inclui ainda aulas de inglês com certificação pela Berlitz e palestras de funcionários do Google. Também há um programa de mentoria e dicas sobre o processo de entrevista para ingressar nos quadros da empresa.
Para participar, é necessário ter inglês intermediário e cinco anos de experiência em programação ou três anos caso seja formado em Ciência da Computação, Engenharia de Software ou outras disciplinas de ciências exatas como Física, Matemática e Sistemas de Informação. Caso seja contratado, também é preciso ter disponibilidade ou morar em Belo Horizonte ou São Paulo.
O novo álbum da cantora Beyoncé, o "Cowboy Carter", ganhou uma nova peça de divulgação, desta vez em Salvador. Um outdoor eletrônico na Avenida Mário Leal Ferreira, a Bonocô, mostra a capa do disco, onde Beyoncé aparece em cima de um cavalo. Segundo a própria cantora, o novo projeto foi pensado como uma continuação do "Renaissance".
O disco será lançado no dia 29 de março, data do aniversário de Salvador. Duas músicas do álbum já foram disponibilizadas em serviços de streaming: "Texas Hold ‘Em" e" 16 Carriages". A primeira, inclusive, chegou a ganhar um outro outdoor na capital baiana.
Junto com a foto da capa, Beyoncé compartilhou uma mensagem aos fãs e contou um pouco sobre o novo trabalho. "Hoje marca a contagem regressiva de 10 dias até o lançamento do act II. Obrigada do fundo do meu coração a todos os apoiadores de TEXAS HOLD ‘EM e de 16 CARRIAGES. Sinto-me honrada por ser a primeira mulher negra com o single número um na parada Hot Country Songs. Isso não teria acontecido sem o apoio de cada um de vocês. Minha esperança é que daqui a alguns anos a menção à raça de um artista, no que se refere ao lançamento de gêneros musicais, seja irrelevante", disse a artista.
"Este álbum levou mais de cinco anos para ser produzido. Nasceu de uma experiência que tive anos atrás onde não me senti acolhida… e ficou muito claro que não fui. Mas, por conta dessa experiência, mergulhei mais fundo na história da música country e estudei nosso rico arquivo musical. É bom ver como a música pode unir tantas pessoas ao redor do mundo, ao mesmo tempo que amplifica as vozes de algumas das pessoas que dedicaram tanto de suas vidas a educar sobre a nossa história musical", acrescenta a artista.
"Concentrei-me neste álbum como uma continuação de RENAISSANCE… Espero que esta música seja uma experiência, criando outra jornada onde você possa fechar os olhos, começar do início e nunca mais parar. Este não é um álbum country. Este é um álbum da “Beyoncé”. Este é o act ii COWBOY CARTER, e tenho orgulho de compartilhá-lo com vocês!", finaliza Beyoncé.
O último álbum da cantora, Renaissance, foi lançado em julho de 2022 e recebeu nove indicações ao Grammy, vencendo em quatro categorias, incluindo Melhor Álbum de Música Eletrônica. O disco também ganhou um filme-concerto, Renaissance: A Film By Beyoncé, que acompanha a jornada de shows da Renaissance World Tour, que contou com 56 shows, em 39 cidades e 12 países diferentes, na Europa e na América do Norte. No ano passado, Beyoncé veio pessoalmente a Salvador para lançar o filme e celebrar com os fãs.
Com uma roupa brilhante e enrolada com a bandeira da Bahia, Beyoncé subiu no palco do Centro de Convenções, na orla da capital baiana. A aparição histórica aconteceu durante o evento de pré-estreia do filme "Renaissance: a film by Beyoncé".
"É muito importante para mim estar aqui na Bahia. Eu queria que vocês fizessem parte da turnê, porque vocês são a turnê. Renaissance é sobre liberdade, beleza, tudo que vocês são. Obrigada por todo o apoio em todos esses anos. Vocês são únicos, Bahia", disse.