Sete seleções da Europa desistem de utilizar braçadeiras em apoio à comunidade LGBTQIA+

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Sete das 10 seleções europeias que anunciaram que utilizariam a braçadeira "ONE LOVE", em apoio à comunidade LGBTQIA+, durante a Copa do Mundo do Catar, desistiram do ato.
 
O anúncio foi feito pelas equipes da Inglaterra, Gales, Bélgica, Holanda, Suíça, Alemanha e Dinamarca, após aviso da Fifa de que os capitães das seleções que utilizarem a braçadeira serão penalizados com cartão amarelo antes mesmo do início da partida, além de multa financeira.
 
"É por isso que é com o coração pesado que nós, como grupo de trabalho da Uefa... e como equipe, decidimos abandonar nosso plano", diz o comunicado, que ainda afirma que as seleções estavam preparadas para pagar as multas.
 
"No entanto, não podemos colocar nossos jogadores na situação em que possam receber um cartão amarelo ou até mesmo serem forçados a deixar o campo de jogo", seguiu o texto.
 
De acordo com as regras da Fifa, o equipamento das equipes não deve conter slogans, declarações ou imagens políticas, religiosas ou pessoais e, durante as competições finais da federação, o capitão de cada equipe "deve usar a braçadeira de capitão fornecida pela instituição".
 
A atividade sexual entre pessoas do mesmo sexo é proibida pelo Código Penal de 2004, que criminaliza atos de “sodomia” e “relações sexuais” entre pessoas do mesmo sexo. Tanto homens quanto mulheres são criminalizados sob esta lei.
 
A Human Rights Watch registrou seis casos de espancamento grave e repetido e cinco casos de assédio sexual sob custódia policial entre 2019 e 2022 no país-sede da competição internacional.
 
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