Para paulista beber: vinícola da Chapada Diamantina investe em mercado de São Paulo

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Fabiano Borré, CEO da vinícola Uvva, em Mucugê, na Chapada Diamantina, desembarcou, nesta terça-feira (7), em São Paulo, para apresentar o resultado do trabalho que vem sendo desenvolvido por sua equipe em uma região nordestina que, até agora, era dominada pela produção de frutas, batata, mel, cachaça e cafés especiais. Sua estratégia é colocar suas uvas e vinhos no mapa dos consumidores da bebida de São Paulo, o maior mercado potencial do País

"Quero abrir as portas do mercado paulista para que os rótulos cheguem em lojas especializadas e restaurantes. É um mercado muito promissor. Nossa ideia é apresentar os produtos no Sudeste, para consumidores, apreciadores e críticos de vinho que influenciam o mercado", contou o empresário à Forbes Brasil.

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Recentemente pontada como uma "vinícola sem mesmice" pelo Valor Econômico, a Uvva possui atualmente 12 rótulos, produzidos na região, que desde 2022 abriga a grande estrutura de quatro pavimentos, com 5 mil m², que vem atraindo turistas aos seus vinhedos.
 
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Apesar de, no momento, a maior parte de suas vendas sairem diretamente de casa, o mercado externo é um dos focos da administração. "São Paulo é uma cidade que qualifica o mercado brasileiro, por isso, é de extrema importância estar aqui. Não temos um percentual definido de comercialização local, mas a projeção é que os rótulos ganhem espaço", explica Borré, ciente que o estado é responsável por 39% do market share de vendas na categoria, segundo a Horus, empresa de inteligência de mercado do setor.

Por conta deste cenário favorável, o CEO foi à capital paulista acompanhado do enólogo Marcelo Petroli, que mostrou oito rótulos durante degustação no Hotel Rosewood. Entre as produções apresentadas está o já premiado Diamã, batizado em referência à Chapada Diamantina. "Esse é um vinho que foi elaborado com um corte especial de uvas. O blend é produzido em 12 meses no carvalho francês de primeiro uso e atingiu 92 pontos no Descorchados de 2023, um dos principais guias de vinhos que avalia rótulos da Argentina, Chile, Uruguai e Brasil", afirma Petroli, que tem, assim como Borré o desafio de mudar o consumo nacional.

O público brasileiro ainda consome pouco vinho, principalmente se comparado a consumidores de países como Portugal, França e Itália, mas é o foco do empresário da Uvva, que é categórico: "não tenho intenção de exportar os meus vinhos. Toda a concepção do projeto Uvva foi feita pensando no consumidor brasileiro", disse.

* Por José Mion, com informações da Forbes Brasil. Fotos: Giuliana Iodice/Versatile e @bronza.

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