11 Oct 2022
Ocorrência em Congonhas aquece incômodo das cias aéreas, que pedem mudanças no terminal

A ocorrência do fim de semana abriu uma ferida que já incomodava executivos do segmento de aviação comercial. Segundo eles, a presença da aviação geral, incluindo helicópteros e aviões particulares, precisa ser repensada, já que não seria compatível com a logística do aeroporto, principalmente em horários de maior demanda.
Muito além da questão logística, e os empresários de empresas como Latam e Gol questionam quem ficará responsável por pagar a conta do prejuízo causado às companhias aéreas e aos passageiros, estimado em milhões de reais. A Associação Brasileira e Empresas Aéreas (Abear), inclusive, pede pela saída da aviação executiva da pista principal.
Em nota, a entidade destacou "a importância de restringir a operação de aeronaves de baixa performance na pista principal de Congonhas a fim de agilizar a recomposição da malha nacional e atender os milhares de passageiros". A restrição de aviões de pequeno porte, especialmente em horários de pico, é preocupação antiga da associação, que, em 29 de setembro, havia enviado ofício à Infraero, recomendando a adoção definitiva da medida.
"O que foi determinante para o problema foi a demora em retirar o avião da pista. Este tipo de intercorrência não é raro, mas a agilidade para socorrer o avião é importante", defende Flávio Pires, diretor executivo da Associação Brasileira de Aviação Geral (Abag), para quem o pedido da Abear é descabido.
Sobre a demora na resolução do problema, em nota, a Infraero garantiu que o atendimento da ocorrência se deu "em conformidade com o Código Brasileiro de Aeronáutica, o Plano de Emergência em Aeródromo e demais requisitos aeronáuticos aplicáveis".
Na manhã desta terça-feira (11), passageiros já enfrentam situação mais tranquila em Congonhas, com menos filas diminuíram e com algumas companhias garantindo a normalização da operação.
Foto: Maria Isabel Oliveira / Agência O Globo. Também estamos no Instagram (@sitealoalobahia), Twitter (@Aloalo_Bahia) e Google Notícias.