Ocorrência em Congonhas aquece incômodo das cias aéreas, que pedem mudanças no terminal

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Após o pneu do trem de pouso de um avião de pequeno porte ter estourado no domingo (9), no Aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo, centenas de voos foram cancelados e, nesta segunda-feira (10), o caos ainda era grande no terminal. Com o incidente, aéreas pedem mudanças e demonstram preocupação com a autorização da ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil) para que o aeroporto receba ainda mais aeronaves a cada hora de operação, em 2023.
 
A ocorrência do fim de semana abriu uma ferida que já incomodava executivos do segmento de aviação comercial. Segundo eles, a presença da aviação geral, incluindo helicópteros e aviões particulares, precisa ser repensada, já que não seria compatível com a logística do aeroporto, principalmente em horários de maior demanda.
 
Muito além da questão logística, e os empresários de empresas como Latam e Gol questionam quem ficará responsável por pagar a conta do prejuízo causado às companhias aéreas e aos passageiros, estimado em milhões de reais. A Associação Brasileira e Empresas Aéreas (Abear), inclusive, pede pela saída da aviação executiva da pista principal.
 
Em nota, a entidade destacou "a importância de restringir a operação de aeronaves de baixa performance na pista principal de Congonhas a fim de agilizar a recomposição da malha nacional e atender os milhares de passageiros". A restrição de aviões de pequeno porte, especialmente em horários de pico, é preocupação antiga da associação, que, em 29 de setembro, havia enviado ofício à Infraero, recomendando a adoção definitiva da medida.
 
"O que foi determinante para o problema foi a demora em retirar o avião da pista. Este tipo de intercorrência não é raro, mas a agilidade para socorrer o avião é importante", defende Flávio Pires, diretor executivo da Associação Brasileira de Aviação Geral (Abag), para quem o pedido da Abear é descabido.
 
Sobre a demora na resolução do problema, em nota, a Infraero garantiu que o atendimento da ocorrência se deu "em conformidade com o Código Brasileiro de Aeronáutica, o Plano de Emergência em Aeródromo e demais requisitos aeronáuticos aplicáveis".
 
Na manhã desta terça-feira (11), passageiros já enfrentam situação mais tranquila em Congonhas, com menos filas diminuíram e com algumas companhias garantindo a normalização da operação.
 
Foto: Maria Isabel Oliveira / Agência O Globo. Também estamos no Instagram (@sitealoalobahia), Twitter (@Aloalo_Bahia) e Google Notícias.

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