Horto Florestal ganhará boteco de casal premiado de chefs: 'Afetividade e conforto'

José Mion é jornalista, assessor de imprensa, apaixonado por Gastronomia e escreve para o Alô Alô Bahia.

Em um dia de folga ou entre as visitas a seus restaurantes, não é difícil encontrar Fabrício Lemos no Djalma's Drinks, boteco na Pituba, com mais de 30 anos de história e a lambreta como um dos carros-chefes. Ali, ele faz uma pausa, pratica o ócio criativo, antes de voltar à rotina, cuidando de 6 marcas em Salvador, ao lado da esposa e sócia, a chef patissier Lisiane Arouca, parceira fiel nas aventuras gastronômicas premiadas. "Não faço nada só", arremata o chef logo, pra começo de conversa.

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Nessas paradas estratégicas, com varias ideias na cabeça, eventualmente surge a de um novo projeto, como o do Megiro, boteco que o casal inaugura em breve, no Horto Florestal, próximo ao Orí, um irmão mais novo do premiado Origem, eleito um dos melhores restaurantes da América Latina.

"Quando abrimos o Origem, mais rebuscado e refinado, a gente já tinha esse sonho na cabeça de fazer uma coisa mais simples. Mas, com as andanças, a gente nunca conseguia achar uma oportunidade de abrir", nos contou o chef, que viu no projeto de expansão do Pátio Santa Luzia, onde fica o Orí, a oportunidade que ainda lhe faltava.
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De forma inteligente, o boteco será inaugurado - possivelmente em abril - no mesmo lugar do Orí, assim como os chefs já administram, nos mesmos imóveis, o Origem, o Minibar Gem e o Segreto Ristorantino, os três na mesma casa no Caminho das Árvores; e o Omí e o Fera Rooftop, ambos no térreo e terraço do Fera Palace Hotel, respectivamente. Cada um com uma proposta, não competindo entre si.

O Megiro, a palavra "origem" escrita ao contrário, segue uma tendência mundial em que restaurantes com chefs estrelados buscam uma nova relação com a comida. "É uma tendência, ter sempre um restaurante de respiro, um restaurante que traz afetividade e certo conforto", diz Fabrício, que já pratica um pouco desse sonho no Orí, que traz uma proposta mais casual. 

Mas, no Megiro, eles querem ainda mais "liberdade" dos pratos dele às sobremesas dela. "A gente quer que seja uma gastronomia 100% livre, a gente quer fazer bolinhos, um sarapatel, uma comida que traga um conforto, mas sem perder o que a gente sempre tem como principal, que é o respeito ao produto e à origem dele", destaca o chef, que cita bons exemplos de projetos no Brasil que seguem a tendência, como o do amigo Bruno Katz, à frente tanto do KATZ-SŪ quanto do Chanchada Bar, no Rio de Janeiro, e do casal Gabriel Coelho e Júlia Tricate, do De Segunda Restaurante e do De Primeira Botequim, em São Paulo.
 
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Vale deixar claro que o "respiro" que Fabrício e Lisiane buscam no novo projeto não é porque se sentem sufocados. Mas, não negam a alta exigência à qual estão sujeitos, ainda mais depois de tantos prêmios, que os colocaram como Restaurateur do Ano e Chef Pâtissier do Ano, segundo a Prazeres da Mesa.

"A alta gastronomia, ela te cobra muito no dia a dia. E essa gastronomia mais livre é uma gastronomia que a maioria das pessoas gostam. E aqui em Salvador, a gente vê poucos lugares com essa proposta de um boteco que tenha o foco não na cerveja apenas, mas o foco na gastronomia como um todo. A gente conta de dedo, né?", explica o chef, que deve dar início às obras do sonhado projeto na próxima semana, com todo o suporte do arquiteto Ricardo Campos, que assina os demais empreendimentos do grupo Origem. De cá, desejamos mais sucesso!

Fotos: Reprodução/Redes Sociais e Elder Almeida.

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