Homem acusado de perseguir e ofender Gilberto Gil na Copa do Catar será investigado pela PF

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A Polícia Federal abriu inquérito para apurar os possíveis crimes cometidos por Ranier Felipe dos Santos Ramacho, de 43 anos, acusado de agredir Gilberto Gil, 80, durante a Copa do Mundo do Catar, em dezembro do ano passado. O cantor e sua esposa, Flora Gil, foram hostilizados por torcedores do Brasil quando entravam no estádio para assistir à partida de estreia da seleção brasileira, em 24 de novembro.
 
À época do ocorrido, o empresário foi identificado nas redes sociais como sendo o homem que aparece em um vídeo perseguindo o artista baiano, fazendo provocações e ofensas verbais.
 
De acordo com o G1, a Polícia Federal vai investigar se o acusado cometeu crimes como: discriminação contra pessoa idosa, exibição ou veiculação de informações ou imagens depreciativas ou injuriosas de idoso e injúria com base em elementos de raça, cor, etnia, religião, origem ou a condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência.
 
Na investigação, há ainda uma menção ao código 147 do artigo do Código Penal, que cita o parentesco com juízes e impede que o magistrado nessa condição atue no caso — e que dá a entender ser o caso de Lemache.
 
Ranier é de Volta Redonda, no Rio de Janeiro, mas atualmente vive nos Estados Unidos. Ele é dono de franquias da Domino's e do Spoleto em sua cidade natal. Ele foi identificado como o agressor por trazer em sua camisa a inscrição "Papito Rani" e ser um dos mais exaltados do grupo em que estava. Frases como “Vamos Bolsonaro” e “Você ajudou o Brasil para c…”, “Vamos, Lei Rouanet” e “Obrigado, filho da...” foram ditas.
 
Após a repercussão do vídeo em que brasileiros aparecem ofendendo Gilberto Gil, um dos homens se identificou e pediu desculpas. Lemache foi identificado por usuários do Twitter e fez uma publicação assumindo que fez provocações ao cantor por posições contrárias, mas negou ter feito as ofensas.
 
"Gostaria de me solidarizar com o Sr. Gilberto Gil e sua família em virtude da ofensa que a ele fora proferida, uma vez que eu também não gostaria de ouvi-la. No entanto, estão veiculando a minha imagem essa ofensa o que não é verdade. Inobstante a minha divergência aos ideais políticos do Sr. Gilberto Gil, reitero o mais absoluto respeito que tenho ao nobre artista, porém, deixo claro novamente que a ofensa/xingamento não foi por mim proferido", escreveu o acusado.

Na época do fato, Gil se pronunciou através de um vídeo publicado em uma rede social no qual agradeceu o apoio que recebeu após os ataques, os quais classificou como uma “coisa estúpida”.  "Os inconformados querendo manter essa coisa do ódio, da agressividade", disse.

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Foto: reprodução/redes sociais. Também estamos no Instagram (@sitealoalobahia), Twitter (@Aloalo_Bahia) e Google Notícias.
 

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