Em matéria com Maju Coutinho, na Bahia, Itamar Vieira Jr fala de novo livro: 'Resumo de uma história que não acabou'

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Gravada na Bahia, no início de junho, a matéria de Maju Coutinho com o escritor Itamar Vieira Junior foi ao ar neste domingo (2), no Fantástico ( TV Globo ). Autor do best seller “Torto Arado”, com 700 mil exemplares vendidos e traduzido para 24 idiomas, o escritor baiano falou sobre o sucesso do primeiro livro e as expectativas para "Salvar o Fogo", seu segundo romance, que tem lançamento especial confirmado em setembro, na Bienal do Rio.

A nova história se passa em um povoado de marisqueiras no Recôncavo baiano, por onde Maju e Itamar passearam durante a entrevista. Durante o papo, o autor apresentou o povoado de São Francisco do Paraguaçu, que se formou após a construção do Convento de Santo Antônio de Paraguaçu, no século XVII. No livro, o convento virou mosteiro e, assim como o da vida real, foi abandonado.

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“A gente tem algumas missas que são realizadas, mas muito por desejo da comunidade que ainda está em volta e continua a preservar esse lugar. Mas já foi abandonado desde o século XIX”, contou o baiano a Maju, sobre o mosteiro, que era usado para castigar os escravizados. "Eles eram castigados aqui e se afogavam quando a maré subia. É o resumo de uma história que ainda não acabou", refletiu.
 
Segundo o autor, o novo livro é a segunda parte de uma trilogia, que ele chama de "A Trilogia da Terra". Na história, o Rio Paraguaçu é tributário dos dois rios que aparecem em "Torto Arado". "Esses dois rios desaguam no Paraguaçu. O Paraguaçu vem para o Recôncavo e desagua na Baía de Todos os Santos. Eu acho que esse percurso já dá uma deixa para o leitor do que pode estar por vir”, completa Itamar, sobre o destino do próximo livro, depois dos anteriores passaram pela Chapada Diamantina e pelo Recôncavo.

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No papo com Maju, Itamar não escondeu a fonte de muito da sua inspiração: Jorge Amado, autor que, em 1959, foi o primeiro brasileiro a ganhar o prêmio Jabuti, que o conterrâneo levou em 2020. "Foi dos primeiros autores que eu tive contato, ainda na adolescência, que trouxe pras suas narrativas, o protagonismo das pessoas que viviam à margem da história", conta.
 
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* Por José Mion. Fotos: Reprodução/TV Globo.

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