Conheça a história da luminária polêmica postada por Claudia Leitte

Na noite da última terça-feira (13), Claudia Leitte publicou em seu perfil no Instagram um vídeo em que uma luminária em forma de arma aparece em cima de uma Bíblia. Muitos dos seus seguidores não entenderam e criticaram a cantora por um possível apoio à causa armamentista ou alguma conotação política.
 
Após a repercussão, a artista excluiu a postagem e compartilhou um texto negando qualquer intensão dessa natureza. "O abajur que aparece no vídeo é uma peça de arte criada por um designer francês, que ganhei de presente há mais de 10 anos", disse, mas sem revelar a autoria da obra que é do premiado Philippe Starck, famoso pela criação de objetos com mais de uma função: muitos são peças de decoração e, ao mesmo tempo, itens de arte e até crítica social.
 
Feito em alumínio fundido, a luminária foi criada em 2005 e faz parte da Coleção Gun. Em sua loja on-line, Starck diz que teve inspiração política: "O ouro das armas representa o conluio entre dinheiro e guerra".
 
"Não há guerra sem dinheiro.
A lâmpada gun aparece como uma provocação, mas não é.
É um símbolo.
Imaginei a lâmpada gun como uma Kalashnikov para representar a guerra, escolhi ouro para representar dinheiro, o abajur preto com cruzes dentro como um lembrete dos nossos perdidos.
Esta lâmpada é um tributo. Aos nossos pais, nossos irmãos, nossas irmãs...
A todos aqueles que morreram em nosso benefício."
Ph.S.
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Na época em que a série foi lançada, o designer anunciou que 20% do lucro obtido com as vendas das peças seriam destinados à Frères des Hommes, organização dedicada à redução da pobreza. O item polêmico que Claudia Leitte possui é vendido por US$ 2.235 (cerca de R$ 11,5 mil).
 
Além de designer industrial conhecido, Philippe Starck também é arquiteto. É dele o projeto do Hotel Fasano no Rio de Janeiro e a direção artística do Rosewood, em São Paulo, que tem uma coleção de 450 obras assinadas por artistas brasileiros. Ele esteve em Salvador em abril desse ano, ciceroneado pelo empresário francês Alex Allard.
 
No tour coube uma visita ao Palácio Rio Branco, no Centro Histórico da cidade, que será transformado em hotel de luxo pelo próprio Allard, que já comanda o Cidade Matarazzo, em São Paulo, complexo que abriga o seis estrelas Rosewood. Por aqui, conheceu os trabalhos de artistas como J. Cunha, Alberto Pitta e Nádia Taquary.

​​​Fotos: Divulgação, Nicolas Gerin e Luis Barra. Também estamos no Instagram (@sitealoalobahia), Twitter (@Aloalo_Bahia) e Google Notícias.

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