Bela Gil e chef baiana Ieda de Matos estão entre madrinhas de livro com imigrantes refugiados; saiba mais

José Mion é jornalista, assessor de imprensa, apaixonado por Gastronomia e escreve para o Alô Alô Bahia.

O Instituto Adus, organização sem fins lucrativos que atua pela integração de refugiados na sociedade brasileira, lançou, nesta sexta-feira (10), a primeira edição do livro "Sabores e Lembranças", que propõe dar visibilidade para as histórias de refugiados que encontram no empreendedorismo na cozinha uma forma de matar a saudade de suas terras e ainda conseguirem renda.

Na obra, quatro imigrantes acolhidos pelo instituto e que trabalham no ramo da gastronomia apresentam receitas típicas, com apoio de chefs famosos, como a baiana Ieda de Matos, do Casa de Ieda, em São Paulo, Bela Gil, Helena Rizzo e Bel Coelho.

A venezuelana Gema Soto foi amadrinhada por Bela Gil (na foto principal) e traz dois pratos do seu país, o Hallaca (massa de milho recheada com ensopado de carne, às vezes enrolada em folhas de bananeira) e Buñuelos de Yuca (doce feito de mandioca e rapadura).
 
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A congolesa Evodie Kanyeba, no Brasil desade 2015, ensina como fazer makemba na makayabu ya aubergines (bacalhau ao molho de berinjela com banana-da-terra) e rocher du coco (sobremesa à base de coco ralado, ovos e açúcar). Neste projeto, ela tem a estrelada chef Helena Rizzo, do Maní (SP), entre os 100 melhores restaurantes do mundo, como madrinha.

A culinária síria é apresentada por Mohamad Alghourani, que fugiu de seu país em 2012 por conta da guerra, e traz receitas como a de Sheikh de coalhada (abobrinhas recheadas com carne e servidas com coalhada) e Knéf de queijo. Ele é amadrinhado pela baiana Ieda de Matos, natural da Chapada Diamantina, mas que comanda seu restaurante na capital paulista.
 
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Já Sorab Kohkan, amadrinhado por Bel Coelho, traz do Afeganistão o kabuli pulai, considerado o principal prato nacional do seu país de origem, e o firnee (pudim de pistache). 

O livro está disponível no site do Adus de forma digital e gratuita e reforça a culinária como uma oportunidade de renda e de reconexão com as culturas de origem e memórias afetivas dos refugiados. “Tão importante quanto incluir as pessoas refugiadas na sociedade é garantir que elas não percam suas raízes”, afirma Marcelo Haydu, diretor do Instituto Adus.
 
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Fotos: Divulgação/Adus. Também estamos no Instagram (@sitealoalobahia), Twitter (@Aloalo_Bahia) e Google Notícias.

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