Alberto Pitta vai participar da Bienal de Sidney em 2024; apenas dois brasileiros foram selecionados

Após integrar a exposição “O Quilombismo: Of Resisting and Insisting. Of Flight as Fight. Of Other Democratic Egalitarian Political Philosophies”, em exibição até setembro na HWK - House of World Cultures, em Berlim, na Alemanha, Alberto Pitta terá seu trabalho exibido em mais uma mostra internacional esse ano.

O artista plástico foi anunciado como participante da próxima Bienal de Sidney, na Austrália. Apenas dois brasileiros figuram na lista, composta por 39 nomes: o dele e o de Nádia Taquary, também baiana, responsável pelo monumento em homenagem à Maria Felipa, heroína da Independência do Brasil na Bahia, inaugurado na última quinta-feira (27), na Praça Cairu, no bairro do Comércio, em Salvador.

Um dos principais eventos internacionais de arte contemporânea, a Bienal de Sidney acontece desde 1973 e atua como uma plataforma para arte e ideias, apresentando o trabalho de quase 1.900 artistas de mais de 100 países ao longo desse tempo. Sua 24ª edição terá como tema Ten Thousand Suns (Dez Mil Sóis) e será realizada ao longo de três meses, de 9 de março a 10 de junho de 2024.

Em entrevista ao Alô Alô Bahia, Pitta falou sobre a importância de expor seu trabalho em outros países. “Quando você expõe no exterior, obviamente o Brasil começa a te olhar com outros olhos, começa a compreender que se você não consegue, do seu lugar, vislumbrar o mundo, você está isento, digamos. Você está fora de qualquer possibilidade de conhecimento cultural. Então, fazer exposições fora do Brasil é, de certo modo, um reconhecimento pelo que a gente faz já há muito tempo”.

Para o artista, o objetivo, na verdade, é levar para outros públicos uma mensagem que ele transmite, através do seu trabalho, já há muitas décadas. “São mais de 40 anos tocando no mesmo assunto, falando sobre os blocos afro, falando sobre a cultura negra na diáspora, falando sobre uma Bahia que recebeu o maior número de africanos no mundo, então tudo isso faz a diferença”, reforça.

Diferentemente da mostra alemã, para a qual levou 14 obras divididas em duas séries - “Ogum Que São Sete” e “Moradismo: Estética de Quilombo” -, todas em grandes dimensões (3,50m de altura por 3,10m de largura), dessa vez Pitta imergiu em seu acervo de tecidos, além de criar um padrão exclusivo para a exposição australiana. “São mais de 20 estampas diferentes, que estarão dispostas do teto ao chão, com uma média de 8 metros, no pavilhão principal da Bienal”, explica.

* Foto: Divulgação.

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