Vanderson Nascimento faz aniversário e fala sobre profissão e origem do bordão ‘Deus me livre não ser baiano’

O jornalista e apresentador do Bahia Meio Dia, na TV Bahia, Vanderson Nascimento, completa nesta segunda-feira (3) 39 anos de idade. Nascido e criado no miolo da cidade, o bairro de Cajazeiras, Vanderson se orgulha das origens e do caminho profissional que percorreu, que nem sempre apontou o jornalismo. Além da profissão, tem também como grande paixão a Bahia. O amor é tanto que ele ficou conhecido pelo bordão "Deus me livre não ser baiano", que rendeu até uma música do cantor Saulo. 

Em entrevista ao Alô Alô Bahia, Vanderson contou como chegou ao jornalismo, como surgiu o bordão e o que há para agradecer e pedir neste aniversário. Confira:

Amor pelo jornalismo

Mesmo apaixonado pela escrita, os passos profissionais de Vanderson o levaram primeiro à faculdade de Direito. Mas por lá ele não passou nem mesmo um semestre inteiro. Chegou a pensar na área de engenharia, mas, relembrando seu talento e pesquisando muito, decidiu investir no jornalismo. “Hoje sou apaixonado e muito realizado na minha profissão; não consigo me imaginar fazendo outra coisa”, diz ele.
 
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“O jornalismo tem um papel social importantíssimo, ainda mais num país tão desigual como o Brasil e num estado tão desigual como a Bahia. É um papel, ao mesmo tempo, transformador, educador e crítico”, aponta.

Formado, Vanderson passou três anos em Portugal fazendo Mestrado em Comunicação na Universidade de Coimbra antes de ter seu rosto realmente conhecido pelos telespectadores baianos. Da TVE, foi para a Band e, finalmente, chegou à TV Bahia, primeiro como repórter e, em seguida, como apresentador. Marcado pelo talento, carisma e, claro, pela insistente e bem humorada expressão de que o Bahia Meio Dia começa às 11h45 – nem um minuto a mais, nem um minuto a menos –, ele é reconhecido por onde passa e diz adorar o carinho do povo baiano. 
 
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“O povo é muito massa comigo; eu sou feliz demais com essa troca porque eu percebo que as pessoas gostam e torcem por mim, que é genuíno. Isso é um presente, é como se fosse um salário a mais. Nosso povo é maravilhoso e saber que o povo daqui vibra comigo é bom demais! Toda vez que eu saio, vou a algum lugar ou a alguma festa popular como Yemanjá e Bonfim, é incrível conversar com as pessoas, sentir a energia”, conta.

E ele comemora poder, como apresentador, aplicar um pouco do seu jeito próprio de fazer jornalismo. “É muito satisfatório trabalhar numa TV de grande alcance e ter a oportunidade de fazer um jornalismo com a minha cara, que é um jornalismo leve, espontâneo, do meu jeito mesmo. Claro que nem sempre dá para ser leve, temos notícias pesadas, mas sempre que possível eu faço com leveza. Eu acredito que, ainda mais na televisão, num horário de almoço, tentar ser leve é uma luta”, coloca Vanderson. 
 
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‘Deus me livre não ser baiano’

Além do famoso “11h45”, outra expressão que é fácil de ler como se Vanderson Nascimento estivesse falando dentro da sua cabeça, é o “Deus me livre não ser baiano”. Deixando transparecer sua paixão pela Bahia e pelos baianos também no campo profissional, Vanderson repetiu tanto a frase na TV que ela virou bordão e caiu no gosto do povo. “Tudo que aparecia que era muito a cara da Bahia, que enaltecia, eu falava a expressão, de forma natural mesmo. E falava com essa empolgação porque de fato é o que eu penso. Aí foi chamando a atenção das pessoas, ganhando força”, relembra. 

Mas Vanderson só foi se dar conta mesmo da proporção da fama de seu bordão quando fãs passaram a entregar na sede da TV Bahia diversos presentes para ele com a frase. “É copo de cerveja, quadro, camisa, chaveiro, pulseira, tudo! E guardo até hoje!”. 

Logo depois o bordão virou uma música. Isso mesmo! “Eu estava em casa e comecei a receber um bocado de notificação nas redes sociais. Quando eu fui olhar, era o pessoal falando que Saulo tinha feito uma música com minha frase”, conta Vanderson. Ele disse ter demorado para entender que era real e a ficha só foi começar a cair quando Saulo entrou em contato e falou que o bordão inspirou a música. 
 
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Para a ficha cair de vez, foi preciso ouvir a música sendo cantada por Saulo em cima do trio elétrico no Circuito Campo Grande no Carnaval de Salvador de 2023. Ali não tinha como não se dar conta do fenômeno. Milhares e milhares de foliões pipoca cantavam e dançavam a música formando uma multidão linda de se ver de lá de cima. Vanderson estava trabalhando num estúdio da TV Bahia montado para a festa que se parecia com um camarote, Ele olhava para o povo e o povo olhava para ele, como quem diz ‘Olha só, a sua música! Está vendo?’. 

“Aquela multidão cantando e as pessoas olhando para mim porque sabiam que eu tinha inspirado a música. Aquele momento ali nunca mais vai sair da minha cabeça, vai ficar gravado na minha memória até meu último dia”, diz. 
 
Meu país Bahia

O amor pela Bahia vem de uma percepção de realidade muito lúcida; vem de captar e entender a riqueza deste lugar. “A Bahia consegue ter um extremo sul lindo, com praias como Prado, Alcobaça, Porto Seguro; consegue ter um norte incrível como é Casa Nova, Juazeiro; um oeste que é uma potência; o centro com um semiárido com a Chapada Diamantina; um litoral norte belíssimo”, destaca. 

“A Bahia é um país! A gente brinca com a expressão ‘meu país Bahia’, mas é real. São biomas diferentes, climas diferentes, sotaques diferentes, culturas diferentes. Em Salvador, cada canto tem uma história, é uma cidade de tanta mistura, de tanta diversidade. Obviamente, tanto a cidade como o estado têm muitos problemas a serem resolvidos, mas, acima de tudo, têm um povo que ama e sabe viver esses lugares. A gente tem alguma coisa que só a gente tem. Já dizia Jorge Amado, ‘A Bahia é um estado de espírito’”, acrescenta. 
 
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Aniversário e o início de um novo ciclo

Para Vanderson, seu aniversário é o seu Réveillon. É hora de pensar sobre o ano que passou, agradecer e fazer planos para o que se inicia. Nesta passagem de ano, quer agradecer pelas conquistas e pelas pessoas que tem por perto, e buscar ser uma pessoa cada vez melhor. 

“Aniversário é um momento de muita reflexão para mim. Quando vai chegando perto, eu começo a pensar em como foi o ano e a agradecer por tudo. Eu tenho que agradecer pela minha família, pelas pessoas que então a minha volta, pelas oportunidades; agradecer à vida mesmo. Eu quero celebrar a vida, celebrar as coisas boas, tentar ser uma pessoa melhor a cada dia”, finaliza Vanderson.

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Fotos: Reprodução/Redes Sociais

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