11 Mar 2023
Skank desembarca na Bahia para turnê de encerramento do grupo: “não acaba, as nossas músicas seguem”
São nove álbuns de estúdio, que somam mais de 5 milhões de exemplares vendidos e alguns considerados os melhores de todos os tempos do pop-rock nacional, três ao vivo e uma coleção de sucessos nas últimas três décadas no país. Foram cerca de 40 hits singles e 25 em trilhas de novelas, com destaque para duas canções que marcaram fases distintas do grupo, como Garota Nacional, do álbum O Samba Poconé (1996) e com sucesso no Brasil e em países da América Latina e Europa, sendo número 1 na parada espanhola da Billboard por várias semanas, e Vou deixar, canção do disco Cosmotron (2003) e que virou um dos maiores hits do Skank ao entrar na trama da TV Globo Da Cor do Pecado.
O tecladista do grupo, Henrique Portugal, conversou com o Alô Alô Bahia e falou sobre a separação da banda, que é motivada pelos desejos individuais de experimentar novos caminhos, porém sem brigas, sem decadência, sem barracos públicos e sem descartar a possibilidade de reuniões futuras. Ele ainda falou da relação da banda mineira com a Bahia e da expectativa para os shows em Salvador e Feira de Santana. Confira:
Alô Alô Bahia - O que motivou a turnê de encerramento do Skank?
Henrique Portugal - Depois de 30 anos de carreira, sem interrupção, de uma história sólida, achamos que seria um bom momento para uma parada, para cada integrante seguir um caminho diferente. Uma carreira tão longa precisa de um descanso. Eu tenho mais tempo de vida dentro do Skank do que fora dela. É simplesmente um ciclo que está terminando. A gente entende que agora é o momento de cada um devolver para a música, tudo o que ela nos deu durante todos esses anos. O importante é que a gente sabe que o Skank sempre vai existir, mesmo que a gente não toque mais junto. O Skank não acaba, as nossas músicas seguem.
AAB - São quase 30 anos de história e acredito que de momentos inesquecíveis. Quais deles foram na Bahia?
HP - Muitos deles foram na Bahia, sem dúvida. Sempre fomos muito bem recebidos pelo público baiano, pelos fãs do Nordeste. Estamos muito felizes em apresentar um dos últimos shows da turnê em Salvador e Feira de Santana.
AAB - Temos diversos exemplos da relação cultural que aproxima a Bahia e Minas Gerais. O Skank, que é um grupo mineiro, teve algum tipo de influência musical do estado nordestino?
HP - Minas com Bahia é uma mistura que é muito espontânea e cheia de criatividade, com culturas fortes. Somos como primos irmãos que sabem compartilhar a alegria e o conhecimento das virtudes para melhorar a cena cultural do Brasil em qualidade e quantidade.
AAB - A banda já gravou música de Caetano Veloso - Beleza Pura -, fez participação em show da cantora Ivete Sangalo - no icônico DVD gravado no Maracanã. Tem algum artista baiano que o grupo ainda não gravou e que gostaria de ter colaborado?
HP - Eu tenho feito algumas coisas com o Elpídio do Olodum. O Lelo montou uma banda chamada “Trilho elétrico” misturando mineiros e baianos. Está no nosso sangue esta proximidade com a Bahia. Com certeza vem mais coisa por aí.
AAB - Qual a expectativa para o show de despedida em Salvador e Feira de Santana? O que tem preparado para o público baiano?
HP - A expectativa é grande demais e estamos muito felizes em poder voltar a Salvador e Feira nesse encerramento da turnê. Escolhemos um repertório grande, fizemos uma lista com um número até que considerável de músicas que temos certeza que o público baiano vai adorar. Eles podem também pedir suas músicas favoritas, que em cada cidade, acrescentamos os pedidos dos fãs.
Foto: Weber Pádua. Também estamos no Instagram (@sitealoalobahia), Twitter (@Aloalo_Bahia) e Google Notícias.