Em processo de expansão, LOC investe no licenciamento da plataforma e chega a 15 novas cidades da Bahia

A mudança de mentalidade e dos hábitos do consumidor fizeram com que a indústria têxtil colocasse em pauta a moda circular, um conceito que tem como objetivo a criação de produtos a partir de um ciclo de vida mais sustentável, oferecendo possibilidade de agregar valor às marcas, contribuindo para mudanças significativas no setor.

Assim nasceu o LOC, plataforma de moda compartilhada que reúne uma infinidade de peças, entre roupas e acessórios, tornando acessível ao usuário a possibilidade de variar as produções sem fazer grandes investimentos.

Em expansão, o modelo de negócio, já presente em várias capitais do Nordeste, chega a 15 cidades baianas ainda este ano através de um plano de franquias.

O Alô Alô Bahia bateu um papo com Amanda Cunha e Felipe Tambon, sócios da marca, para entender como funciona o empreendimento. Vem ver.

ALÔ ALÔ BAHIA: O que é o Loc?
LOC: O LOC é o Airbnb da moda. Em vez de apartamentos, roupas e acessórios são alugados. Quem nunca abriu o armário e se viu cansada das mesmas peças? Para aquele jantar especial, algo novo seria perfeito, mas será que vale a pena comprar com apenas uma ocasião pontual em mente? Com a alta nos preços e a vontade de sempre ter novidades, variar o guarda-roupa pode ser algo difícil. Conseguimos, através de uma plataforma, alinhar uma dor com uma oportunidade de investimento.

AAB: Como surgiu o negócio?
LOC: Surgiu a partir dessa necessidade de consumir de uma forma mais inteligente o que já temos no armário. Se por um lado vivemos a cultura instagramável e do consumo, do outro queremos ter experiências novas em detrimento de possuir. O LOC é um aplicativo de aluguel de artigos de moda de pessoa para pessoa. Falamos que ele é um Airbnb da moda, porque a pessoa que tem o bem (uma peça) entra no aplicativo (disponível para Android e iOS), cadastra a peça informando suas características e valor de aluguel e quem quer alugar ou comprar acessa a plataforma, vê todos os itens disponibilizados em sua região e consegue fazer todo o procedimento por lá. Foi criado a fim de atender às necessidades de seu principal público, mulheres (95% dos usuários), de 18 a 35 anos, pessoas adeptas à economia circular.  Esse é um modelo de negócio em expansão.

AAB: Em quais cidades o LOC está presente?
LOC: A empresa está presente em Salvador, Natal, Teresina, São Luís, Campina Grande, Recife, Juazeiro e Petrolina, mas segue em busca de novas regiões. O LOC é a única solução de moda circular focada no aluguel de itens de pessoa para pessoa, nicho que cresce mais de 50% ao ano no país. Com mais de R$ 34 milhões em peças cadastradas, a meta é chegar a 15 cidades até o fim do ano. Estamos procurando por pessoas em cidades do interior da Bahia, como Feira de Santana, Ilhéus, Itabuna, Luís Eduardo Magalhães, Santo Antônio de Jesus, Camaçari e, também, nas capitais dos outros estados nordestinos: Fortaleza, João Pessoa, Aracaju e Maceió. ​
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AAB: Como é feita a curadoria das peças que entram no LOC?
LOC: Nós temos um time interno de concierge que faz a avaliação dos itens, dá feedbacks para as usuárias aumentarem visibilidade das peças e exclui aqueles que fogem aos termos de uso da plataforma. É possível encontrar desde vestidos arrumados para festas, casamentos e bolsas (o que é o óbvio para aluguel), mas também, mala de viagem, acessórios como brincos, até babyliss. É interessante ver como as loclovers (como chamamos nossas usuárias) se tornam adeptas à economia circular e ao uso inteligente de bens, não só roupas. Nosso foco está nas nossas usuárias e licenciadas. Escutamos pontos que elas sinalizam e trazemos melhorias em cima desses pontos. Nós também premiamos as heavy users (usuárias que são muito engajadas no aplicativo) com experiências memoráveis em que elas possam usar looks LOC, desde festas exclusivas a editoriais fotográficos. Nossos números não negam: tivemos 92% de transações a partir de usuárias recorrentes no aplicativo. 

AAB:  Quero oferecer uma roupa ao LOC, como devo proceder?
LOC: É uma plataforma de pessoa para pessoa, então não existe necessidade de enviar a peça para lugar nenhum. O LOC não é uma loja de aluguel de roupas. Ele não detém os bens das usuárias. A peça da usuária, que é um bem de sua propriedade, continua sendo dela, que pode continuar usando, caso a disponibilize para aluguel somente. Por ser de pessoa para pessoa (P2P), não existe uma empresa “no meio” que detém o bem do usuário e isso dá uma liberdade tamanha para as nossas loclovers. Elas detém o bem, usam quando querem, mas ganham dinheiro com ele também.

AAB: Como será a expansão do LOC, quando sentiu que havia chegado o momento de ampliar o negócio?
LOC: A empresa triplicou seu faturamento em comparação ao ano passado, apesar de não ter entrado em nenhuma nova cidade nesse tempo. Então, percebemos que o momento mais favorável para levá-la para mais cidades é agora. Para isso é fundamental ter um responsável local, que mora e se relaciona com pessoas da sua região, entendendo as suas demandas e cultura local. Em 2019, começamos a expansão pelo sistema muito parecido com franquia: o formato de licenciamento de software e marca. A empresa busca empreendedoras interessadas em levar a operação do LOC para suas cidades, atuando como uma executiva de conta local, criando vínculo direto com as loclovers.]

AAB: Como é o modelo de negócio do LOC?
LOC: As usuárias não pagam nada para anunciar suas peças, nenhuma taxa mensal, e ganham em um percentual das transações (alugueis e vendas) realizadas pelo aplicativo. Uma comissão da transação vai para a licenciada. Essa forma atrai donas de peças, que antes não teriam um lugar para anunciá-las e gerenciar toda a transação, e licenciadas, que têm um grande potencial de escalar a solução para as mulheres de sua cidade. É desse relacionamento entre a licenciada e usuárias toplocs (donas das peças) que a empresa depende para crescer. Nós implantamos a licença em 90 dias e como a estrutura é enxuta, a licenciada não tem custo fixo nem necessidade de um local para atuar.

AAB: O que uma licenciada faz?
LOC: A empresa fica responsável pelo treinamento, parte do suporte, desenvolvimento e criação de campanhas de marketing. A licenciada é responsável pelo relacionamento com toplocs e toplocs em potencial, fazendo com que elas cadastrem suas peças no app, estreitando relações para essa parceria ser duradoura, além de ser a responsável por entender demandas sazonais da sua cidade e fazer parcerias locais.

AAB: Quais os planos e metas para o futuro?
LOC: A meta do LOC é estar em todas as cidades do Brasil e oferecer a melhor solução online para quem quer alugar, comprar ou se inspirar nos looks. O serviço só depende da internet para funcionar e o licenciamento permite um crescimento mais rápido e horizontal. O investimento para se tornar licenciada varia de acordo com o tamanho da cidade e número de habitantes e vai de R$10 mil a R$60 mil. Interessadas podem acessar a página para terem mais informações.

DEPOIMENTO DE FRANQUEADAS 
“Conheci o LOC em uma reportagem de revista de avião. Assim que aterrissamos, eu baixei o app e já entrei em contato com o time. Em menos de um mês, a licença já estava instalada. A licença foi lançada em setembro de 2019, e nesse tempo, em São Luís, já são mais de 10 mil usuárias, 24 mil peças cadastradas, com média de 200 pedidos mensais", conta Liciane Silva, franqueada em São Luís do Maranhão.

​Outro exemplo são as empreendedoras Monique Marinho e Luana Ribeiro, que acabaram de fechar a licença de Juazeiro e Petrolina. Monique já era usuária de Salvador, mas viu a oportunidade de ter o LOC na região da Bahia onde a maioria de suas amigas mora. “Estava pensando em abrir uma franquia, algo com moda, já usava o LOC em Salvador desde do início do aplicativo e quando vi que estavam em busca de licenciadas, procurei fechar Juazeiro e Petrolina, que já frequento e é onde uma de minhas melhores amigas, Luana, mora. Conversei com ela sobre a licença e ela topou, acredito muito no crescimento e estou animada com esse projeto”, diz. No momento, elas estão em onboarding, com lançamento previsto para final de novembro deste ano.yC2KwN.md.jpg 
Da esquerda para a direita: Daniela Alencar, Junia Penna, Silvia Jaqueira e Letícia Mandias 

 

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