Boticário e Vitória Rodrigues contam histórias de mulheres nordestinas em cordéis; veja entrevista com a artista

redacao@aloalobahia.com

Conteúdo sob medida Alô Alô Bahia.

Para fortalecer a influência feminina no Nordeste, berço de grandes nomes da história brasileira, o Boticário e a apresentadora, cantora e poetisa alagoana Vitória Rodrigues vão contar, sob o mote “O brilho que carrego comigo”, histórias de mulheres da sua comunidade nordestina em cordéis. A ação faz parte da campanha da fragrância Liz Sublime, do Boticário, que conta com uma assinatura exclusiva - a base de Laire Íris Nobre - e com uma fórmula secreta de óleo que une a sofisticada Íris Absoluta Francesa com a força do Vetiver de Madagascar.

O projeto, que será veiculado nas redes sociais da marca, contará histórias de mulheres que, de alguma maneira, inspiraram outras mulheres. O objetivo é levar essa mensagem e motivação a muitas outras. A artista conversou com o Alô Alô Bahia sobre o novo projeto; confira:
szAKkx.md.jpg
  1. Como é, para você, a experiência de estar em uma campanha que celebra a cultura nordestina e as mulheres nordestinas?
Me sinto muito feliz e lisonjeada. É tão representativo e importante pra mim poder fazer parte disso. A cultura nordestina é imensa, potente e pra mim é a raiz do meu trabalho, é a inspiração que alicerça minhas criações. Sendo uma mulher preta, que vem do interior de Alagoas, onde fui criada por mulheres nordestinas fortes, sensíveis e inteligentes poder celebrar essa cultura exaltando a força feminina, contando suas histórias através da literatura de cordel é revigorante. Essa experiência está sendo linda e feita com muito amor, afeto e delicadeza. Tenho certeza que esse projeto, mais do que exaltar a força feminina do Nordeste, será inspiração para todas as mulheres desse Brasil.
  1. Qual a sua relação com o Boticário? Como foi receber esse convite da marca?
Foi emocionante porque o Boticário está na minha memória afetiva desde a infância. Cresci sentindo o cheirinho de minha família pelas fragrâncias do Boticário. Minha mãe usa Floratta, meu pai Uomini e meu irmão ama Malbec. Eu sou apaixonada por perfumes, já passei por diversas fragrâncias, inclusive desde que senti Liz Sublime ele não sai do meu cangote… rs.

Então esse não é apenas um trabalho da Vitoria atriz e poetisa, mas é uma troca linda que me faz relembrar aquela Vitória do passado que cresceu sentindo Boticário nas pessoas que mais amo. É uma sensação que, em palavras, não consigo explicar. 
  1. Seguindo o mote da campanha “O brilho que carrego comigo”, quais aspectos das histórias dessas mulheres você espera que seus cordéis evidenciem? O que você espera inspirar?
Lendo as histórias dessas mulheres, em diversos momentos, me emocionei pela identificação, porque nós mulheres nordestinas, em especial, temos dentro de nós uma força e uma sensibilidade que mobiliza nossos sonhos, não importa o tamanho do obstáculo. Foi um desafio muito grande sintetizar em cordéis essas histórias de muita luta, superação e principalmente histórias de mulheres com muito amor no coração. São histórias que dariam livros de muitas páginas! Elas transmitem amor pelos seus e pelo que acreditam. Um amor que não permitiu que nenhuma delas desistisse, mas sim que resistisse e cada uma, a seu modo, venceu e se tornou inspiração para os que as cercam. Agora se tornarão também para todos que ouvirem essas histórias que, junto com Boticário, terei a honra de contar.
  1. As redes sociais foram muito importantes para a sua projeção nacional, certo? Como avalia esse canal também como meio de visibilidade para a literatura de cordel?
Sim. Foi a partir das redes sociais que minha poesia começou a chegar a mais pessoas e foi também através delas que tive a oportunidade de levar o cordel para TV através do meu programa ‘Cordel da Gente’ no GNT, no qual escrevi e contei histórias de muitos nordestinos e nordestinas inspiradores do nosso país. A literatura de cordel é extremamente importante e, infelizmente, ainda muito pouco explorada e invisibilizada em nosso país. Poder com minhas poesias ser voz da cultura popular do meu Nordeste e levá-la para o máximo de pessoas possível é uma honra e uma responsabilidade imensa. Acho necessário e urgente a valorização dos cordelistas do nosso país, principalmente do nordeste, pois a literatura de cordel, bem como a arte popular, carrega um estereótipo simplório, que precisa ser desconstruído, pois quem lê um folheto de Cordel não imagina a complexidade das métricas que preenchem de riqueza cada verso. Eu tenho muito o que aprender, porque quanto mais você investiga mais percebe que a arte popular é linda e gigante em sua sutileza e simplicidade, mas nem por isso ela é simplória.
  1. Qual a sua relação com a Bahia? E com mulheres baianas?
Fui à Bahia algumas vezes, me sinto sempre muito acolhida por lá. A Bahia é um berço cultural lindo de grandes referências musicais, da literatura, da dança, enfim, pra quem faz arte a Bahia é uma referência. Foi inclusive através de uma baiana que minhas poesias tiveram uma visibilidade maior. Falo de Margareth Menezes que foi uma das primeiras artistas a compartilhar em suas redes minha poesia ‘Plantando Paz’. Esse ano, a encontrei por acaso no festival de inverno de Garanhuns e, na ocasião, tive a honra de recitar meu cordel ‘Muito Prazer Eu Sou Mulher’ que foi minha primeira música lançada e tive a honra de ter Margareth no clipe. Além disso, tenho grandes amigas baianas que são imensamente inspiradoras, aprendo muito com elas.
  1. Tem cordelistas baianas como referência para você? Se sim, quais?
No meu programa ‘Cordel da Gente’, que foi transmitido pelo GNT no início desse ano, tive a oportunidade de contar a história de Bule Bule, um grande mestre baiano que é uma referência da literatura de cordel no Brasil inteiro. Tem também Anastácia, natural de Senhor do Bonfim, que tem um trabalho lindo e criou um blog chamado A Vida em Cordel. Não a conheço pessoalmente, mas admiro muito. Já Júlia Juazeira, uma jovem cordelista de Juazeiro, é uma grande amiga que pude conhecer no Rio de Janeiro e que admiro demais. Pela grandeza da Bahia, acredito que haja várias mulheres cordelistas, não conheço tantas quanto gostaria.
  1. Tem perspectiva de vir à Bahia?
Eu amo a Bahia, já fui algumas vezes para Salvador e Feira de Santana. Sou apaixonada pela energia e alegria que pulsa desse estado. Acho que Salvador seria uma cidade que amaria morar, porque quando chego aí parece que estou em casa. Faz tempo que não vou lá, quero voltar logo, estou morrendo de saudade!

Leia mais notícias na aba Notas
 
Fotos: Vitoria Rodrigues. Siga o insta @sitealoalobahia.

 

NOTAS RECENTES

TRENDS

As mais lidas dos últimos 7 dias