13 Jun 2019
Alô Alô Bahia entrevista o ator baiano Hugo Moura

Em entrevista ao Alô Alô Bahia, ele revela os desafios da carreira artística e do atual cenário da cultura no Brasil, além de compartilhar os aprendizados que a pequena Maria Flor, filha dele com a atriz Deborah Secco, tem lhe trazido. Confira!
Alô Alô Bahia: O que te motivou a seguir carreira artística?
Hugo Moura: A necessidade da arte na minha vida. Sempre precisei assistir um bom filme, precisei ler um bom livro e assistir uma boa peça de teatro. Sempre foram necessidades pra mim.
Alô Alô Bahia: O incentivo à arte é algo presente no Brasil? Como você avalia o atual cenário da cultura no Brasil?
Hugo Moura: A arte é inerente ao ser humano. Sempre sobreviveu à guerras e ditaduras. Tenho certeza que sobreviveremos ao momento de demonização da classe artística. Olhando pra frente, tenho certeza que um dia a ficha vai cair e entenderemos que a nossa melhor arma contra o crime organizado é o poder da oportunidade. Incentivando a cultura, o esporte e a educação mudaremos esse jogo.
Alô Alô Bahia: Quem são os profissionais que te inspiram enquanto ator?
Hugo Moura: A Deborah com certeza. A paixão com que ela vibra depois de 31 anos de carreira é realmente invejável. Outro cara que eu admiro muito é o Vladimir Brichta. Ele nunca escolhe o caminho óbvio, sempre surpreende.
Alô Alô Bahia: Quais conselhos você daria para as pessoas que trabalham com arte e estão também em processo de construção de uma carreira sólida?
Hugo Moura: Eu preciso desses conselhos! Hahahaha Mas uma coisa que me puxa sempre é lembrar qual o meu ofício. Qual é realmente o meu trabalho, sabe? Hoje, com a internet, algumas pessoas que trabalham com arte se confundem um pouco do que é realmente o seu trabalho e o que deriva dele.
Alô Alô Bahia: Quais são os seus próximos projetos profissionais?
Hugo Moura: Nesse momento quero focar na Malhação. Acabamos de começar, a rotina é realmente cansativa e eu quero estar bem para cumprir o meu papel da melhor forma.
Alô Alô Bahia: É sabido o seu desejo de aumentar a família com a Deborah Secco. Quais aprendizados a paternidade lhe trouxe? A Maria Flor já tem demonstrado afinidade com a arte?
Hugo Moura: A maior coisa que a Maria me ensinou foi que eu era muito egoista. Pensava em mim o tempo todo! Hoje, penso primeiro nela e como ela vai se sentir, depois vejo o que eu penso. Ela dá sinais de que gosta de criar, encenar e cantar histórias. Mas nós dois, eu e Deborah, tentamos, na medida do possível, influenciar o mínimo possivel na escolha dela. Apoiaremos 100% se ela quiser ser atriz, cantora, diretora, advogada ou funcionária pública.
Alô Alô Bahia: Sobre os desafios da paternidade, como você acredita que as pautas da liberdade, respeito e empoderamento podem estar presentes na criação dos filhos, principalmente das meninas, desde o início? De que forma você e a Deborah trazem isso para a criação da Maria Flor?
Hugo Moura: O tempo inteiro. Essas pautas, inclusive, devem estar presentes no nosso dia-a-dia de seres humanos e não só de pais. Nós trazemos isso nas peças teatrais que levamos ela, nos filmes que assistimos, nas nossas conversas na mesa, nas brincadeiras e etc. E, diferente da maioria da sociedade hoje, ela lida com isso da maneira mais natural possível.