Alô Alô Bahia entrevista o ator baiano Hugo Moura

No ar em 'Malhação - Toda Forma de Amar', o ator baiano Hugo Moura vive o personagem Daniel, um professor de Muai Thai que decide abandonar sua vida de luxo nas praias da zona sul para viver com pouco dando aulas de luta na baixada. 

Em entrevista ao Alô Alô Bahia, ele revela os desafios da carreira artística e do atual cenário da cultura no Brasil, além de compartilhar os aprendizados que a pequena Maria Flor, filha dele com a atriz Deborah Secco, tem lhe trazido. Confira!


Alô Alô Bahia: O que te motivou a seguir carreira artística?

Hugo Moura: 
A necessidade da arte na minha vida. Sempre precisei assistir um bom filme, precisei ler um bom livro e assistir uma boa peça de teatro. Sempre foram necessidades pra mim.

Alô Alô Bahia: O incentivo à arte é algo presente no Brasil? Como você avalia o atual cenário da cultura no Brasil?

Hugo Moura: A arte é inerente ao ser humano. Sempre sobreviveu à guerras e ditaduras. Tenho certeza que sobreviveremos ao momento de demonização da classe artística. Olhando pra frente, tenho certeza que um dia a ficha vai cair e entenderemos que a nossa melhor arma contra o crime organizado é o poder da oportunidade. Incentivando a cultura, o esporte e a educação mudaremos esse jogo.

Alô Alô Bahia: Quem são os profissionais que te inspiram enquanto ator?

Hugo Moura: 
A Deborah com certeza. A paixão com que ela vibra depois de 31 anos de carreira é realmente invejável. Outro cara que eu admiro muito é o Vladimir Brichta. Ele nunca escolhe o caminho óbvio, sempre surpreende.

Alô Alô Bahia: Quais conselhos você daria para as pessoas que trabalham com arte e estão também em processo de construção de uma carreira sólida?

Hugo Moura: Eu preciso desses conselhos! Hahahaha Mas uma coisa que me puxa sempre é lembrar qual o meu ofício. Qual é realmente o meu trabalho, sabe? Hoje, com a internet, algumas pessoas que trabalham com arte se confundem um pouco do que é realmente o seu trabalho e o que deriva dele.

Alô Alô Bahia: Quais são os seus próximos projetos profissionais?

Hugo Moura:
Nesse momento quero focar na Malhação. Acabamos de começar, a rotina é realmente cansativa e eu quero estar bem para cumprir o meu papel da melhor forma.

Alô Alô Bahia: É sabido o seu desejo de aumentar a família com a Deborah Secco. Quais aprendizados a paternidade lhe trouxe? A Maria Flor já tem demonstrado afinidade com a arte?

Hugo Moura: 
A maior coisa que a Maria me ensinou foi que eu era muito egoista. Pensava em mim o tempo todo! Hoje, penso primeiro nela e como ela vai se sentir, depois vejo o que eu penso. Ela dá sinais de que gosta de criar, encenar e cantar histórias. Mas nós dois, eu e Deborah, tentamos, na medida do possível, influenciar o mínimo possivel na escolha dela. Apoiaremos 100% se ela quiser ser atriz, cantora, diretora, advogada ou funcionária pública.

Alô Alô Bahia: Sobre os desafios da paternidade, como você acredita que as pautas da liberdade, respeito e empoderamento podem estar presentes na criação dos filhos, principalmente das meninas, desde o início? De que forma você e a Deborah trazem isso para a criação da Maria Flor?

Hugo Moura: O tempo inteiro. Essas pautas, inclusive, devem estar presentes no nosso dia-a-dia de seres humanos e não só de pais. Nós trazemos isso nas peças teatrais que levamos ela, nos filmes que assistimos, nas nossas conversas na mesa, nas brincadeiras e etc. E, diferente da maioria da sociedade hoje, ela lida com isso da maneira mais natural possível.
 

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