Alô Alô Bahia entrevista Érico Brás

O ator e apresentador Érico Brás prepara para comandar o talk "Eu me aceito. E você?", no TEDx Rio Vermelho, em Salvador, no próximo dia 7 de dezembro, onde irá promover reflexões importantes ao público. Em entrevista ao Alô Alô Bahia, ele adiantou um pouco das suas expectativas com o evento, além de fazer um balanço sobre o ano de 2019 e contar como gosta de passar as festas de fim de ano. Vem ver!


Alô Alô Bahia - O que o público pode esperar do seu talk no TEDx Rio Vermelho, em Salvador, e quais são as suas expectativas para o evento?

Érico Brás - Eu sempre achei legal a iniciativa do TED, porque é um espaço onde as pessoas colocam as suas ideias de solução para os problemas do mundo. Eu sempre quis fazer. Já assisti alguns ao vivo, outros na internet. E acho que, como um pensador, alguém da arte, uma pessoa que, hoje, apresenta um programa e que sempre questionou a forma como os negros são tratados no Brasil, eu me sinto apto a fazer um TED. A minha expectativa é que as pessoas que irão lá apresentar o TED consigam trazer ideias inovadoras para a sociedade brasileira.

 

AAB - Com o ano perto de finalizar, qual balanço você faz de 2019 no que diz respeito a sua carreira profissional e no que diz respeito ao Brasil?

EB - Em relação à minha carreira profissional, foi muito bem. Eu abracei mais um desafio – que foi de ser apresentador. Para mim, é um sucesso, porque sempre quis ocupar esse espaço. Hoje eu sou um ator-apresentador e apresentador-ator. Do ponto de vista do Brasil, eu acho que, ultimamente, se deu um retrocesso. Em alguns setores da sociedade, a gente deu uma parada e, em outros, a gente até retrocedeu. E eu posso citar a arte como um desses mais prejudicados. A arte brasileira foi a mais prejudicada nesse retrocesso todo. Eu falo porque eu sou da arte e sei o quanto a gente perdeu, o quanto a gente não conseguiu avançar mais, e tudo isso por conta do corte de incentivo, pela desvalorização da arte no Brasil. Isso foi uma das maiores perdas que tivemos esse ano.

 

AAB - Mais especificamente no âmbito da arte e cultura, quais você acredita que tenham sido as boas novidades e os bons destaques de 2019?

EB - A gente não teve muita novidade, não. O que vale ressaltar é a resistência. O cinema e o teatro foram muito resistentes nesse ano de 2019. A gente sabe que a arte não morre, mas que foi desconfortável esse ano, foi. Portanto, há de se louvar a resistência do cinema e do teatro em meio a tanta desordem e desvalorização que a arte passou, esse ano, no país.


AAB - Quais são as suas projeções profissionais para 2020? 

EB - Eu tenho coisas. Eu estou querendo a voltar a fazer teatro. Até o início desse ano, eu estava com um musical e parei por conta do “Se Joga”. Mas, ano que vem, eu quero fazer alguma coisa de teatro e mais algumas coisas de cinema – embora o tempo esteja um pouco curto.


AAB - Você tem superstições com relação à virada de ano? Onde vai aproveitar o Natal e o Réveillon?

EB - No Natal e no Réveillon, eu vou ficar em Salvador. Não tenho superstições, eu tenho crenças. Eu sou do candomblé, religião de matriz africana, então eu passo de branco, eu faço os meus agradecimentos, eu faço os meus pedidos e passo sempre em família.


 

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