Alô Alô Bahia entrevista Diamantino Martins

Quando estive em Portugal no ano passado para conhecer as “Festas dos Santos de Lisboa”, tive o privilégio de ser ciceroneado por Diamantino Martins. O português, que aos 47 anos parece ter saído das páginas de um catálogo da Ralph Lauren, deixa um rastro de carisma por onde passa. Há duas décadas à frente da marca “Pólis”, ele atualmente se dedica a ações de marketing e relações públicas voltadas para grandes clientes corporativos.

 

Em meio à agitação do Rock in Rio Lisboa, Diamantino falou ao Alô Alô Bahia por telefone.

 

Você nasceu em um pequeno vilarejo português, serviu ao Exército e ganhou o mundo, seja viajando ou atuando na área de relacionamento. Como é ir em busca de um sonho?

 

Desde pequeno eu queria sair daquele pequeno lugar. O meu sonho era conhecer o mundo, conhecer gente de outros países, outras culturas. Já quase nos meus 20 anos fui para Londres estudar aqueles cursos de línguas de verão, em que não aprendemos nada. Mas entendi o que queria fazer da minha vida: viajar o mundo. Os sonhos estão ao alcance dos nossos passos. Temos é que andar para a frente, enfrentar medos e ansiedades para os cumprir e não deixar que fiquem no mito do sonho. A pequenês da região onde cresci e as limitações de um lugar tão pequeno para mim não tinham sentido. Eu queria sair dali o mais rápido possível para conquistar o mundo. Tem sido uma corrida difícil como a escalada de uma grande montanha. Mas tem valido a pena.

 

 Quais os projetos que está envolvido atualmente? Algum no Brasil?

 

Neste momento estou completamente envolvido no Rock in Rio Lisboa como relações públicas da Área VIP do Continente que é um dos patrocinadores oficiais do evento. Estou ainda com o bar "NumberFIVE" na tenda eletrônica do Rock in Rio juntamente com o meu grande amigo Ricardo Pereira (ator da TV Globo). Em breve seguirei para a cidade do Porto, no norte de Portugal, para cuidar da Área VIP do festival "Nos Primavera Sound", que é apoiado pela companhia de Telecomunicações "Nos". Essa empresa também patrocina o "Nos Alive", que acontece em Julho e onde também cuido da Área VIP. No verão passado, estive  como diretor de comunicação e coordenador da Área VIP do "Bliss Vilamoura", que é o maior clube noturno do Algarve. No Brasil continuo com a vontade de levar o Galo de Barcelos, da artista plástica portuguesa Joana Vasconcelos. Este projeto nasceu com as comemorações dos 450 anos da cidade do Rio de Janeiro, mas foi sendo adiado porque o galo foi ganhando dimensão. Trata-se de uma peça de arte urbana que neste momento tem cerca de 14 metros de altura. 

 

É verdade que você já esteve quase cem vezes em nosso país? Conte um pouco sobre essa paixão.

 

Na realidade já estive 99 vezes no Brasi. Costumo dizer que ao Brasil vou por tudo e por nada. Sou um apaixonado pelo país. Já cheguei a ir ao Rio de Janeiro, desde Lisboa, só por uma noite para jantar com amigos. Quando cheguei ao Brasil, pela primeira vez em dois de abril de 1993, fiquei apaixonado pelas pessoas, pela cultura, pela música. Respirava-se animação em cada recanto de Salvador, por exemplo. Daí para o resto do Brasil foi um pulo. A profissão de agente de viagens, que exerci durante dezoito anos, claro que ajudou nessa facilidade em visitar o país. Noventa por cento das vezes fui a trabalho. Sou fã do Carnaval da Bahia que descobri pela mão da promoter Marta Goés. Fiquei apaixonado pelo Galo da Madrugada em Recife onde fui a convite da Fafá de Belém e apaixonado sou pela Marquês de Sapucaí, onde desfilei várias vezes sempre pela Unidos da Tijuca. O Baile de Carnaval do Copacabana Palace é um dos bailes mais animados que já fui. Agora estou muito curioso pelo festival de Parintins onde irei em junho e que marcará a minha centésima viagem ao Brasil.

 

 E no Nordeste? Qual o destino preferido?

 

Adoro o Nordeste. Salvador da Bahia é uma paixão desde a minha descoberta das terras de Vera Cruz. Mas uma das minhas viagens de eleição pelo mundo é sem dúvida o circuito em buggy durante três dias entre Natal e Fortaleza, com dormida em São Miguel do Gostoso e Mossoró. É algo muito mágico que, graças a Deus, já fiz umas vinte vezes com clientes e amigos. O ritmo da música nordestina é algo que mexe com o meu corpo.

 

 Você coleciona amigos importantes, influentes, entre celebridades, artistas e políticos. Nos fale um pouco sobre isso.

 

Não se trata de colecionar amigos, os amigos não se colecionam até porque não fazem parte de uma caderneta de figurinhas do futebol. Eu sou um comunicador nato e um agregador de pessoas por natureza. Adoro juntar pessoas e fico muito contente se essas pessoas se relacionarem. Pelo meu trabalho acabo por me relacionar com muita gente do show bizz, do mundo empresarial ou da política e alguns mais especiais acabam por ficar amigos. Mas na realidade é até fácil ficar meu amigo porque sou um cara de coração aberto. Recebo bem as pessoas e isso dá-me imenso prazer. Acho que vim ao mundo com a missão de proporcionar momentos felizes às pessoas e é isso que tento fazer no meu dia a dia.

 

VIP VUPT

 

Algarve ou Rio de Janeiro? Rio de Janeiro.

 

Lugar no mundo. Piscina do Hotel Fasano, no Rio de Janeiro, assistindo ao por do sol sobre o Dois Irmãos.

 

Uma bebida. Vinho Tinto.

 

Maserati ou Porsche? Maserati.

 

Um sonho. Dar a volta ao Mundo. Quero fazer nos meus 50 anos!

 

Rolex ou Breitling? Breitling.

 

Um sentimento. Humildade.

 

O segredo de se relacionar com as pessoas é? Respeitar cada uma tal como ela é e ouvir e calar. Sou um bom ouvinte e guardo segredos de muita gente.

 

 

Por Pedrinho Figueredo (@pedrinhofigueredo). Foto: Divulgação. Siga o insta @sitealoalobahia

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