Explosões no Distrito Federal: o que se sabe até o momento e o que falta esclarecer

Explosões no Distrito Federal: o que se sabe até o momento e o que falta esclarecer

Redação Alô Alô Bahia

redacao@aloalobahia.com

Com informações do g1

Bruno Peres/Agência Brasil

Publicado em 14/11/2024 às 08:55 / Leia em 3 minutos

O corpo de Francisco Wanderley Luiz, morto após uma explosão em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF), na Praça dos Três Poderes, em Brasília, na noite de quarta-feira (13), ainda não havia sido retirado na manhã desta quinta-feira (14). Uma varredura da Polícia Militar do Distrito Federal verificou se haviam mais explosivos e, por isso, as atividades no STF e na Câmara foram suspensas até o meio-dia. Por sua vez, o Senado cancelou o expediente e não há atualização ainda sobre agenda do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Pelo menos duas explosões foram ouvidas na ocasião, com um intervalo de 20 segundos entre elas (veja vídeo abaixo). A primeira, às 19h30, aconteceu em um carro estacionado no Anexo IV da Câmara dos Deputados. A outra matou um homem em frente ao STF. A vítima, de acordo com o Boletim de Ocorrência da Polícia Civil, foi identificada como Francisco Wanderley Luiz, o proprietário do veículo, que também explodiu no estacionamento entre o STF e o Anexo IV da Câmara dos Deputados.

Conhecido como Tiu França, o homem foi candidato a vereador pelo PL nas eleições municipais de 2020 e não se elegeu. No carro, que tem placa de Rio do Sul, no Vale do Itajaí, em Santa Catarina, foram encontrados materiais parecidos com explosivos e tijolos.

Antes da explosão em frente ao STF, Francisco tentou entrar no prédio. Segundo investigações, ele teria jogado um explosivo embaixo da marquise do edifício, mostrado que tinha artefatos presos ao corpo a um vigilante e se deitado no chão, onde acionou outro explosivo na nuca.

Um segurança do STF, em relato à Polícia Civil, afirmou que o homem tinha uma mochila, de onde tirou uma blusa, artefatos e um extintor. O segurança tentou se aproximar, quando ele mostrou um relógio digital no corpo, que poderia ser uma bomba. Antes mesmo de se deitar no chão, dois ou três artefatos foram lançados pelo homem e estouraram.

No Boletim de Ocorrência (B.O.), consta ainda que o homem compartilhou mensagens pelo WhatsApp, antecipando o que aconteceria na Praça dos Três Poderes. Nas mensagens trocadas, ele manifestava “previamente a intenção de praticar o autoextermínio e o atentado a bomba contra pessoas e instituições”. Ele alugou uma casa em Ceilândia, no Distrito Federal, dias atrás. Segundo o B.O., no imóvel, policiais encontraram a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) de Francisco.

O inquérito aberto pela Polícia Federal (PF) para investigar as explosões será enviado ao ministro do STF Alexandre de Moraes. Outro inquérito também foi aberto pela Polícia Civil do Distrito Federal.

O que falta esclarecer

Os pontos que faltam ser esclarecidos agora são, principalmente, os alvos das explosões e a motivação para as explosão dos artefatos. A polícia ainda busca identificar os tipos de artefatos explosivos usados, onde foram adquiridos e se o homem agiu sozinho ou há mais pessoas envolvidas.

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