Tribunal da Argentina confirma condenação de ex-presidente Cristina Kirchner

Tribunal da Argentina confirma condenação de ex-presidente Cristina Kirchner

Redação Alô Alô Bahia

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Antonio Dilson Neto

Reprodução/Agustin Marcarian/Reuters

Publicado em 13/11/2024 às 14:50 / Leia em 2 minutos

Em uma decisão que reafirma a condenação da ex-presidente Cristina Fernández de Kirchner, um tribunal federal de apelações na Argentina confirmou, nesta quarta-feira (13), o veredito de culpa por fraudes ao estado. Kirchner, que foi presidente entre 2007 e 2015 e vice-presidente entre 2019 e 2023, recebeu, em dezembro de 2022, uma sentença de seis anos de prisão.

O Ministério Público argentino alega que Kirchner, juntamente com ex-funcionários de seu governo, aprovou contratos milionários para obras rodoviárias superfaturadas, incompletas e, em muitos casos, desnecessárias.

Esses contratos envolvem 51 licitações na província de Santa Cruz, berço político de Kirchner e de seu falecido marido, o ex-presidente Néstor Kirchner, onde ambos construíram boa parte de sua trajetória política antes de ganharem notoriedade nacional.

A defesa da ex-presidente planeja levar o caso à Suprema Corte, última instância na justiça argentina, enquanto o debate sobre seu futuro político continua intenso. Em 2022, Kirchner sobreviveu a uma tentativa de assassinato, o que provocou grandes manifestações populares de apoio em sua defesa, consolidando sua influência entre os seguidores.

Recentemente, Kirchner foi indicada para liderar o Partido Justicialista, de oposição peronista, após a destituição do ex-presidente Alberto Fernández do cargo. Ela assumirá a liderança do partido oficialmente em 17 de novembro.

O cenário político na Argentina, no entanto, permanece complexo: um projeto de lei em discussão no Congresso propõe barrar condenados por corrupção de ocuparem cargos públicos. Se aprovada, a lei poderá dificultar qualquer retorno político de Kirchner, especialmente com as eleições legislativas de 2025 se aproximando.

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