Cientistas norte-americanos deram um passo histórico nesta segunda-feira (7) ao anunciar que conseguiram “reviver” o lobo-terrível – espécie de predador gigante extinta há cerca de 13 mil anos. O feito marca um avanço inédito no campo da biotecnologia e abre caminho para a possível desextinção de outras espécies, como o tigre-da-Tasmânia, o mamute e o dodô.
A iniciativa foi liderada pela empresa Colossal Biosciences, especializada em projetos de engenharia genética voltados para a “ressurreição” de espécies desaparecidas. A companhia já havia exibido, anteriormente, camundongos com pelagem inspirada em animais extintos há 4 mil anos.
Os três primeiros filhotes de lobo-terrível nasceram entre outubro de 2024 e janeiro de 2025. Batizados de Rômulo, Remo e Khaleesi, eles são resultado da modificação do DNA de lobos cinzentos e chacais, espécies vivas com linhagens genéticas próximas à do lobo-terrível.
Segundo a revista Time, o DNA ancestral foi extraído de fósseis e, posteriormente, cerca de 20 regiões do genoma dos lobos modernos foram editadas para replicar as características físicas da espécie extinta. Entre as alterações estão: cabeça e mandíbulas maiores, dentes mais robustos, ombros largos, pernas musculosas e vocalizações semelhantes às dos lobos-terríveis pré-históricos.
Portanto, apesar do avanço, os filhotes não são réplicas perfeitas dos antigos lobos-terríveis. Eles são, na verdade, híbridos geneticamente modificados, criados a partir de fragmentos do DNA original e modelados para apresentar traços comportamentais e físicos da espécie extinta.
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